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  O   Balão do Billy ( Billy’s Balloon , EUA, 1998). Direção e Rot. Original: Don Hertzfeldt. Fotografia e Montagem: Rebecca Moline. Garoto se diverte com seu chocalho e um balão vermelho. O balão, a determinado momento, no entanto, passa a agredi-lo seguidamente, apenas retrocedendo quando algum adulto se aproxima. Logo, Billy perceberá que várias crianças enfrentam dificuldades similares com seus balões. A resposta de Hertzfeldt ao célebre curta O Balão Vermelho (1956), de Lemorisse, ironiza fortemente com o teor adocicado que permeia a maior parte dos veículos direcionados às crianças, porém de uma forma dura e mesmo cínica, com requintes de maldada, como o momento em que o balão levanta com o garoto mais de uma vez apenas para jogá-lo do alto. À  transição para a situação “epidêmica” a ser observada ao final, no melhor estilo Os Pássaros (1963), de Hitchcock não se torna preocupação de Hertzfeldt, lidando com traços bem básicos, como garranchos, para ilustrar o que conta. Ne

Everything Will Be Ok (EUA, 2006). Direção, Rot. Original, Música e Fotografia: Don Hertzfeld. Montagem: Brian Hamblin. Hertzfeld conseguiu construir um nicho à parte no universo da animação, o que não é pouco, com seu estilo peculiar, construído a partir de traços muito básicos – pouco mais que garranchos – e o uso de máscaras múltiplas sobre a tela, fazendo com que duas ou três ações sejam acompanhadas ao mesmo tempo. E todas elas se encontram vinculadas à figura de Bill, de quem temos conhecimento não apenas pelas ações, mas pela narração, efetuada pelo próprio Hertzfeld. Ocasionalmente a tela fica completamente escura e apenas ouvimos a narração. A música – aqui fragmentos de Bizet e Smetana, além da trilha incidental composta igualmente por Hertzfeld – e elementos evocativos do cinema experimental de um Brakhage, assim como stills e imagens de ação ao vivo  vem se somar aos ingredientes utilizados, sem que se fique com a sensação de saturamento, dado o tempo relativamente lon