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Filme do Dia: Os Traços do Sonho (1986), Jean-Daniel Lafond

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  Os Traços do Sonho ( Les Traces du Revê , Canadá, 1986). Direção e Rot. Original: Jean-Daniel Lafond. Fotografia: François Beauchemin & Martin Leclerc. Música: Paul Perrault. Montagem: Babalou Hamelin. Documentário-tributo a Pierre Perrault que é visto (em imagens de arquivo) dando entrevistas em Cannes, quando da exibição de Para Que O Mundo Prossiga e, sobretudo, A Fera Luminosa , quando faz pouco sobre o desejo infantil de chocar, em suas próprias palavras, do filme de Gainsbourg ( Paixão Selvagem ?) ou afirma que aquele ambiente nada tem a ver com ele, troçando posteriormente da situação, na intimidade, com os amigos. Ou ainda reencontrando os antigos “colaboradores”, os personagens de seus documentários, que chegam a reviver uma cena para ele, presente em Para Que o Mundo Prossiga , do carnaval ou com Leopold Tremblay, que relembra os pais, Alexis e Maria,  em um comovente momento, no qual observamos as imagens de O Reino do Dia , em que o casal comente sobre a viagem à Fr

Filme do Dia: O Retorno à Terra (1976), Pierre Perrault & Bernard Gosselin

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  O   Retorno à Terra ( Le Retour à la Terre , Canadá, 1976). Direção: Pierre Perrault & Bernard Gosselin. Fotografia: Bernard Gosselin. Montagem: Clare Boyer. As conexões entre o presente e o passado de Abitibi, condado que faz parte da província do Quebec é traçado a partir das memórias do passado de escassez e vida dura, evocado constantemente pelo candidato do Partido Quebequense (PQ), Lalancette, assim como de uma Terra Prometida que não chegou a se concretizar de todo, abandonada que foi, no momento no qual o filme estava sendo rodado. Para construir seu complexo painel, o filme dispõe de trechos de filmes realizados na década de 1930, produzidos pelo abade Proulx, imagens em p&b de Lalancette (mais antigas?) e imagens em cores do mesmo Lalancette, muitas vezes comentando, de forma quase retrospectiva, diante das imagens anteriormente apreciadas.  No caso das imagens de arquivo, observa-se o suposto rápido desenvolvimento de uma cidadela construída no que antes era a fl

Filme do Dia: Cornualhas (1994), Pierre Perrault

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C ornualhas ( Cornuailles , Canadá, 1994). Direção: Pierre Perrault. Fotografia: Martin Leclerc & Bernard Gosselin. Montagem: Camille Laperrière. Durante quatro meses, Perrault planta seu equipamento de filmagem próximo do Polo Norte tendo como objetivo flagrar o confronto entre dois bois almiscarados em luta pelo território. Se o pretexto é filmar o combate, que finalmente chega a ser filmado, o filme se prolonga sobre as habituais divagações do realizador a respeito da natureza, vinculando-a muitas vezes ao homem (algo explicitado no documentário curto No Vale de Sverdrup que registra os bastidores desse que seria o último filme de Perrault). Seu prolongamento e repisamento de algumas imagens e/ou temas transforma-o em algo em desvantagem com um documentário curto que aborda motivos semelhantes, O Oumigmag ou O Objetivo do Documentário . Na cena chave, do confronto dos dois machos adultos, intercala-se na montagem planos de um combate entre dois machos jovens. Office Natio

Filme do Dia: L'Acadie, L'Acadie (1971), Pierre Perrault & Michel Brault

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L’Acadie, L’Acadie (Canadá, 1971). Direção: Pierre Perrault & Michel Brault. Fotografia: Michel Brault. Música: Valérie Blas & Majorique Duguay. Montagem: Monique Fortier. No final dos anos 60, um grupo de estudantes francófilos decide não se resignar pelo que acreditam ser o imperialismo da cultura anglófila, assim como seus consequentes benefícios e discriminações na província de New Brunswick. O documentário observa a partir desse contexto um grupo de estudantes da Universidade de Moncton, muitos deles identificados com a cultura acadiana, associada a preservação dos valores francófilos e de dimensão abstrata-utópica, em grande medida. Dentre as cenas mais tensas registradas no documentário se encontram as imagens (compiladas de um canal de TV) de um processo no qual os estudantes são intimados na prefeitura e não podem se manifestar em francês, porque os juízes da corte não compreendem o francês. Os estudantes, a partir da própria realidade opressora na qual vivem – me