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Mostrando postagens de julho, 2023

Filme do Dia: Ghost - Do Outro Lado da Vida (1990), Jerry Zucker

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  G host – Do Outro Lado da Vida ( Ghost , EUA, 1990). Direção Jerry Zucker. Rot. Original Bruce Joel Rubin. Fotografia Adam Greenberg. Música Maurice Jarre. Montagem Walter Murch. Dir. de arte Jane Musky & Mark W. Mansbridge. Cenografia Joe D. Mitchell. Figurinos Ruth Morley. Maquiagem e Cabelos Ben Nye III & Dione Taylor. Com Patrick Swayze, Demi Moore, Whoopi Goldberg, Tony Goldwyn, Stanley Lawrence, Christopher J. Keene, Susan Breslau, Martina Deignan, Rick Aviles, Vincent Shciavelli. O casal Sam Wheat (Swayze) e Molly (Moore) mal começa a apreciar sua vida juntos, em loft muito bem decorado, afinal não falta dinheiro a Sam, um especulador da bolsa, quando ele é assassinado em um assalto ao lado dela, por um homem, Willie Lopez (Aviles), morador da periferia do Brooklyn. O espírito de Sam passa a ter contatos com uma médium canastrã, Oda Mae (Goldberg). Ele consegue ter acesso ao endereço do assassino, e faz com que o mais próximo amigo do casal, Carl (Goldwyn) vá

O Dicionário Biográfico de Cinema#194: Catherine Deneauve

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  Catherine Deneauve (Catherine Dorléac), n. Paris, 1943 E la é a irmã mais nova de Françoise Dorléac (1942-67). Estava assistindo um programa de TV sobre Buñuel com um amigo, quando apresentou um clipe de Buñuel dirigindo uma cena para La Belle de Jour  [ A Bela da Tarde ] (67). Era uma cena de praia, na qual Catherine Deneauve está amarrada a um poste, com um longo vestido branco que deixa os braços nus. Buñuel supervisionava o modo como a lama seria jogada em Deneuve e, enquanto uma imundície semelhante a estrume salpicava sobre ela, ambos riam juntos. "Como uma mulher pode fazer este tipo de coisa para viver?" indagou meu amigo. Ao que eu repliquei: "Exatamente do mesmo modo que uma burguesa, em sua casa de bom gosto, pode sonhar em ser uma meretriz." A tuação e cinema liberam fantasias e Deneauve é uma atriz fantástica, sua beleza um receptáculo para qualquer imaginação, talvez a melhor loira impassível, sugerindo insinuações de depravação. Em sua melhor obra,

Filme do Dia: Pele de Asno (1970), Jacques Demy

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  P ele de Asno ( Peau d’Âne , França, 1970). Direção: Jacques Demy. Rot. Adaptado: Jacques Demy, baseado no conto de Paul Perrault. Fotografia: Ghislain Cloquet. Música: Michel Legrand. Montagem: Anne-Marie Cotret. Dir. de arte: Jacques Dugied. Com:  Catherine Deneauve , Jean Marais, Jacques Perrin, Micheline Presle, Delphine Seyrig , Fernand Ledeux, Henri Cremiéux, Sacha Pitoeff. Num reino encantado, o Rei (Marais) vive em paz idílica com sua amada esposa (Deneuve), sendo sua paz abençoada por um asno que defeca jóias. Porém, um belo dia toda essa harmonia é comprometida pela doença e falecimento da rainha, que promete que o Rei somente deverá se casar com outra mulher ainda mais bela que ela. A única mulher à altura da Rainha, é a própria filha de ambos, a Princesa (Deneauve). Mesmo apaixonada pelo pai, a Princesa não cede a seus pedidos por conselho de uma Fada (Presle). Após inúmeros vestidos luxuosos como garantia de que casará com o Rei, a Princesa pede a pele do asno mágico, fu

Diretoras de Cinema#10: Ulrike Ottinger

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  OTTINGER, Ulrike (1942-). Alemanha . Ulrike é conhecida como a rainha do cinema underground berlinense. Seu filme feminista lésbico Madame X - Eine Absolute Hersscherin  [ Madame X - An Absolute Ruler ] é internacionalmente celebrado como a corporificação do feminismo surrealista e o melhor do cinema queer (White, Weiss). Os filmes de Ottinger imaginam alegorias útopicas feministas onde as mulheres confrontam as políticas do prazer unindo à questão a história da arte, práticas etnográficas e a noção de poder. Ottinger nasceu Ulrike Weinbery em Constance, Alemanha, em 1942. Estudou arte e trabalhou como artista plástica e fotógrafa antes de se mover para o cinema. Viveu em Paris entre 1962 e 1968, onde se envolveu com o teatro experimental e "happenings", assim como com fotografia. A seguir voltou à Alemanha após as autoridades parisienses confiscaram o roteiro para seu filme Laokoon & Sohne  [ Lacoon and Sons ], filme que questiona a história do cinema e do gênero fílm

Filme do Dia: Amarilly of Clothes-Line Alley (1918), Marshall Neilan

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  A marilly of Clothes-Line Alley (EUA, 1918). Direção: Marshall Neilan. Rot. Adaptado: Frances Marion, baseado no romance de Belle K. Maniates. Fotografia: Walter Stradling. Cenografia: Wilfred Buckland. Com: Mary Pickford, William Scott, Kate Price, Ida Waterman, Norman Kerry, Fred Goodwins, Margaret Landis, Tom Wilson. Amarilly (Pickford) vive com sua numerosa família em um cortiço trabalhando em ocupações improvisadas. Desempregada de seu emprego de faxineira de um teatro, ela é convidada pelo noivo, Terry McGowen (Scott) para trabalhar no mesmo clube no qual é barman. Amarilly conhece o janota Gordon (Kerry), que a convida para trabalhar de faxineira em sua mansão. Ela é utilizada como cobaia pela tia de Gordon, a Sra. David Phillips (Waterman), afetada socialite, que tenta transformar Amarilly em uma lady , para confirmar a idéia de que é o meio que modela o caráter e os hábitos de uma pessoa. Gordon acaba se apaixonando por Amarilly, mas a situação se torna socialmente constra

Filme do Dia: O Conto das Três Irmãs (2019), Emin Alper

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  O   Conto das Três Irmãs ( Kis Kardeler , Turquia/Alemanha/Holanda/Grécia, 2019). Direção e Rot. Original: Emin Alper. Fotografia: Emre Erkmen. Música: Giorgos Papaioannou & Nikos Papaioannou. Montagem: Cicek Kahraman. Dir. de arte: Ismail Durmaz & Osman Cankirilli. Figurinos: Alceste Tosca Wegner. Com: Cemre Ebuzziya, Ece Yüksel, Helin Kandemir, Müfit Kayacan, Kayhan Açikgöz, Kubilay Tunçer. Sevket (Kayacan) possui três filhas e perdeu recentemente a esposa. Uma delas, Nurhan (Yüksel), foi trazida de volta por Necati (Tunçer), por negligenciar suas obrigações domésticas. Reyhan (Ebuzziya), a primogênita, é casada com o indolente e um tanto aparvalhado pastor Veysel (Açikgöz), tendo um filho pequeno cujo pai não é ele. A mais jovem é Havva (Kandemir), também a mais instruída, que consegue ler e escrever e tem hábitos de higiene mais exigentes que os praticados na residência. Necati resolve passar mais tempo na propriedade de Sevket, que o mima com comidas e bebidas feitas p

Filme do Dia: Special Delivery Messenger, U.S.P.O. (1903), A.E. Weed

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  S pecial Delivery Messenger, U.S.P.O (EUA, 1903). Fotografia: A.E. Weed. Encenação de evidente viés documental sobre a chegada de uma carta ou telegrama que é entregue e assinada por uma senhora nesse que é um das dezenas de filmes financiados pelos Correios norte-americanos. Destaque para o recurso, apropriado à exaustão por certos realizadores vinculados ao cinema moderno, como Júlio Bressane no Brasil, do plano iniciar sem nenhum elemento humano e apenas a presença da fachada da casa, ser atravessado pelo carteiro com sua bicicleta e permanecer na fachada da casa após a saída dos dois personagens, elemento comum no cinema da época. American Mutuoscope & Biograph. 40 segundos.

Filme do Dia: JFK Revisitado: Através do Espelho (2021), Oliver Stone

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  J FK Revisitado: Através do Espelho ( JFK Revisited Through the Looking Glass , EUA, 2021). Direção Oliver Stone. Rot. Adaptado : James DiEugenio, baseado no seu próprio livro. Fotografia Robert Richardson. Música Jeff Beal. Montagem Brian Berden, Kurt Mattila & Richard B. Molina. A sanha com que esse documentário se lança em buscar a comprovação de que as investigações que se sucederam ao assassinato do presidente Kennedy foram manipuladas talvez possua um efeito colateral não previsto por seus realizadores – e Stone é um conhecido militante na área, tendo realizado um longa ficcional ( JFK: A Pergunta que Não Quer Calar ) de impacto sobre o tema, além de paralelamente a este documentário, ter dirigido uma minissérie para TV com título próximo. E qual seria este efeito?  O de não emergir nenhuma voz dissonante que se contraponha à conspiração pela CIA, tal qual um filme ficcional clássico (e a maior parte dos que são feitos até hoje), em que tudo parece à serviço da redundân

Filme do Dia: A História Não Contada dos Estados Unidos - A Bomba (2012), Oliver Stone

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  A   História Não Contada dos Estados Unidos – A Bomba ( The Untold History of United States. Chapter 3: The Bomb , EUA, 2012). Direção Oliver Stone. Rot. Original Matt Graham, Peter Kuznick & Oliver Stone. Música Adam Peters. Montagem Alex Márquez. Inicia com as chocantes manifestações – inclusive de personalidades públicas, a começar pelo presidente Truman – de racismo aberto contra os japoneses, geradas em sua maior parte pela trauma junto aos norte-americanos representado pelo ataque à base de Pearl Harbour. Os ataques aéreos – e Roosevelt advocava por não se utilizar de diligências bárbaras como atacar grandes cidades – já haviam se tornado lugar comum sobre as grandes metrópoles europeias e asiáticas (Madri, Xangai, Barcelona, Londres, Berlim, Moscou, Leningrado, etc.). Faz uso mais intenso e diversificado de filmes ficcionais. Iwo Jima – O Portal da Glória , retratando a agressividade dos combates e baixas americanas no Pacífico (até o herói John Wayne é ferido a tiro

Filme do Dia: Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan (2023), Martin Bourboulon

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  O s Três Mosqueteiros: D’Artagnan ( Les Trois Mousquetaires: D’Artagnan , França/Alemanha/Espanha/Bélgica, 2023). Direção Martin Bourboulon. Rot. Adaptado Matthieu Delaporte & Alexandre de la Patellière. Fotografia Nicolas Bolduc. Música Guillaume Roussel. Montagem Célia Lafitedupont. Dir. de arte Stéphane Taillason & Patrick Schmitt. Cenografia Philippe Cord’homme. Figurinos Thierry Delettre. Maquiagem e Cabelos Stéphane Robert & Fulvio Pozzobon. Com François Civil, Vincent Cassel, Louis Garrel, Vicky Krieps, Eva Green, Romain Duris, Pio Marmaï, Lyna Khoudri, Jacob Fortune-Lloyd, Eric Ruf, Marc Barbé. 1627. Numa França na qual protestantes, aliados dos ingleses, e católicos vivenciam fortes tensões, D’Artagnan (Civil), jovem da província, vem a ser quase enterrado vivo, quando intervém no sequestro de uma jovem. Ele se apresenta ao Capitão de Tréville (Barbe) com a intenção de se tornar mosqueteiro e consegue ser chamado para duelar com três outros: o veterano

O Dicionário Biográfico de Cinema#193: Joan Bennett

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  Joan Bennett   (1910-1990), Palisades, Nova Jersey A  filha do ator Richard Bennett e irmã caçula da atriz Constance Bennett, Joan foi educada em Connecticut e Paris. Aos 16, fugiu com um milionário e teve uma criança - exatamente à mesma época que Constance fugiu com um milionário. Após um breve casamento e divórcio, trabalhou como extra em The Divine Lady [ A Dama Divina ] (29, Frank LLoyd). Seu pai então a ajudou a ter um papel maior em Bulldog Drummond  [ Amante de Emoções ] (29, E. Richard Jones) e rapidamente se tornou uma estrela romântica loura. Na verdade, fez mais de quarenta filmes, antes de chegar aos papéis pelos quais é justamente lembrada. A loura, nos anos prévios a Walter Wanger, que a viu em Disraeli  (29, Alfred E. Green) com George Arliss; em Moby Dick (30), de Lloyd Bacon; Maybe, It's Love (30), de Wellman; Doctor's Wives  (31), de Borzage; She Wanted a Millionaire  [ Ela Queria um Milionário ] (32, John Blystone); Wild Girl [ Mulher Indomável ] (32) e Me

Filme do Dia: O Netinho do Papai (1951), Vincente Minnelli

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  O Netinho do Papai ( Father’s Little Dividend , EUA, 1951).  Direção: Vincente Minnelli.  Rot. Original: Albert Hackett, Frances Goodrich & Edward Streetar.  Fotografia: John Alton . Música: Albert Sendrey. Montagem: Ferris Webster. Dir. de arte: Cedric Gibbons & Leonid Vesian.  Cenografia: Edwin B. Willis. Figurinos: Helen Rose. Com:  Spencer Tracy ,  Joan Bennett , Elizabeth Taylor, Don Taylor, Billie Burke, Moroni Olsen, Russ Tamblyn, Hayden Rorke. Stanley Banks (Tracy) se vê as voltas com a premente previsão de ser avô da filha recém-casada Kay (Taylor) de quem já não aprovara o casamento precipitado com  Buckley (Taylor). Logo ele que tinha planos de sair com a esposa de férias para Honolulu na primavera, numa espécie de segunda lua-de-mel. Sua rabugice é o oposto do completo maravilhamento da mulher, Ellie (Bennett), que quer que o casal vá morar com eles.  Quando o neto chega, Stan continua resistente, situação que somente muda de figura quando ele esquece acidentalmen

Filme do Dia: Trabalhadoras Metalúrgicas (1978), Renato Tapajós & Olga Futemma

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  T rabalhadoras Metalúrgicas (Brasil, 1978). Direção Renato Tapajós & Olga Futemma. Rot. Original Olga Futemma. Fotografia Washington Racy. Montagem Olga Futemma. Indo bastante direto ao assunto esse documentário, aparentemente propositalmente sem grandes firulas estéticas (quando se pensa, em contraposição, na abordagem de um curta de meia década após como Chapeleiros ) para provavelmente servir como alimento para discussões dentro do próprio sindicato que o co-produziu – e, na abertura do congresso com participação exclusiva de mulheres quem o abre é ninguém menos que o presidente do sindicato à época, um imberbe Luís Inácio Lula da Silva. Inicia com uma fala de uma trabalhadora que afirma-se dividida entre querer voltar como o próprio sexo, mas também como homem, devido as diferenças salariais para o mesmo tipo de trabalho e depois faz um rápido comentário, mais que apanhado histórico, em cima de um punhado de ilustrações históricas de mulheres trabalhadoras do século XI

Filme do Dia: Mr. Hublot (2013), Alexandre Espigares & Laurent Witz

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  M r. Hublot (Luxemburgo/França, 2013). Direção: Alexandre Espigares & Laurent Witz. Rot. Original: Laurent Witz. Música: François Rousselot.  Dir. de arte: Pascal Thiebaux. Mr. Hublot é um homem solitário e avesso ao mundo exterior. Observando crescentemente um cão-robô que vive na rua, certo dia ele fica desesperado achando que o cão foi levado pelo caminhão do lixo. Ele o encontra logo após e resolve adotá-lo. O que mal sabe é que ele crescerá bastante. Esse curta de animação consegue um equilíbrio razoável entre a atmosfera futurista apresentada e a persistência de um mundo de sentimentos humanos bastante reconhecível. Assim como de equilibrar nesse universo futurista, objetos perfeitamente comuns ao uso contemporâneo ou até mesmo algo vintage (xícara, tv). Dito isso, se sua fábula inteligentemente acrescenta uma cereja no bolo do que seria uma narrativa um tanto convencional e excessivamente sentimental, algo ainda mais salientado pela canção que faz referência ao person

Filme do Dia: The Greatest Man in Siam (1944), Shamus Culhane

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  T he Greatest Man in Siam (EUA, 1944). Direção: Shamus Culhane. Rot. Original: Ben Hardaway & Mitt Schaffer. O sultão do Sião decide abrir uma concorrência para ver quem ganhará a mão de sua bela filha. O que mais chama atenção nessa animação curta é que Culhane, ex-profissional da Disney (onde havia realizado alguns dos momentos mais inspirados de Branca de Neve e os Sete Anões ) consegue persistir no estilo narrativo ainda francamente guiado por um tema musical, onipresente na década anterior, sobretudo em sua primeira metade, com a ironia e a malícia típicas de um realizador como Tex Avery. Nesse quesito entram tanto o pregão deixado pelo sultão que deixa claro a impossibilidade da participação de serviçais do castelo e suas respectivas famílias, numa clara alusão aos concursos organizados pelas grandes corporações, como – e principalmente – a evidente alusão a sexualidade exuberante da filha do sultão, que transforma todos os homens em cópias do célebre Lobo de Avery. O fat

Filme do Dia: Taming the Cat (1948), Connie Rasinski

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  T aming the Cat (EUA, 1948). Direção: Connie Rasinski. Rot. Original: John Foster. Música: Philip A. Scheib. Faísca & Fumaça são os primeiros a observarem o anúncio “pega-pássaro” de um gato que propagandeia a busca de pássaros que cantem. A dupla não apenas canta, quanto faz todo tipo de torturas com o gato – a determinado momento um dos corvos canta paradiando Jimmy Durante. Noutro é evocado o tema musical identificado com ninguém menos que o concorrente Pica-Pau. Décimo primeiro curta da série. Terrytoons para 20 th Century Fox. 6 minutos e 30 segundos.

Filme do Dia: Maître Galip (1964), Maurice Pialat

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  M aître Galip (França, 1964). Direção: Maurice Pialat . Rot. Adaptado: A partir do poema de Nazim Hikmet. Fotografia: Willy Kurant. Ainda mais que em Pehlivan , centrado em tema único, esse curta de Pialat do momento inicial de sua carreira, também ambientado na Turquia, toma as palavras de um poeta como passaporte para olhares menos centrado ou mais dispersos sobre motivos vários. Complementa a poesia um canto tradicional e é da complexa tessitura entre o canto e sua música, a poesia e as imagens da primavera escaldante em Istambul que o curta trafega. Às crianças, entrevistas em meio a multidão em Pehlivian ,  observa-se com peculiar atenção, bem antes mesmo do narrador atentar para uma passagem do poeta que faz referência aos seus cinco anos de idade. Seus rostos miúdos surgem inicialmente valorizados apenas por si próprios. Posteriormente vinculados a passagem dos anos pelo poeta, como referido e aí, quando a idade adulta chega, é a preocupação com o trabalho que se torna pre