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Filme do Dia: Unto Us a Child is Born (1966), Bill Morgan & Jerry Strawbridge

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  U nto Us a Child is Born (EUA, 1966). Direção: Bill Morgan & Jerry Strawbridge. Um dos exemplos pioneiros de utilização da técnica de kinestasis , ou seja, utilização expressiva de imagens em foto fixa, através da montagem, uso do zoom e associação com uma trilha sonora que, não raras vezes, como aqui, torna-se o fio condutor do ritmo – o título em questão, refere-se ao prólogo do Messias de Haendel. Fotos de crianças extraídas de contextos diversos são utilizadas e como o título do filme e a canção também sugerem implicitamente, deve-se atentar para que a “criança que nasce entre nós”,   pode não ser tomada assim tão literalmente e se referir ao próprio espectador e seja motivado pelo seu despertar diante da(s) realidade(s) observada(s). Seu trabalho pioneiro, onde se percebe ainda algumas fragilidades técnicas, seria tecnicamente aprimorado por realizadores como Charles Braverman posteriormente ( Kinestasis 60 , American Time Capsule ). 4 minutos e 51 segundos .

Filme do Dia: Enquanto Durou o Nosso Amor (1966), Florestano Vancini

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  E nquanto Durou o Nosso Amor ( Le Stagione del Nostro Amore, Itália, 1966). Direção: Florestano Vancini.  Rot. Original: Elio Bartolini & Florestano Vancini. Fotografia: Dario di Palma. Música: Carlo Rustichelli. Com: Enrico Maria Salerno, Anouk Aimée, Jacqueline Sassard, Gastone Moschin, Valeria Valeri, Gian Maria Volonté, Massimo Giuliani, Pietro Tordi. Vittorio (Salerno) é um jornalista de meia-idade desesperançado e sem expectativas para o futuro, após o final de seu relacionamento com a jovem Elena (Sassard) e sem mais sentir nada pela esposa (Valeri). Vittorio visita a sua cidade de nascimento, Mantua, após muito tempo sem por lá andar. Reencontra pessoas que fizeram parte do seu passado, como Tancredi, apelido de Carlo di Giusti (Moschin), hoje vigilante, Leonardo Varzi, que quando criança (Giuliani) fora expulso da casa do pai de um colega deles, por citar Matteotti, o líder político socialista morto pelos fascistas nos idos da década de 20 e hoje (Volonté) um homem ama

Filme do Dia: Noturno (1966), Alfredo Sternheim

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  N oturno (Brasil, 1966). Direção: Alfredo Sternheim. Fotografia: Rudolf Icsey. Montagem: Máximo Barro . Espécie de sinfonia urbana condensada, apresentando a noite da grande metrópole paulistana e o nascimento de um novo dia. Se a ênfase parece ser na diversidade de atividades que acompanham a urbe incessante em variados aspectos, do lazer ao trabalho – vida noturna, terminal rodoviário, futebol, corrida de carros, boliche, trabalho industrial em uma siderúrgica, escola de arte – o que poderia sugerir às odes à modernidade que representavam as sinfonias urbanas do período mudo (notadamente a mais célebre, Berlim, Sinfonia de uma Metrópole ), o efeito aqui parece ser inverso. A utilização de uma trilha musical predominantemente não assertiva e tendendo ou a melancolia (tema erudito) ou ao distanciamento (jazz moderno), associado a ausência de rostos ou pessoas aproximadas, sempre observadas mais a distância em suas atividades, constroem um retrato eminentemente asséptico e – ainda q

Filme do Dia: Screen Tests (1964-66), Andy Warhol

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  S creen Tests (EUA, 1964-66). Direção: Andy Warhol. Rot. Original: Ronald Tavel. Filmetes curtos (entre 4 e 6 minutos) que Warhol fez das mais diversas celebridades do mundo das artes e da cultura e, particularmente, de amigos próximos que circulavam pela Factory. Na sua instalação museográfica (aparentemente ouve outro formato para sua exibição enquanto filme de 33 minutos) fica ressaltada a dimensão de “retrato”, de longa tradição na história da fotografia, adicionado o movimento, o que torna uma experiência interessante por, entre outros motivos, ressaltar o tempo, ausente da fotografia e por expressar as mais diversas reações à câmera. Nesse último sentido, o próprio Warhol gostava de chamá-los de emotion pictures , e realmente em muitos deles (como em John Palmer) aflora uma intensidade nas faces evocativas dos melhores momentos de Cassavetes (que por sinal possui entre um de seus mais reverenciados filmes um com o título de Faces ). Existem desde pessoas que choram até aque

Filme do Dia: Anjos Selvagens (1966), Roger Corman

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  A njos Selvagens ( The Wild Angels , EUA, 1966). Direção: Roger Corman. Rot. Original: Charles B. Griffith. Fotografia: Richard Moore. Música: Mike Curb. Montagem: Monte Hellman. Dir. de arte: Richard Beck-Meyer & Leon Ericksen. Figurinos: Polly Platt. Com: Peter Fonda, Nancy Sinatra, Bruce Dern, Diane Ladd, Buck Taylor, Norman Alden, Michael J. Pollard. Grupo de Hell’s Angels, cujo líder é Heavenly Blues (Fonda), vive se deslocando em busca de prazer ou de ajustar contas com grupos rivais, sempre monitorado pela polícia. Numa dessas fugas, um policial atira contra Joey (Dern), que vai hospitalizado. O grupo decide retirar Joey do hospital, pois ele será encaminhado para a prisão quando se recuperar. Conseguem o tento, com ajuda da namorada de Blues, Mike (Sinatra). Porém, ele não suporta e morre pouco depois.           É curioso se observar já em seus créditos iniciais a presença de um Peter Fonda ainda mais magérrimo em sua motocicleta 3 anos antes do mítico Sem Destino -

Filme do Dia: Fala Brasília (1966), Nélson Pereira dos Santos

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  F ala Brasília (Brasil, 1966). Direção Nélson Pereira dos Santos . Montagem Nélson Pereira dos Santos & Alberto Salvá. O que se poderia esperar, a partir da cartela inicial, que fosse um exercício grandemente formal e acadêmico-douto sobre os sotaques de diferentes regiões do Brasil cede lugar a fala informal de diversas pessoas, provenientes de todos os quadrantes do país, sobre o que acham da cidade, seus trabalhos, suas expectativas. Embora existam belas composições visuais, como a do primeiro falante, do Pará (os entrevistados são identificados unicamente pelo seu local de origem) com um manauara vindo por trás, no geral são bastante simples e voltam a se tornar interessantes, quando o filme demonstra os próprios passos nos quais chegou a seleção dos entrevistados observados, através de suas  falas. Somente ao final se rende propriamente a questão da pesquisa e dos sotaques, ainda que superficialmente, fazendo com que cada um dos cinco que se encontram com a produção ness

Filme do Dia: Persona (1966), Ingmar Bergman

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  P ersona ( Persona , Suécia, 1966). Direção e Rot. Original: Ingmar Bergman . Fotografia: Sven Nikvist. Música: Lars-Johan Werle. Montagem: Ulla Ryghe. Dir.de arte: Bibi Lindström. Figurinos: Mago. Com: Bibi Andersson , Liv Ullmann, Margaretha Krook, Gunnar Björnstrand, Jörgen Lindström. A atriz Elizabeth Vogler (Ulmann) emudece durante a apresentação de um espetáculo. Internada em uma clínica, ela recebe da médica (Krook) o parecer de que não possui nenhum transtorno mental, que não seja a sua próprio cansaço de buscar se expressar. A médica orienta para que a enfermeira Alma (Andersson), passe a cuidar de Vogler. Inicialmente temerosa, por acreditar que Vogler possui uma personalidade mais determinada que a sua, a enfermeira aceita a sugestão da médica para passar alguns dias com a atriz em uma casa de praia. Alma encontra na mudez sem resistência de Vogler um canal para expressar todas suas angústias, narrando-lhe fatos extremamente íntimos como uma orgia que participara anos at

Filme do Dia: Andrei Rublev (1966), Andrei Tarkovski

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  A ndrei Rublev ( Andrei Rublyov , União Soviética, 1966). Direção: Andrei Tarkovski. Rot. Original: Andrei Tarkovski & Andrei Konchalovski. Fotografia: Vadim Yusov. Música: Vyacheslav Ovchinnikov. Montagem: Lyudmila Feiginova, O. Shevkunenko & Tatyana Yegorycheva. Dir. de arte: Yevgeni Chernyavev, Ippolit Novoderyozkhin & Sergei Voronkov. Figurinos: Maya Abar-Baranovskaya & Lidiya Novi. Com: Anatoli Solonitsyn, Ivan Lapikov, Nikolai Grinko, Nikolai Sergeyev, Irma Rausch, Nikolai Burlyayev, Yuri Nazarov, Yuri Nikulin, Mikhail Kononov. A estadia passageira de Rublev (Solonitsyn) e outros monges numa estalagem onde se abrigam da chuva e onde acabara de se apresentar um artista popular. O encontro de Kirill (Lapikov) com Teofanes, o Grego (Sergeyev), que convida Rublev para   trabalhar com ele na Catedral da Anunciação. Os rituais pagães que envolvem orgias e nudismo que se contrapõem ao dia santo. A chegada à igreja de uma jovem perturbada, Durochka (Rausch). A invasã

Filme do Dia: A Entrevista (1966), Helena Solberg

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  A  Entrevista (Brasil, 1966). Direção: Helena Solberg. Rot. Original: Mário Carneiro, a partir do argumento de Solberg. Fotografia:  Mário Carneiro. Montagem: Rogério Sganzerla. Documentário de uma figura ímpar no cenário e época em que foi produzido. Primeiro, por ser mulher em um grupo praticamente de exclusividade masculina, do Cinema Novo. Depois, por apresentar uma temática sensível às questões de gênero, que só entrariam de fato na pauta internacional no pós-68. E não apenas de gênero, mas do gênereo feminino. Por fim, ao se defrontar com um similar de classe social da realizadora e não com o outro popular que, via de regra, era o comum de seus colegas homens (uma exceção até enão sendo O Desafio ), em ambiente comum e partilhado pela própria realizadora. Por conta desse seu pioneirismo teve que se adequar esteticamente ao que era possível no momento. Assim, a voz over dominante é a das mulheres que concordaram em ser entrevistas, mas não a expor sua imagem e identificação,

Filme do Dia: Hold Me While I´m Naked (1966), George Kuchar

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  H old me While I´m Naked  (EUA, 1966). Direção: George Kuchar. Figurinos: Hope Morris. Com: Dona Kernes, George Kuchar, Stella Kuchar, Andrea Lunin, Hope Morris, Steve Packard, Gina Zuckerman. Atriz entra em atrito com realizador (Kuchar) que apenas procura transformar todas as suas cenas em situações de apelo erótico. Curta-metragem que utiliza o visual kitsch e interpretações propositalmente canhestras para criar um universo que ridiculariza com as convenções dos filmes de gênero e os clichês hollywoodianos, algo de habitual no universo de Kuchar, e também com os filmes de apelo erótico do período (os chamados sexplotation ). Também se encontra presente a habitual misoginia do realizador na descrição do universo feminino, ridicularizado seja na dublagem das falas da protagonista pelo próprio Kuchar ou na figura de matrona matriarcal da mãe, vivida pela própria mãe do realizador. O estilo de Kuchar influenciou as produções de Andy Warhol . 17 minutos.

Filme do Dia: Caçada Humana (1966), Arthur Penn

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  C açada Humana ( The Chase , EUA, 1966). Direção: Arthur Penn. Rot. Adaptado: Lilian Hellman, baseado na peça The Chase , de Horton Foote. Fotografia: Joseph LaShelle. Música: John Barry. Montagem: Gene Milford. Dir. de arte: Richard Day & Robert Luthardt. Cenografia: Frank Tuttle. Figurinos: Don Feld. Com: Marlon Brando, Jane Fonda, Robert Redford, E.G. Marshall, Angie Dickinson, Janice Rule, Mirian Hopkins, Richard Bradford, Robert Duvall, Joel Fluellen, James Fox, Malcolm Atterbury, Diana Hyland. Numa provinciana cidade texana, a sua habitual vida de traições e conflitos familiares envolvendo a família do rico Val Rogers (Marshall) se atiçam com a fuga de “Bubber” Reeves (Redford), marido de Anna Reeves (Fonda), atual amante do filho único de Val e amigo de infância de Bubber, Jake (Fox), que vive um casamento de aparência com Elizabeth (Hyland). O delegado Calder (Brando), procura fugir do assédio de Val Rogers sobre tudo e todos da cidade, tendo que lidar com a pressão de

Filme do Dia: Georgy, a Feiticeira (1966), Silvio Narizzano

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G eorgy, a Feitiçeira ( Georgy Girl ,Reino Unido, 1966). Direção: Silvio Narizzano. Rot. Adaptado: Margaret Forster & Peter Nichols, baseado em romance de Forster. Fotografia: Kenneth Higgins. Música: Alexander Faris. Montagem: John Bloom. Dir. de arte: Tony Wollard. Figurinos: Mary Quant. Com: Lynn Redgrave, Alan Bates, James Mason, Charlotte Rampling , Bill Owen, Clare Kelly, Rachel Kempson, Denise Coffey. Georgy (Redgrave), acima do peso e nao exatamente um modelo de beleza, divide o apartamento com a bela e moderna Meredith (Rampling), assediada por vários homens e que tem como amante o canalha simpático Jos (Bates), incorrigível mulherengo. Georgy é assediada para se tornar amante do magnata James (Mason). Meredith engravida e tem uma filha com Jos, porém o bêbe, Sara, é completamente negligenciado pelos pais e Georgy, que inicialmente cuida dele com o pai, de quem é amante, finalmente encontra melhores condições ao decidir se unir com James. Talvez o que mais chame a

Filme do Dia: Patriotismo (1966), Domoto Masaki & Yukio Mishima

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P atriotismo ( Yôkoku , Japão, 1966). Direção: Domoto Masaki & Yukio Mishima. Rot. Original: Yukio Mishima. Fotografia: Kimio Watanabe. Dir. de arte: Yukio Mishima. Esse curta dado como perdido, e redescoberto em condições precárias somente em 2005, narra a história de um ritual de harakiri, praticado após a tentativa de um golpe nacionalista que não conseguiu ser efetivado. Primeiro um soldado o pratica. Após sua morte, assistida por sua esposa, é a vez dela praticar o mesmo ato. Apesar de sonorizado, não possui qualquer diálogo e uma presença forte e imperativa da palavra escrita – sendo, inclusive, dividido em capítulos. De menor relevância enquanto apelo narrativo do que na exposição de toda uma ritualística de obsessão por valores militaristas e tradicionais japoneses, que será não somente uma obsessão dos últimos anos de Mishima, como o levará a encenação de algo semelhante em seu próprio suicídio. Seu estilo, próximo da vanguarda francesa dos anos 1920, no papel fundamenta

Filme do Dia: Cathy Come Home (1966), Ken Loach

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C athy Come Home (Reino Unido, 1966). Direção: Ken Loach . Rot. Original: Jeremy Sandford. Fotografia: Tony Imi. Montagem: Roy Watts. Dir. de arte: Sally Hulke. Com: Carol White, Ray Brooks, Winnifred Dennis, Wally Patch, Adrienne Frame, Emmett Hennessy, Phyllis Hickson, Geoffrey Palmer. Cathy (White) é uma garota da província que vai morar em Londres. Lá conhece o também jovem Reg (Brooks), com quem acaba casando. Porém seus sonhos se transformam rapidamente em pesadelo, quando Reg sofre um acidente de trabalho e eles não tem mais como manter o apartamento alugado. Inicia-se uma via crucis os levará aos extremos de morar em um trailer. Porém, com o incêndio do trailer, o casal se separa, pois Cathy consegue vaga numa instituição governamental que não permite a presença de maridos. O golpe de misericórdia se dá quando o governo leva seus filhos. Esse telefilme, uma das experiências pioneiras de Loach na BBC, onde já havia dirigido cerca de meia-dúzia de filmes, possui já toda a ca

Filme do Dia: A Grande Testemunha (1966), Robert Bresson

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A   Grande Testemunha ( Au Hasard, Balthazar , França/Suécia, 1966). Direção e Rot. Original: Robert Bresson. Fotografia: Ghislain Cloquet. Montagem: Raymond Lamy. Dir. de arte: Pierre Charbonnier.  Com: Anne Wiazemski, François Lafarge, Philippe Asselin, Nathalie Joyaut, Walter Green, Jean-Claude Guilbert, Pierre Klossowski, François Sulerot. Balthazar é um asno de estimação da pequena Marie e do seu amigo Jacques. Porém já crescido, após ser maltratado nos serviços do campo, refugia-se na casa de um padeiro e serve como instrumento para a entrega dos pães, sofrendo maus-tratos por parte do jovem padeiro. A mãe de Jacques morre, e a fazenda é entregue aos cuidados do pai de Marie (Asselin).   Marie (Wiazemski), mesmo gostando de Balthazar, nada faz do grupo de delinquentes liderado por Gerard (Lafarge), e não concretiza seu namoro com o prometido amigo de infância, Jacques (Green). Acusado injustamente de roubar do proprietário, o pai de Marie fale. Jacques tenta contornar a s

Filme do Dia: Todas as Mulheres do Mundo (1966), Domingos de Oliveira

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T odas as Mulheres do Mundo (Brasil, 1966). Direção: Domingos de Oliveira. Rot. Adaptado: Domingos de Oliveira, baseado nos contos A Falseta e Memórias de um Don Juan , de Eduardo Prado. Fotografia: Mário Carneiro. Música: João Ramiro Mello. Montagem: Raimundo Higino. Cenografia: Napoleão M. Freire. Com: Leila Diniz, Paulo José, Ivan de Albuqurque, Flávio Migliaccio, Joana Fomm, Isabel Ribeiro, Márcia Rodrigues, Marieta Severo, Maria Gladys, Irma Alvarz, Fauzi Arap. Paulo (José) narra para o amigo Edu (Migliaccio) as venturas e desventuras vividas com a mulher que, entre as dezenas que passaram por suas mãos, resolveu amar. Trata-se de Alice (Diniz), namorada do seu conhecido Leopoldo (Albuquerque). Alice vai morar com ele, mas sua confiança é traída no primeiro momento, quando viaja para São Paulo e, ao retornar, flagra-o com outra mulher. Afasta-se, então, de Paulo que entra em depressão. Porém, após insistentes pedidos, retorna. Uma súbita reaproximação de Leopoldo deixa Paul

Filme do Dia: Disparo para Matar (1966), Monte Hellman

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D isparo para Matar ( The Shooting , EUA, 1966). Direção: Monte Hellman. Rot. Original: Carole Eastman. Fotografia: Gregory Sandor. Música: Richard Markowitz. Montagem: Monte Hellman. Dir. de arte: Wally Moon. Com: Warren Oates, Millie Perkins, Will Hutchins, Jack Nicholson , Charles Eastman, Guy El Tsosie, Brandon Carroll. O garimpeiro Gashade (Oates), após retornar a mina, sabe do irmão desaparecido, Leland, morto e Coley (Hutchins), completamente fora de si. Após se acalmar, Coley conta o que supostamente teria acontecido. Ele diz que Coigne apareceu por lá embriagado e levou seu cavalo. Enquanto conversam ouve-se um tiro. Trata-se de uma mulher (Perkins), que matara seu pônei. Apesar de reclamar de tudo, a mulher convence Gashade, por uma boa soma de dinheiro,   a atravessar o deserto. Soma-se a eles, após certo tempo, o pistoleiro Billy Spear (Nicholson). Após Coley ter ficado para trás, o jogo de vida e morte ocorre agora entre os três que continuam a jornada. Ao contrári

Filme do Dia: Inflação (1966), Jorge Bastos

I nflação (Brasil, 1966). Direção e Fotorafia: Jorge Bastos. Música: Rogério Duprat. Montagem: Alberto Salvá . Curta animado didático que pretende explorar o tema da inflação, encarnado aqui na figura de uma mulher fatal. Se a animação não é exatamente virtuosa, não fica muito a dever a muitos de seus similares norte-americanos que trabalhavam com proposta semelhante. Salta aos olhos mais de meio século após de sua realização a implicação misógina que transforma a figura feminina em uma morta-viva tal como se acredita que a inflação seja e seu final soa um tanto ambíguo. INCE para INCE/U.C.B. 9 minutos.

Filme do Dia: Lua-de-Mel ao Meio-Dia (1966), Roy Boulting

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L ua-de-Mel ao Meio-Dia ( The FamilyWay , Reino Unido, 1966). Direção: Roy Boulting. Rot. Adaptado: Bill Noughton, baseado em sua peça Honeymoon Deferred . Fotografia: Harry Waxman. Música: Paul McCartney. Montagem: Ernest Hosler. Dir. de arte: Alan Whity. Figurinos: Bridget Sellers. Com: Hayley Mills, Hywell Bennett, John Mills, Marjorie Rhodes, Avril Angers, John Comer, Murray Head, Barry Foster, Wilfred Pickles. Após casados, Jenny (Hayley Mills) e Arthur (Bennett) não conseguem concretizar o casamento dado a impossibilidade de terem intimidade na casa dos pais de Arthur. A lua-de-mel foi frustrada por conta de problemas com a agência de viagens e a intensa pressão social, não apenas das duas famílias, como de toda a vizinhança. A visível insatisfação de Jenny, que inclusive chega a se sentir atraída pelo irmão de Arthur, Geoffrey (Head), ganha proporções fora dos limites quando comenta com a mãe, Liz (Angers), que vai com o marido visitar os pais de Arthur. Por sua vez, Arthu

Filme do Dia: O Corpo Ardente (1966), Walter Hugo Khouri

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O   Corpo Ardente (Brasil, 1966). Direção e Rot. Original: Walter Hugo Khouri. Fotografia: Rudolf Icsey. Música: Rogério Duprat. Montagem: Mauro Alice. Dir. de arte: Pierino Massenzi.  Com: Barbara Laage, Mario Benvenutti, Wilfred Khouri, Pedro Paulo Hetheyer, Sérgio Hingst, Marisa Woodward, David Cardoso, Lilian Lemmertz. Márcia (Laage), mulher da elite, que vive uma aborrecida vida de festas, decide passar uns dias na casa de campo da família, com o filho (Khouri). Quando por lá se encontra, um fazendeiro (Hingst) surge procurando por um cavalo que é sua propriedade, fugido de sua fazenda. O habitual tom   de tédio existencial que acompanha os personagens do realizador, e que já havia ganho alguma notoriedade internacional com Noite Vazia , aqui aumenta à media que aumenta em igual medida uma pretensão maior de experimentações com relação a uma narrativa moderna e entrecortada. O resultado final, no entanto, soa um tanto canhestro como a maior parte das obras do realizador, p