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Filme do Dia: Rio de Lama (1981), Kôhei Oguri

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  R io de Lama ( Doro no Kawa , Japão, 1981). Direção: Kôhei Oguri. Rot. Adaptado: Takako Shigemori, a partir do romance de Teru Miyamoto. Fotografia: Shôhei Andô. Música: Kurôdo Môri. Montagem: Nobuo Ogawa. Dir. de arte: Akira Naitô. Com: Nobutaka Asahara, Takahiro Tamura, Mariko Kaga, Makiko Shibata, Minoru Sakurai, Yumiko Fujita, Gannosuke Ashiya, Masako Yagi. Japão, 1955. Num país ainda sofrendo com os traumas da Segunda Guerra, Nobuo (Asahara) vive com o pai (Tamura), que já o foi com idade avançada e a mãe, Sadako (Fujita), à margem de um rio, onde sua moradia também serve como pequeno comércio. Certo dia se instala na outra margem uma família que vive numa casa flutuante, cujas duas crianças, Ginko (Shibata) e Kiichi (Sakurai), tornam-se próximas de Nobuo. Eles são apresentados aos pais de Nobuo e o pai demonstra aquiescência na continuidade da amizade, mesmo sabendo da fama da mãe dos garotos, Shoko (Kaga), ser prostituta, apenas advertindo-o a não frequentar o barco da famíl

Filme do Dia: Jânio a 24 Quadros (1981), Luís Alberto Pereira

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  J ânio a 24 Quadros (Brasil, 1981). Direção e Rot. Original: Luís Alberto Pereira. Fotografia: Eduardo Poiano & Adilson Ruiz. Montagem: Augusto Sevá. Cenografia: Sebastião Maria Neto. Figurinos: Dionéia da Paixão. Documentário que oscila, do início ao final, entre o didatismo e a recusa do mesmo. De qualquer forma, muito provavelmente influenciado por Godard e pela vanguarda super-oitista da década de 70, acaba dedicando um espaço reduzido ao que seria seu tema central, preferindo alongar-se sobre o período anterior e posterior ao meteórico governo Jânio, chegando até o momento da abertura política. Igualmente perceptível é a influência de O Bandido da Luz Vermelha , seja ao fazer uso de narrações radiofônicas semelhantes ou canções ( Perfume de Gardênia ) em sua trilha, que explora igualmente muitos dos sucessos nacionais (Cely Campello, Roberto Carlos, Gilberto Gil) e internacionais (Joplin e, sobretudo, Beatles, sendo o filme dedicado, entre outros, a John Lennon, recentemen

Filme do Dia: Mamãezinha Querida (1981), Frank Perry

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M amãezinha Querida ( Mommie Dearest , EUA, 1981). Direção: Frank Perry. Rot. Adaptado: Frank Yablans, Frank Perry, Tracy Hortchner & Robert Getchell, a partir do livro homônimo de Cristina Crawford. Fotografia: Paul Lohmann. Música: Henry Mancini. Montagem: Peter E. Berger. Dir. de arte: Bill Malley & Harold Michelson. Cenografia: Richard C. Goddard. Figurinos: Irene Sharafff. Com: Faye Dunaway, Steve Forrest, Howard Da Silva, Diana Scarwid, Mara Hobel, Jocelyn Brando A estrela mundialmente renomada Joan Crawford (Dunaway), indo contra as leis então vigentes, decide adotar crianças. Cristina (Hobel) é a primeira delas. Insegura e prepotente, ela transforma a vida de Cristina, e seu irmão mais novo Cristopher, em um terror, espancando Cristina e provocando terror psicológico. Quando moça, ela retira Cristina do internato após ela ter sido flagrada nos braços de um garoto. Próximo ao final da vida de Joan, no entanto, certa aproximação se faz entre as duas. Joan substitui

Filme do Dia: Eles Não Usam Black-Tie (1981), Leon Hirzsman

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E les Não Usam Black-Tie (Brasil, 1981). Direção: Leon Hirzsman. Rot. Adaptado: Leon Hirzsman, baseado em peça de Gianfrancesco Guarnieri. Fotografia: Lauro Escorel. Música: Adoniram Barbosa, Chico Buarque & Gianfrancesco Guarnieri. Montagem: Eduardo Escorel. Dir. de arte: Jefferson Albuquerque, Francisco Osório & Marcos Weinstock. Figurinos: Yurika Yamasaki. Com: Carlos Alberto Ricelli, Bete Mendes, Gianfrancesco Guarnieri, Fernanda Montenegro, Milton Gonçalves, Lélia Abramo, Rafael de Carvalho, Fernando Ramos da Silva. Tião (Ricelli) possui planos de se casar e constituir família com a também operária Maria (Mendes). Ele é filho do veterano líder sindical Otávio (Guarnieri) e da dona de casa Romana (Montenegro). Maria se encontra grávida e o noivado deles se encontra planejado para dentro de duas semanas. Durante esse período, no entanto, os sonhos dos dois são atropleados pela realidade. O pai de Maria, alcoólatra, é assassinado quando retornava para casa, o que a to

Filme do Dia: Scanners - Sua Mente Pode Destruir (1981), David Cronenberg

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S canners – Sua Mente Pode Destruir ( Scanners , Canadá, 1981). Direção e Rot. Original: David Cronenberg.  Fotografia: Mark Irwin. Música: Howard Shore. Montagem: Ronald Sanders. Dir. de arte: Carol Spier. Figurinos: Delphine White. Com: Stephen Lack, Jennifer O’Neill, Patrick McGoohan, Lawrence Dane, Michael Ironside, Robert A. Silverman, Lee Broker, Mavor Moore. O renomado cientista Paul Ruth (McGoohan) descobre um dos “scanners”, homens que possuem capacidades telepáticas extraordinárias,   Cameron Vale (Lack), que decide participar de uma busca a outros scanners, contando com a ajuda de uma aliada, Kim Obrist (O’Neill). O mais poderoso de todos é Darryl Revok (Ironside), que comanda uma gangue de scanners que planejam dominar o mundo. Esse filme da fase inicial da carreira de Cronenberg , mesmo iniciando com certa aura promissora, e até de que seja melhor que o seu posterior – e já contando com capital norte-americano – A Mosca  (1986), demonstra ser ainda pior, além de

Filme do Dia: Na Época do Ragtime (1981), Milos Forman

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Na Época do Ragtime ( Ragtime , EUA, 1981). Direção: Milos Forman. Rot. Adaptado: Michael Keller, baseado no conto Michael Kohlhass , de Heinrich Von Kleist e no romance de E.L. Doctorow. Fotografia: Miroslav Ondrícek. Música: Randy Newman. Montagem: Anne V. Coates, Stanley Gibbs & Stanley Warnow. Dir. de arte: John Graysmark. Figurines:  Anna Hill Johnstone. Com: Howard E. Rollins Jr., James Olson, Elizabeth MacGovern, Brad Douriff, James Cagney, Moses Gunn, Kenneth McMillan, Pat O´Brien, Mary Steenburgen, Debbie Allen, Donald O´Connor, Jeff Daniels . Nova York, anos de 1910. Tendo amealhado uma fortuna como músico de jazz, o negro Coalhouse Walker Jr. (Rollins Jr.) tenta se reaproximar da garota Sarah (Allen), com quem teve um filho e trabalha na casa de um  liberal de classe média alta, Pai (Olson), cujo irmão mais jovem (Douriff) possui uma relação com a extravagante Evelyn Nesbitt (McGovern), que após o marido, da alta sociedade, ter sido preso por assassinato, não co

Filme do Dia: The Pied Piper of Hamelin (1981), de Mark Hall

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T he Pied Piper of Hamelin (Reino Unido, 1981). Direção: Mark Hall. Música: Ravid Rohl & Stuart J. Wolstenholme. Montagem: John MacManus.  Dir. de arte: Bridget Appleby. Animação com bonecos em stop-motion, que cria uma melancólica e soturna atmosfera para ambientar a lenda do Flautista de Hamelin e a desgraça por ele provocada junto ao vilarejo que havia livrado da praga dos ratos, após o nobre lhe ter negado pagar a quantia prometida para sua ação. Música, cores, cenários e sua narração, sob forma de poesia (de Robert Browning, publicada em 1842) mais que propriamente prosa, são fundamentais para o resultado final obtido. O tema também havia sido explorado em um longa de animação inventivo, Krysar, realizado 5 anos após esse. Modificando menos elementos da narrativa que no filme de Jiri Barta, aqui se apela para a mais convencional moldura em que a narrativa é contada para um garoto pelo próprio Flautista de Hamelin. Produzido para a TV. Cosgrove Hall Films. 30 minutos.

Filme do Dia: Meu Jantar com André (1981), Louis Malle

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Meu Jantar com André ( My Dinner with André , EUA, 1981). Direção: Louis Malle. Rot. Original: André Gregory &   Wallace Shawn. Fotografia: Jeri Sopanen. Música: Allen Shawn. Montagem: Suzanne Baron. Dir. de arte: David Mitchell & Stephen McCabe. Com: André Gregory, Wallace Shawn,  Jean Lenauer.        Wallace Shawn (Shawn), teatrológo e ator nova-iorquino se encontra inquieto após receber um convite de um velho conhecido seu, o dramaturgo André Gregory (Gregory), após anos desaparecido da cidade. Ansioso, Shawn chega adiantado e fica esperando por Gregory, enquanto arma estratégias para disfarçar seu nervosismo, como a de fazer infinitas perguntas ao seu futuro interlocutor. Já sentados, em um ambiente excessivamente sofisticado para os que Shawn habitualmente frequenta, esse se interroga sobre o que são os pratos, enquanto Gregory faz sua escolha. Shawn incita Gregory a falar sobre o seu período de desaparecimento, e esse lhe conta, com todos os detalhes, sobre suas

Filme do Dia: Muito Riso e Muita Alegria (1981), Peter Bogdanovich

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Muito Riso e Muita Alegria ( They All Laughed , EUA, 1981). Direção: Peter Bogdanovich.  Rot. Original: Peter Bogdanovich & Blaine Novak. Fotografia: Robby Müller. Música: Douglas Dilge. Montagem: William C. Carruth & Scott Vickrey. Dir. de arte: Kert Lundell. Cenografia: Joe Bird. Figurinos: Peggy Farrell. Com: Ben Gazzarra, John Ritter, Patti Hansen, Audrey Hepburn, Dorothy Stratten, Blaine Novak, Linda MacEwen, George Morfogen. John Russo (Gazarra), Charles Rutledge(Ritter) e Arthur Brodsky (Novak) são um trio de detetives que se apaixonam pelas mulheres que devem seguir. Sobretudo Russo por Angela Niotes (Hepburn) e Rutledge por Dolores Martin (Stratten). Se Daisy Miller (1974) demarcou uma virada na até então bem sucedida carreira de Bogdanovich , esse filme representou sua bancarrota financeira. Prejudicado pelo assassinato de Dorothy Stratten, que então vivenciava um relacionamento com o realizador (tema de Star 80 , de Bob Fosse), afastando o interesse de qualqu

Filme do Dia: Crac! (1981), Frédérick Back

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Crac! (Canadá, 1981). Direção: Frédérick Back. O que parece ser a história de uma família se trata na verdade da história de uma cadeira que pertenceu a um inspirado pintor e, por ironia, acabará seus dias, muitos anos após, em um museu de arte moderna, aonde se torna sucesso entre as crianças e, no escuro, relembra seus dias de glórias em animadas festas. O mais interessante dessa animação são seus traços simples mas bem definidos e seu expressivo uso de cores compondo um visual semelhante ao dos desenhos com lápis de cores. Entre seus defeitos se encontra em parte alguns momentos de sua trilha sonora que podem soar por demais adocicados ou mesmo pouco apropriados, como a música que acompanha os créditos finais.  Não possui diálogos. Ganhador do Oscar da categoria. Societé-Radio-Canada. 15 minutos.

Filme do Dia: Lola (1981), Rainer Werner Fassbinder

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Lola (Alemanha, 1981). Direção: Rainer Werner Fassbinder. Rot. Original: Rainer Werner Fassbinder , Pea Frölich & Peter Märthesheimer. Fotografia: Xaver Schwarzenbergr. Música: Freddy Quinn & Peer Raben. Montagem: Juliane Lorenz & Rainer W.Fassbinder. Dir. de arte: Rolf Zehetbauer & Helmut Gassner. Figurinos: Barbara Baum & Egon Strasser. Com: Barbara Sukowa, Armin Müeller-Stahl, Mario Adorf, Karin Baal, Peer Raben, Matthias Fuchs, Udo Kier, Harry Baer, Helga Feddersen, Y Sa Lo, Günther Kaufmann, Rosel Zech. Von Bohm (Müeller-Stahl) provoca um sobressalto na pequena cidade alemã onde vai trabalhar, avaliando os projetos na prefeitura. O empreiteiro Schukert (Adorf) e o prefeito (Raben) são alguns dos corruptos que temem modificações em seus planos de construção de um prédio. Porém, em pouco tempo eles percebem que apesar de seu aspecto moderno, Von Bohm não interferirá no processo. Sua atração por Lola (Sukowa), prostituta que se faz passar por boa moça, ameniz

Filme do Dia: Bonitinha, mas Ordinária (1981), Braz Chediak

Bonitinha, mas Ordinária (Brasil, 1981). Direção: Braz Chediak. Rot. Adaptado: Gilvan Pereira, Sindoval Aguiar, Jorge Leclette & Doc Comparato, baseado em peça homônima de Nélson Rodrigues. Fotografia: Hélio Silva. Música: John Neschling. Montagem: Rafael Justo Valverde. Cenografia: Arthur Maia & Neyd Benasconi. Figurinos: Marisa Massari. Com: Lucélia Santos, Vera Fischer, José Wilker, Milton Morais, Carlos Kroeber, Monah Delacy, Mirian Pires, Sônia Oiticica, Xuxa Lopes, Cláudia Ohana, Henriette Morineau. Edgar (Wilker) é escolhido por Maria Cecília para seu marido. Ele trabalha na firma do rico Werneck (Kroeber), que busca o casamento como forma de redimir socialmente a filha estuprada por cinco negros. Edgar aceita o “contrato”, apesar de seu interesse pela vizinha Ritinha (Fischer), arrimo de família e guardiã moral de três irmãs mais novas (Oiticica, Lopes, Ohana) que vivem com a mãe (Pires) senil. Chocado com a falta de escrúpulos de Peixoto (Morais), genro de We

Filme do Dia: American Pop (1981), Ralph Bakshi

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A merican Pop (EUA, 1981). Direção: Ralph Bakshi. Rot. Original: Ronni Kern. Montagem: David Ramirez. Uma famíla de judeus foge das perseguições do czarismo na Rússia e emigra para Nova York, sendo o pai rabino assssinado por permanecer orando enquanto todos fogem. Nos EUA, o garoto Zalmie aproxima-se do mundo do vaudeville, enquanto sua mãe é vítima de um incêndio no prédio onde moravam. Adotado por artistas, participa involuntariamente dos conflitos da I Guerra Mundial, quando se apresenta na França. Seu filho Benny se torna um talentoso pianista. Porém, o fato de ter presenciado a morte da mãe em pleno era dos gangsters o torna melancólico. Casa-se por pressão paterna com a filha de um rico mafioso, sócio do pai, porém parte para a II Guerra, onda é vítima de um soldado nazista, deixando a esposa grávida. Seu filho, Tony, revoltado, foge de casa e passa a freqüentar o círculo de beatniks, viajando pelos Estados Unidos sem rumo. Vai até a Califórnia onde encontra uma cantora que

Filme do Dia: The Mystery of the Third Planet (1981), Roman Kachanov

The Mystery of the Third Planet ( Tayna Tretey Planety , URSS, 1981). Direção: Roman Kachanov. Rot. Adaptado: Kir Bulychyov, baseado em seu próprio livro. Fotografia: Teodor Bunimovich & S vetlanda Kashcheeva. Dir. de arte: Natalya Orlova. Nessa média-metragem de animação, a garota Alisa, seu pai cientista e o piloto da aeronave partem numa missão espacial para buscar animais raros para o zoológico de Moscou e acabam se enolvendo numa conspiração liderada pelo dr. Verhotsev. Talvez o que exista de mais curioso nela, à parte inevitáveis referências ao universo simbólico concreto do momento no qual foi produzido – Alisa admira estátuas gigantes que possuem menos feições futuristas do que a mesma estética dos monumentos inspirados pelo Realismo Socialista – é o involuntário senso de estranhamento provocado pela mescla entre suas imagens e a trilha musical. Se a narrativa em si própria se torna um tanto labiríntica para ser acompanhada sem atenção redobrada seus traços não soam muit