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Mostrando postagens de julho, 2021

Filme do Dia: Crip Camp: Revolução pela Inclusão (2020), James Lebrecht & Nicole Newnham

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  C rip Camp: Revolução pela Inclusão ( Crip Camp , EUA, 2020). Direção James Lebrecht & Nicole Newnham. Rot. Original James Lebrecht, Nicole Newnham & David Radcliff. Fotografia Justin Schein. Música Bear McCreary. Montagem   Andrew Gersh, Mary Lampson & Eileen Meyer. Talvez exista algo de notável nesse documentário, em relação ao panorama contemporâneo do gênero, excluindo a temática e figuras que obtiveram repercussão nacional – e posteriormente internacional – em sua luta pelos direitos das pessoas que nasceram ou se transformaram em figuras com limitações de comunicação e/ou movimento, portadoras de paralisia cerebral, surdos, mudos, cegos, tetraplégicos, paraplégicos, etc., como Judith “Judy” Heumann. É o apagamento do próprio Lebrecht como um de seus realizadores, observado apenas como mais um dos retratados associados ao campo de veraneio que marcaria profundamente suas vidas e posturas diante da vida, ao menos em uma visada rápida. No documentário, inclusive,

Filme do Dia: Cunard Vessel at Liverpool (1901)

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  C unard Vessel at Liverpool (Reino Unido, 1901). Descrição de alguns elementos de um navio da Cunard ancorado em Liverpool. É interessante pensar que seu recorte passa gradativamente da multidão anônima de passageiros que desembarca para grupos mais personificados como empregados efetuando a limpeza do chão do navio e oficiais embarcando até chegar finalmente a figura isolada de um homem (cozinheiro?) com seu gato de estimação. Um novo grupo, de empregadas em trajes de serviços domésticos, surge, até os planos finais que apresentam o capitão. Mitchell & Kenyon. 2 minutos e 45 segundos.

Filme do Dia: Yansan (2006), Carlos Eduardo Nogueira

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  Y ansan (Brasil, 2006). Direção e Rot. Original: Carlos Eduardo Nogueira. Música: Ruggero Ruschioni.  Montagem: Carlos Eduardo Nogueira Procura efetivar uma leitura pop da mitologia afro-brasileira a respeito de Yansã. Moça atraente, Yansan deixa sua vida na prostituição para se tornar companheira de Exu, mas Ogun, seu irmão mais jovem e atraente acaba por atraí-la. Tornando-se amantes, atraem a ira de Exu, que manda assassinar o irmão. Yansan, desesperada, comete o suicídio. Ainda que a idéia original da adaptação (não de todo, é bem verdade, quando se pensa em filmes como Orfeu do Carnaval ) para um mundo contemporâneo e sem referencia espaço-temporal seja atraente, o resultado final é extremamente prejudicado por sua banal estrutura de thriller e por fazer uso de técnicas de animação em 3D longe de inspiradas ou propiciadoras de um toque autoral. 18 minutos.

Filme do Dia: Russian Rhapsody (1944), Robert Clampett

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  R ussian Rhapsody (EUA, 1944). Direção: Robert Clampett. Rot. Original: Lou Lilly.  Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Peças de propaganda na animação nunca foram tão populares provavelmente quanto no auge da propaganda de guerra da Segunda Guerra Mundial – a Disney havia realizado seu curta demonizando Hitler, Education for Death , um ano antes – e, habitualmente, tampouco criativas. Este curta de Clampett muito menos é exceção. Um Hitler extraordinariamente bem desenhado, torna-se vítima de um grupo de Gremlins do Kremlin (título também da deliciosa canção, única coisa talvez verdadeiramente digna de nota). Bem menos interessante e mais datado do que o curta igualmente dirigido por Clampett no ano anterior com algumas referências semelhantes (avião, gremlin, referência mais discreta ao universo da guerra). É curioso como a postura com relação à União Soviética – Stálin aqui apresentado como principal terror de Hitler – rapidamente se transformará com o final da guerr

Filme do Dia: Última Felicidade (1951), Arne Mattsson

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  Ú ltima Felicidade ( Hon Dansade em Sommar , Suécia, 1951). Direção: Arne Mattsson. Rot. Adaptado: Volodja Semitjov, a partir do romance Sommardansen de Per Olof Ekström . Fotografia: Göran Strindberg. Música: Sven Sköld. Montagem: Lennart Wallén. Dir. de arte: Bibi Lindström. Com: Folke Sundquist, Ulla Jacobsson, Edvin Adolphsson, John Elfström, Erik Hell, Irma Christenson, Sten Lindgren, Nills Hallberg. Göram (Sundquist), rapaz da cidade,   vai passer uma temporada na fazenda do tio Anders (Adolphsson). Lá interessa-se à primeira vista por Kerstin (Jacobsson), tímida garota de 17 anos, oprimida pela família conservadora e pela visão de mundo de moral extremamente rígida pregada pelo pastor   (Elfström) local. Kerstin se distancia de Göram e depois ele fica sabendo que sua família, após flagra-los juntos, envia-a a uma fazenda distante. Göram vai ao encontro dela e juntos se banham no rio e fazem amor. O pai de Göram (Lindgren), incomodado com o desejo do filho de permanecer na fa

Filme do Dia: Marrocos (1930), Josef von Sternberg

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  M arrocos ( Morocco , EUA, 1930). Direção: Josef von Sternberg . Rot. Adaptado: Jules Furthman , baseado na peça Amy Jolly , de Benno Vigny. Fotografia: Lucien Ballard & Les Garmes. Montagem: Sam Winston. Dir. de arte: Hans Dreier. Figurinos. Travis Banton. Com: Gary Cooper , Marlene Dietrich, Adolphe Menjou, Ullrich Haupt, Eve Southern, Francis McDonald, Paul Porcasi. A cantora de cabaré Amy Jolly (Dietrich) desperta o amor do milionário solteirão La Bessiere (Menjou) à caminho do Marrocos. Indiferente e descrente dos homens, no entanto, ela o ignora como ignora a todos. A situação muda de figura quando conhece o legionário Tom Brown (Cooper). O amor que se inicia entre ambos é interrompido pelo envolvimento amoroso de Brown com a mulher (Southern) de seu superior, Caesar (Haupt), que ordena que ele parta em perigosa missão. Dividido entre ir na missão ou desertar com Jolly, acaba partindo. Solitária, Jolly cede aos mimos de La Bessiere, com quem noiva. No dia que celebram o n

O Dicionário Biográfico de Cinema#90: Max Linder

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  Max Linder (Gabriel-Maximilien Leuvielle) (1883-1925), n. Caverne, França A despeito de uma reedição, em 1958, de uma antologia de Max Linder, somente uma fração da obra desse comediante pioneiro é hoje conhecida. As poucas evidências que temos são confundidas pelas afirmações que  Chaplin foi influenciado por Linder. Ainda que Linder tenho ido à América e obtido razoável sucesso lá, foi a epítome de um comediante francês. Um bordelense, mudou-se para Paris aos vinte e um anos e, após um ano no teatro, passou a atuar em filmes. De 1905 a 1907 fez algo como quatrocentos filmes para a Pathé, enquanto estrelava no music-hall parisiense. Mas, após 1907, ele assumiu de André Deed o posto de principal comediante da Pathé, com a cota estável de um filme por semana. E m 1911 estava escrevendo e dirigindo seus próprios filmes, e o personagem de "Max" emergiu: notavelmente contido e adulto; um dândi tímido e belo; propenso a acidentes, mas caprichoso. Poderia ter saído de um seriado

Filme do Dia: Ricardo III - Um Ensaio (1996), Al Pacino

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  R icardo III - Um Ensaio ( Looking for Richard , EUA, 1996) Direção: Al Pacino. Rot.Adaptado: Al Pacino&Frederic Kimball, baseado em peça de Shakespeare.  Fotografia: Stephen C. Confer, Jon Kranhouse & Richard Leacock. Música: Howard Shore. Montagem: Bill Anderson, Ned Bastille, Andre  Betz & Pasquale Buba. Com:  Al Pacino , Winona Ryder, Alec Baldwin, Kevin Spacey, Aidan Quinn, Estelle Parsons, F. Murray Abraham, Penelope Allen, Gordon MacDonald. Sob o pretexto de realizar os preparativos para uma montagem de Ricardo III em Nova York, Pacino realiza um filme com vistas a tornar mais popular a peça de Shakespeare. A partir daí movimenta-se entre Nova York, Londres e a cidade natal de Shakespeare. Produção modesta em que a mistura de linguagens cinematográfica e teatral é um dos charmes desse semi-documentário no qual constantemente se cruzam três momentos diversos: os bastidores da preparação da peça com os atores lendo seus textos e a viagem de Pacino e seu co-roteiris

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#49: Animação (Parte I)

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  ANIMAÇÃO . A despeito de Quirino Cristiani  ter dirigido o primeiro longa de animação e o primeiro longa de animação sonoro, a América do Sul não tem sido considerada como uma fonte importante de filmes animados. Até os anos 1960, a história do cinema de animação na América do Sul foi a de uma série de obras artesanais, sem sucesso de estabelecer uma indústria. Nos anos 60 isso mudou, na medida em que um grande número de curtas foi produzido, particularmente na Argentina e no Brasil, e a animação foi utilizada regularmente na televisão para publicidade e séries de desenhos infantis. No entanto, não foi somente nos anos 1990 que uma série de longas de animação conquistou sucesso comercial sustentado, ao menos nos mercados domésticos. O sucesso internacional, por outro lado, tem permanecido enganoso.  Argentina . A história começa com Cristiani. Inspirado pela obra de Émile Cohl, criou um desenho com recortes de papelão, em 1916; em 1917, foi o principal animador da sátira política El

Filme do Dia: Democracia em Vertigem (2019), Petra Costa

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  D emocracia em Vertigem (Brasil, 2019). Direção: Petra Costa. Rot. Original: Petra Costa, Carol Pires, David Barker & Moara Passoni. Fotografia: João Atala & Ricardo Stuckert. Montagem: David Barker, Tina Baz, Jordana Berg, Joaquim Castro, Karen Harley & Felipe Lacerda. A perspectiva de se associar a história mais ampla com uma subjetividade, inclusive a do próprio realizador (realizadora, no caso), é válida como outra qualquer, talvez até louvada dentro do contexto contemporâneo, embora sempre possa cair no risco de uma posição narcísica algo delicada. No caso o uso e abuso do recurso tem seus pontos positivos, mas igualmente sofríveis, sobretudo quando se faz uma associação de seu nascimento com o da redemocratização do país, em um processo metonímico de gosto duvidoso. Como se por osmose a pessoa pudesse se transformar em porta-voz ou dotada de uma aura de verdade que viesse das profundezas imemoriais de si e capturasse o mundo. Ainda mais alguém assumidamente “desqu

Filme do Dia: Acordes do Coração (1946), Jean Negulesco

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  A cordes do Coração ( Humoresque , EUA, 1946). Direção: Jean Negulesco. Rot. Adaptado: Clifford Odets & Zachary Gold, para o conto homônimo de Fannie Hurst. Fotografia: Ernest Haller. Montagem: Rudi Fehr. Dir. de arte: Hugh Reticker. Cenografia: Clarence Steensen.  Com: John Garfield, Joan Crawford, Oscar Levant, J.Carroll Naish, Tom D’Andrea, Peggy Knudsen, Ruth Nelson, Paul Cavanagh, Robert Blake. Paul Boray (Garfield) é uma criança (Blake) que pede ao pai (D’Andrea) um violino, quando por pressão da mãe, Florence (Knudsen), havia ido a uma loja para comprar algo no dia de seu aniversário. O que o pai acreditava ser puro capricho se transforma em obsessão de sua vida. Porém seu gênio intempestivo não o faz avançar muito, e numa situação de depressão econômica que passa o país, sente a pressão do pai para que traga dinheiro para a casa. Enamorado da jovem Gina (Chandler), sua sorte muda de figura no momento em que o parceiro Sid Jeffers (Levant) o leva a uma festa da grã-fina

Filme do Dia: Greyhound: Na Mira do Inimigo (2020), Aaron Schneider

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  G reyhound: Na Mira do Inimigo ( Greyhound , EUA/Canadá/China, 2020). Direção Aaron Schneider. Rot. Adaptado Tom Hanks , baseado no romance The Good Shepherd , de C.S. Forester. Fotografia Shelly Johnson. Música Blake Neely. Montagem Mark Czyzewski & Sidney Wolinksi. Dir. de arte David Crank & Tom Frohling. Cenografia Leonard R. Spears. Figurinos Julie Weiss. Com Tom Hanks , Elisabeth Shue, Stephen Graham, Matt Helm, Craig Tate, Rob Morgan, Travis Quentin, Jeff Burkes, Matthew Zuk. O Capitão Krause (Hanks), ainda bastante inexperiente, é designado para o comando de um comboio marítimo que atravessará as revoltas águas do oceano Atlântico, rumo ao Reino Unido, poucos meses após os Estados Unidos entrarem na Segunda Guerra Mundial. E terá que se deparar, igualmente, com uma legião de submarinos alemães, dispostos a afundarem a maior quantidade de vasos de guerra que conseguirem na travessia. Como Truffaut a delegar as mais diversas opções ou ordens para seus subordi

Filme do Dia: The Shindig (1930), Burt Gillett

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  T he Shindig (EUA, 1930). Direção: Burt Gillett. Como em outras animações de Mickey em preto&branco dessa época, o entusiasmo pelo uso do som faz menos com que os filmes se tornem extremamente dialogados tais como os seus contemporâneos filmados em ação ao vivo, presas das limitações técnicas na captação do som, do que fazer da música e da dança de seus personagens antropormofizados – aqui se trata de um baile para a bicharada com a presença também de Minnie, Clarabela e Horácio. Há uma dimensão mais sexualidaza na relação entre Minnie e Mickey que sofreria com a nova moral imposta pelo Código Hays – aqui, em diversos momentos enquanto toca piano, não deixa de também puxar a calça de sua namorada. Gillett foi diretor de inúmeras animações como as da série colorida do Gato Félix. Walt Disney  Prod. para Columbia Pictures. 7 minutos e 5 segundos.

Filme do Dia: Cousin (1998), Adam Elliot

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  C ousin (Austrália, 1998). Direção e Rot. Original: Adam Elliot. Essa animação em massinha de Elliot compõe uma trilogia juntamente com Uncle (1996) e Brother (1999). Uma ironicamente séria voz off relata do modo mais distanciado possível os eventos da infância, de teor autobiográfico, sobretudo no que se refere a relação com o primo ao qual faz referência o título.  Seu tom monocórdio se aplica tanto as situações patéticas, hilárias ou francamente dramáticas aos quais vivenciam os personagens – no último caso, encontra-se o trágico final, com a morte dos pais do primo em um acidente de carro que o acaba levando a morar em outro estado. Adam Benjamin Elliot/The Australian Film Comission/SBS Independent para AtomFilms. 4 minutos.

Filme do Dia: Walden (Diaries, Notes and Sketches) (1969), Jonas Mekas

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  W alden (Diaries, Notes and Sketches) (EUA, 1969). Direção, Fotografia e Montagem: Jonas Mekas. Quem atravessar esse tour de force do cinema de Mekas, um estilo aparentemente criado na própria falta de estilo mais específico (ao menos quando comparado a alguns de seus companheiros ou congêneres de New American Cinema como Brakhage ou Warhol ) será brindado com alguns momentos tocantes, como o tributo efetivado a recém-falecida cineasta Marie Menken ou simplesmente a fúria de diversão infantil transformada em um momento  de criação de imagens através da montagem, ainda que sob o peso de certa aridez da autocondescedência com que filma apaixonadamente o próprio cotidiano que vivencia, assim como o de seus próximos ou não (caso do cineasta Carl Th. Dreyer ) célebres. A referência ao universo mais próximo está sempre ao alcance da mão, com relances do cineasta Gregory Markopoulos ou da estréia do Velvet Underground com a presença de Warhol, mas sobretudo de Stan Brakhage, com que Meka

O Dicionário Biográfico de Cinema#89: Hoagy (Hoagland Howard) Carmichael

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  Hoagy (Hoagland Howard) Carmichael (1899-1981), n. Bloomington, Indiana E le senta ao piano que é para ser colocado em proeminência diante do resto do mundo. Veste calças brancas (podem ser creme ou marfim) com uma faixa escura nelas, e poderia ser carmesim ou um azul escuro contra o creme (isto é, a luz da Martinica). E na camisa também existe o mesmo padrão, com uma listra negra vertical em uma pálida base, exceto que as listsa são duas vezes mais regulares. Ele também possui uma gravata, bastante volumosa, desajeitada, atoleimada, com motivos de grandes diamantes. E serei amaldiçoado se ele não tiver uma faixa decorada acima do cotovelo direito, do tipo que jogadores de carteado ou pianistas de salão algumas vezes usam param manterem suas mãos livres. É  chamado de grilo, e é o mais inteligente de todo o filme inteligente. E, mais ou menos, estamos no coração de toda a questão, em um local onde a perfeição e o absurdo desmoronam juntas, de um modo insuportavelmente elegante. Isso

Filme do Dia: Morangos Silvestres (1957), Ingmar Bergman

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  Morangos Silvestres (Smultronstället, Suécia, 1957) Direção: Ingmar Bergman. Rot.Original: Ingmar Bergman. Fotografia: Gunnar Fischer. Música: Göte Lovén & Erik Nordgren. Montagem: Oscar Rosander. Com:Victor Sjöström, Bibi Andersson , Ingrid Thulin , Gunnar Björnstrand, Jullan Kindahl, Folke Sundquist, Björn Bjelfvenstam, Naima Wifstrand, Gunnel Broström, Gertrud Fridh,Gunnar Sjöberg, Max von Sydow .           O Professor Isak Borg (Sjöström), aposentado sente a morte se aproximar, ou pior, sente-se morto em vida - como fará questão de comentar mais adiante (suas preocupações  acabam se refletindo em um sonho, em que um esquife desce a rua sem ter ninguém dirigindo-o. O caixão cai do esquife e ele próprio procura puxá-lo para dentro do caixão) recebe uma carta da universidade onde ensinara que pretende lhe render uma homenagem. Sua nora, Marianne (Thulin) afirma que deseja fazer a viagem a Lund com ele. Iniciando um diálogo que nunca tiveram, ambos são francos. Borg afirma que se

Filme do Dia: Precauções Diante de uma Prostituta Santa (1971), Rainer Werner Fassbinder

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  P recauções Diante de uma Prostituta Santa ( Warnung vor Einer Heiligen Nutte , Alemanha, 1971). Direção e Rot. Original: Rainer Werner Fassbinder . Fotografia: Michael Ballhaus. Música: Peer Raben. Montagem: Thea Eymész & Rainer Werner Fassbinder. Dir. de arte: Kurt Raab. Figurinos: Molly von Fürstenberg. Com: Lou Castel, Eddie Constantine, Marquard Bohm, Hanna Schygulla, Rainer Werner Fassbinder, Margareth von Trotta, Hannes Fuchs, Marcella Michelangeli, Karl Scheydt, Ulli Lommel, Kurt Raab. Uma trupe de atores se hospeda num hotel espanhol, onde a mescla de suas confusas vidas afetivas com a ansiedade gerada por um trabalho que não possui financiamento adequado, nem material para a filmagem, acaba sendo explosivo para o temperamental Jeff (Castel), diretor do filme, que grita com tudo e todos e mantém um poder e atração (inclusive sexual) sobre o grupo. Gera-se uma verdadeira babel no qual promiscuidade, arrivismo e egocentrismo são alguns dos elementos que compõem a cena.