Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Poesia

Poemas

novamente é verão abaixo do equador  novamente veremos debaixo do sol as variedades dos filmes antigos saberemos o nome dos ventos sorrisos muito brancos dores coloridas amores impossíveis segundo os almanaques olhem-se feijão milho abóbora e manga não se cortam madeiras nem se deitam galinhas ou outras aves as ruas avenidas e ônibus tornam-se insuportáveis como já sabiam os índios daqui que não faziam cidades ### não há trem noturno que não chegue atrasado e noves fora meu coração ainda é o mesmo não há brinquedo não há segredo não há pecado que não seja para ti as alfaces ainda estão na geladeira e na minha gaveta tenho dois passsaportes que não passsariam em nenhuma alfândega entre a ilegalidade e uma salada me resta a esperança da tua chegada

Dedução, Vladimir Maiakóvski

Não acabarão nunca com o amor nem as rusgas, nem a distância. Está provado, pensado, verificado. Aqui levanto solene minha estrofe de mil dedos e faço o juramento: Amo firme, fiel e verdadeiramente
 Master, serene are  All the hours  That we lose,  If we lose them,  We place flowers Like in a jar.  ---  In our life,  There are no sorrows  Nor are there joys  So let us learn,  Incautiously wise,  Not to live life.  ----  But to flow down it  Tranquilly, serenely  Let our children Be our teachers  And our eyes be  Full of Nature.  -----  By the river bank,  By the road side,  Happening to be right,  Always the same,  A gentle rest  Being living life.  ....  Time passes  It tells us nothing  We grow old  Let’s learn., almost  Maliciously,  To feel ourselves going.  ---  It is not worth while  To make a gesture.  There is no resistance To the cruel god  Who devours always His own sons.  --- Let us pick flowers,  Let us dip gently  Our hands  Into calm rivers  For learning  Also to be calm.  ---  Sunflowers ever  Stare at the sun, Let us go from life  Tranquilly, with No remorse  Of having lived. As Ricardo Reis  December 6, 1914
Chemin De Fer Alone on the railroad track I walked with pounding heart. The ties were too close together or maybe too far apart. The scenery was impoverished: scrub-pine and oak; beyond its mingled gray-green foliage I saw the little pond where the dirty old hermit lives, lie like an old tear holding onto its injuries lucidly year after year. The hermit shot off his shot-gun and the tree by his cabin shook. Over the pond went a ripple The pet hen went chook-chook. "Love should be put into action!" screamed the old hermit. Across the pond an echo tried and tried to confirm it.  Elizabeth Bishop