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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Filme do Dia: Garotas Modernas (1928), Harry Beaumont

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G arotas Modernas ( Our Dancing Daughters , EUA, 1928). Direção: Harry Beaumont. Rot. Original: Josephine Lovett. Fotografia: George Barnes. Montagem: William Hamilton & Margaret Booth. Dir. de arte: Cedric Gibbons. Figurinos: David Cox. Com: Joan Crawford, Johnny Mack Brown, Anita Page, Dorothy Sebastian, Nils Ashter, Edward J.Nugent, Kathlyn Williams, Dorothy Cumming, Huntley Gordon. Diana Medford (Crawford), leva uma vida hedonista e despreocupada, como a de seus amigos, até conhecer numa festa Ben Blaine (Brown), por quem se apaixona perdidamente. Ben é também motivo de disputa de Ann (Page), pois sua mãe lhe alertou sobre a fortuna do mesmo. Diana tem como sua melhor amiga, Beatrice (Sebastian), que casa com Norman (Ashter), mesmo esse sabendo que ela não é mais virgem. Ben,  apaixonado por Diana, casa-se com Ann, que mantém um relacionamento amoroso com Freddie (Nugent). Inconformado com a postura recorrente da esposa, Ben vai a festa de despedida de Diana, que se aus

Filme do Dia: Boo Hoo Baby (1951), Seymour Kneitel

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B oo Hoo Baby (EUA, 1951). Direção: Seymour Kneitel. Rot. Original: Larz Bourne. Gasparzinho decide abandonar a casa dos pais pois não se sente orientado para uma vida de assustar as pessoas. Ele encontra um bebê abandonado diante da porta e se torna a maior atração de um orfanato. Quando uma enfermeira descobre que algo está ocorrendo lá, fogem desesperadas do fantasma. Porém, um policial e uma enfermeira percebem o quanto as crianças gostam dele e o chamam de volta. Boa parte das tiradas cômicas se encontram associadas com a reação desesperada das pessoas ao encontrar com Gasparzinho, como é o caso do policial que se refugia nos braços da enfermeira. Aqui, de forma menos habitual que nas insípidas produções da série, ainda se pode vislumbrar algo de um pouco diferente, que é uma brincadeira com o “longo braço da lei”, representado literalmente pelo braço do policial que chama o protagonista de volta para a instituição. Famous Studios para Paramount Pictures. 7 minutos e 14 se

Filme do Dia: Granite Hotel (1940), Dave Fleischer

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G ranite Hotel (EUA, 1940). Direção: Dave Fleischer. Rot. Original: George Manuell. Música: Sammy Timberg. Um hotel da pré-história -   o título evidentemente é uma sátira ao duradouro sucesso de Grande Hotel - serve como pretexto para uma série de gags explorando, sobretudo, os anacronismos habitualmente explorados pela veia humorística (em nada muito distinta de seus congêneres de ação ao vivo e, de certa forma, antecipando o padrão do que seria a série televisiva Os Flinstones duas décadas após, com o diferencial de aqui tudo se encontrar a serviço das gags e não existir protagonismo de personagens). A telefonista, acompanhando os pedidos mais exóticos de seus hóspedes e sempre os fazendo cumprir, a seu modo – para um hóspede que se encontra trêmulo de frio, sobe um urso que empresta a sua própria pele – até ao final, quando, continua incólume, mesmo o hotel tendo sido aniquilado pelas chamas. Abdica do universo de fantasia xaroposo e musical triunfante na década anterior

Filme do Dia: N or NW (1938), Len Lye

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N   or Nw (Reino Unido, 1938). Direção: Len Lye. Com: Evelyn Corbett, Dwight Godwin. Talvez nunca a influência dos cacoetes visuais vanguardistas tenha se tornado mais explícita na relativamente conservadora apropriação que a Escola Documental Britânica fez deles do que neste filme de Lye. Tal como McLaren, Lye tornar-se-ia mais conhecido por sua obra como animador de vanguarda, porém a partir de um enredo praticamente banal, sobre um erro de correspondência que quase finda o namoro entre um casal apaixonado a que faz referência o título, o filme apresenta uma série de intervenções vanguardistas que incluem desfocamento e uma variação mais sutil do corte abrupto que seria celebrizado duas décadas após pela Nouvelle Vague associados a uma trilha sonora jazzística que o tornam extremamente pulsante e vivo em relação até mesmo aos filmes mais celebrados do movimento, tal como o de longe mais conhecido Night Mail (1936), para não citar a bem mais ortodoxa incursão de McLaren contempo

Filme do Dia: Valley of the Tennessee (1944), Alexander Hammid

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V alley of the Tennessee (EUA, 1944). Direção: Alexander Hammid. Música: Norman Lloyd . Documentário que aborda os benefícios econômico-sociais da Tennessee Valley Authority (TVA) para o desenvolvimento da região, através de uma política que engloba desde um sistema de irrigação racionalmente planejado, com a construção de diques e usinas hidrelétricas, tecnologia agrícola em insumos e maquinário a ser popularizada através de agricultores tornados “professores”, a partir do momento em que compartilhem das ideias do programa. Formalmente, embora tal tipo de documentário de cunho institucional não seja exatamente o local apropriado para se encontrar indícios autorais, pode-se perceber elementos da composição de imagem de Hammid, como por exemplo a presença de planos ponto de vista que reproduzem a perspectiva do garoto que sobe uma colina em corrida desenfreada – no plano mais bonito de todo o filme, observado a distância, contrapõe-se o formato triangular da imagem lateral da coli

Filme do Dia: Argila (1940), Humberto Mauro

A rgila (Brasil, 1940). Direção e Rot. Original: Humberto Mauro, baseado em argumento próprio. Fotografia: Manoel P. Ribeiro & Humberto Mauro. Música: Radamés Gnattali. Montagem: Watson Macedo & Hipólito Colombo. Com: Carmem Santos, Celso Guimarães, Floriano Faissal, Lídia Mattos, Saint-Clair Lopes, Bandeira Duarte, Mauro de Oliveira, J. Silveira, Pérola Negra.          Gilberto (Guimarães), competente e humilde artesão de cerâmica, torna-se objeto da paixão da jovem viúva rica Luciana (Santos). A noiva de Gilberto, Marina (Mattos) sente-se enciumada, assim como seu irmão Pedrinho. Como prova de sua gratidão por Luciana, que cuidara de seu restabelecimento após ter levado uma queda quando trabalhava em sua residência, Gilberto lhe dá um raro maracá índio. Luciana compra a fábrica que produzia peças que eram vendidas pela região e decide transformá-la em realizadora de objetos artísticos. Numa noite de festa o maracá é furtado por Pedrinho. Quando sabe da história o pai do men

O Dicionário Biográfico de Cinema#12: Robert J. Flaherty

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Robert J. Flaherty (1884-1951) n. Iron Mountain, Michigan 1922: Nanook of the North  [ Nanook, O Esquimó ] (d). 1925: Story of a Potter  (d). 1926: Moana (d); The 24 Dollar Island (incompleto) (d). 1928: White Shadows in the South Seas [ Deus Branco ] (completado por e creditado a W.S. Van Dyke); Acoma, The Sky City  (não lançado) (d). 1931: Tabu  (co-dirigido com F.W. Murnau); Industrial Britain  (d). 1934: Man of Aran  [ O Homem de Aran ] (d). 1936: Elephant Boy  [ O Menino e o Elefante ] (co-dirigido com Zoltan Korda ). 1942: The Land  (d). 1948: Louisiana Story  [ A História de Louisiana ] (d). A carreira problemática de Flaherty é perversamente mais rica para estudos que seus próprios filmes. Por ter pioneiramente dado forma ao documentário e elaborado linhas de batalha entre a convicção e o comercialismo,  Flaherty então permanece relevante em qualquer estudo do cinema de não-ficção. Enquanto vivo, seu calor e pureza visionária, carregando de emoção a opinião sobre si.

Filme do Dia: Nordeste: Cordel, Repente e Canção (1975), Tânia Quaresma

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N ordeste: Cordel, Repente e Canção (Brasil, 1975). Direção: Tânia Quaresma. Fotografia: Lúcio Kodato. Montagem: Walter Goulart. Documentário que incursiona pelos estados da Paraíba, Pernambuco e Ceará buscando registrar manifestações de algumas virtuoses da cultura popular. Poético como o universo que retrata, o filme adentra os espaços domésticos e públicos em que se apresentam violeiros, escuta explanações de cordelistas que vão da diferenciação entre canção e cordel até aquele que jura ter ido ao inferno e lá encontrado Getúlio Vargas. Entre os pontos altos do filme encontram-se a apresentação de Cego Oliveira ao lado do fabricante de instrumentos Meu Mano, a da dupla de garotos Caju e Castanha, emoldurado pela tradicional fachada de cores vibrantes de casas do interior e o momento em que um cantador desfia uma série de exageros, inclusive uma louvação desmedida a um gado farto e procriador que as imagens desmentem. Ou ainda o momento em que o filme apresenta closes dos c

Filme do Dia: A Rosa de Bagdá (1949), Anton Gino Domenghini

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A  Rosa de Bagdá ( La Rosa di Bagdad ,   Itália, 1949). Direção: Anton Gino Domenghini. Rot. Original: Lucio De Caro, Nina Maguire & Toni Maguire. Fotografia: Cesare Pelizzari. Música: Riccardo Pick Mangiagalli. Montagem: Cesare Pelizzari. No reino de Bagdá, todos vivem em pacífica harmonia, encantados pela voz maviosa da Princesa Zeila. Tal paz se torna ameaçada quando o corrupto sheik Zafir se une ao mágico do mal Burk para lançar um feitiço contra ela. Seu amigo de infância, Amin, tenta salva-la, mas também se mete em vários apuros. Esse primeiro longa-metragem de animação italiana, mesmo longe de original, consegue lidar bastante bem com o universo da fantasia que sua história inspira. Realizado em cores e com traços evocativos da animação produzida pela Disney – sendo, de certa forma uma virtude sua produção mais tacanha e sua movimentação menos perfeita que àquela, assim como os traços diferenciados com que compõe seus personagens. Como naquela, a dimensão da sexualid

Filme do Dia: Em Paris (2006), Cristophe Honoré

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E m Paris ( Dans Paris , França, 2006). Direção e Rot. Original: Christophe Honoré.  Fotografia: Jean-Louis Vialard. Música: Alex Beaupain. Montagem: Chantal Hymans. Dir. de arte: Samuel Deshors & Emmanuelle Cuillery. Figurinos: Pierre Canitrot. Com: Romain Duris, Louis Garrel, Joana Preiss, Guy Marchand, Marie-France Pisier, Alice Butaud, Héléna Noguerra, Judith El Zein. Paul (Duris) e Jonathan (Garrel) são dois irmãos que vivem com o pai Mirko (Marchand). Paul passa momentos de depressão extrema após sua separação de Anna (Preiss) enquanto Jonathan se encontra com três mulheres diferentes em um mesmo dia.   Uma delas, Alice (Boutaud) aparece a noite para visitar Jonathan. Ela escuta Paul. Paul e Jonathan possuem uma sincera conversa. Honoré, habitual roteirista dos filmes de Gaël Morel, explora o intimismo que tornou célebre a N ouvelle Vague décadas atrás. E acaba, felizmente, por contornar o risco dos auto-condescendentes filmes que exploram a própria neurose e imobil

Filme do Dia: Pehlivan (1964), Maurice Pialat

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P ehlivan (França, 1964). Direção e Rot. Original: Maurice Pialat . Fotografia: Willy Kurant.  Montagem: Bob Wade. Tradicional luta turca entre homens de corpos besuntados de óleo se dá diante de uma arquibancada com uma pequena multidão. Esse curta de Pialat , principalmente ao início, parece quase aderir a esses corpos que interagem enfiando a mão na parte traseira da calça do adversário como um dos gestos-chaves ou mesmo da frente – o que a voz over vem a comentar, justificando imagens anteriormente observadas de um dos contendores derramando o óleo por dentro da própria calça. Em paralelo ao exibicionismo masculino, como observação do comentador, existe apresentações de dança de mulheres e é curioso se observar o contraste entre o que, no caso masculino, é observado como um jogo, por mais que o contato entre os corpos traiam uma forte dimensão homo-erótica não explicitada (talvez Claire Denis tivesse conhecimento desse curta antes de realizar seu Bom Trabalho ) e, no caso fem

Filme do Dia: Kedma (2002), Amos Gitai

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K edma (Israel/Itália/França, 2002). Direção: Amos Gitai. Rot. Adaptado: Amos Gitai, Mordechai Goldhecht, Ghassan Kanafani, Marie-Jose Sanselme, baseado no romance de Haim Hazaz e no poema de Taufik Zayad. Fotografia: Giorgos Arvanitis.  Música: David Darling & Manfred Eicher. Montagem: Kobi Natanel.  Dir. de arte: Eitan Levi. Cenografia: Yoav Dohani. Figurinos: Laura Dinolesko. Com: Andrei Kashkar, Helena Yaralova, Yussuf Abu-Warda, Moni Moshonov, Juliano Mer, Menachem Lang, Sendi Bar, Tomer Russo. Maio de 1948. Pouco antes da criação do estado israelense, um grupo de imigrantes chega à palestina. Ao desembarcarem na costa israelense são abordados a tiros por soldados britânicos. Após uma travessia penosa por uma região desértica chegam a um kibbutz e passam a combater imediatamente o exército palestino. Gitai faz uso de uma melancólica trilha sonora de colorações épicas com parcimônia, somente no início do filme, voltando somente já próximo dos créditos finais e do uso, p

Filme do Dia: Dia de Festa (1963), John Irvin

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D i a de Festa ( Gala Day , Reino Unido, 1963). Direção: John Irvin. Fotografia: John Mantell. Montagem: David Naden. Crônica sobre as comemorações na pequena cidade de Durham. O curta apresenta uma proximidade incomum com o objeto filmado – muitas vezes os foliões se aproximam da câmera, fazem caretas para ela e chegam a chutar um objeto contra ela. Apresenta o evento numa sucessão temporal que inicia com o público chegando, a parada em si, incluindo eventos religiosos e a sujeira e os bêbados renitentes ao final – um deles controlado energicamente por um policial. Um certo tom melancólico por vezes irrompe nos flagrantes da festa. Dispensa a narração over na maior parte de sua   duração, herança do Free Cinema, do qual não deixa de ser associado. Mithras. 25 minutos.

O Dicionário Biográfico de Cinema#11: Jean-Luc Godard

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Jean-Luc Godard n. Paris, 1930 1954: Opération Béton (r). 1955: Une Femme Coquette  (r); 1957: Tous les Garçons S'appalent Patrick  (r). 1958: Charlotte et Son Jules  (r); 1958: Une Histoire d'Eau  (co-dirigido com François Truffaut) (r). 1959: A Bout de Souffle [ Acossado ]. 1960: Le Petit Soldat [ O Pequeno Soldado ]. 1961; Une Femme est une Femme  [ Uma Mulher é uma Mulhe r ]; "La Paresse", um episódio de Les Sept Péchéx Capitaux  [ Os Sete Pecados Capitais ]. 1962: Vivre sa Vie  [ Viver à Vida ]; "Le Noveau Monde", episódio para RogoPag . 1963: Les Carabiniers  [ Tempo de Guerra ]; Le Mépris  [ O Desprezo ]; "Le Grand Escroq", um episódio para Les Plus Belles Escroqueries du Monde  [ Os Maiores Vigaristas do Mundo ]; "Montparnasse-Levallois", um episódio para Paris Vu Par [ Paris Visto por ]. 1964: Bande à Part ; Une Femme Mariée [ Uma Mulher Casada ]. 1965: Alphaville ; Pierrot le Fou  [ O Demônio das Onze Horas ]. 1966: Mascul

Filme do Dia: Sinais de Vida (1968), Werner Herzog

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Sinais de Vida ( Lebenszeichein , Al. Ocidental, 1968). Direção: Werner Herzog. Rot. Adaptado: Werner Herzog, a partir do conto de Achim Von Armin. Fotografia: Thomas Mauch. Música: Stavros Xarhakos. Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus. Com: Peter Brogle, Wolfgang Reichmann, Athina Zacharopolou, Wolfgang von Ungern-Sternberg,  Wolfgang Stumpf, Henry van Lyck, Julio Pinheiro, Florian Fricke. Stroszek (Brogle) é um soldado afastado por problemas nervosos para um forte em uma região grega ocupada pelo exército alemão onde praticamente nada ocorre. Durante certo tempo sua convivência é relativamente pacífica com a esposa Nora (Zacharopolou), que cuidara dele como enfermeira no hospital e os colegas Becker (Ungern-Sternberg) e Meinhard (Reichman). Porém, certo dia em missão por insistência sua junto à liderança com relação ao sentimento de opressão por seu confinamento no forte, depara-se com a visão de centenas de moinhos girando e tem um momento de loucura. Aparentemente recuperado

Filme do Dia: Baden Verboten (1906), Johann Schwarzer

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B aden Verboten (Áustria, 1906). Direção: Johann Schwarzer. Três mulheres se divertem despidas em um lago até a chegada de um homem que as adverte. Elas, constrangidas, saem para se vestir. Apesar do catálogo fazer menção ao fato do homem ser um policial, isso não fica evidenciado no plano da imagem, nem tampouco se a situação de reação das mulheres, que menos parece ser de apreensão que de diversão mesmo depois que saem do banho ao lado do homem – insinuação sensual? Embora haja quem comente que o mesmo, vestido com trajes de caçador, as espiava antes do sermão e aparentemente se encontre constrangido com a situação, pretensamente as espiava por entre os galhos das árvores, antes de tomar a iniciativa de as reprimir. Algo que não pode ser comprovado a partir da cópia em questão, onde a distância onde se situa o mesmo e as roupas das mulheres virtualmente impede que seja percebido o que ocorre antes dele partir rumo ao lago. Curiosamente, apesar da admoestação, o homem abandona a

Filme do Dia: Os Herdeiros (1970), Cacá Diegues

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O s Herdeiros (Brasil, 1970). Direção e Rot. Original: Cacá Diegues. Fotografia: Dib Lutfi. Montagem: Eduardo Escorel. Cenografia: Luís Carlos Ripper. Figurinos: Fernando Bede. Com: Sérgio Cardoso, Odete Lara, Mário Lago, Isabel Ribeiro, Ferreira Gullar, Grande Otelo , Paulo Porto, Jean-Pierre Léaud , Hugo Carvana, Anecy Rocha, Daniel Filho, Cláudio Wanderley, André Gouvêia, Laura Galano. A epopeia do jornalista foragido Jorge Ramos (Cardoso), que trai seu passado comunista e delata seu melhor amigo, Sérgio Martins (Gullar) que finda torturado e morto na prisão. Foragido, aproxima-se de um barão do café, Almeida (Lago),   para futuramente o traí-lo, sendo expulso com sua mulher, Rachel (Ribeiro), filha de Almeida, ao abraçar o governo Vargas. Assumindo cargo no jornal do governo, trai igualmente seu amigo Medeiros (Porto), que o quer na Rádio Nacional. Torna-se amante de uma famosa cantora do rádio, Eugênia (Lara), traindo sua esposa, que enlouquece. Um dos filhos, David (Wanderl

Filme do Dia: Giornale LUCE#339 (1943)

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G iornale Luce #339 (Itália, 1943) Nos números dedicados a fatos “civis”, mas que a cobertura de guerra parece saltar ainda mais aos olhos, a miscelânea quase surreal de fatos que são ajuntados em um cinejornal, em estilo, guardadas as devidas proporções, não muito diverso do telejornal contemporâneo. Aqui se observa desde um evento de uma determinada sociedade em Roma, passando pelo cultivo e transformações genéticas de flores com auxílio da eletricidade, o zoológico de Milão e um grupo de garotas de uma companhia de dança alemã treinando, até um exímio construtor de miniaturas de navios com detalhes, inclusive em seu espaço interno, e uma apresentação de ópera dedicada aos veteranos de guerra com a presença de um importante membro da aristocracia italiana. LUCE. 8 minutos e 41 segundos.

Filme do Dia: Satanás Triunfante (1917), Yakov Protazanov

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S atanás Triunfante ( Satana Likuyushchiy , Rússia, 1917). Direção: Yakov Protazanov. Rot. Original: Olga Blazevich. Fotografia: Fédote Bourgasoff. Com: Ivan Mosjoukine, Nathalie Lissenko, Pavel Pavlov, Aleksandr Chabrov, Vera Orlova. Talnoks (Mosjoukine) é um pastor inflexível em sua moral puritana. Ele vive com o casal Pavel (Pavlov) e Esfir (Lissenko), sempre os chamando a atenção para a retidão moral. Certa noite de forte chuva, chega um viajante desconhecido (Chabrov), que passa a residir com o trio enquanto aparentemente se reestabelece do joelho. Ele toca ao piano e a vida de todos transforma. Talnoks não consegue segurar seu desejo por Esfir, morrendo na Igreja. Pavel, que os havia flagrado juntos, quando trabalhava na mesma, cai do andaime e também morre. Vinte anos depois, Esfir é mãe de um renomado pianista e ótimo filho, Sandro (Mosjoukine). Certo dia Sandro encontra velhas partituras guardadas na gaveta da mãe. Dentre elas se encontra O Hino do Triufante , que a mãe

Filme do Dia: Omochabako Series Dai San Wa: Ehon Senkyûhyakusanjûroku Nen (1934)

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O mochabako Series Dai San Wa: Ehon Senkyûhyakusanjûroku Nen (Japão, 1934). Yoshistsugu Tanaka colaborou nessa animação, antes de se tornar um dos mais reconhecidos realizadores japoneses duas décadas após. Essa curiosa animação, torna-se curiosa menos pelos elementos de sua trama, a de uma batalha entre duas forças rivais, presente em outras animações da época (tais como Osaru no Kantai ou Manga: Komori ) que, pelo fato que as forças inimigas que vem provocar a situação de conflito que separa o paralelismo de um início e final pacíficos e praticamente idênticos, com movimentos de dança e arte, é um conjunto de morcegos-ratos alados capitaneada por uma figura muito similar ao Mickey Mouse dos estúdios Disney. Se o intuito aparente é o de se combater à infiltração cultural estrangeira, já que a personagem que combate o rato-mor se encontra rodeada de referências à cultura nipônica, e um exército de cobras rastejantes se transforma em algo mais próximo do imaginário visual tradici

Filme do Dia: Sedução do Pecado (1928), Raoul Walsh

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S edução do Pecado (Sadie Thompson, EUA, 1928). Direção: Raoul Walsh. Rot. Adaptado: Raoul Walsh & C. Gardner Sullivan, a partir do conto de W. Somerset Maugham e da peça de John Colton & Clemence Randolph. Fotografia: George Barnes, Oliver T. Marsh & Robert Kurlle. Montagem: C. Gardner Sullivan. Dir. de arte: William Cameron Menzies. Com: Gloria Swanson, Lionel Barrymore , Raoul Walsh, Blanche Friederici, Charles Lane, Florence Midgley, James Marcus, Sofia Ortega, Will Stanton.      Em Pago Pago, Samoa Americana, Sadie Thompson (Swanson), prostituta que não consegue embarcar imediatamente para Sidney por conta de uma epidemia de varíola, faz sucesso entre os entediados soldados do exército e passa dias na mesma pousada em que, rapidamente, provoca a fúria de um grupo de puritanos que também se encontra lá instalada, capitaneada pelo reverendo Alfred Davidson (Barrymore) e sua esposa (Friderici), extremamente chocados com o seu comportamento licencioso. Sadie se inte