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Filme do Dia: A Morte de Maria Malibran (1972), Werner Schroeter

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  A   Morte de Maria Malibran ( Der Tod der Maria Malibran , Al. Ocidental, 1972). Direção, Rot. Original e Fotografia: Werner Schroeter. Montagem: Werner Schroeter &    Ila von Hasperg. Com: Magdalena Montezuma, Christine Kaufmann, Candy Darling, Manuela Riva, Ingrid Caven, Anette Tirier, Einar Hanfstaengl, Gabor von Lessner. Esse filme inspirado na cantora de ópera que dá nome ao título constrói uma narrativa tão lacunar quanto às próprias óperas e – a seu modo – não deixa de ser, em parte, a representação cinematográfica de uma. Ao contrário de um cineasta como Syberberg que, apesar da ironia, permanece no campo do sério-dramático em suas adaptações operísticas, Schroeter apela para a estética kitsch e patética, que já havia demonstrado em Eika Katappa (1969). Do mesmo modo, Schroeter não faz uso dos monumentais cenários de Syberberg, e mescla locações com imagens de estúdio sem o menor pudor. Principalmente em sua primeira metade inicial, filmada em sua maior parte em estú

Filme do Dia: Palermo ou Wolfsburg (1980), Werner Schroeter

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P alermo ou Wolfsburg ( Palermo oder Wolfsburg, Al. Ocidental/Suiça, 1980). Direção: Werner Schroeter. Rot. Original: Werner Schroeter & Giuseppe Fava. Fotografia: Thomas Mauch. Montagem: Werner Schroeter & Ursula West. Dir. de arte: Gino Orso. Figurinos: Albert Barsacq, Roberto Lagana & Magdalena Montezuma. Com: Nicola Zarbo, Otto Sander, Ida Di Benedetto, Magdalena Montezuma, Johannes Wacker, Antonio Orlando, Brigitte Tilg, Gisela Hahn. Nicola (Zarbo) é um jovem de um vilarejo siciliano que resolve de um momento para outro partir em busca de trabalho na cidade alemã de Wolfsburg, cansado de ter que lidar com   um pai alcoolatra. Ele passa a morar com outros imigrantes italianos, mas seu envolvimento com uma jovem alemã, Brigit (Tilg), que possui três filhos com homens diversos, provoca uma reação passional, quando a observa dançando com uma dupla de homens com quem já havia entrado em atrito anteriormente. Os homens provocam-no fora da festa e ele os mata com u
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e as fotografias revelam algo muito extremo: a incrível dependência que tenho das outras pessoas. As pessoas se rendiam a mim da mesma forma que eu amplamente me rendia aos outros. E é assim que se desenvolvem essas dependências com as quais eu vivo. E geralmente me deixam desesperado porque todos querem ser livres, mas eu não posso ser. Sem os outros fica um vazio por dentro.
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É óbvio que o mais importante para Werner era o gesto. Nunca era a história em si. Wim Wenders sobre Werner Schroeter
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Quando aprende-se a amar, perde-se o medo da morte Werner Schroeter
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Sobre a paixão

Foucault:  De uma maneira mais precisa, penso que se fala da mesma coisa. Em primeiro lugar, não se pode dizer que estas mulheres se amam. Não se pode dizer também, em Maria Malibran, que haja amor. O que é a paixão? É um estado, é algo que te toma de assalto, que se apodera de você, que te agarra pelos ombros, que não conhece pausa, que não tem origem. Na verdade, não se sabe de onde vem. A paixão simplesmente vem. É um estado sempre móvel, mas que não vai em direção a um ponto dado. Há momentos fortes e momentos fracos, momentos em que é levada à incandescência. Ela flutua. Ela balanceia. É uma espécie de instante instável que se persegue por razões obscuras, talvez por inércia. Ela procura, ao limite, manter-se e desaparecer. A paixão se dá todas as condições para continuar e, ao mesmo tempo, para se destruir a si própria. Na paixão, não se é cega. Simplesmente, nestas situações de paixão não se é quem se é. Não tem mais sentido de ser quem se é. Vê-se as coisas muito diferentement