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Filme do Dia: A Dança dos Paroxismos (1929), Jorge Brum do Canto

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  A   Dança dos Paroxismos (Portugal, 1929). Direção, Rot. Original e Montagem: Jorge Brum do Canto. Fotografia: Manuel Luís Vieira. Com: Machado Correia, Jorge Brum do Canto, Maria de Castro, Maria Emília Vilas, Maria Manuela Varela. Cavalgando há dois dias rumo ao Reino Encantado no qual desposará uma princesa, Galeswithe (Varela) o cavaleiro (Brum do Canto) é acudido por um grupo de camponesas. Ele segue sua jornada, tendo sido alertado para ter cuidado quando atravessasse Elfland, a terra dos elfos. Lá proseia com Banschi (Castro) e é convidado a dançar pelas sílfides, convite que declina. O convite embute várias promessas, para que permaneça no seu reino. Esse não cede a seus encantos e parte, logo a seguir vendo uma imagem de ninguém menos que Galeswithe, que se afirma já ter morrido. Bem mais comedido em suas experimentações formais que a maior parte dos filmes da vanguarda francesa que lhe inspirou – o filme é dedicado a Marcel L’Herbier, embora talvez seja mais próximo, es

Filme do Dia: A Caixa de Pandora (1929), G.W. Pabst

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  A   Caixa de Pandora ( Die Büchse der Pandora , Alemanha, 1929). Direção: G.W. Pabst. Rot. Adaptado: Joseph Fleisler, G.W. Pabst & Ladislaus Vajda, baseado na peça de Franz Wedekind. Fotografia: Günther Krampf. Música: Stuart Oderman & William P. Perry. Dir. de arte: Andrej Andrejew & Gottlieb Hesch. Com: Louise Brooks, Fritz Kortner, Francis Lederer, Carl Goetz, Krafft-Raschig, Alice Roberts, Gustav Diessl, Sig Arno. Peter Schön (Kortner), influente e respeitado empresário dono de jornal, vê sua respeitabilidade ameaçada com os crescentes boatos de seu envolvimento com a amante, Lulu (Brooks), de pouca ou nenhuma reputação. Decidido a casar com uma mulher de seu meio social, seus planos vão por água abaixo quando ela o flagra nos braços de Lulu. Schön então decide casar com Lulu, mas na noite de núpcias, a flagra no quarto com os amigos parasitas Rodrigo Quast (Kraff-Raschig) e Schigolch (Goetz), assim com o filho Alwa (Lederer). Schön insiste que Lulu se suicide, mas

Filme do Dia: Everyday (1929), Hans Richter

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  E veryday (Reino Unido/Suiça, 1929). Direção: Hans Richter. Rot. Original: Hans Richter & Hans Arp. Já da primeira imagem de seus créditos iniciais, em que se tem o título recortado contra um catálogo de indicações aparentemente do preço de ações ao fundo, encontra-se posto referências ao tema e (alguns dos) recursos estilísticos utilizados para compo-lo visualmente. O titulo parece ser resultado de um processo de colagem de letras, evocando a própria colagem visual e sonora que é o filme, já o catálogo o primeiro indicativo do processo de massificação que o filme parece reiterar ao longo de sua metragem, e uma crítica direcionada ao coração do sistema capitalista, o mundo das finanças. É impossível não observar que é a visão crítica que guia o filme, sem concessões, ao contrário das mais ambíguas sinfonias contemporâneas como Berlim, Sinfonia de uma Metrópole (1927), de Ruttman e O Homem com a Câmera (1929), de Vertov. Parece quase impensável que Richter não tenha visto o f

Filme do Dia: Amor de Cabra (1929), Lewis R. Foster

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  A mor de Cabra ( Angora Love , EUA, 1929). Direção: Lewis R. Foster. Rot. Original: Joel McCrea & H.M.Walker. Fotografia: George Stevens. Montagem: Richard C.Currier. com: Stan Laurel, Oliver Hardy, Edgar Kennedy, Harry Bernard, Charlie Hall, Charley Young. Laurel e Hardy encontram uma cabra que fugiu na rua. Eles a despistam com certa dificuldade mas dois dias depois ela volta a persegui-los e eles não encontram outro jeito que leva-la para seu quarto de hotel barato.   O dono do estabelecimento não consegue dormir, no entanto, com as estripulias que aprontam e, no limite, ligue para a polícia. Quando ele sobe ao quarto, descobre os dois lavando a cabra e é tido pelo policial que chega como o sequestrador do animal. De longe a piada que se destaca sai das tradicionais gags da dupla, seja o Gordo puxando o pé do magro e não o seu próprio para massagear ou caindo numa poça de água no meio da rua. Ela é uma divertida contraposição entre o que fala o personagem dono do hotel ond

Filme do Dia: The Karnival Kid (1929), Ub Iwerks & Walt Disney

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  T he Karnival Kid (EUA, 1929). Direção: Ub Iwerks & Walt Disney . Música: Carl W. Stalling. Mickey é um vendedor de cachorros quentes que se encanta pela dançarina do ventre, Minnie. Procura lhe dar um cachorro quente, mas no último minuto a salsicha do mesmo se rebela e foge. Junta então dois gatos para fazerem coro aos acordes do seu violão, recebendo como recompensa alguns objetos dirigidos a sua cabeça por um vizinho revoltado. Se é verdade que essa animação se encontra a uma distância astronômica do que se configurará como “padrão de qualidade” a partir da década seguinte (padrão esse instituído, por sinal, pelo próprio Disney ) com seus traços e sonorização grosseiras e p&b, talvez em quase igual medida se pode perceber uma liberdade maior, algo surrealista e anárquica, na disposição dos próprios personagens em relação a seus corpos – Mickey, por exemplo, saúda Minnie retirando parte de sua própria cabeça – evocativa da série do Gato Félix, de quem certamente a cria

Filme do Dia: Ko-Ko's Conquest (1929), Dave Fleischer

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  K o-Ko’s Conquest (EUA, 1929). Direção: Dave Fleischer. Divertido curta mudo com o personagem do palhaço Koko, cujo principal atrativo é sua teia de referências  e conexões entre o mundo da animação e o da ação ao vivo. A forma como a ilustração de uma narrativa é inserida – o próprio Fleischer contando a Koko como conquistara sua medalha como herói, salvando as casinhas onde moram seus personagens animados da inundação através do escatológico recurso de beber  toda a água que esta vazando de um cano (ao mesmo tempo que observamos seu ventre se enchendo, numa cena evocativa do que o Mont Phyton fará, de material semelhante, décadas após com Monty Phyton – O Sentido da Vida ) – pode passar inicialmente despercebida. Fleischer cria uma garota que imediatamente se lança a água para que Koko venha salvá-la. Após salva-la, o casal se depara com um vilão. E fugindo desse caem do alto de uma travessia entre arranha-céus,  subitamente  não apenas dentro de uma igreja  mas já na posição de

Filme do Dia: São Paulo, Sinfonia da Metrópole (1929), Adalberto Kemeny & Rudolf Rex Lustig

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S ão Paulo, Sinfonia da Metrópole (Brasil, 1929). Direção: Adalberto Kemeny & Rudolf Rex Lustig. Rot. Original: Adalberto Kemeny . O título não deixa dúvidas. Tendo como modelo a mais célebre das sinfonias urbanas do cinema silencioso, Berlim, Sinfonia de uma Metrópole , de dois anos antes, o filme esboça algo de similar, sem conseguir cumpri-lo de todo. Se algo da rotina mais comezinha chega a ser captado, mesmo que sem o mesmo talento e poesia de seu contraparte alemão, assim como eventuais momentos em que o filme evoca sem peias seus colegas vanguardistas europeus (até mesmo o contemporâneo O Homem com a Câmera , o qual os realizadores certamente não haviam conhecido até então), sua verve conservadora, ausente na maior parte dos filmes do ciclo pelo mundo, é expressiva em vários momentos. Em dois deles, sobretudo. O que apresenta a colônia penal, modelo de regeneração, segundo os realizadores, e descrita pelo filme nos moldes dos presídios observados nos filmes norte-

Filme do Dia: Conflito dos Sexos (1929), Gustav Machatý

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C onflito dos Sexos ( Erotikon , Tchecoslováquia, 1929). Direção: Gustav Machatý. Rot. Original: Machatý, a partir do argumento dele próprio e de Vitezslav Nezval. Fotografia: Václav Vich. Montagem: E.B. White. Dir. de arte: Alexander Hammid, J. Machon & Julius von Borsody. Com: Ita Rina, Karl Schleichert,  Olaf Fjord, Theodor Pistek, Charlotte Susa, Luigi Serventi, Ladislav H. Struna, Milka Balek-Brodská. Andrea (Rina) é uma garota ingênua que vive com o humilde pai (Schleichert) ferroviário. Numa noite tempestuosa, o pai hospeda o jovem George Sydney (Fjord). Uma atração imediata acontece entre os dois. Andrea rapidamente é seduzida, mas George parte e não lhe dá apoio. Ela, grávida, perde a criança e a honra diante do pai, que havia se indisposto com amigos, por conta dela. Vagando errante, Andrea se envolve com um bêbado que, quando ameaça ser violentada por ele, é socorrida por Jean (Serventi), tornando-se seu companheiro. Já casados, Andrea ocasionalmente volta a encontrar,

Filme do Dia: One Good Turn (1929), Otto Mesmer

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O ne Good Turn (EUA, 1929). Direção: Otto Mesmer. Félix é expulso de casa por seu dono míope. Ele tenta voltar, mas acaba sendo enviado para mais longe dentro de um saco e é perseguido por um urso e ajudado por uma raposa, que se torna seu parceiro e a quem se sente no dever de ajudar, quando um caçador de raposas se aproxima. Como é característica habitual da série não existe uma narrativa delineada de forma mais sólida nesse episódio, sendo sua maior atração o carisma de seu protagonista e o antropomorfismo radical, que transforma inclusive partes do próprio corpo ou – como aqui – notas musicais emitidas pelo nosso herói, na chave da casa de onde foi expulso. De certa forma, aproxima-se mais da concepção de “cinema de atrações” do que propriamente de um cinema narrativo mais clássico, ainda que exista algum encadeamento entre as ações, é o efeito-gag imediato que prepondera, algo que aliás continua sendo uma marca registrada da animação igualmente no período sonoro, principal

Filme do Dia: O Caroço Roubado (1929), Chuzo Aoji & Yasuji Murata

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O Caroço Roubado ( Manga: Kobutori ,   Japão, 1929). Direção: Chuzo Aoji & Yasuji Murata. Rot. Original: Chuzo Aoji, a partir de seu próprio argument o. Numa terra em que todos os homens possuem o que parece ser uma disfunção da tireoide um dos homens, que passa dias no campo e dorme isolado em um tronco de árvore, observa certo dia um ritual de magia com um líder rodeado por seres sobrenaturais, entre alados e humanos. Esses bichos o atacam e procuram extrair à força a bolsa que existe pendurada em seu rosto, conseguindo ao final. Quando ele retorna a seu vilarejo, chama a atenção de outro morador que quer saber o motivo de sua transformação. Quando esse lhe conta, o homem parece inicialmente reagir com incredulidade. De toda forma vai ao local, porém seu tratamento arrogante faz com que o grupo lhe imponha outra bolsa do outro lado de sua face, a partir justamente da que fora extraída do primeiro homem. Embora dialogando com o universo da fantasia, é interessante observar

Filme do Dia: Aplausos (1929), Rouben Mamoulian

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A plausos ( Applause , EUA, 1929). Direção: Rouben Mamoulian. Rot. Adaptado: Garret Fort, baseado no romance de Beth Brown. Fotografia: George J. Folsey. Montagem: John Bassler. Com: Helen Morgan, Joan Peers, Fuller Mellish Jr., Jack Cameron, Harry Wadsworth, Roy Hargrave, Doroth Cumming, Mack Gray, Jack Singer. Kitty Darling (Morgan) é uma artista de vaudeville que decide enviar a filha, April (Peers) para longe do mundo do entretenimento. Porém, a saída da mesma do colégio católico a leva ao contato conflituoso com a cidade grande, o mundo da boemia e um padrasto abusivo. Numa incursão solitária, Kitty encontra o marinheiro Tony (Wadsworth), por quem se apaixona e promete casar. Com a decadência da carreira da mãe, no entanto, Kitty se sente obrigada em assumir as obrigações com o mundo do vaudeville, o qual detesta, e rompe relações com o noivo Tony. A mãe, sem saber do ocorrido e recusada por outros empresários do meio, decide se suicidar. Helen estréia no palco e, para sua s

Filme do Dia: Sangue Mineiro (1929), Humberto Mauro

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S angue Mineiro (Brasil, 1929). Direção e Rot. Original: Humberto Mauro. Fotografia: Edgar Brasil. Com: Carmen Santos , Nita Ney, Luiz Soroa, Maury Bueno, Máximo Serrano, Fantol, Rosendo Franco, Augusta Leal, Adhemar Gonzaga, Elie Sori.          Em noite de São João, Carmen (Santos), filha adotiva do empresário Juliano Sampaio (Fantol), tenta o suicídio após perceber que seu amor, Roberto (Soroa), encontra-se nos braços de sua irmã, Neusa (Ney). Ela é socorrida por dois rapazes, Cristóvão (Bueno) e Max (Serrano), que voltam de uma noitada de farras e é levada para a fazenda de Acaba Mundo, onde é acolhida como filha pela matriarca Martha (Leal). Carmen desperta o amor tanto no jovem intempestivo e fanfarrão Cristóvão, inconsequente moço da cidade, quanto no seu ajuizado primo Max. Após a descoberta pela família Sampaio de que Carmen se encontra em Acaba-Mundo, Neusa vai visitá-la e pede que ela retorne ao lar, afirmando que nada mais existe entre ela e Roberto. As investida

Filme do Dia: A Linha Geral (1929), Sergei Eisenstein

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A   Linha Geral ( Staroye i Novoye , URSS, 1929). Direção e Rot. Original: Serguei Eisenstein & Grigori Aleksandrov. Fotografia: Eduard Tissé. Dir. de arte: A. Burov, Vasili Kovrigin & Vasili Rakhals. Com: Marfa Lapkina, M. Ivanin, Konstantin Vasilyev, M. Ivanin, Vasili Buzenkov, Nejnikov, Chukamaryev, Ivan Yudin. Marfa (Lapkina) incentiva a pobre comunidade rural a montar uma cooperativa e, não sem algum esforço, consegue fazer com que não gastem o dinheiro do primeiro lucro recolhido, já que almejam comprar um touro reprodutor. O touro é comprado, uma festa é feita para a união dele com uma vaca, que gera os primeiros bezerros da fazenda. O próximo passo será a compra de um trator. Porém, tanto os burocratas do partido quanto os proprietários privados da terra não facilitam que os sucessos conseguidos prossigam. O touro é envenenado e existem empecilhos para a aquisição do trator, já que a garantia desse se encontra atrelada aos resultados da primeira colheita. Mesm

Filme do Dia: Finding His Voice (1929), Max Fleischer & F. Lyle Goldman

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F inding His Voice (EUA, 1929). Direção: Max Fleischer & F. Lyle Goldman. Nesse documentário animado um filme mudo visita um filme falado buscando emprego e esse o leva a um laboratório da Western Eletric, onde um técnico explica todo o processo de sonorização, da compressão das faixas de som e imagem num único rolo, passando pelo equipamento instalado na câmera cinematográfica e sua cabine blindada até a sala de cinema.Numa comparação inevitável com outro curta institucional, Now You’re Talking (1927), dirigida pelo irmão de Max, Dave, fica patente o abismo que existe entre a criatividade daquele, que não fica submissa ao aspecto didático de sua explanação – no caso se trata de uma campanha para a conservação e bom uso do aparelho telefônico – e o oposto aqui observado. Wester Eletric Soundsystem Picture. 10 minutos e 38 segundos.

Filme do Dia: Fragmento de um Império (1929), Fridrikh Ermler

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F ragmento de um Império ( Oblomok Imperii , URSS, 1929). Direção: Fridrikh Ermler. Rot. Original: Fridrikh Ermler & Ekaterina Vinogradskaya. Fotografia: Gleb Bushtuyev & Yevgeni Shneider. Dir. de arte: Yevgeni Yenej. Com: Fyodor Nikitin, Lyudmila Semyonova, Valeri Solotsov, Aleksandr Melnikov, Emil Gal, Yakov Gudkin, Ursula Krug, Sergei Gerasimov. Filimonov (Nikitin) é um soldado em trauma de guerra desmemoriado que somente alguns anos após finda a mesma é que consegue recuperar informações sobre o seu passado. Ele então passa a ter um trabalho e busca pela mulher (Semyonova), encontrando-a casada com um outro homem (Solotsov). Sua aparição súbita provoca a necessidade de uma decisão entre a mulher permanecer ou não com o marido opressor com o qual vive. Ermler conduz a utilização de recursos da célebre “montagem soviética”, via de regra de forma mais convencional que os mais conhecidos realizadores do movimento, representando os fragmentos – caso o título fosse no p

Filme do Dia: A Liberdade (1929), Leo McCarey

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A Liberdade ( Liberty, EUA, 1929). Direção: Leo McCarey . Rot. Original: Leo McCarey & H.M. Walker.   Fotografia: George Stevens. Música: Richard C. Currier & William H. Terhune. Com: Stan Laurel , Oliver Hardy , Sam Lufkin, James Finlayson, Jack Hill, Harry Bernard, Jean Harlow , Ed Brandenburg. Dois fugitivos de um presidio (Laurel e Hardy) conseguem alcançar um carro de seus comparsas. Na pressa da fuga, eles trocam a farda de presos por suas próprias, mas se enganam com as calças. Quando buscam locais para desfazer o equívoco sempre são flagrados por pessoas, inclusive policiais. Procuram um arranha-céu em construção, mas o elevador parte com eles ao topo e lá passam agruras em uma altura fenomenal, tendo que equilibrar-se entre os exíguos blocos de ferro. No momento das estripulias do alto do prédio o filme é evocativo de aventuras similares de Harold Lloyd, porém a parte mais saborosa se concentra na sua primeira metade, com um prólogo que parte de uma equipar

Filme do Dia: O Inferno Branco de Pitz Palu (1929), Arnold Fanck & G.W.Pabst

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O Inferno Branco de Pitz Palu ( Die weiße Hölle vom Piz Palü , Alemanha, 1929). Direção: Arnold Fanck & G. W. Pabst. Rot. Original: Arnold Fanck & Ladislaus Vajda. Fotografia: Sepp Allgeier, Richard Angst & Hans Schneeberger. Montagem: Arnold Fanck. Cenografia: Ernö Metzner. Com: Gustav Diessl, Leni Riefensthal, Ernst Petersen, Ernst Udet, Mizzi Götzel, Otto Spring, Kurt Geron, Charles McNamee, Mizzi Gotzel. Dr. Johannes (Diessl) sobe a dificil montanha Nevada de Pitz Palu com a esposa (Gotzel) que é atingida por uma avalanche de neve. Ele bate na porta do jovem casal, Maria (Riefensthal) e Hans (Peterson) e abre seu coração para Maria, que se sente atraída por ele. Juntos, partem para uma escalada a montanha, em que Hans se fere gravamente e os três agonizam de frio até a sua descoberta por um aviador amigo do casal. O casal consegue ser resgatado, mas Johannes é sepultado pela neve. O filme talvez seja o auge de todo o ciclo de “filmes da montanha” que teve c

Filme do Dia: A Dança dos Esqueletos (1929), Walt Disney

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A  Dança dos Esqueletos (EUA, 1929). Direção: Walt Disney. Música: Carl W. Stalling. Essa primeira das Silly Symphonies , mesmo não possuindo a virtuosidade técnica e as cores de alguns títulos posteriores da série, tais como Os Três Porquinhos (1933), apresenta um humor menos comportado e mesmo impensável em alguns momentos na produção posterior do estúdio. Como o momento no qual o esqueleto pioneiro literalmente abocanha toda a imagem do quadro. Aqui, um esqueleto resolve sair para se divertir após a meia-noite, seguido por um grupo. Entre os momentos mais divertidos, o que um esqueleto faz um de seus parceiros de xilofone, o que um deles faz o arremedo de passos do fox-trot ou o que um dos esqueletos se desfaz de um dos seus próprios ossos para se livrar do canto insistente de uma coruja. Stalling ficaria mais conhecido como realizador de trilhas musicais para os desenhos da Warner da série Pernalonga. Walt Disney Prod. para Columbia Pictures. 5 minutos e 20 segundos

Filme do Dia: Minha Rainha (1929), Erich Von Stroheim

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M inha Rainha ( Queen Kelly , EUA, 1929). Direção: Erich von Stroheim . Rot. Original: Erich von Stroheim & Marian Ainslee. Fotografia: Paul Ivano. Montagem: Viola Lawrence. Dir. de arte: Harold Miles. Figurinos: Max Rée. Com: Gloria Swanson, Walter Byron, Seena Owen, Sylvia Ashton, Florence Gibson, Madge Hunt, Tully Marshall, Madame Sul-Te-Van. O Príncipe Wolfran (Byron) é um mulherengo que caiu nas graças de uma mulher que não o ama, mas a quem não pode recusar, a Rainha Regina V (Owen). Na véspera do anúncio inesperado de seu casamento, Wolfran se apaixona pela jovem aspirante à freira Kelly (Swanson). Wolfran simula um incêndio no convento apenas para capturá-la e levá-la ao palácio real. Regina os flagra juntos e humilha ambos, principalmente sua rival, que pula nas águas do rio, sendo salva por um dos homens do palácio. Kelly embarca para Der-el-Salem onde se encontra com a tia (Ashton) moribunda e é instigada a substituí-la casando com o marido da tia, o maníaco Jan

Filme do Dia: O Homem com a Câmera (1929), Dziga Vertov

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O H omem com a Câmera ( Cjelovek s Kino-Apparatom , URSS, 1929). Direção e Rot. Original: Dziga Vertov. Fotografia: Mikahil Kaufman. Montagem: Yelizaveta Svilova. Esse tocante tributo ao cinema e ao seu poder de captar imagens diversas do mundo, considerado um dos maiores documentários de todos os tempos, inicia com uma advertência sobre a necessidade de um cinema-cinema, que se afaste dos meios literários e teatrais para efetivamente se concretizar. Vertov demonstra isso na prática, através do uso de um arsenal diverso de trucagens ópticas e – principalmente – pela junção delas todas através da montagem. O filme transpira a euforia de uma União Soviética ainda embevecida com sua jovem revolução. Se o painel diverso do cotidiano urbano que apresenta boa parte do filme, principalmente em sua primeira parte, pode sugerir uma aproximação com as sinfonias metropolitanas, das quais a mais famosa é também a pioneira, Berlim, Sinfonia de uma Metrópole (1927), Vertov vai muito além.