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Filme do Dia: Fireworks (1947), Kenneth Anger

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  F ireworks (EUA, 1947). Direção, Rot. Original e Montagem: Kenneth Anger. Com: Kenneth Anger, Gordon Gray, Bill Seltzer. Considerado como seu filme de estréia, mesmo que   aparentemente outros tenham sido dirigidos antes e se perdido, Anger já apresenta nesse filme muito do que caracterizará o seu trabalho ao longo das décadas seguintes: um senso de iconclastia visual; uma abordagem precoce do homoerotismo (aqui se trata de um universo onírico onde prazer e dor se confundem); assim como a presença da música, mais do que diálogo, como o mais importante elemento sonoro. Se as sobreimpressões e efeitos ópticos aqui ainda não se encontram presentes e o caráter amador das filmagens são mais acentuados que em seus filmes posteriores, isso se deve igualmente ao fato desse   ter sido realizado num final de semana e com pouquíssimo dinheiro. O fato de buscar representar o universo onírico do próprio Anger dormindo suscita comparações com as obras anteriores de Cocteau e Buñuel , porém um d

Kenneth Anger: 'No, I am not a Satanist'

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T he gallery is so tiny I think I've walked into somebody's front room. A 10-minute film plays on a loop. Weirded-out rock stars who look like Mick Jagger, or who are Mick Jagger, preen, strut and do their late-1960s satanic thing. White dots form a pyramid on a black background, naked boys lounge on a sofa, marines jump from a helicopter. There's a cat, a dog, an all-seeing Egyptian eye, people smoking dope out of a skull. A synthesiser makes an unbearable noise. There are no words, no story. Around the screen, in London's Sprüth Magers gallery, a bunch of 21st-century trendies and stoners are watching this film, called Invocation of My Demon Brother, in awe, their ages ranging from late teens to late 80s. Next door, hallucinogenic photographs eyeball you from the wall. You walk in, you walk out – and the show's all over in a flash. It can only mean one thing. Kenneth Anger is back in town. Anger is a Hollywood legend. He has created some of the most distur

Filme do dia: Scorpio Rising (1964), Kenneth Anger

Scorpio Rising (EUA, 1964). Direção, Fotografia e Montagem: Kenneth Anger. Dir. de arte: Jeremy Kay. Com: Bruce Byron, Ernie Allo, Frank Carifi, Steve Crandell, Johnny Dodds, Bill Dorfman, John Palone, Barry Rubin. Através de uma bela colagem musical ininterrupta de 13 canções pop do momento (incluindo Blue Velvet , My Boyfriend´s Back e Party Light ), Anger constrói uma fascinante atmosfera surreal envolvendo uma série de ícones culturais de jovens motoqueiros – histórias em quadrinhos, mitos do cinema como Brando e Dean e toda a parafernália de acessórios que envolvem não apenas a moto como o traje do motoqueiro. De viés abertamente homo-erótico, algo que fica patente de vez quando todos os motoqueiros se reúnem em uma agitada noite, porém que já se encontrava mais que insinuado no modo como Anger filma os corpos de seus motoqueiros e seus fetiches como roupas de couro e gargantilhas, e o modo como os dispõe em cena, o filme acaba demonstrando um certo fascínio com o fascismo em q