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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

Filme do Dia: The Delhi Durbar (1903)

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T he Delhi Durbar (Reino Unido, 1903). Observado de outro ângulo, de uma câmera alta, os cortejos do festejo da tradicional coroação do monarca indiano, a qual se refere o título (Corte de Delhi), tem-se um espetáculo mais grandioso e menos trivial em seu detalhe aproximado que o observado em outro filme da mesma produtora ( Coronation Durbar at Delhi ) sobre o mesmo evento. Aqui as orquestrações de cavaleiros, com cavalos paramentados e pares de elefantes adultos, liderados por um pequeno, que faz às vezes de dama de honra, torna tudo mais coreográfico. Ao mesmo tempo, talvez inclusive por sua maior extensão, observa-se uma profusão de “detalhes” quase inesgotável, mais enfática que a do outro filme, da sorte que apenas várias visadas talvez oferecessem um mero vislumbre do que se encontra na imagem, se levarmos em conta apenas essa e não se procurar ler sobre o evento em qualquer fonte bibliográfica. Dentre os “detalhes” se pode referir desde as escadas que vão nos dorsos dos e

Filme do Dia: Muralhas de Jericó (1943), Vincente Minnelli

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M uralhas de Jericó ( I Dood It , EUA, 1943). Direção: Vincente Minnelli. Rot. Original: Sig Herzig & Fred Sandy. Fotografia: Ray June & Charles Rosher. Música: Daniele Anfitheatrof, George Bassman, David Raksin & George Stoll. Montagem: Robert Kern. Dir. de arte: Cedric Gibbons. Cenografia: Edwin B. Willis. Figurinos: Gile Steele. Com: Red Skelton, Eleanor Powell, Richard Ainley, Patricia Dane, Sam Levene, Thurston Hall, Lena Horne, Hazel Scott. Connie Shaw (Powell) é uma estrela da Broadway que possui como grande aficcionado o atrapalhado lavador de roupas Joe Renolds (Skelton). Quando Connie, enciumada com a traição de seu amado, Larry (Ainley) com outra mulher, Suretta (Dane), decide se casar com Renolds, pensa se tratar de um milionário. Ela o afasta de si antes que o casamento de fato se consuma. Porém, em meio ao espetáculo musical a chance para Renolds surge quando descobre um complô que prevê um atentado com bomba contra o teatro. Esse que é o terceiro lo

Filme do Dia: Synonymes (2019), Nadav Lapid

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S ynonymes (França/Israel/Alemanha, 2019). Direção: Nadav Lapid. Rot. Original: Nadav Lapid & Hamid Lapid. fotografia: Shai Goldman. montagem: Neta Braun, Era Lapid & François Gedigier. Figurinos: Khadija Zeggai. Com: Tom Mercier, Quentin Dolmaire, Louise Chevillotte, Uria Hayik, Olivier Loustau, Yehuda Almagor, Gaya Von Schwarze, Gal Amitai. Yoav (Mercier), jovem recém-chegado à França, pretende esquecer todo o passado vivido em Israel, família, língua e é descoberto nu e inconsciente em uma banheira por seu vizinho, o afluente   Emile (Dolmaire) e sua namorada Caroline (Chevillotte). Emile torna-se seu mecenas, bancando-o, porém recebendo tudo o que escreve para servir como material de base para seus próprios escritos. Caroline sente-se, a determinado momento, atraída por alguém tão distante do seu círculo social de músicos. Yoav trafega entre formas as mais distintas de conseguir dinheiro, que vão de se tornar segurança de funções algo obscuras até posar nu para um fot

Filme do Dia: Vive la Vie de Garçon (1908), Max Linder

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V ive la Vie de Garçon (França, 1908). Direção: Max Linder . Esposa cansada do comportamento irritante do marido (Linder), acaba resolvendo voltar a morar com a mãe. Inicialmente satisfeito com a liberdade imediata que possui, o marido festeja sua nova vida de solteiro. Porém, em pouco tempo, demonstrará se encontrar em apuros quando procurar resolver as situações mais comezinhas tais como lavar a louça do café da manha, ir fazer as compras na feira, preparar o jantar, arrumar o quarto de dormir ou simplesmente encontrar a gravata ao acordar. Sua esposa e sogra chegam no momento em que ele se encontra no auge da bagunça. Filmado em planos fixos e abertos, com raras inserções de planos mais fechados para destacar alguma situação específica, esse filme de Linder demonstra o quão anacrônico era o cinema francês em comparação com a produção americana do período, como os filmes curtos que Griffith realizava para a Biograph.   Pathé. 10 minutos.

Filme do Dia: Pelea de gallos (1896), Gabriel Veyre

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P elea de Gallos (México, 1896). Direção: Gabriel Veyre. Quando se compara este filme, que registra um round de uma briga de galos, um dos temas por excelência do momento, com o mais célebre The Cock Fight (1894), produzido por Edison, tem-se aqui uma opção por plano mais aberto que privilegia menos o motivo “sensacional” em si próprio – a rinha – do que o contexto em que é acompanhada por três homens, que se movimentam habilmente para não atrapalharem a desenvoltura dos animais – sendo que um deles fica praticamente fora do enquadramento a determinado momento. Quando os homens se aproximam para posicionar os animais para um novo round o filme acaba. A movimentação dos homens acaba roubando a cena da rinha em si, tornando-o igualmente mais interessante enquanto composição visual do que a produção norte-americana.   Assim como vários outros títulos de Veyre foi   filmado na mesma fazenda. Gabriel Veyre. 30 segundos.

Filme do Dia: If War Should Come (1939)

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I f War Should Come (Reino Unido, 1939). Curta documental que pretende materializar a possibilidade palpável da guerra atingir à Inglaterra a partir de um recorte bem concreto, as atividades mercantis realizadas por navios, particularmente o SS Ionian (flagrado, ironicamente, em sua última viagem antes de ser bombardeado). Como em outros curtas do   movimento que veio a ser conhecido como Escola Documental Britânica, a possibilidade da guerra é um mero pretexto para que o filme se detenha nas minúcias das atividades empreendidas pelos marinheiros que habitam a embarcação. Assim, observa-se o capitão observando com um aparelho a luminosidade do sol nas águas do mar, outro homem fazendo a medição da temperatura interna do barco e dados sobre o tipo de carregamento transportado pelo barco são referidos por um narrador em tom de voz sempre idêntico. De Gibraltar a Malta a embarcação leva dois dias e meio. Curiosa se faz a comparação do uso de sua banda sonora   seja com experimentaçõ

O Dicionário Biográfico de Cinema#16: Merle Oberon

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Merle Oberon (Estelle Merle O'Brien Thompson) (1911-1979) n. Bombaim, India Oberon foi uma beleza renovadora, com um rosto esculpido e uma lenda de sangue miscigenado. Existe filmagens que sobreviveram do inacabado Claudius  (37, Josef von Sternberg ), no qual ela aparenta ser tão deliciosa quanto qualquer mulher jamais filmada na Inglaterra. Aliás, muito frequentemente ela foi uma atriz enfadonha. Talvez somente seu casamento com Alexander Korda (1939-1945) contribuiu para o senso de fascínio real que sua interpretação não possuía. Quando veio à Inglaterra a primeira vez, como dançarina, seu nome profissional era Queenie O'Brien, mais garçonete que feiticeira. Trabalhou como extra em Alfs Button  (30, Will P. Kelino), Never Trouble  (31, Lupino Lane), e Fascination  (31, Miles Mander), antes de Korda a perceber. Em 32 realizou Service for Ladies  [ Só para Senhoras ] e Wedding Rehearsal  para ele, e também apareceu em For the Love of Mike  (32, Monty Banks); Ebb Tide (3

Filme do Dia: A Condessa Descalça (1954), Joseph L. Mankiewicz

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A Condessa Descalça ( The Barefoot Contessa , EUA, 1954). Direção e Rot. Original: J.L. Mankiewicz . Fotografia: Jack Cardiff. Música: Mario Nascimbene. Montagem: William Hornbeck. Cenografia: Arrigo Equini. Com: Ava Gardner, Humphrey Bogart, Edmond O´Brien, Marius Goring, Valentina Cortese, Rossano Brazzi, Elizabeth Sellars, Warren Stevens, Renato Chiantoni, Maria Zanoli.      Nos funerais de Maria Vargas (Gardner), alguns dos homens representativos de sua vida prestam seu tributo e recordam de sua personalidade magnetizante. Dentre eles, Harry Dawes (Bogart), que se tornou um protetor dela quando parte para Hollywood, após ser descoberta em uma espelunca de Madri e tornar-se mulher do poderoso produtor e magnata Kirk Edwards (Stevens). Depois de realizar três filmes de estrondoso sucesso, sofre o abalo do assassinato da mãe (Zanoli) pelo próprio pai (Chiantoni), que representa para ela menos a perda da mãe, que achava detestável, que a possibilidade de condenação do pai, que é

Filme do Dia: The Miser's Heart (1911), D.W. Griffith

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T he Miser´s Heart (EUA, 1911). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: George Hennesy. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Ynez Seabury, Adolph Lestina, Linda Arvidson, Lionel Barrymore , William J. Butler, Wilfred Lucas, Charles Hill Mailes, Robert Harron, Blanche Sweet, Donald Crisp. A pequena Kathy (Seabury) torna-se amiga do vizinho pão-duro (Lestina), por conta da mãe (Arvidson) se encontrar doente. Ela cativa também o vagabundo de rua Jules (Barrymore). Enquanto Kathy se encontra no quarto do pão-duro, dois larápios (Lucas e Mailes) tentam se apossar da combinação do cofre, em que ele guarda sua pequena fortuna. Os malfeitores ameaçam jogar a menina, amarrada por uma corda, pela janela, caso ele não revele o segredo. Enquanto isso, o vagabundo de rua busca socorro na polícia e é denunciado pelo pequeno furto que cometera. Alguns policiais vão com ele ao local e lá percebem a situação de risco da criança e invadem o prédio. O vagabundo aproveita a oportunidade para voltar a dormir

Filme do Dia: O Caçador de Dotes (1971), Elaine May

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O   Caçador de Dotes ( A New Leaf , EUA, 1971). Direção: Elaine May. Rot. Adaptado: Elaine May, a partir do conto The Green Heart , de Jack Ritchie. Fotografia: Gayne Rescher. Montagem: Don Guidice & Fredric Steinkamp. Dir. de arte: Warren Clymer & Richard Fryed. Figurinos: Anthea Sylbert. Com: Walter Matthau, Elaine May, Jack Weston, George Rose, James Coco, Doris Roberts, Renée Taylor, William Redfield, Graham Jarvis. O playboy falido Henry “Harry” Graham (Matthau), sem nenhuma habilidade ou talento específico, vê-se na sinuca de, em plena meia-idade, não saber o que fazer para sobreviver e manter o seu elegante padrão de vida. A saída é soprada por seu camareiro fiel (mas nem tanto, já que deixa claro que partirá na mesma hora em que não for pago) Harold (Rose): ele deve buscar uma mulher. Após algumas tentativas, Harry escolhe como vítima a desastrada e rica herdeira Henrietta Lowell (May), que convence de casar antes que o trato que havia feito com seu rico tio,

Filme do Dia: Gerald McBoing-Boing (1950), Robert Cannon

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G erald McBoing-Boing (EUA, 1950). Direção: Robert Cannon. Rot. Original: Bill Scott & Phil Eastman, a partir do argumento de Dr. Seuss. Música: Gail Kubik. Essa pérola da animação moderna apresenta um garoto que ao abrir a boca   somente emite efeitos sonoros. Rejeitado por todos, amigos e amigas, assim como pelos próprios pais, impacientes ou assustados com seus ruídos, Gerald foge de casa e acaba sendo descoberto por um empresário que o leva a ter fama nacional, dinheiro e a reconciliação com os pais. Os traços do desenho de Cannon, próximos do universo da publicidade e se auto-construindo em meio a narrativa em curso, assim como a própria referência sonora de seu protagonista são elementos auto-reflexivos também associados com a animação moderna. Cannon, ao contrário da maior parte dos animadores, dirigiu apenas 20 títulos, sendo alguns deles com o mesmo personagem. Levou o Oscar da categoria. UPA para Columbia Pictures. 6 minutos e 56 segundos.

Filme do Dia: How Jones Lost His Roll (1905), Edwin S. Porter

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H ow Jones Lost His Roll (EUA, 1905). Direção e Fotografia: Edwin S. Porter. Homem endinheirado é convidado por seu vizinho para um lauto jantar e, após um jogo de cartas, com ele e sua esposa, perde todo o seu dinheiro e volta para casa de ceroulas e um barril. Se a imagem final, dado seu inusitado, provoca um certo efeito-piada que se torna valorizado por tudo o que a antecede – ainda que os planos relativos ao jogo de cartas sejam demasiado longos – o que certamente chama a atenção dessa produção ao olhar do século seguinte é a bem humorada e inovadora técnica de fazer uso de animação quadro a quadro para criar legendas intercambiantes que, juntamente com seu conteúdo, provocam comentários irônicos ao longo de toda a narrativa, remetendo no final a situação  ao próprio espectador. Edison Manufacturing Co. 7 minutos e 35 segundos.

Filme do Dia: O Capitão Bandeira contra o Doutor Moura Brasil (1971), Antônio Calmon

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O   Capitão Bandeira contra o Doutor Moura Brasil (Brasil, 1971). Direção: Antônio Calmon. Rot. Original: Antônio Calmon, a partir de argumento de Hugo Carvana. Fotografia: Affono Beato. Música: Nelson Ângelo. Montagem: Nazareth Ohana. Figurinos: Vera Barreto Leite &  César Mazarotti. Com: Cláudio Marzo, Hugo Carvana, Norma Bengell, Suzana de Moraes, Otávio Augusto, Luís Carlos Miele, Black Power, Maria Gladys, Vinícius Salvatori, Paulo César Pereio, John Herbert, Rose Lacreta, Sônia Braga, Wilson Grey. Empresário de sucesso (Marzo) é assombrado em seus sonhos pela fantasmática figura do Doutor Moura Brasil. É internado em manicômio, perdendo sua mulher (Moraes) e sendo incentivado por seu melhor amigo (Carvana) a não afundar de vez na depressão e cometer o suicídio. Esse compósito de tudo que era explorado em termos temáticos e estilísticos por um cinema de viés mais autoral soa cansativo por sua excessiva dispersão e auto-indulgência. Embora não seja exatamente uma pr

Filme do Dia: Pistoleiro sem Destino (1971), Peter Fonda

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P istoleiro sem Destino ( The Hired Hand , EUA, 1971). Direção: Peter Fonda. Rot. Original: Alan Sharp. Fotografia: Vilmos Zsigmond. Música: Bruce Langhorne. Montagem: Frank Mazzola. Dir. de arte: Lawrence G. Paull. Cenografia: Robert De Vestel. Figurinos: Richard Bruno. Com: Peter Fonda, Warren Oates, Verna Bloom, Robert Pratt, Steven Darden, Rita Rogers, Ann Doran, Ted Markland, Megan Denver. Harry Collings (Fonda) desiste de seguir viagem com o leal amigo Arch (Oates), com quem viaja a sete anos e o jovem Dan Griffen (Pratt), que aparentemente se envolve com a mulher (Rogers) do mau caráter McVey (Darden) e é morto por esse. Pesarosos com o acontecido, Harry e Arch ao irem embora do local atiram contra McVey e levam um cavalo seu.   Harry retorna a casa de sua mulher com Arch. Hannah (Bloom) demonstra o forte grau de ressentimento por sua demorada ausência, tendo falado à filha, Janey (Denver), que o pai se encontrava morto. Hanna o aceita como trabalhador de sua propriedade, as

O Dicionário Biográfico de Cinema#15: Gary Cooper

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Gary Cooper ( Frank James Cooper) (1901-61).  N. Helena, Montana.   O jovem Cooper foi um espírito lacônico, belo e solitário, salvo da vaidade por sua preocupação com algum profundo mistério. Como muito dos grandes astros, dava a impressão de ser inesperadamente pego em seus próprios pensamentos. Sua timidez o permitia parecer distante ou envergonhado pelas histórias. Mas quando o tempo passou, sua beleza fendeu e sua face começou a apresentar a ansiedade terrível de seus próprios pensamentos. E é somente em retrospecto que se reconhece a integridade assombrosa da obra de Cooper: nunca interpretou um homem malicioso ou desonesto. Essa preocupação o embalou por muitos anos, e eventualmente se transformou em um câncer que desgraçou seu rosto, tendo sido espantoso como o herói americano tenha permanecido um bom homem nesse mundo. A iconografia das clássicas virtudes americanas da simplicidade e da honra, sendo torturado pela violência, corrupção e compromisso é traçada numa sucess

Filme do Dia: Em Nome da Lei (1949), Pietro Germi

E m Nome da Lei ( In Nome della Legge , Itália, 1949). Direção: Pietro Germi. Rot. Adaptado: Mario Monicelli, Federico Fellini , Tullio Pinelli, Guiseppe Mangione & Pietro Germi, a partir do romance  Piccola Pretura , de Guiseppe Lo Schiavo. Fotografia: Leonida Barboni. Música: Carlo Rustichelli. Montagem: Rolando Benedettti. Dir. de arte: Gino Morici. Com: Massimo Girotti, Jone Salinas, Camilo Mastrocinque, Charles Vanel, Saro Urzi, Turi Pandolfini, Umberto Spadaro, Sara Arcidiacono, Bernardo Indelicato, Nadia Niver, Ignazio Balsamo. Guido Schiavi (Girotti) chega ao vilarejo siciliano de Capodarso no momento em que o juiz anterior abandona a cidade. Desde quando põe os pés na cidade, Schiavi percebe que não contará com apoio nem da elite, representada pelo corrupto Barão Lo Vastro (Mastrocinque), nem muito menos pela Máfia, liderada por Massaro (Vanel) ou ainda pelo povo, temeroso de sofrer represálias da Máfia. Schiavi tenta convencer o Barão a abdicar da proteção da Máfia pe

Filme do Dia: Brasa Dormida (1928), Humberto Mauro

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B rasa Dormida (Brasil, 1928). Direção, Rot. Original, Montagem e Cenografia: Humberto Mauro. Fotografia: Edgar Brasil. Com: Nita Ney, Luís Soroa, Máximo Serrano, Pedro Fantol, Rozendo Franco, Corte Real, Pascoal Ciodaro, Haroldo Mauro, Juca de Godoy. O aparentemente incorrigível jovem Luís Soares (Soroa) é enviado pelo pai, rico industrial, para estudar. Porém, não possuindo qualquer interesse pelos estudos, acaba sendo renegado pelo pai. Em situação difícil, segue um anúncio de jornal que procura vagas para trabalhar em uma usina. Na usina de Máximo (Serrano), onde demonstra ser um verdadeiro trabalhador, apaixona-se pela filha do usineiro, Anita (Ney), namoro que provoca o despeito do gerente da usina (Ciodaro), que relata tudo ao pai. Decidido a que sua filha rompa a relação com um jovem ao qual não possui referência sobre qual família pertence, Máximo leva Anita de volta ao Rio de Janeiro. Dificuldades na usina, no entanto, os trazem de volta e eles chegam no momento em qu

Filme do Dia: Granddad (1913), Jay Hunt

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G randdad (EUA, 1913). Direção: Jay Hunt. Rot. Original: William H. Clifford. Com: William Desmond Taylor, Mildred Harris, Frank Borzage. Avô (Taylor) sofre quando acredita estar sendo má influência para a neta, Mildred (Harris), por conta de beber alguns tragos, partindo da casa da filha, de moral extremamente rígida. Em uma ação beneficente, Mildred reencontra o avô em uma fazenda, trabalhando na roça. Um adversário da época da Guerra da Secessão vai atrás do avô, por conta dele ter salvo heroicamente a sua vida, sob o risco de perder a própria. Junto ao pai (Borzage) e Mildred, eles vão em busca do velho, mas esse, que havia passado mal quando trabalhava, já se encontra em seu leito de morte. A pieguice de Hunt consegue superar a de Griffith , nesse melodrama marcado por golpes de coincidência e por uma redenção do personagem final junto à sua família, ainda que tardiamente e sob o signo da culpa. Destaque para o flashback que, embora pouco objetivo para os padrões de hoje,

Filme do Dia: Desencanto (1945), David Lean

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D esencanto ( Brief Encounter , Reino Unido, 1945). Direção: David Lean . Rot. Adaptado: Anthony Havelock-Allan, David Lean & Ronald Neame, a partir da peça Still Life , de Noël Coward . Fotografia: Robert Krasker. Montagem: Jack Harris. Dir. de arte: Lawrence P. Williams. Com: Celia Johnson, Trevor Howard , Stanley Holloway, Joyce Carey, Cyril Raymond, Everley Gregg, Marjorie Mars, Margaret Barton. Laura Jesson (Johnson) vive uma vida aparentemente dos sonhos com o marido Fred (Raymond), mas um cisco no olho retirado por um médico, Dr. Alec Harvey (Howard), demonstra que não. Os dois passam a se encontrar todas as quintas e Alec expressará o que os dois já sabem: que se encontram apaixonados. Dividida entre a paixão e a culpa pela traição ao marido, Laura chega a se encontrar furtivamente com Alec em um apartamento, mas tem que sair pela porta dos fundos à chegada inesperada de um amigo desse. Sentindo-se ultrajada, em meio à chuva, promete a si mesmo e ao próprio Alec nã

Filme do Dia: Bacalaureat (2016), Christian Mungiu

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B acalaureat (Romênia/França/Bélgica, 2016). Direção e Rot. Original: Christian Mungiu. Fotografia: Tudor Vladimir Panduru. Montagem: Mircea Olteanu. Dir. de arte: Simona Paduretu. Cenografia: Anca Perja. Figurinos: Brandusa Ioan. Com: Adrian Titieni, Maria Dragus, Lia Bugnar, Malina Manovici, Vlad Ivanov, Rares Andrici,  Gelu Colceag, Lucian Ifrim, Emanuel Parvu, Petre Ciubotaru. Romeo (Titieni) é um pai zeloso pela educação da filha, Eliza (Dragus) que pretende que vá para a Inglaterra e não sucumba ao que acredita ter sido o seu próprio erro e o de sua esposa, Magda (Bugnar), de retornar ao país. Para isso, ele tenta fazer o possível e o impossível, mesmo quando uma série de acontecimentos parece se indispor contra o seu objetivo. Eliza sofre uma agressão perto da escola e, tempos depois, descobre que o pai possui uma vida paralela com uma amante, Sandra (Manovici). Com a instabilidade emocional que Eliza sofre em meio ao processo seletivo que deve se sair muito bem para conse

Filme do Dia: Spotlight: Segredos Revelados (2015), Tom McCarthy

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S potlight: Segredos Revelados ( Spotlight , EUA, 2015). Direção: Tom McCarthy. Rot. Original: Josh Singer & Tom McCarthy. Fotografia: Michael Keaton, Mark Ruffalo, Rachel McAdams, Liev Schreiber, John Slattery, Brian d’Arcy James, Stanley Tucci, Jamey Sheridan, Neal Huff, Billy Crudup. 2001. Após ter sido comprador pelo The New York Times, a equipe do Boston Globe, sobretudo Mike Rezendes (Ruffalo), Robby Robinson (Keaton) e Sacha Pfeiffer (McAdams) é incentivada por um novo editor, Marty Baron (Schreiber) a investigar os casos de abusos sexuais de menores envolvendo padres católicos, algo relatado desde meados dos anos 70, mas nunca de fato investigado. Aos poucos a investigação vai levando não somente a casos isolados, 13 inicialmente, depois 70, apenas na área de Boston, mas a descoberta, referendando os dados de um pesquisador, de que cerca de 6% do clero ser pedófilo. Segue, sem maiores inovações, a trilha de filmes que reproduzem investigações jornalísticas mais dura