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Filme do Dia: Opening Cerimonies, St. Louis Exposition (1904), A.E. Weed

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  O pening Cerimonies, St. Louis Exposition (EUA, 1904). Fotografia: A.E. Weed. Registro de momentos da cerimônia de abertura da Feira Mundial de St. Louis. Difícil se encontrar outro filme tão carregadamente simbólico de referências ao poder. O fato de se tratar da abertura de um dos eventos que mais orgulhavam e exibiam a demonstração de progresso das nações industrializadas já é bastante significativo, porém a lenta panorâmica de quase 360 graus que descreve de certa distância a multidão reunida, ressalta ainda mais não apenas o gigantismo do evento, como dos próprios prédios, que ganham uma dimensão monumental diante das pessoas. Por fim a câmera se detém praticamente aos pés da figura maior de poder, em um palanque devidamente condecorado com a bandeira norte-americana, para o discurso solene oficial e por lá se detém por um longo tempo até o final do filme. American Mutoscupe & Biograph. 3 minutos e 34 segundos.

Filme do Dia: Seeing New York by Yacht (1903), Frederick S. Armitage & A.E. Weed

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  S eeing New York By Yacht (EUA, 1903). Direção: Frederick S. Armitage & A.E. Weed, O efeito de flicagem conseguido com os lapsos de imagem transformam essa viagem pelo Rio   Hudson o oposto – e talvez em consciente deboche – das comportadas vistas panorâmicas habituais;   aqui os saltos na imagem   e a desnaturalização de veículos que se movem   nas pontes aos quais o barco   cruza – foi filmado em vários dias – e antecipam em mais de meio século efeitos semelhantes do New American Cinema, tais como os filmes de Jonas   Mekas, demonstrando uma subversão justamente pela função de tal gênero, antecipado já em seus títulos. American Mutoscope & Biograph. 3 minutos

Filme do Dia: Special Delivery Messenger, U.S.P.O. (1903), A.E. Weed

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  S pecial Delivery Messenger, U.S.P.O (EUA, 1903). Fotografia: A.E. Weed. Encenação de evidente viés documental sobre a chegada de uma carta ou telegrama que é entregue e assinada por uma senhora nesse que é um das dezenas de filmes financiados pelos Correios norte-americanos. Destaque para o recurso, apropriado à exaustão por certos realizadores vinculados ao cinema moderno, como Júlio Bressane no Brasil, do plano iniciar sem nenhum elemento humano e apenas a presença da fachada da casa, ser atravessado pelo carteiro com sua bicicleta e permanecer na fachada da casa após a saída dos dois personagens, elemento comum no cinema da época. American Mutuoscope & Biograph. 40 segundos.

Filme do Dia: Princess Rajah Dance (1904), A.E. Weed

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P rincess Rajah Dance (EUA, 1904). Fotografia: A.E. Weed. O que chama a atenção desse número de exibição de uma dançarina que mais aparenta se aproximar da dança flamenca, com sua castanhola e trajes, do que propriamente de uma indiana como sugere o título é o quão parece seguir os mesmos padrões instituídos dez anos antes pelo estúdio, no momento em que a influência do vaudeville no cinema estava a pleno vapor se aproximando de formatos bastante diferenciados, incluindo situações cotidianas e o uso de locações. Mas aqui se resiste a ideia de apresentar o número de uma artista diante de uma fachada cenográfica estilizada. Ela dança, numa coreografia confusa que nem parece se aproximar da dança flamenca nem tampouco da indiana e chega a levantar uma cadeira com sua boca. American Mutoscope & Biograph. 1 minuto e 14 segundos.