[...] Depois que o estranho se tornou pessoa intimamente conhecida, não há mais barreiras a superar, não há mais proximidade súbita a ser realizada. A pessoa "amada" fica sendo tão bem conhecida como a gente mesma. Ou talvez seja melhor dizer: tão pouco conhecida. Se houvesse mais profundidade na experiência de outra pessoa, se se pudesse experimentar a infinidade de sua personalidade, a outra pessoa nunca seria tão familiar - e o milagre de superar as barreiras poderia ocorrer de novo a cada dia. Mas, para a maioria, a própria pessoa, assim como as outras, é logo explorada e logo exaurida.

Erich Fromm, A Arte de Amar, p. 79-80.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Filme do Dia: Der Traum des Bildhauers (1907), Johann Schwarzer

Filme do Dia: Quem é a Bruxa? (1949), Friz Freleng

Filme do Dia: El Despojo (1960), Antonio Reynoso