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Mostrando postagens com o rótulo Walt Disney

Filme do Dia: Puss in Boots (1922), Walt Disney

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  P uss in Boots (EUA, 1922). Direção Walt Disney. Rot. Adaptado Walt Pfeiffer, a partir dos contos de Grimm. Fotografia Red Lyon Garoto leva flores a garota que corteja, ao mesmo tempo que sua gata faz brinacadeiras amorosas com o gato da garota. O rei, que é seu pai, no entanto, desgosta da ideia de ver sua filha flertando com um mero plebeu, e o expulsa de casa, assim como sua gata. Essa disse que tem uma ideia para reverter o quadro, mas somente se ele comprar umas botas para ela. Botas compradas, o jovem se torna um toureiro mascarado. Após conseguir derrotar o animal, ganha a admiração do rei, que lhe concede a mão da filha, e quando esse se desmascara, ao mesmo tempo corre para fugir da fúria do rei. Antes Disney tivesse, guardadas as proporções dos desdobramentos da indústria, permanecido fiel à singeleza de alguns de seus curtas iniciais, como esse. Certamente não teria se tornado o império e referência que se tornaria. E tampouco teria pausterizado narrativas complexas em

Filme do Dia: Pinóquio (1940), Norman Ferguson, T.Hee, Wilfred Jackson, Jack Kinney, Hamilton Luske & Ben Sharpsteen

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  P inóquio ( Pinocchio , EUA, 1940). Direção: Norman Ferguson, T.Hee, Wilfred Jackson, Jack Kinney, Hamilton Luske & Ben Sharpsteen. Rot. Adaptado: Ted Sears, Otto Englander, Webb Smith, William Cottrell, Joseph Sabo, Erdman Penner & Aurelius Battaglia. Títere de madeira, batizado por um velho artesão, Gepeto, como Pinóquio, ganha vida, através da magia da Fada Azul, concretizando o grande sonho de Gepeto. Se o títere for obediente se transformará em garoto de verdade. Logo ao início de sua vida, no entanto, ele discorda de sua consciência, e segue a má influência de João Honesto, passando a fazer parte de uma trupe teatral, onde é aprisionado por seu ganancioso dono. Esse segundo longa de animação do estúdio é que abre uma linha de produção de longas em sequência como nunca se havia visto no universo da animação e que persiste, com poucos hiatos, quase 8 décadas após seu início. Mesmo com eventuais piscadelas ao público adulto  em alguns ocasionais diálogos engenhosos a m

Filme do Dia: The Fox Chase (1928), Walt Disney

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  T he Fox Chase (EUA, 1928). Direção: Walt Disney . Engajado, como seus amigos, numa caça à raposa, o Coelho Osvaldo acaba se deparando com um cavalo pouco solidário e uma raposa bastante ardilosa, que consegue não apenas realizar pequenas trapaças, como enganar a todos ao final, ao se travestir de gambá. A série do coelho Osvaldo, um dos raros personagens a ter sido desenhado pessoalmente por Disney , apresenta situações que se aproximam de seu então colega de gênero mais célebre, Félix, o gato, assim como de outras animações contemporâneas, porém sem a mesma criatividade habitual presente na produção vinculada ao felino. Talvez uma das exceções seja a marota raposa, quase uma antecipação, sem a mesma ênfase infelizmente, da ironia presente nas animações da Warner, antecipando personagens como Pernalonga. Robert Winkler Prod. para Universal Pictures. 5 minutos e 5 segundos.

Filme do Dia: Tea for Two Hundred (1948), Jack Hannah

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  T ea for Two Hundred (EUA, 1948). Direção: Jack Hannah. Música: Oliver Wallace. Quando se prepara para desfrutar de um piquenique no parque, Donald é surpreendido por um exército de formigas. Há uma evidente referência não apenas racial mais explicitamente racista na composição dos tipos das formigas, caracterizadas como versões minúsculas dos pigmeus africanos, com argolas no pescoço e ossos servindo como tiara aos cabelos ou cogumelos soando literalmente como tambores para atrair formigueiros distintos em um alerta geral. Embora, caso pensemos – o que não seria necessário muito esforço – enquanto involuntária alegoria sobre o poder branco e colonial sobre a população negra, na África, por exemplo, apesar das dimensões desproporcionais de Donald em relação às formigas, sem muitas surpresas são elas que ganham não apenas as batalhas parciais como a própria guerra. Indicado ao Oscar da categoria. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 6 minutos e 44 segundos.

Filme do Dia: The Karnival Kid (1929), Ub Iwerks & Walt Disney

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  T he Karnival Kid (EUA, 1929). Direção: Ub Iwerks & Walt Disney . Música: Carl W. Stalling. Mickey é um vendedor de cachorros quentes que se encanta pela dançarina do ventre, Minnie. Procura lhe dar um cachorro quente, mas no último minuto a salsicha do mesmo se rebela e foge. Junta então dois gatos para fazerem coro aos acordes do seu violão, recebendo como recompensa alguns objetos dirigidos a sua cabeça por um vizinho revoltado. Se é verdade que essa animação se encontra a uma distância astronômica do que se configurará como “padrão de qualidade” a partir da década seguinte (padrão esse instituído, por sinal, pelo próprio Disney ) com seus traços e sonorização grosseiras e p&b, talvez em quase igual medida se pode perceber uma liberdade maior, algo surrealista e anárquica, na disposição dos próprios personagens em relação a seus corpos – Mickey, por exemplo, saúda Minnie retirando parte de sua própria cabeça – evocativa da série do Gato Félix, de quem certamente a cria

Filme do Dia: Show de Calouros do Mickey (1937), Pinto Colvig, Erdman Penner & Walt Pfeiffer

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  S how de Calouros do Mickey ( Mickey’s Amateurs ,   EUA, 1937). Direção: Pinto Colvig, Erdman Penner & Walt Pfeiffer. Música: Oliver Wallace. Num concurso de calouros que tem como apresentador Mickey, surgem os candidatos. Bafo de Onça apresenta um péssimo vocal e é eliminado de imediato.   Donald se atrapalha todo com a letra da canção e é desclassificado sem querer sair do palco. Clarabela e Clara de Ovos fazem um duo, com a primeira ao piano e a segunda cantando (e procurando o microfone). Pateta surge como homem-banda “explosivo”. Curta rotineiro do estúdio que embora apresente a ingenuidade característica do estilo de animação da década, distancia-se, de certo modo, do universo de irrestrita fantasia e musical de boa parte dos estúdios rivais e que impregna a própria série da Disney Silly Symphonies que, aliás, serviu de farol para essas. Parece servir também como “veículo” para que os espectadores não esqueçam de personagens coadjuvantes. O público é quase sempre apres

Filme do Dia: Cinderella (1922), Walt Disney

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C inderella (EUA, 1922). Direção: Walt Disney . Rot. Adaptado: Walt Pfeiffer, baseado no conto de Charles Perrault. Pouca gente sabe que bem antes de produzir seu longa clássico, Disney já havia adaptado o conto de Perrault, de forma precocemente paródica e dirigido por ele próprio, quando não possuía mais do que 21 anos. Todos os elementos de humor aqui são voltados para o fato de que a Cinderella vive a realidade contemporânea americana da Era do Jazz, portanto ao ir para o baile ganha um luxuoso Cadillac, tendo seu único amigo (um gato) transformado em chofer. O baile, evidentemente, é uma eletrizante festa ao ritmo do jazz e do charleston. A animação, bastante tosca, seguia um padrão da época e o seu humor paródico, mesmo que completamente anárquico para os padrões em que se instituiria as adaptações do império Disney, é bastante ingênuo quando se compara ao que Avery efetivaria a partir de material semelhante, duas décadas após.   Laugh-O-Gram Films para Leslie B. Mace. 7 m

Filme do Dia: Soneca (1951), Jack Kinney

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S oneca ( Lion Down , EUA, 1951). Direção: Jack Kinney. Rot. Original: Dick Kinney & Milt Schaffer. Música: Paul J. Smith. Talvez o maior encanto desse curta seja o de se assumir o absurdo enquanto tal. Pateta traz uma árvore do campo para sua cobertura, com o intuito de estender sua rede e curtir uma soneca. Porém, mal sabe ele que está levando juntamente com a árvore, um leão que estava fazendo uso da árvore justamente para tirar sua soneca. A partir daí uma série de situações envolvendo a posse da rede ocorre, com o leão jogando várias vezes Pateta prédio abaixo. O mais interessante é que a aqui não se pretende justificar de forma alguma os constantes reaparecimentos do personagem e tampouco se escuta qualquer estrondo relativo a queda do personagem ou o habitual toldo que o salvaria – ao contrário de Pateta, observamos a reação “física” da queda do leão a determinado momento. Percebe-se uma dimensão quase ou mesmo tributária da comédia muda, sobretudo Harold Lloyd. A rede

Filme do Dia: Mother Goose Goes Hollywood (1938), Wilfred Jackson

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M other Goose Goes Hollywood (EUA, 1938). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Dick Rickard. Música: Edward H. Plumb. Se a auto-referencialidade dos estúdios ao star-system erigido por eles próprios vivia seus dias de glória, algo nada incomum igualmente ao universo da animação, o diferencial desse curta integrante da série Silly Symphony se dá por não fazer uso de nenhum personagem que se dirige a Hollywood como o título poderia pressupor. De fato, aqui se parte das páginas da Mamãe Ganso, com os astros compondo elementos ilustrados para suas rimas. Da referência inicial da Mamãe Ganso rugindo como o leão da Metro à imagem final de Katharine Hepburn, sempre grave em sua dramaticidade independente do ambiente ou situação (que pode ser inclusive de comédia pastelão, como quando a torta que é endereçada pelo Gordo ao Magro acaba por lhe atingir o rosto), ou de se encontrar dentro da garganta de um dos personagens ao final. Observa-se a presença de, dentre outros, os Irmãos M

Filme do Dia: Bambi (1942), David Hand

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B ambi (EUA, 1942). Direção: David Hand. Rot.Adaptado: Perce Pearce, Larry Morey, Vernon Stallings, Mervin Shaw, Carl Fallberg, Chuck Couch & Ralph Wright, baseado no conto de Felix Salten. Música: Edward H.Plumb. Dir. de arte: Tom Codrick, Robert Cormack, Lloyd Harting, David Hilberman, John Hubley, Dick Kelsey, McLaren Stewart & Al Zinnen. Numa floresta paradisíaca, Bambi nasce cercado de mimos e amado por todos da floresta. Sua relação é somente com sua mãe, seu pai vivendo isolado e respeitado por todos no alto de um penhasco. Bambi aos poucos reconhece as condições naturais, assim como a peculiaridade de cada uma das estações. A neve do inverno, assim como posteriormente a descoberta do amor na primavera. Antes disso, no entanto, sofrerá a perda brutal de sua mãe por um caçador, situação que quase novamente se repete com sua amada, salva de última hora por ele, a custo de também sofrer um balaço e ser acudido por seu pai. Animação do auge do classicismo disneyano,

Filme do Dia: Procura-se Um Cavalo (1956), Bill Justice

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P rocura-se Um Cavalo ( A Cowboy Needs a Horse,  EUA, 1956). Direção: Bill Justice. Rot. Original: Dick Kinney & Roy Williams. Música: George Bruns. Nesse curta, a Disney revisita o universo do Velho Oeste, como seu curta The Brave Engineer – co-roteirizado pelo mesmo Kinney - já o fizera seis anos antes. Porém, dois ponto distintos chamam a atenção com relação à produção mais antiga. Primeiro, a presença da borracha e lápis do animador, que cumpre a função literal, e evidentemente equivalente, de munir o jovem cowboy dos elementos indispensáveis para seu sonho. A auto-referência ao universo do animador possui longa tradição na animação, remontando ao universo de pioneiros como J. Stuart Blackton, mas aqui foi provavelmente influenciado por sua versão recente mais bem sucedida, dos estúdios Warner, evidentemente despidos da ironia atrelada ao uso de tal efeito por aquele. Depois, a evidente influência de traços modernos, instilada no universo da animação pela UPA. Então, ao

Filme do Dia: Pateta no Trânsito (1950), Jack Kinney

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P ateta no Trânsito ( Motor Mania , EUA, 1950). Direção: Jack Kinney. Rot. Original: Dick Kinney & Milt Schaffer. Música: Paul J. Smith. Um dos mais populares curtas do estúdio com o passar dos anos, mesmo que longe de ser dos mais bem sucedidos, em grande parte deriva sua continuada atração ao fato de lidar, de forma “documental”, com o tema da violência no trânsito, servindo até hoje, sete décadas após, como peça de apoio para educação no transito e, em termos cinematográficos, pela inesquecível transformação do pacífico Sr. Andante, incapaz literalmente de pisar numa formiga, no Sr. Volante, evidentemente evocativa de O Médico e o Monstro ; tal como no célebre romance, a figura burguesa assexuada e cortês se transforma numa besta-fera capaz de vociferar impropérios, atravessar por cima de poças somente para molhar pedestres e abalroar os carros quando sai do local onde se encontrava estacionado. Ainda que a transformação tenha seu apelo, pois igualmente tal como no rom

Filme do Dia: Commando Duck (1944), Jack King

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C ommando Duck (EUA, 1942). Direção: Jack King. Rot.Original: Jack Hannah. Música: Oliver Wallace. Animação de propaganda de guerra em que um acovardado Donald salta de para-quedas numa aréa sob domínio nipônico e acaba, involuntariamente, em suas trapalhadas, por conseguir destruir toda uma base militar japonesa. Animação relativamente bem cuidada, porém longe de possuir o mesmo senso de histrionismo de alguns de suas congêneres contemporâneas produzidas pela Warner.   Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 6 minutos e 48 segundos.

Filme do Dia: Caça à Raposa (1938), Ben Sharpsteen

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C aça à Raposa ( The Fox Hunt , EUA, 1938). Direção: Ben Sharpsteen. Donald e Pateta participam de uma caça à raposa na qual Donald, após muitas estripulias, acaba se gabando de ter conseguido pegar...um gambá. Faz parte da série de curtas com o personagem, aqui coadjuvado por Pateta, e com uma ponta ao final onde surgem Mickey, Minnie, Horácio e Clarabela. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures.   7 minutos e 17 segndos.

Filme do Dia: Auto-Controle (1938), Jack King

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A uto-Controle (EUA, Self Control , 1938). Direção: Jack King. Rot. Original: Carl Barks. Música: Oliver Wallace. Donald tenta descansar em uma rede, sendo importunado por várias situações que vão de uma abelha que pica seu pé, uma lagarta que atrai uma galinha que lhe pica no traseiro e um pica-pau que deixa tudo de pernas para o ar. Ao longe de todos os incidentes, Donald escuta um programa de rádio que alardeia técnicas para uma vida sob auto-controle. Ao final, Donald deixa o rádio em pedaços. O locutor de rádio faz as vezes aqui de narrador que interage com a situação, sendo que aqui menos se dirigindo diretamente como faz aquele, mas sobretudo através do ritmo de seus comentários, que surgem e desaparecem como pontuação irônica sob a crescente falta de controle de Donald, sendo seu ato final já prenunciado desde o início. Foi utilizado como material de propaganda durante a guerra em Donald’s Decision (1942). Como roteirista não creditado ninguém menos que Carl Barks, o c

Filme do Dia: The Simple Things (1953), Charles A. Nichols

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T he Simple Things (EUA, 1953). Direção: Charles A. Nichols. Rot. Original: Bill Berg. Música: Paul J. Smith. Mickey sai para a pescaria com Pluto. A dupla se depara com uma ostra que faz às vezes de dentadura de Pluto e com um albatroz que insiste em se apoderar dos peixes que Mickey utiliza como isca.   Este que foi o último curta produzido com o personagem para o cinema em trinta anos (até O Natal do Mickey , de 1983) demonstra que apesar dos traços da animação do estúdio e da caracterização do próprio personagem, agora portador de roupas e atitudes mais “realistas”, não terem ficado incólumes ao avanço do tempo, distanciando-se da direção de arte magistralmente conseguida dos anos 30, seus enredos ainda são bastante triviais e dependentes de uma canção que, de certa forma, acaba servindo como eixo para s ua narrativa. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 7 minutos e 2 segundos.

Filme do Dia: The New Spirit (1942), Wilfred Jackson & Ben Sharpsteen

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T he New Sprit (EUA, 1942). Direção: Wilfred Jackson & Ben Sharpsteen. Rot. Original: Joe Grant & Dick Huemer. Música: Oliver Wallace. Curta de animação documental que pretende reforçar a importância dos impostos não para o habitual bem-estar do cidadão, que sequer chega a ser mencionado, mas sim para o esforço de guerra anti-nazista, na fabricação de armamentos. Destituído de originalidade, como alguns exercícios equivalentes de incursão documental em ação ao vivo pela Escola Documental Britânica, faz uso de Donald apenas como representação do que seria o “americano médio” como tempos depois poderia se fazer o mesmo de um personagem como Homer Simpson. É a voz over que, como no documentário contemporâneo, costura as imagens, e não uma incursão pelo universo diegético ou da fantasia como tradicionalmente ocorre na animação. Não se escusa em fazer apelo patriótico explícito em mais de um momento. Produzido sob encomenda para o Departamento de Tesouro americano. U.S.

Filme do Dia: Sky Scrappers (1928), Walt Disney

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Sky Scrappers (EUA, 1928). Direção: Walt Disney . Faz parte da série com o Coelho Oswald que, talvez não tão curiosamente, possui uma grande semelhança com a primeira versão do camundongo Mickey. Seu desenho de traços básicos e em preto&branco, parece um tanto tosco com relação ao que o próprio Disney imporá como padrão de animação na década seguinte. Porém, em certos aspectos mais vibrante. Aqui, o motivo de pretensão humorística se encontra nitidamente colado nas comédias de ação ao vivo (como as de Harold Lloyd) que faziam uso de peripécias nas alturas de arranha-céus em construção, seus andaimes e vigas. A trilha musical reforça ainda mais esta identificação, mesmo se levando em conta que se trata de uma visão retrospectiva, já que preparada por Robert Israel, o especialista em criar trilhas para filmes mudos, para uma versão restaurada em 2007. Curiosamente, todos os personagens operários que trabalham nas construções são pretos, incluindo o próprio Coelho Oswald e ex

Filme do Dia: Flores e Árvores (1932), Burt Gillett

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F lores e Árvores ( Flowers and Trees , EUA, 1932). Direção: Burt Gillett. Esse curta-metragem animado foi o primeiro filme colorido da história do cinema. Disney utiliza o seu habitual mote da antropomorfização de animais e plantas para narrar uma história de amor entre duas árvores ameaçada pela presença de um velho tronco malévolo, que provoca incêndio na floresta. Presença fundamental é a da música (ainda que sonorizado, o filme não possui diálogos)em sua afinada orquestração com os movimentos, tal como Disney aprimorará posteriormente em seu Fantasia (1940). Faz parte da série Silly Simphonies . National Film Registry em 2021. Walt Disney Productions para United Artists. 7 minutos e 48 segundos.

Filme do Dia: Hooked Bear (1956), Jack Hannah

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H ooked Bear (EUA, 1956). Direção: Jack Hannah. Rot. Original: David Detiege & Al Bertino. Música: Oliver Wallace. Os créditos iniciais, padronizados para a série com o urso Colimério, parecem apontar para uma produção da Disney já bastante influenciada pela animação de traços modernos, comandada sobretudo pelo estúdios UPA, a partir do final da década anterior. O resultado final, no entanto, parece decepcionante, quando se observa o fundo cada vez mais simplificado em relação a ação que se desenvolve em primeiro plano e antes parecem apontar para  um aspecto que acompanhou a disseminação destes traços menos elaborados, uma simples queda na qualidade da animação. De todo modo, neste penúltimo curta da série, ainda resiste uma boa dose de humor, que nem isso se sustentaria no último, In the Bag , produzido no mesmo ano. Este, em grande parte, sustenta-se a partir de situações relativamente simples, nas quais Colimério perde excelentes oportunidades de se fartar de peixe, por c