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Mostrando postagens com o rótulo Edwin S. Porter

Filme do Dia: The Whole Dam Family and the Dam Dog (1905), Edwin S. Porter

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  T he Whole Dam Family and the Dam Dog (EUA, 1905). Direção: Edwin S. Porter. Mesmo que a motivação desse filme já tivesse um extenso repertório iconográfico que lhe serviu como inspiração, como os cartões postais e o próprio vaudeville , Porter parece destilar certa ironia ou ao menos preservar a que havia eventualmente no vaudeville no modo como descreve essa família americana típica enquadrada pela moldura não menos   típica de uma fotografia. Plano a plano   se observa todos os componentes da família Dam e até sua cozinheira e seu cachorro, com as devidas indicações do nome acrescidas a moldura e o modo como pretendem ser representados.   O motivo do filme parece um tanto atípico em relação aos gêneros que se encontravam mais em evidência à sua época, sendo a referida tradição iconográfica exterior ao universo do cinema o seu parentesco mais próximo. Esta apresentção dura cerca de metade de sua metragem. Os atores olhando diretamente para a câmera e fazendo movimentos repetitiv

Filme do Dia: Execution of Czolgosz with Panorama of Auburn Prison (1901), Edwin S. Porter

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  E xecution of Czolgosz with Panorama of Auburn Prison (EUA, 1901). Direção: Edwin S. Porter. Essa dramatização da pena de morte do assassino do presidente americano MacKinley é precedido de uma lenta panorâmica documental que apresenta a prisão real onde ocorreu o evento. O choque entre as imagens documentais e a evidente encenação que se segue não parecia ser problemática à época e a própria natureza mista do filme se apresenta no seu título partilhado. Filmes que apresentavam execuções eram bastante comuns na época (por exemplo, o final de A História de um Crime ), muito deles produzidos igualmente por Edison (como The Execution of Mary, Queen   of Scots ). Edison Manufacturing Co. 4 minutos.

Filme do Dia: Coney Island at Night (1905), Edwin S. Porter

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  C oney Island at Night (EUA, 1905). Direção: Edwin S. Porter. Filmagem noturna que pretende valorizar a iluminação do monumental e gigantesco Luna Park, célebre atração local que já havia sido motivo, inclusive, para investidas com encenações que buscavam chamar a realidade do ambiente do parque para o seu universo de pretenso humor, em Rube and Mandy at Coney Island , de dois anos antes. Aqui, Porter faz uso do “panorama”, no caso em questão   proporcionadas por panorâmicas horozontais e verticais do equipamento urbano que forma o parque. No último dos “panoramas” se dstaca em detalhe, com a câmera subindo e descendo, o prédio mais alto e vistoso do complexo, em imagens que mais se assemelham a um culto fálico. Porter era mestre no gênero e nada do que fez depois nele talvez se compare a seu Panorama of Esplanade by Night (1901), seguindo o mesmo principio. Edison Manufacturing Co. 4 minutos.

Filme do Dia: A Little Girl Who Did Not Believe in Santa Claus (1907), J. Searle Dawley & Edwin S. Porter

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  A   Little Girl Who Did Not Believe in Santa Claus (EUA, 1907). Direção: J. Searle Dawley & Edwin S. Porter. Com: Gitchner Hartman, Mr. Lehapman, Bessie Schrednecky, William Sorelle, Miss Sullivan. Garoto que acredita em Papai Noel, ao contrário da irmã, surpreende-o depositando os brinquedos e sua residência e se alia a esse como seu assistente e, ao mesmo tempo, tornando-o cativo com um laço. Uma das beneficiadas pelas ações noelinas é justamente a menina que não acredita nele. É difícil resgatar muitas das significações desse filme que não apresenta cartelas e, como regra na época, fazia uso de planos abertos em que não se observava de próximo as ações (e sobretudo) expressões em jogo. Por exemplo, não se sabe se o Papai Noel demonstra satisfação ou o contrário quando o garoto escala o telhado e alcança a chaminé de uma casa. Edison Manufacturing Co. 14 minutos.  

Filme do Dia: Auntie Sallie's Wonderful Bustle (1901), Edwin S. Porter

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  A untie Sallie´s Wonderful Bustle (EUA, 1901). Fotografia: Edwin S. Porter. O maior mérito desse filme, no qual um casal de caipiras se diverte em um mirante - sendo mureta e o céu sobre ele evocativos da artificialidade dos cenários de Méliès -  até que uma rajada de vento faz com que a protagonista tente segurar o seu chapéu e acabe caindo e retornando mais de uma vez por conta do efeito de reverse motion , é sua relativa independência e originalidade frente ao produto europeu e o interessante modo como o efeito é utilizado. O fato de se somar a isso a habitual troça com o caipirismo, tem-se já alguns elementos que o particularizam frente à produção francesa. O modo desajeitado como o casal se confraterniza ao final é típica do modo como tais personagens, geralmente formando um casal, são descritos na tela então, tal como Bowery Waltz (1897). Porter, no entanto, consegue imprimir uma graça que trascende a própria troça de evidente conotação tanto regional quanto de classe. Ediso

Filme do Dia: Babies Rolling Eggs (1902)

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  B abies Rolling Eggs (EUA, 1902). Fotografia: Edwin S. Porter. Um grupo de pais comanda o jogo de ovos (provavelmente de chocolate na Páscoa) que rolam pela grama e se tornam motivo de disputa acirrada entre muitas crianças que aguardam o momento para pegá-los. Segundo o catálogo da companhia, faz parte de um evento realizado dentro dos portões da Casa Branca e que atraiu uma multidão de mais de 40 mil mulheres e crianças, com a presença inclusive dos filhos do presidente. Percebe-se que duas vezes o campo visual da câmera fica completamente tomado pelas crianças em disputa, gerando inclusive altercações que fogem ao controle de um evento previamente organizado para ser filmado. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 8 segundos.

Filme do Dia: As Sete Idades (1905), Edwin S. Porter

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  A S Sete |Idades ( The Seven Ages ,   EUA, 1905). Direção: Edwin S. Porter. Sete fases de uma relação amorosa são descritas desde a mais tenra infância até a “segunda infância” sugerida pela velhice nesse curioso filme do realizador mais talentoso e dinâmico do cinema norte-americano de então. Nenhuma dessas fases, com exceção da tenra infância quando um dos parceiros ainda é bebê, encontra-se completamente destituída de um caráter erótico pouco usual nas representações da infância e velhice. Sobretudo com relação à primeira, quando o casal de garotinhos se diverte com brincadeiras de beijinhos no rosto e um certo olhar “malicioso” e infantil ao mesmo tempo se mescla no rosto do garoto que encara a câmera, aparentemente menos enquanto buscando “interagir” com o espectador, como era comum então, do que ouvir as indicações dos realizadores do filme para como se portarem – algo que também transparece na postura da menina a olhar para o lado, a certo momento. Será casual que das sete i

Filme do Dia: The Artist's Dilemma (1901), Edwin S. Porter

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  T he Artist’s Dilemma (EUA, 1901). Direção: Edwin S. Porter. Esse pequeno filmea de Porter demonstra a tese da preponderância de um cinema mais preocupado em provocar algum sensação no público, associada a dos números circenses e do teatro popular, que em direção a uma narrativa mais clássica e fechada. No caso aqui, um artista decide pintar uma mulher caracterizada como colombina, retirada de dentro de um armário. Quando ele se concentra para sua ação, sai do armário também uma representação de Pierrô, que decide desenhar uma terceira figura que ganha vida (em trucagem semelhantes as utilizadas contemporaneamente para motivos idênticos, associados a desenhos que ganham vida por J. Stuart Blackton e Méliès, ainda que sem fazer uso de animação aqui como em Blackton). As duas duplas irão interagir, e não faltaram motivos para uma brincadeira entre gêneros evocativa de Shakespeare – o artista vai beijar a garota criada pelo Pierrô, mas essa acaba se transformando em seu próprio criado

Filme do Dia: The Price (1911), Edwin S. Porter, Phillips Smalley & Lois Weber

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T he Price (EUA, 1911). Direção: Edwin S.Porter, Phillips Smalley & Lois Weber. Com: Phillips Smalley, Lois Weber. Joe (Smalley) se apaixona por Ann (Smalley) e os dois se casam, sob as bênçãos do pai dessa e possuem uma linda filha. O tempo, passa, no entanto, e Ann se sente atraída pelo homem que passa por sua casa e fala com sua filha. Resolve abandonar o marido, deixando uma carta de despedida e se une ao amante, rico, tornando-se conhecida e admirada por toda a sociedade local por sua beleza. Joe fica devastado com a perda da mulher, assim como a criança, que morre pouco tempo depois. O tempo passa e a beleza de Ann se foi. O amante a trai com outra jovem e pede que ela abandone a residência. A perda do amor dele a faz adoecer gravemente. Em seu leito de morte, ela pede que Joe seja avisado de seu estado. Ele a visita e um último frêmito de amor é vivenciado pelo que fora um dia um alegre casal. Porter, caso tenha sido ele mesmo um dos  a assinar essa realização, ap

Filme do Dia: How Jones Lost His Roll (1905), Edwin S. Porter

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H ow Jones Lost His Roll (EUA, 1905). Direção e Fotografia: Edwin S. Porter. Homem endinheirado é convidado por seu vizinho para um lauto jantar e, após um jogo de cartas, com ele e sua esposa, perde todo o seu dinheiro e volta para casa de ceroulas e um barril. Se a imagem final, dado seu inusitado, provoca um certo efeito-piada que se torna valorizado por tudo o que a antecede – ainda que os planos relativos ao jogo de cartas sejam demasiado longos – o que certamente chama a atenção dessa produção ao olhar do século seguinte é a bem humorada e inovadora técnica de fazer uso de animação quadro a quadro para criar legendas intercambiantes que, juntamente com seu conteúdo, provocam comentários irônicos ao longo de toda a narrativa, remetendo no final a situação  ao próprio espectador. Edison Manufacturing Co. 7 minutos e 35 segundos.

Filme do Dia: Subub Surprises the Burglar (1903), Edwin S. Porter

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S uburb Surprises the Burglar (EUA, 1903). Direção e Fotografia: Edwin S. Porter. Num período no qual os filmes ficcionais se tornam um imperativo maior, Porter realiza essa farsa na qual um ladrão é surpreendido pela ação do homem a ser roubado, quando esse se fecha na parede juntamente com sua cama e uma fumaça começa a surgir. Logo o próprio ladrão também se transformará em fumaça. O que mais chama a atenção nesse filme de Porter é o quanto ele mescla elementos de um realismo que impregna algumas de suas obras mais conhecidas ( Vida de um Bombeiro Americano , O Grande Roubo do Trem ), ainda que farsescas ( Street Car Chivalry ) com elementos típicos de um cinema de trucagens estilo Méliès, como é o caso do desaparecimento do ladrão.Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 6 segundos.

Filme do Dia: Boarding School Girls At Coney Island (1905)

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B oarding School Girls (EUA, 1905). Fotografia: Edwin S. Porter. Um grupo de colegiais visita Coney Island. De início se assiste o ritual de entrada no carro e o aspecto humorístico ainda fica parcialmente preservado na quantidade de garotas que o carro suporta, sendo que todas decidem abrir seus guarda-sóis. Depois a descida, sem auxílio de escada como na subida e momentos em atrações diferentes do parque, que era uma das fontes bastante comuns de locações para filmes tanto de aspecto documental ( Coney Island at Night , do mesmo ano) quanto ficcional como esse e o mais famoso Rube and Mandy at Coney Island (1906). Observar que por volta do miolo do filme, os planos que se seguem parecem tão autônomos em relação ao que vinha sido apresentado no plano anterior que parece sugerir uma reunião de pequenos filmes registrados em momentos distintos, o que mesmo aparentemente não sendo o caso aqui, servia potencialmente como estratégia para a exibição de versões distintas a partir de m

Filme do Dia: European Rest Cure (1904), Edwin S. Porter

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E uropean Rest Cure (EUA, 1904). Direção e Fotografia: Edwin S. Porter. Com: Joseph Hart. Tentativa de comicidade de um atrapalhado americano em férias pela Europa (que inclui, numa licença poética o Egito, como se o batalhão de turistas europeus também o transformasse por osmose em parte do continente). Talvez o que mais chame atenção ao olhar de 110 anos após sua realização seja a mescla entre o que mais parecem ser “vistas documentais”, como a partida do navio, observada por completo como era hábito então, com um conteúdo ficcional efetivado em completa oposição, através de arranjos cenográficos estilizados, como era padrão então. Oferece-se cenas com alguns elementos que se acreditariam representativos de vários países – na França, por exemplo, o personagem é observado num café se entusiasmando com duas mulheres (prostitutas?) que com ele dançam o can-can , para escândalo de alguns dos passageiros; na Alemanha levando, sem querer, um banho de lama; no Egito sofrendo uma queda

Filme do Dia: Catching an Early Train (1901), Edwin S. Porter

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C atching an Early Train (EUA, 1901). Fotografia: Edwin S. Porter. O motivo cômico pretendido por esse filme – e Porter vai ser um nome significativo no momento de transição dos filmes de atualidades para os dramas e farsas encenadas – é através de algumas trucagens como o reverse motion fazer com que a roupa praticamente “se vista” no homem que acabou de acordar e que deve pegar um trem ainda cedo, como faz menção o título. Pelas vestimentas do homem, apesar de possuir alguma distinção, carregando uma valise associada aos médicos, trata-se de um caipira, motivo habitual de comicidade nos filmes de então. A segunda parte do filme, aparentemente unida a remanescente, apresentava uma dissolução e o momento no qual o protagonista já se encontrava na plataforma de embarque, ainda que muitas das informações constantes no catálogo da companhia não sejam confiáveis. Edison Manufacturing Co. 38 segundos.

Filme do Dia: City Hall to Harlem in 15 seconds, Via the Subway Route (1904), Edwin S. Porter

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C ity Hall to Harlem in 15 Seconds, Via the Subway Route (EUA, 1904).  Fotografia: Edwin S. Porter.   Chama imediatamente atenção pelo título, evidente alusão às vistas que muitas vezes faziam uso dos meios de transporte para apresentar aspectos da modernidade das grandes cidades do mundo e que muitas vezes também compartilhavam longos títulos descritivos. Porém aqui se trata de uma evidente brincadeira com o gênero – do qual o próprio Porter muitas vezes contribuiu (tal como em  Cannoeing    on   the  Charles River, Boston, Mass . , do mesmo ano). Um homem entra na linha metroviária e provoca uma explosão que o leva via aérea durante os 15 segundos que faz menção o título pela linha do metrô até cair na casa de uma moradora do Harlem.  Edison Manufacturing Co. 2  minutos  e 31  segundos .  

Filme do Dia: Pan-American Exposition by Night (1901), Edwin S. Porter

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P an American Exposition By Night (EUA, 1901). Fotografia: Edwin S. Porter & A. White. As grandes feiras internacionais, dado serem algumas dentre as representações máximas da modernidade e da tecnologia dos países industrializados, eram motivo de constante registro por parte do cinema, que desenvolveu todo um gênero nessa direção. A maior parte não passa de lentas panorâmicas descritivas do local de realização das mesmas. Outros, como Inauguration de l´Exposition Universelle , do ano anterior, demonstram uma perspicácia na sua ilusão relacionada ao movimento que permanecem grandemente interessantes aos olhos de hoje. Esse filme em questão pode se situar entre esses dois extremos. Aparentemente contradizendo seu título, pois boa parte da panorâmica é filmada à luz do dia, o filme continua o movimento a partir das feéricas luzes que tomam espaço da feira à noite. É justamente nessa aparente continuidade do movimento sem maiores sobressaltos que o filme pretende demonstrar sua

Filme do Dia: Canoeing on the Charles River, Boston, Mass. (1904), Edwin S. Porter

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C anoeing  on the Charles River, Boston, Mass.(EUA, 1904). Fotografia: Edwin S. Porter. Uma procissão de canoas desce lentamente o rio. Pela indumentária e idade dos rapazes se supõe tratar-se de um grupo de estudantes com seus respectivos parentes ou namoradas. Todas as canoas portam bandeirolas americanas. Por essa época o gênero atualidade já havia deixado de ser o maior interesse do público e o fato de aqui se fazer uso de estratégias de filmagem que caíam em desuso – único plano e sem movimentação alguma de câmera, com tempo mais dilatado do que as atualidades do início do século tornando a ação sem maior apelo ainda mais prolongada – não deve ter auxiliado em maior sucesso junto aos espectadores. Pode-se imaginar também se tratar de um filme de encomenda para determinada associação ou instituição. Torna-se algo surpreendente ele ter sido filmado justamente por Porter, o homem que estava provocando os maiores avanços no filme ficcional do mesmo período. Edison Manufacturing

Filme do Dia: A Romance of the Rail (1903), Edwin S.Porter

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A Romance of the Rail (EUA, 1903). Direção: Edwin S. Porter. Rot. Original: Wendell P.Colton. Com: Marie Murray. Casal enamorado viaja de trem, namora durante a viagem e resolve se unir com as bênçãos de um religioso no próprio trem. Cerca de dois meses apenas antes do lançamento de seu clássico O Grande Roubo do Trem , Porter já aqui faz uso da ferrovia – por sinal, com finalidade bastante distinta – em que uma das cenas mais longas é a que o casal enamorado, ao final do trem, vivencia seu namoro e ao mesmo tempo comenta motivos que observa na paisagem (e dos quais, o espectador não toma de fato conhecimento quais sejam). Embora não fique exatamente evidente se havia conhecimento prévio um do outro antes da viagem, o fato de ambos viajarem de branco e do rapaz já vir munido com uma flor e haver uma satisfação demasiado imediata quando ocorre o primeiro contato visual entre ambos, parece sugerir, a bem da verossimilitude do filme, que já existia prévio conhecimento. Se a cena m

Filme do Dia: Perseguindo o Lunático (1904), Edwin S.Porter

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Perseguindo o Lunático (Maniac Chase, EUA, 1904). Direção: Edwin S. Porter. Um maníaco encarcerado em um manicômio agride um dos enfermeiros e após uma briga com esse e outros dois homens da instituição, foge através da janela. Os três enfermeiros o perseguem por um bom tempo. Conseguem alcança-lo algumas vezes, mas ele se desvencilha e surpreendentemente retorna a sua cela. Muitos dos elementos dos filmes do período podem ser encontrados nessa produção em duas partes como o próprio caráter do filme se enquadrar no gênero dos “filmes de perseguição” então emergente. Como outras produções que enfatizam a maior parte do tempo a perseguição, esse filme conta com a habitual estrutura na qual tanto perseguidores quanto perseguidos são sempre observados no mesmo plano. Quando ocorre algum distanciamento, como é o caso da vantajosa e inexplicável dianteira que o maníaco consegue em relação aos seus perseguidores nunca se entremeia planos destes últimos, o que caracterizaria a distinçã

Filme do Dia: Fun in a Bakery Shop (1902), Edwin S. Porter

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Fun in a Bakery Shop (EUA, 1902). Direção: Edwin S. Porter. Um padeiro passa a criar máscaras faciais com o material de seu trabalho, a farinha. Elão são produzidas a partir de um rato que sobe um barril – rato evidentemente artificial. Ao final suas peraltices são descobertas por dois companheiros de trabalho, que o afundam em um barril com farinha de trigo. Apesar da notável destreza com que conduz os efeitos especiais, esse filme de motivação pretensamente cômica fica aquém da produção média contemporânea de Méliès. Boa parte dos desenhos que o padeiro efetiva com a sua massa não são destacados por conta de um sistema de filmagem à época que ainda não fazia uso de uma decupagem - no caso aproximando as máscaras desenhadas a partir de planos mais fechados. Aparentemente faz uso do sistema de filmagem em  stop motion , utilizado no universo da animação, no momento em que o rato surge. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 22 segundos.