The Repentant Magdalen, Georges de la Tour (c. 1635/1640)
De acordo com os dogmas da igreja católica do século XVII, Maria Madalena foi um exemplo de pecadora arrependida e, consequentemente, um símbolo do Sacramento da Penitência. De acordo com a lenda, Maria levava uma vida dissoluta até sua irmã Marta a persuadir a escutar Jesus Cristo. Ela se tornou uma das mais devotas seguidoras de Cristo e ele a absolveu de seus antigos pecados. Nas telas sombrias de Georges de La Tour, Maria é apresentada de perfil, sentada a uma mesa. Uma vela é a fonte de luz da composição, mas a luz também carrega sentido espiritual que lança um brilho dourado na face da santa e nos objetos dispostos sobre a mesa. À silhueta da luz de velas ,a mão esquerda de Maria repousa em uma caveira posta sobre um livro. A caveira é refletida como um espelho. A caveira e o espelho são símbolos de vanitas , implicando na efemeridade da vida. A simplificação das formas, paleta de cores reduzida e a atenção aos detalhes evocam um silêncio assombrado que é único na obra de