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Mostrando postagens de outubro, 2023

Filme do Dia: Maria Antonieta (2006), Sofia Coppola

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  M aria Antonieta ( Marie Antoinette , EUA/França/Japão, 2006). Direção e Rot.Original: Sofia Coppola. Fotografia: Lance Acord. Montagem: Sarah Flack. Dir. de arte: K.K.Barrett, Pierre Duboisberranger & Anne Seibel. Cenografia: Véronique Melery. Figurinos: Milena Canonero. Com: Kirsten Dunst, Marianne Faithfull, Steve Coogan, Judy Davis, Jason Schwartzman, Rip Thorn, Asia Argento, Aurore Clément, Jean-Christophe Bouvet. Maria Antonieta (Dunst) é uma jovem aristocrata austríaca que é enviada para Versalhes, para selar a união de ambos os países, casando-se com o igualmente jovem príncipe (Schwartzman). A partir do momento em que se insere na infindável lista de protocolos e invasões a privacidade que significa morar em Versalhes, Antonieta também tem que se desfazer de tudo que traz que seja evocativo da Áustria, inclusive seus criados e seu cachorrinho de estimação. Quando mais adaptada, passa não somente a voltar a se divertir, como ignorar a amante do Rei Luis XV (Thorn), Mada

Filme do Dia: Fala Brasília (1966), Nélson Pereira dos Santos

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  F ala Brasília (Brasil, 1966). Direção Nélson Pereira dos Santos . Montagem Nélson Pereira dos Santos & Alberto Salvá. O que se poderia esperar, a partir da cartela inicial, que fosse um exercício grandemente formal e acadêmico-douto sobre os sotaques de diferentes regiões do Brasil cede lugar a fala informal de diversas pessoas, provenientes de todos os quadrantes do país, sobre o que acham da cidade, seus trabalhos, suas expectativas. Embora existam belas composições visuais, como a do primeiro falante, do Pará (os entrevistados são identificados unicamente pelo seu local de origem) com um manauara vindo por trás, no geral são bastante simples e voltam a se tornar interessantes, quando o filme demonstra os próprios passos nos quais chegou a seleção dos entrevistados observados, através de suas  falas. Somente ao final se rende propriamente a questão da pesquisa e dos sotaques, ainda que superficialmente, fazendo com que cada um dos cinco que se encontram com a produção ness

O Dicionário Biográfico de Cinema#207: Diane Kruger

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  Diane Kruger (Heidkrüger), n. Algermissen, Alemanha, 1976 H elena de Troia pode ser um papel mais árduo que o de Cristo, a menos que, de alguma forma, os dois possam ser reunidos? E é duro de escrever uma peça como esta sem mensurar um rosto contra mil barcos ou duas dúzias de barcaças. Eva Dahlbeck interpretou Helena em um filme sueco. Rossana Podestà o fez para Dino de Laurentiis , e Maria Corda interpretou o papel em 1927 - isto pode ser interessante. Sienna Guillory interpretou o papel na TV em 2003 - mas este foi o ano no qual ela foi a namorada de Jamie (Colin Firth) em Love Actually  [ Simplesmente Amor ], e é abandonada por Aurelia (Lucia Muniz). Então Helena é a versão mais cara da história, Troy  [ Tróia ] (04, Wolfgang Petersen) custou 175 milhões de US$, foi Diane Kruger - muito mais que vinte e quatro barcaças - noventa e nove elegantes escunas? O problema para a atriz na tentativa foi que o filme encontrou a beleza de Brad Pitt mais cativante. D iane Kruger decidiu ser

Filme do Dia: Fim de Semana (1976), Renato Tapajós

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  F im de Semana (Brasil, 1976). Direção e Rot. Original: Renato Tapajós. Fotografia: Washington Racy. Montagem: Olga Futemma & Maria Rosa Gaiarsa. Quase que invariavelmente a música erudita, já ouvida nos créditos iniciais, e que traz uma dimensão algo melancólica ao filme, surge antes que entre a locução over, a trazer a explicação genérica, sociológica, do que é apresentado individualmente por cada um dos depoentes: o sonho de morar em uma casa própria, devido aos custos altos de se morar de aluguel e a construção das mesmas pelas próprias famílias interessadas nos finais de semana e tempos livres do trabalho em que são empregados. Daí a razão um tanto irônica do título, pois se alguém imagina que se trata de algo associado ao lazer, trata-se justamente do inverso. Por vezes, no entanto, a música erudita surge ainda sobre a fala (descarnada) dos depoentes, que é ouvida enquanto se observa imagens de apoio. Após um terço do filme transcorrido, agora entra na banda sonora não a mú

Filme do Dia: David Bowie is Happening Now (2013), Hamish Hamilton & Katy Mullan

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  D avid Bowie Is Happening Now (Reino Unido, 2013). Direção: Hamish Hamilton & Kate Mullan. Documentário que procura recriar a experiência de mostra homônima que celebra – talvez de forma um tanto apoteoticamente exagerada, mas isso seria o que se esperaria de uma mostra em um museu, mas não necessariamente de um documentário –a arte de David Bowie. O caráter excessivamente multimidiático do evento, que procura cobrir das capas de disco aos figurinos passando por sua trajetória no cinema, videoclipes e arte produzida em relação as suas produções (e também a projetos que não chegaram a vir a luz, como uma versão cinematográfica para Diamond Dogs ) e, mais que isso, demasiado celebratório, torna-o uma experiência algo sacrificante e demasiado aquém de certamente visitar a própria mostra, organizada pelo Victoria & Albert Musuem britânico. Há uma contraposição entre momentos que são registrados da mostra e a reação de seus visitantes e uma espécie de pequeno auditório de televi

Filme do Dia: A Festa (2017), Sally Potter

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  A   Festa ( The Party , Reino Unido, 2017). Direção: Sally Potter. Rot. Original: Sally Potter & Walter Donahue. Fotografia: Aleksei Rodionov. Montagem: Emilie Orsini & Anders Refn. Dir. de arte: Carlos Conti & Rebecca Alleway. Cenografia: Alice Felton. Figurinos: Jane Petrie. Com: Kristin Scott Thomas, Timothy Spall, Patricia Clarkson, Bruno Ganz, Cherry Jones, Emily Mortimer, Cillian Murphy. Uma festa na casa de Janet (Thomas), para comemorar sua nomeação ao Ministério da Saúde traz à tona todos os fantasmas de seu círculo de pessoas próximas, a partir do momento em que seu marido, Bill (Spall), revela-se paciente terminal e, além disso, amante da mulher de Tom (Murphy), um investidor de baixa auto-estima e cocainômano. De quebra, Bill também revela um breve contato com a hoje lésbica de meia-idade Martha (Jones), provocando a ira de sua mulher, Jinny (Mortimer), grávida de trigêmeos. Completam o grupo a amiga próxima de Janet, April (Clarkson) e seu esotérico namorad

Filme do Dia: Él (1952), Luis Buñuel

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  É l (México, 1952). Direção: Luis Buñuel. Rot. Adaptado: Luis Buñuel e Luis Alcoriza, baseado no romance de Mercedes Pinto. Fotografia: Gabriel Figueroa. Música: Luis Hernandéz Breton. Montagem: Carlos Savage. Dir. de arte: Edward Fitzgerald. Cenografia: Pablo Galván. Figurinos: Henri de Chatillon. Com: Arturo de Córdova, Delia Garcés, Aurora Walker, Carlos Martinez Baena, Manoel Dondé, Rafael Banquells, Fernando Casanova, José Pidal. O aristocrata solteiro de meia-idade Francisco Galvan (Córdova) apaixona-se perdidamente por Gloria Milalta (Garcés) que, por se encontrar noiva, resiste-lhe à corte. Porém, a insistência de Francisco acaba lhe convencendo e resolve casar com ele. Aos poucos, Galvan, obsessivamente enciumado, faz com que ela se afaste de qualquer tipo de contato social. Do amigo Pablo (Dondé) que encontra em sua viagem de lua-de-mel à própria mãe, todos são postos ao largo da relação de exclusividade doentia que Francisco nutre por Gloria. Para que a sociedade não o p

Filme do Dia: A Noiva (2007), Ana Almeida

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  A   Noiva (Portugal, 2007). Direção: Ana Almeida. Rot. Original: José Pedro Lopes. Fotografia Jorge Quintela. Música Don Cleary. Montagem Ana Almeida. Com Jose David Coimbra, Bárbara Magal, Joana Pauperio, Ana Luisa Santos, Rodrigo Santos. Sofrível curta que pretende abraçar os protocolos do suspense mas a qual, dada a sua curta extensão e provável inexperiência de seus realizadores, comete um erro fatal para qualquer tentativa promissora de mínima efetividade, a falta de senso de ritmo. Um casal jovem resolve se encontrar nas ruínas do que seria uma antiga mansão e acabam sendo vítimas de uma aparição fantasmática. E as mortes ainda podem ser vinculadas a culpa sexual pela “traição” da garota ao seu namorado, já que está se encontrando com um outro rapaz. A falta de propósito e da habilidade mínima de se narrar uma história são o que mais saltam a vista. Anexo 82 Prod./Zinemania Filmes.  6 minutos e 57 segundos.

Filme do Dia: Entre Deux Soeurs (1991), Caroline Leaf

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  E ntre Deux Soeurs (Canadá, 1991). Direção e Rot. Original: Caroline Leaf. Rot. Original: Catherine Leaf & Grant Heisler. Música: Judith Gruber-Stitzer. Montagem: Camille Laperrière. Duas irmãs vivem isoladamente numa ilha. Viola, cuja face é desfigurada, é cuidada pela irmã, Marie,   para que ninguém a veja. Viola escreve e certo dia, um homem enfrenta o oceano para conhece-la pessoalmente. Inimaginavelmente realizado a partir de gravação na própria película, essa obra, um tanto elíptica em relação a sua própria narrativa (dificilmente se terá uma compreensão tão clara da sinopse acima exposta apenas através de uma visualização única da mesma, ainda que Leaf afirme que a narrativa é o elemento primordial de sua obra). E também uma certa aproximação de um não realismo ostensivo, como aquele em que o homem aparenta ter o dedo cortado e o vermelho de seu sangue toma conta de praticamente todo o campo visual e do absurdo, vinculado sobretudo a sua travessia marinha levando um li

Filme do Dia: O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas (2022), Emma Cooper

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  O   Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas ( The Mystery of Marilyn Monroe: The Unheard Tapes , EUA, 2022). Direção Emma Cooper. Fotografia Geoffrey Sentamu. Música Anne Nikitin. Montagem Gregor Lyon. Dir. de arte Matthew Rice. Figurinos Niahm Doyle. A prática de fazer uso de atores interpretando com áudios ou fazendo uso do que disseram em gravações depoentes – também pessoas do círculo artístico em As Últimas Estrelas do Cinema – não foi uma invenção deste documentário ou do que se detém em Newman & Woodward, mas são uma estratégia central para ambos, além das inevitáveis imagens de arquivo, embora o outro documentário citado o faça com bem mais graça, sem fingir minimamente situações realistas, no que talvez paradoxalmente tenha se beneficiado das restrições impostas pela Covid. A sustentação do pretenso diferencial está associado, uma vez mais, a Anthony Summers, um jornalista de longa carreira e cujo livro serviu de base para este documentário, sobretudo as

O Dicionário Biográfico de Cinema#206: Michael Fassbender

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  Michael Fassbender , n. Heildelberg, Alemanha, 1977 U ma voz calma, um rosto nivelado, uma beleza não totalmente habitada - tem sido sempre um tipo de perfeita neutralidade que é impressionante em Fassbender. Portanto, não foi apenas apropriado, mas um processo de divinização, quando foi elencado como David, o andróide, em Prometheus (12, Ridley Scott). Aliás, todo mundo terminou como um zumbi bem aparentado neste filme. Possui bons momentos nele, mas o filme foi surdo e cego a eles. Isto chegou como um lapso inesperado após um 2011 no qual Fassbender parecia estar em metade dos filmes dignos de nota sendo realizados: talvez o melhor Rochester jamais posto nas telas, contracenando com Mia Wasikowska, em Jane Eyre (Cary Fukunaga);  nu, sexualmente enlouquecido, e desperado em Shame , mas ainda mais intrigante por aquele tom robótico e impertubável; respeitável, mas apaixonadamente auto-contraditório, como Jung, em A Dangerous Method [ Um Método Perigoso ] (David Cronenberg); como um h

Filme do Dia: Hula Hula Land (1949), Mannie Davis

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  H ula Hula Land (EUA, 1949). Direção: Mannie Davis. Rot. Original: Tom Morrison. Faísca & Fumaça abrem uma venda de cachorro-quente numa praia havaiana e seus clientes, ou melhor, vítimas, tornam-se o cão Dimwit e o policial-Buldogue nesse que é o vigésimo primeiro dos 52 curtas produzidos para o cinema da série. Dentro das perseguições rotineiras e trivialidades que remetem grandemente ao universo do burlesco mudo (será coincidência existir um curta produzido por Mack Sennet, em 1917, de mesmo título?), o destaque vai para a explosão final, sob forma de cogumelo atômico, evocando as experiências contemporâneas com a bomba de hidrogênio nos atóis próximos do Havaí e para um final que evoca os dois corvos cantando no céu, numa menção não demasiado explícita de que foram vítimas da explosão – a imagem deles surge como sempre, não enquanto os habituais espectros do universo da animação. Terrytoons para 20th Century-Fox. 6 minutos e 33 segundos. Postada originalmente em 22/10/2018

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#89: Eliseu Subiela

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  SUBIELA, ELISEO.  (Argentina, 1944-*). Mais conhecido por seus filmes "realistas mágicos" e a ficção científica sucesso internacional,  Hombre Mirando al Sudeste  [ Homem Olhando para o Sudeste , 1986), Eliseo Ignacio Subiela é um dos mais proeminentes realizadores sul-americanos dos últimos trinta anos. Nasceu em Buenos Aires, estudos letras e filosofia na Universidad de Buenos Aires e cinematografia na Escuela de Cine de la Plata. Produziu, escreveu e dirigiu seu primeiro curta,  Un Largo Silencio , em 1963, filmado pelo cinegrafista Juan José Stagnaro. Realizou outro curta em 1965 e depois foi um dos nove diretores e três roteiristas (e dez produtores/diretores de fotografia/editores) do bastante longo (210 minutos) documentário  Argentina, Mayo de 1969: Los Caminos de la Liberación  (1969). Talvez a participação de Subiela nesta obra radical de esquerda delimitou sua habilidade para trabalhar na indústria de cinema, particularmente após o golpe militar, mas em qualquer

Filme do Dia: L'idée (1932), Berthold Bartosch

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  L ’idée (França, 1932). Direção: Berthold Bartosch. Rot. Adaptado: a partir do romance de Frans Masereel. Um dos clássicos da animação de vanguarda, menos conhecido que Uma Noite Sobre o Monte Calvo (1933), de Alexander Alexeiff, mas sem dúvida mais radical em suas pretensões do que aquele, sendo o curta de Alexeiff mais poético e inovador em termos de técnica. O produto da imaginação de um homem, uma mulher nua de pequenas proporções, acaba ganhando o mundo e despertando desprezo, admiração ou cobiça nas mais diversas instâncias da sociedade como a justiça, a academia e o mundo artístico. Para acentuar sua dimensão surreal existe a trilha musical, a primeira de música eletrônica jamais composta para um filme. Embora o filme tenha sido sonorizado, não existem diálogos e a única dimensão para além da imagem e do som é a das cartelas na abertura do mesmo. 25 minutos.

Filme do Dia: À Beira do Mar Azul (1936), Boris Barnet & S. Mardanin

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  À   Beira do Mar Azul ( U Samogo Sinego Morya , URSS, 1936). Direção: Boris Barnet & S.Mardanin. Rot. Original: Klimenti Mints. Fotografia: Mikahil Kirilov. Música: Sergei Pototsky. Dir. de arte: Viktor Aden. Com: Nikolai Kriuchkov, Yelena Kuzmina, Semyon Svashenko, Lev Sverdlin, Alexei Dolinin, Sergei Komarov, Aleksandr Zukhov. No sul do Mar Cáspio, no Azerbeijão soviético, dois marinheiros são recolhidos por pescadores após dois dias à deriva no mar apoiados num dos mastros de sua embarcação. Aliocha (Kriuchkov) e Yussuf (Sverdlin) sobrevivem. Quando chegam a uma ilha, Aliosha se apaixona a primeira vista por Misha (Kuzmina), porém quem primeiro se aproxima dela é Yussuf, gerando uma tensão entre os amigos. Após acirrada briga em alto mar, sobre quem poderá ou não casar com Misha, a dupla é interrompida pela tempestade que põe em risco todos. Aliosha e Yussuf se lançam ao mar para conseguirem tentar salvar Misha, conseguindo retornar ao mesmo porém sem ela. Enquanto a comunid

Filme do Dia: To Hear Your Banjo Play (1947), Irving Lerner & Willard Van Dyke

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  T o Hear Your Banjo Play (EUA, 1947). Direção: Irving Lerner & Willard Van Dyke. Rot. Original: Alan Lomax. Fotografia: Richard Leacock. Encenando suas tradições culturais em torno do banjo, como Mauro contemporaneamente aqui começava a fazer igualmente em relação a temas caros ao folclore e a cultura brasileira em geral, esse curta documental inicia com um virtuose no instrumento, ainda nos créditos iniciais, Pete Seeger, e logo fala em sua voz over de ter sido um instrumento criado pelos escravos do Sul, mas logo incorporado à cultura do país como um todo, e essa incorporação, tal como apresentada, significa igualmente seu branqueamento, já que nenhum músico, ouvinte ou dançarino negro é observado; os primeiros rostos negros são apresentados após mais de metade de sua metragem, e ainda assim como trabalhadores não músicos, sendo que, pouco após, um músico negro acompanha e canta em dueto com Woody Guthrie. Seeger é o narrador-músico, muitas vezes se dirigindo diretamente à c

Filme do Dia: Wara Wara (1930), José María Velasco Maidana

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  W ara Wara (Bolívia, 1930). Direção: José María Velasco Maidana. Rot. Adaptado: José María Velasco Maidana & Antonio Diaz Villamil, baseado na obra teatral La Voz de la Quena , de Antonio Diaz Villamil. Fotografia: Mario Camacho, José Jimenez & José María Maidana. Cenografia: Arturo Borda. Figurinos: Martha de Velasco & Alicia de Diaz Villamil. Com: Juanita Tallansier G., Martha de Velasco, Arturo Borda, Emmo Reyes, José Maria Melasco Maidana, Guillermo Viscarra Fabre, Damaso E. Delgado, Raul Montalvo, Juan Capriles, Humberto Viscarra M. Em meio a uma animada comemoração inca, Arawicu possui pressentimentos funestos. Ele afirma para o grupo que os deuses choram a rivalidade de seus descendentes, Huáscar e Atahuallpa, e que a ira divina propiciará que inimigos, provenientes do mar, abatam-se e provoquem a tragédia de seu povo. Curaca Calicuma se desgosta diante da visão pessimista de Arawicu e o envia à prisão. Wara Wara, filha de Calicuma, leva comida a um faminto Arawi

Filme do Dia: Skirmish with Boers near Kimberly (1900), Joe Rosenthal

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  S kirmish with Boers near Kimberly (Reino Unido, 1900). Fotografia: Joe Rosenthal Essa atualidade reconstituída compartilha, ou melhor, antecipa os mesmos protocolos que serão os do filme de perseguição de poucos anos após. Em seu primeiro e longo plano observa todo um grupo de soldados britânicos montados em seus cavalos até que se passe ao segundo, um recorte menor do primeiro. Dificilmente um espectador contemporâneo, de quase 120 anos após sua realização, dar-se-á conta que tal como naqueles aqui se trata de uma perseguição aos bôeres, se não ler a descrição de cada um dos quadros, pois não vemos o outro grupo em ação. No segundo quadro observamos um grupo apeando de seus cavalos e montando suas metralhadoras. Aliás, mesmo se observando a descrição de cada quadro, ainda parece pouco crível que o terceiro e último seja a descrição de um ataque. Warwick Trading Co. 1 minuto e 35 segundos.    

Filme do Dia: The Gossip (1955), Herk Harvey

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  T he Gossip (EUA, 1955). Direção: Herk Harvey. Rot. Original: Margaret Travis. Fotografia: Norman Stuewe. Montagem: Chuck Lacey. Com: Vera Stough. A amizade entre Jean, que pretende se candidatar ao diretório acadêmico da escola e sua melhor amiga, Laura, sofre uma tensão a partir de boatos que circulam pela escola. Harvey parte da mesma fórmula que utilizou que outros de seus curtas documentais educativos, como The Good Loser (1953). Aqui, como naquele, uma situação de tensão se instala e não se acompanha exatamente o desenlace da mesma até o final, ficando o protagonista ruminando a respeito dos próximos passos a tomar e jogando a questão para o espectador. Desnecessário afirmar que, tal como nos outros, as atuações são pífias – aqui, tal como a encenação como um todo, um pouco melhores e menos forçosas que a do curta prévio. Centron Corp. para Young America Prod. 13 minutos e 40 segundos.

O Dicionário BIográfico de Cinema#205: Bibi Andersson

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  Bibi Andersson (Birgitta Andersson), n. Estocolmo, Suécia, 1935*** A inda que Bibi Andersson tenha sido casada com um diretor, Kjell Grede - com quem nunca filmou - nossas impressões dela tem sido radicalmente afetadas por outro, com quem parece espiritualmente comprometida: Ingmar Bergman. Trabalharam juntos pela primeira vez quando ela tinha somente 17 anos, e apareceu em um comercial de sabonetes para TV, dirigido por Bergman. Aquele efeito de limpeza esfregada e alegre levou algum tempo para desaparecer. Treinou no Teatro Real de Estocolmo, de 1954 a 1956, já fazendo algumas pequenas aparições em filmes: Dum-Bom (53, Nils Poppe); En Natt pa Glimmingehus (54, Torgny Wickman); Her Arness Pengarr  (54, Gustaf Molander ); uma pequena participação em Sommarnattens Leende  [ Sorrisos de uma Noite de Amor ] (55, Bergman ); Sista Paret Ut  (56, Alf Sjöberg); Egen Ingang  (56, Hasse Ekman); e Sommarnöje Sökes (57, Ekman); interpretou então a mulher em um casal de inocentes em um grupo de

Filme do Dia: O Rosto (1958), Ingmar Bergman

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  O R osto ( Ansiktet   , Suécia, 1958) Direção: Ingmar Bergman. Rot.Original: Ingmar Bergman. Fotografia: Gunnar Fischer. Música: Erik Nordgren. Montagem: Oscar Rosander. Com:   Max von Sydow , Gunnar Björnstrand, Erland Josephson, Ake Fridell, Naima Wifstrand,   Bibi Andersson ,  Frithiof Bjärne, Tor Borong, Axel Düberg, Lars Ekborg, Bengt Ekerot, Gertrud Fridh, Oscar Ljung, Toivo Pawlo, Birgitta Pettersson, Sif Ruud, Ulla Sjöblom,   Ingrid Thulin .         1846. Uma trupe de curandeiros e hipnotizadores ambulantes formada pelo Dr.Albert Vogler (von Sydow), sua esposa Manda (Thulin), disfarçada de homem, sua avó (Wifstrand), seu ajudante Tubal (Fridell) e o guia Simson (Ekborg). No meio do percurso Vogler encontra o artista decadente Spengler (Ekerot), que morre pouco depois na carruagem. Tendo interrompido sua viagem na alfândega, eles são levados a casa do Consul Vergerus (Björnstrand), que não perde a oportunidade para utilizar suas novas presas como um modelo da maléfica influênc