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Filme do Dia: Brooklyn, Fulton Street (1896), Alexandre Promio

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B rooklyn, Fulton Street (França, 1896). Essas imagens, provavelmente de uma das artérias seminais do Brooklyn, dado o relativamente intenso movimento e o fato de ser lugar-comum se filmar os traços de modernidade nos grandes centros urbanos mundo afora – uma das tarefas, aliás,  aos quais o cinegrafista dessa obra, Alexandre Promio, dedicou-se com afinco. Aqui obtém-se imagens de um elevado e de toda a movimentação de pedestre e veículos abaixo dele. Lumière. 40 segundos.

Filme do Dia: Pan-American Exposition by Night (1901), Edwin S. Porter

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P an American Exposition By Night (EUA, 1901). Fotografia: Edwin S. Porter & A. White. As grandes feiras internacionais, dado serem algumas dentre as representações máximas da modernidade e da tecnologia dos países industrializados, eram motivo de constante registro por parte do cinema, que desenvolveu todo um gênero nessa direção. A maior parte não passa de lentas panorâmicas descritivas do local de realização das mesmas. Outros, como Inauguration de l´Exposition Universelle , do ano anterior, demonstram uma perspicácia na sua ilusão relacionada ao movimento que permanecem grandemente interessantes aos olhos de hoje. Esse filme em questão pode se situar entre esses dois extremos. Aparentemente contradizendo seu título, pois boa parte da panorâmica é filmada à luz do dia, o filme continua o movimento a partir das feéricas luzes que tomam espaço da feira à noite. É justamente nessa aparente continuidade do movimento sem maiores sobressaltos que o filme pretende demonstrar sua

Filme do Dia: Londres, Entrée du Cinématographe (1896), Louis Lumière & Charles Moisson

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L ondres, Entrée du Cinématographe (França, 1896). Um dos poucos filmes dos Lumière a aparentemente fazerem alguma auto-referência – no caso a entrada do aparentemente majestoso Teatro Empire, de Londres, cuja atração, como discretamente pode ser percebido em sua marquise, onde um relativamente discreto anúncio na mesma dá notícia do cinematógrafo dos Lumiére “toda noite”. Ao discriminar a exibição de seu tão recente instrumento em tão pujante rua moderna como a aqui flagrada, repleta do movimento de carruagens e transeuntes, é como se ao mesmo tempo os irmãos de Lyon estivessem igualmente se inscrevendo no coração dessa modernidade. Destaques para os dois cavalheiros que fazem uma rápida mesura com suas cartolas para a câmera. É curioso como o cinema entra pela porta da frente da burguesia, como aqui observado, para logo depois se tornar o espetáculo predileto do populacho, somente sendo reabilitado novamente nos idos do cinema narrativo com Griffith . Lumière. 40 segundos.

Filme do Dia: American Falls from Above, American Side (1896), James H. White

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A merican Falls from Above, American Side (EUA, 1896). Direção: James H. White. Essa vista de uma caudalosa queda d’água observada a partir de um mirante trai o interesses, desde o início de carreira, de White por situações captadas ao ar livre, que o diferenciam de boa parte dos “produtos visuais” então manufaturados pela compa nhia, aproximando-o, por sua vez, da estética dos cinegrafistas a serviço dos Lumière (não à toa o próprio White irá captar imagens na França, já com movimentação de câmera , em Panorama of Eiffel Tower ) ou atrações que atravessam o quadro longitudinalmente, sejam veículos dos bombeiros ( A Morning Alarm ) ou um trem ( Philadelphia Express, Jersey Central Railway ). Embora boa parte da precária qualidade da imagem se deva ao fator tempo, parece ficar patente aqui à distância que separa o equipamento utilizado pelos franceses, capaz de registrar imagens muito mais nítidas do que o aqui utilizado, que deixa a imagem quase toda ao fundo e central da cena

Filme do Dia: Passaic Falls, New Jersey (1896), James H.White

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P assaic Falls, New Jersey (EUA, 1896). Direção: James H. White. Plano fixo que destaca a monumentalidade das cachoeiras e com uma ponte que cruza próximo das mesmas em primeiro plano. Se por um lado as maravilhas do mundo moderno atraíam as lentes dos cinegrafistas e as maravilhas da natureza por outro, aqui a proeminência dada a ponte na imagem possui seu que de ambíguo, pois o cinegrafista poderia ter escolhido outro ângulo que não a destacasse, mas sim as próprias quedas d’água. Esse marco da presença humana em meio à natureza, no entanto, é incorporado de forma algo discreta, quase como um detalha a mais a realçar a beleza do “quadro”, e para que isso aconteça sem maiores impedimentos, a ponte se encontra deserta de transeunte ou qualquer veículo (provavelmente ferroviário) que fizesse uso dela, acentuando o tom bucólico como um todo. Sensação que só veio a ser perturbada pela inconstância da imagem, agravada com o tempo, provocando uma sensação semelhante a de um tremor

Filme do Dia: Driving Cattle to Pasture (1904)

Driving Cattle to Pasture (EUA, 1904). Fotografia: A.C. Abadie. Um grupo de vaqueiros tange o gado para o cercado. Observar o momento em que um dos cavalos começa a agir como se estivesse em um rodeio e faz vários movimentos bruscos, porém o vaqueiro permanece montado, demonstrando um provável exibicionismo diante das câmeras, ainda que não abertamente encenado para a mesma. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 8 segund os.

Filme do Dia: Lourdes, Sortie de l'Église du Rosaire (1897)

Lourdes, Sortie de l´Église du Rosaire (França, 1897) A câmera observa de longe os fiéis abandonando a Igreja do Rosário. Como não podia deixar de ser o modo de enquadrar a cena, a torna por si só majestosa em seu plano único, como habitual na época.  A relação com o pórtico grandioso da igreja em profundidade, assim como a escadaria, perfeitamente focados ao fundo, assim como todo o mais restante da imagem, apresenta uma perfeição que somente voltaria a ser conseguida pelo cinema, quando muito, bastante tempo após. Société Anonyme des Plaques et Papiers Photographique. 52 segundos.