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Filme do Dia: A Midsummer Day's Work (1939), Alberto Cavalcanti

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  A   Midsummer Day's Work (Reino Unido, 1939). Direção: Alberto Cavalcanti. Fotografia: Jonah Jones. Montagem: R.Q McNaughton. Simpático curta de Cavalcanti que acompanha não apenas Oxford, centro de reconhecida universidade, mas sobretudo os trabalhadores que se encontram a serviço das comunicações. A música e o tom ensolarado e límpido que acompanha os planos iniciais logo irão ceder a uma certa apreensão prosaica  da realidade, porém sem invalidar uma certa propensão épica em pleno prosaico. Sua referência jocosa a Shakespeare já no título, em aberto contraste com a inclusão de um aspecto do cotidiano – e ainda por cima operário -  é acompanhada por outras das residências de Francis Drake e de William Blake.13 minutos.

Filme do Dia: O Canto do Mar (1953), Alberto Cavalcanti

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  O   Canto do Mar (Brasil, 1953). Direção: Alberto Cavalcanti. Rot. Original: Hermilo Borba Filho, Alberto Cavalcanti & José Mauro de Vasconcelos. Fotografia: Cyril Arapoff & Paolo Reale. Música: Guerra Peixe. Montagem: José Cañizares. Com: Margarida Cardoso, Aurora Duarte, Cacilda Lanuza, Alfredo de Oliveira, Ruy Saraiva, Miriam Nunes, Glauce Bandeira, Débora Borba. Família de ex-retirantes vivendo em Recife, encontra-se em situação de desestruturação. O pai é mentalmente instável. A mãe (Cardoso) procura liderar a família, mas acaba testemunhando a entrada da filha no mundo da prostituição, mesmo com todos os esforços que fizera para mantê-la afastada. O filho mais novo se encontra gravemente enfermo e outro rouba uma venda para comprar a passagem de navio para   Santos e fugir com sua pretendente. Quando imagina que o filho partiu, o pai se lança ao mar e morre afogado. Já o filho desiste de partir quando descobre que sua jovem enamorada fugiu com outro homem, de mais pos

Filme do Dia: The Glorious Sixth of June (1934), Alberto Cavalcanti

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T he Glorious Sixth of June (Reino Unido, 1934). Direção: Alberto Cavalcanti. Com: Humphrey Jennings, W.H. Auden, V.C. Clinton Baddeley, Ralph Bond. Documentário encenado que se aproxima muito mais da proposta de Cavalcanti de tentar tornar os documentários produzidos pelo núcleo do que ficou conhecido como Escola Documental Britânica mais interessantes e menos impregnados pela restrita visão de valorização social das classes menos favorecidas requerida por John Grierson . Aqui o mote da carta a ser entregue a um membro da realeza por um funcionário do GPO, sistema postal britânico ao qual o núcleo se encontrava subordinado então (e que rendou outros curtas mais inspirados e tampouco ortodoxos como o mais célebre Night Mail ou N or Nw ) se transforma num argumento de uma pretensa comédia. O mensageiro, sequestrado nas barbas de seu superior, passa a ser torturado para entregar a correspondência. Talvez não soe mais estranho o fato de ninguém, em meio as rocambolescas estratégi

Filme do Dia: No Silêncio da Noite (1945), Alberto Cavalcanti, Charles Crichton, Basil Dearden & Robert Hamer

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N o Silêncio da Noite ( Dead of Night , Reino Unido, 1945). Direção: Alberto Cavalcanti, Charles Crichton, Basil Dearden & Robert Hamer. Rot. Adaptado: John Baines,  T.E.B Clarke & Angus MacPhail. Fotografia: Jack Parker, Stanley Pavey & Douglas Slocombe. Música: Georges Auric. Montagem: Charles Hasse. Dir. de arte: Michael Relph. Figurinos: Marion Horn & Bianca Mosca. Com: Mervyn Johns, Roland Culver, Mary Merrall, Googie Withers, Frederick Valk, Anthony Baird, Sally Ann Howes, Robert Wyndham, Judy Kelly, Esmy Percy, Basil Radford, Naunton Wayne, Peggy Brian, Michael Redgrave , Hartley  Power, Miles Malleson. Walter Craig (Johns) é chamado para fazer reparos em uma fazenda. Lá encontra um grupo de pessoas que estranhamente lhe parece remeter aos sonhos recorrentes que vem tendo. Cada uma delas tem uma história fantástica para contar. Hugh Grainger (Baird) recorda o período que ficou convalescente de um acidente de automóvel no hospital e acordou no meio da noite

Filme do Dia: Mulher de Verdade (1954), Alberto Cavalcanti

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Mulher de Verdade (Brasil, 1954). Direção: Alberto Cavalcanti. Rot. Original: Oswald Molles & Miroel Silveira. Fotografia: Edgar Brasil. Música: Cláudio Santoro. Montagem: José Cañizares. Dir. de arte: Francisco Balduíno. Com: Inesita Barroso, Cole Santana, José Sanz, Raquel Martins, Adoniran Barbosa, Carla Nell. Valdo Wanderley. Bamba (Santana), conhecido malandro, é ferido em confronto com a polícia enquanto fazia serenata em um bairro residencial. Tratado pela cuidadosa enfermeira Amélia (Barroso), transforma-se em rapaz trabalhador, entrando para o Corpo de Bombeiros e se casando com Amélia. Amélia, porém, cai na armadilha do diretor do hospital, que afirma que um paciente o rico Lauro  encontra-se  moribundo e pretende se casar com ela como último desejo. Casada novamente, ela se divide entre dois maridos, afirmando que está trabalhando no hospital. Seu difícil equilíbrio desmorona de vez quando em um incêndio, em seu luxuoso apartamento em Copacabana, é salva pelo pr

Filme do Dia: Coal Face (1935), Alberto Cavalcanti

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Coal Face (Reino Unido, 1935). Direção: Alberto Cavalcanti. Rot. Original: Alberto Cavalcanti & Montagu Slater, com poema de W.H.Auden. fotografia: Stuart Legg & Basil Wright. Música: Benjamin Britten. Montagem: Wiliam Coldstream. Quando comparado a outros documentários curtos de temática similar produzidos pelo que veio a ser conhecido como Escola Documental Britânica, sobretudo Industrial Britain (1931), esse, mesmo fazendo uso do tom heroico e algo épico para descrever as ações dos trabalhadores é menos focado em suas próprias personas – naquele existe vários “retratos” ligeiros sobre mestres da arte de alguns ofícios, dando relevo ao nome dos mesmos. Aqui, por outro lado, destaca-se sobretudo o processo de produção de forma menos suavizada que naquele, mesmo que se conte com a poesia de Auden ou com uma trilha musical mais elaborada que aquele (que, no entanto, nos primeiros planos das pás de um moinho parecia indicar uma atitude de maior influência por imagens de ape

Filme do Dia: "We Live in Two Worlds" (1937), Alberto Cavalcanti

We Live in Two Worlds (Reino Unido/Suiça, 1937). Direção: Alberto Cavalcanti. Rot. Original: J. B. Priestley. O próprio Priestley narra esse curta documental que parte do princípio de que vivemos em dois mundos. O das comunidades nacionais, aparentemente destituídos de conflitos, e o da comunidade internacional. A partir daí inexplicavelmente parte para a Suíça enquanto exemplificação desse mundo internacional. Priestley surge em dois momentos, e sua segunda aparição igualmente demarca a divisão entre uma primeira parte, centrada sobretudo na dimensão mais folclórica, tradicional e rural suíça e uma segunda que apresenta o progresso econômico representado por indústrias, mas sobretudo pelos meios de transporte e comunicação. Num momento em que a tensão bélica já desponta no horizonte europeu, seu idealismo, ao acreditar que as comunicações aproximam o que as fronteiras físicas demarcam e afastam, soa um tanto simplista. Talvez mais compreensível seja a verdadeira apologia que é feit