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Mostrando postagens com o rótulo Humphrey Jennings

Filme do Dia: A Defeated People (1946), Humphrey Jennings

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  A   Defeated People (Reino Unido, 1946). Direção: Humphrey Jennings. Música: Guy Warrack. Mais convencional e menos inspirado que alguns títulos mais célebres de seu realizador ( Listen to Britain , Spare Time , A Diary for Timothy ), esse curta documental apresenta a complexa realidade do território alemão sob o domínio britânico pouco tempo após a maciça ofensiva aliada, cenário algo desolador, com ruínas por todos os lados e uma ração controlada de mil e poucas calorias por dia, assim como o fantasma do Nazismo a exorcizar (sobretudo dos mais velhos e daqueles que viveram em áreas não atingidas pelo conflito), assim como poucos professores e escolas completamente danificadas enquanto obstáculo para a educação das crianças. Em poucos momentos, Jennings parece se aproximar de um tom menos didático, ainda assim sem abdicar da locução over (a cargo de William Hartnell), como quando os destroços são observados enquanto verdadeiro parque de diversões para os pequenos ou ainda quando u

Filme do Dia: The True Story of Lili Marlene (1944), Humphrey Jennings

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    T he True Story of Lili Marlene (Reino Unido, 1944). Direção: Humphrey Jennings. Fotografia: H.E. Fowle . Música: Dennis Blood. Montagem: Sidney Stone. Dir. de arte: Edward Carrick. Contando com encenações abertas que reconstituem a gênese da célebra canção (que se tornaria título de um dos últimos filmes de Fassbinder , quatro décadas após), esse curta parece fugir um pouco da poética mais associada a Jennings. Aqui se somam a essas reconstituições encenadas imagens de arquivo (dentre outros, do inevitável O Triunfo da Vontade ) em contra-propaganda mais direta, de longe a opção mais utilizada (e mais bem-sucedida, diga-se de passagem) pelos britânicos. Aqui se encena, inclusive, o estabelecimento improvisado de uma rádio de propaganda nazista na Belgrado bombardeada e ocupada, em que se executa a canção cantada por Lale Andersen. Como o objetivo principal da rádio era atingir e levantar a moral de seus compatriotas soldados, observa-se (como em Fassbinder, embora de forma men

Filme do Dia: Spring Offensive (1940), Humphrey Jennings

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  S pring Offensive (Reino Unido, 1940). Direção: Humphrey Jennings. Rot. Original: Hugh Gray, com comentários de A.G. Street. Fotografia: Eric Cross, H.E.Fowle & Jonah Jones. Montagem: Geoffrey Foot. Dir. de arte: Edward Carrick. Todo esse curta vinculado à Escola Documental Britânica, dirigido por seu realizador talvez mais talentoso, ao menos no que diz respeito ao esforço de guerra empreendido pelo órgão, tem como objetivo provavelmente transformar os agricultores, e gente do campo em geral, em duplos daqueles que escutam o comentário radiofônico da BBC, sobre as propostas do ministro da agricultura e a necessidade de incrementar a produção;  que no, plano imagético, após certo tempo, ocorre através de uma substituição da imagem da família que escuta à transmissão para cenas de campos viçosos e destituídos da presença humana.  O curta apresenta, de forma didática, a divisão de áreas para cada responsável no Comitê de Guerra para a Agricultura. Ainda que a presença no título

Filme do Dia: Listen to Britain (1942), Humphrey Jennings & Stephen McAllister

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  L isten to Britain (Reino Unido, 1942). Direção, Rot. Original e Montagem: Humphrey Jennings & Stephen McAllister. Fotografia: H.E. Fowle & Fred Gramage. Esse simpático documentário concorreu ao Oscar da categoria (algo que nao pode ser considerado tão distintivo já que mais de duas dezenas de filmes concorreram esse ano). Ao apresentar uma pretensão de descrever uma nação paralelos podem ser efetuados com a produção documental que se deteve tanto sobre cidades ( Berlim, Sinfonia de uma Metrópole sendo o exemplo mais evidente) ou igualmente países ( O Homem com a Câmera ) de duas décadas antes. Ao contrário dessa última produção, no entanto, duas distinções básicas podem ser referidas. No plano formal, inexiste o acentuado modernismo que impregna projetos como o de Vertov , que também problematiza   o próprio processo de criação cinematográfica. No plano ideológico, trata-se de uma peça de propaganda, mesmo que diga-se de passagem bem mais sutil do que as habituais produz

Filme do Dia: Spare Time (1939), Humphrey Jennings

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S pare Time (Reino Unido, 1939). Direção: Humphrey Jennings. Fotografia: H.E. Fowle . Essa pequena obra-prima do talento documental de Jennings, é um projeto pioneiro a se deter, de forma mais culturalmente interessada, que propriamente uma descrição das atividades fabris em tom algo ufanista como nas produções típicas do período sob orientação de John Grierson . Esse talento se reflete tanto em sua elaboração formal, construída praticamente sob um estilo semi-observacional em que a narração over fica grandemente restrita aos princípios de cada um dos grupos operários retratados: do aço, têxtil e minerador, e que terá enorme influência sobre a geração posterior do Free Cinema . E também em termos de conteúdo, na descrição dos afazeres de tais operários em seus “tempos livres”, ou seja, quando não se encontram no trabalho. As performances musicais dos grupos, cada segmento trabalhista apresenta um número musical específico, de certa forma servirá, como no posterior Listen to Br

Filme do Dia: The Farm (1938), Humphrey Jennings

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T he Farm (Reino Unido, 1938). Direção: Humphrey Jennings. Documentário curto filmado no raro processo em cores Dufaycolor, apresentando o cotidiano bucólico de uma fazenda. Logo de início o narrador afirma se tratar de uma propriedade em Wessex na primavera. O filme se apresenta, igualmente, através de outro comentário do narrador, como uma espécie de alternativa aos que não podem seguir a recomendação de um poeta de observar uma fazenda todos os dias para ter paz de espírito. Nos primeiros minutos, após uma imagem do gado, prefere seguir as ovelhas, animais de potencial maior de carisma e movimento. A seguir vem os porcos, com uma imagem de uma ninhada grande de porquinhos mamando nas generosas tetas de uma porca bem nutrida. Quando a imagem da porca movendo a cabeça pode sinalizar algo não muito de acordo ao que o narrador afirma sobre ela estar vivenciando com prazer a operação, a imagem corta para o tópico seguinte, o gado. Após uma breve aproximação dos cavalos de raça, a c

Filme do Dia: English Harvest (1938), Humphrey Jennings

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E nglish Harvest (Reino Unido, 1938). Direção: Humphrey Jennings. Aqui, ao contrário de The Farm , as mesmas imagens dos trabalhadores da fazenda sendo supridos de sua dose de cerveja, durante o intervalo do trabalho, não é acompanhado pelo comentário algo paternalista daquele, mas somente da música de Beethoven – não é impossível imaginar que Humberto Mauro tenha travado conhecimento, por sinal, com essa produção, já que ele incorpora a mesma sinfonia, em alguns de seus trechos mais expressivos, em Argila , realizado pouco após.   Mesmo que próximo do curta contemporâneo citado, aqui Jennings parece ter conseguido melhor efeito estético, não abusando tanto da voz over e apresentado de forma mais focada e menos carente de uma aceitação algo populista de seu outro curta. Ambos os curtas terminam com as mesmas imagens. Dufay Chromex. 8 minutos e 55 segundos.

Filme do Dia: A Diary for Timothy (1945), de Humphrey Jennings

A Diary for Timothy (Reino Unido, 1945). Direção: Humphrey Jennings. Rot. Original: E.M. Forster. Fotografia: Fred Gamage. Música: Richard Addinsell. Até mesmo em um gênero tão insípido como o do filme de propaganda os britânicos tentaram aplicar uma coloração humanista mais do que de apenas explícita propaganda. Jennings e sua equipe o fizeram através do recurso de apresentar fatos, dados e expectativas sobre o futuro a partir do prisma de um diário visual para o infante Timothy, nascido em setembro de 1944. A música atenua parcialmente a postura empertigada e pomposa, algo ainda mais ressaltada por se lidar com “atores naturais”, ao contrário do naturalismo que se extraiu de postura semelhante nos filmes neo-realistas contemporâneos. Como a maior parte dos documentários britânicos de guerra se evita o melodrama, embora certos momentos sejam de evidente manipulação emocional, como o do canto natalino sobre a imagem em close do pequeno e inocente bebê, alheio a todas as vitórias e v