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Filme do Dia: Close (2022), Lukas Dhont

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  C lose (Bélgica/Holanda/França, 2022). Direção Lukas Dhont. Rot. Original Lukas Dhont & Angelo Tijssens. Fotografia Frank van den Eeden. Música Valentin Hadjadj. Montagem Alain Dessauvage. Dir. de arte Eve Martin. Figurinos Manu Verschueren. Com Eden Dambrine, Gustav De Waele, Émilie Dequenne, Léa Drucker, Igor van Dessel, Kevin Janssens, Marc Weiss, Léon Bataille. Dois amigos inseparáveis em tenra adolescência, Léo (Dambrine) e Rémi (De Waele), tem sua amizade valorizada igualmente por suas respectivas famílias, e tornam-se vítimas de chacotas e constrangimentos por parte dos colegas. O contato intenso entre ambos, dormindo um na casa do outro, algumas vezes dividindo o mesmo colchão, andando de bicicleta juntos ou Léo se emocionando com a apresentação de uma orquestra de jovens, em que Rémi toca oboé, torna-se fraturado quando Léo demonstra um afastamento. Envolvendo-se com outros colegas de escola e fazendo parte de uma equipe de hóquei, negando apoiar a cabeça de...

Filme do Dia: Sangue de Pantera (1942), Jacques Tourneur

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  S angue de Pantera ( Cat People , EUA, 1942). Direção: Jacques Tourneur. Rot. Original: De Witt Bodeen. Fotografia: Nicholas Musuraca. Música: Roy Webb. Montagem: Mark Robson. Dir.de arte: Albert S.D´Agostino & Walter E. Keller. Cenografia: A.Roland Fields & Darrell Silvera. Figurinos: Renié. Com: Simone Simon, Kent Smith, Tom Conway, Jane Randolph, Jack Holt, Henrietta Burnside, Alec Craig, Eddie Dew. Oliver Reed (Smith), rapaz boa praça acaba se interessando pela introspectiva e misteriosa Irena (Simon), garota sérvia que não consegue se livrar das obsessões com relação à mitologia de seu país. Reza a lenda que sua terra foi invadida por adoradores do demônio, que se refugiaram nas montanhas com a chegada dos cristãos. Irena acredita que ela própria possui o espírito da pantera, associado com seu povo. Reed, cada vez mais angustiado com a esposa, procura a ajuda do psiquiatra Louis Judd (Conway) e, como Irene não procura seguir o tratamento, interessa-se cada vez mais...

Filme do Dia: Napoléon (1909), ?

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N apoléon (França, 1909). Com: Max Charlier. Tal como as Paixões de Cristo produzidas à época esse filme apresenta segmentos independentes de momentos memoráveis da vida do ilustre retratado a inicia pela batalha de bolas de neve (que seria recriada em tons grandiloquentes e com câmeras sendo atiradas para reproduzirem a perspectiva das bolas no extravagante filme homônimo realizado por Abel Gance, em 1927). A independência relativa dos “quadros” da vida de Napoleão serviria aos propósitos dos exibidores da época de apresentarem o que quisessem da obra – no caso dessa versão, provavelmente a norte-americana, se as cartelas iniciais já se condoem de terem selecionado apenas algumas das façanhas mais notórias do biografado, reduziu-se dos três rolos de filme para um único. Em boa parte das cenas sequer se consegue identificar a personagem-título de tão aglomerado de pessoas e objetos a imagem se encontra. Algumas representações, como a da batalha de Moscou, parecem mais próximas das tr...

Filme do Dia: Chacal é o Juiz (1976), Luiz Alphonsus

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  C hacal é o Juiz (Brasil, 1976). Direção Luiz Alphonsus. Uma pelada de futebol na praia, em que o poeta Chacal é o juiz – do qual, por conta de ser silencioso, e não haver nenhum uniforme entre os contendores ou o árbitro, ficaria difícil de descobrir. Entre os planos do jogo, surgem cartelas com as palavras “foot-ball”, “futebol”, “futibol”, além da cartela-título. Chacal é observado parado, tirando um cigarro. Os cortes abruptos se sucedem em grande frequência, sobretudo ao final. |1 minuto e 1 segundo.

O Dicionário Biográfico de Cinema#287: Alain Resnais

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  Alain Resnais (1922-2014), n. Vannes, França 1 948: Van Gogh  (d). 1950: Gaughin  (d); Guernica (d). 1953: Les Statues Meurent Aussi  [ As Estátuas Também Morrem ] (d) (co-dirigido com Chris Marker). 1955: Nuit et Brouillard [ Noite e Neblina ]. 1956: Toute la Mémoire du Monde  [ Toda a Memória do Mundo ] (d). 1957: Le Mystère de l'Atelier Quinze  (co-dirigido com Marker) (c); Le Chant du Styrène  [ A Canção d!o Estireno ] (d); 1959:  Hiroshima, Mon Amour [ Hiroxima, Meu Amor ]. 1961: L'Anée Dernière a Marienbad  [ O Ano Passado em Marienbad ] . 1963: Muriel . 1966: La Guerre est Finie [ A Guerra Acabou ]. 1967: Loin du Vietnan  [ Longe do Vietnã ] (co-dirigido com Jean-Luc Godard, Joris Ivens, William Klein e Claude Lelouch). 1968: Je T'Aime, Je T'Aime  [ Eu Te Amo, Eu Te Amo ]. 1974: Stavisky... . 1977: Providence . 1980: Mon Oncle d'Amérique  [ Meu Tio da América ]. 1983: La Vie est un Roman  [ A Vida é um Roman...

Filme do Dia: O Ano Passado em Marienbad (1961), Alain Resnais

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  O  Ano Passado em Marienbad ( L´Année Dernière à Marienbad , França/Itália, 1961). Direção: Alain Resnais . Rot. Adaptado: Alain Robbe-Grillet, baseado no romance  A Invenção de Morel , de Bioy Casares. Fotografia: Sacha Vierny. Música: Francis Seyrig. Montagem: Jasmine Chasney & Henri Colpi. Dir. de arte: Jacques Saulnier. Cenografia: Jean-Jacques Fabre, Georges Glon & André Piltant. Com:  Delphine Seyrig , Giorgio Albertazzi, Sacha Pitoëff, Françoise Bertin, Luce Garcia-Ville, Héléna Kornel, François Spira. O que menos importa no filme é o enredo. Antes a forma como se configuram diversos tempos narrativos,  flashbacks  e  flashbacks  dentro de  flashbacks  que compõem a talvez mais intrigante tessitura já realizada com a montagem cinematográfica. As situações levam ao (re) encontro entre uma mulher (Seyrig) e um homem (Albertazzi), que alega ter desfrutado de sua companhia em outro local e a presença do provável marido da mu...

Filme do Dia: Procedimento Operacional Padrão (2008), Errol Morris

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  P rocedimento Operacional Padrão ( Standard Operational Procedure , EUA, 2008). Direção Errol Morris. Fotografia Robert Chappell & Robert Richardson. Música Danny Elfman. Montagem Andy Grieve, Steven Hathaway & Dan Mooney. Dir. de arte Steve Hardie. Cenografia John Michael Kelly. Figurinos Marina Draghici. Maquiagem Brad Look. Algumas imagens são evocativas do Saló de Pasolini. Porém não há qualquer esboço de alegoria sobre o fascismo ou o quer que seja. E sim um detalhamento maior das imagens feitas pelos soldados estadunidenses contra os prisioneiros iraquianos na prisão de Abu Ghraib, comentadas pelos próprios que a filmaram e/ou perpetraram toda sorte de sevícias devidamente registradas. Neste documentário, Morris não faz tanto uso de duas recorrências em sua filmografia. Aliás, três. Efeitos visuais de detalhes algo rebuscados, reconstituição de alguma cena – não há muito  a ser reconstituído, pois existe fartura de imagens e fotografias, embora nem p...