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Filme do Dia: Le Petite Parade (1959), Seymour Kneitel

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  L e Petite Parade (EUA, 1959). Direção: Seymour Kneitel. Rot. Original: Irv Spector. Música: Winston Sharples. Todos os dias uma parada passa diante da casa de Monsieur Renoir, o casamenteiro, deixando como lembrança uma boa dose de entulho, que cai de um dos carros representativos oficiais dos ministérios do reino. Não se sabe se esse exemplar da série Modern Madcap (1958-1967) apresentou seu evidente erro de grafia em seu título original para combinar com informações equivocadas sobre a cultura francesa, tal como a presença de uma monarquia, o que parece bastante provável. De todo modo são os clichês aqui imperativos, como é o caso do nome de seu protagonista, zombando-se sobretudo de uma cultura pretensamente bacharelesca e burocrática, existindo por lá a cultura do empurra-empurra entre ministérios para resolver um problema tão singelo. Das barbas e bigodes excêntricos até os inevitáveis cumprimentos entre beijos dos homens, passando pela profissão de Renoir, associada ao “r

Filme do Dia: Naughty but Mice (1947), Seymour Kneitel & Dave Tandlar

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  N aughty but Mice (EUA, 1947). Direção: Seymour Kneitel & Dave Tandlar. Rot. Original: Bill Turner & Larry Rilley. Música: Winston Sharples. Mesmo que possua o mesmo título e enredo de um desenho dirigido por Chuck Jones dez anos antes e surja na cola dos mais célebres Tom & Jerry , produzidos pela rival Metro, essa animação consegue até superar a última; em boa parte devido ao carisma do camundongo malandro Herman, uma versão mais máscula e menos adocicada de seu companheiro mais famoso ou de boa parte da animação produzida pelo estúdio, mas igualmente a qualidade surpreendente da animação e alguns momentos hilários como o do choro coletivo dos ratos-carpideiros que já antecipam a morte de mais um dos seus quando Herman se encontra em vias de ser engolido pelo gato. Famous Studios para Paramount Pictures. 6 minutos e 42 segundos.

Filme do Dia: Magical Lulu (1945), Seymour Kneitel

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  M agical Lulu (EUA, 1945). Direção: Seymour Kneitel. Rot. Original: Jack Ward. Música: Winston Sharples. Luluzinha vai a um espetáculo de magia. Após se utilizar dela para um de seus truques, o mágico a chama ao palco e Lulu, involuntariamente ou não, descobre todos os truques utilizados por ele. Décimo nono dos 28 curtas produzidos com a personagem para o cinema. Embora conduza bem a perversão que brota da própria ingenuidade de sua figura principal em cena, destruindo não apenas boa parte da produção do mágico, como sua reputação, essa animação anda se tornaria mais interessante se alguns números de mágica também fossem explicados, como é o caso do que o próprio mágico aplica em Lulu antes de chama-la ao palco, para não falar de sua corporificação do nada no palco, essa até ainda desculpável já que podendo servir como metáfora para a própria arte do desenho do qual ele – e tudo o mais – é produto. O título original é Magica-Lulu , fazendo um jogo entre a última e a primeira pal

Filme do Dia: Goonland (1938), Dave Fleischer & Seymour Kneitel

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  G oonland (EUA, 1938). Direção: Dave Fleischer & Seymour Kneitel. Popeye viaja até a terra dos horríveis Goons, criaturas que apenas trabalham. Lá descobreo seu pai, Pappy, aprisionado. Ele tenta se fazer ouvir, mas Pappy o ignora até o momento em que,   correndo risco de vida, Pappy consegue ter acesso a uma lata de espinafre e salva o filho, que entra em luta acirrada contra os Goons. Essa animação em p&b, é a primeira a apresentar tanto Pappy quanto os Goons, que se tornaram então recorrentes nas tiras dos jornais de Popeye. Porém, mais do que isso, o que chama a atenção aqui é a presença do recurso a referência do suporte fílmico – a certo momento a briga entre Popeye e os Goons é tão intensa que o filme se rompe e observamos mãos em um laboratório fazendo as emendas necessárias – e a interação entre animação e ação ao vivo, algo praticamente banido do universo de animação de então, ainda que de forma bem mais modesta do que o habitual na obra muda de Fleischer. Fleis

Filme do Dia: Boo Hoo Baby (1951), Seymour Kneitel

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B oo Hoo Baby (EUA, 1951). Direção: Seymour Kneitel. Rot. Original: Larz Bourne. Gasparzinho decide abandonar a casa dos pais pois não se sente orientado para uma vida de assustar as pessoas. Ele encontra um bebê abandonado diante da porta e se torna a maior atração de um orfanato. Quando uma enfermeira descobre que algo está ocorrendo lá, fogem desesperadas do fantasma. Porém, um policial e uma enfermeira percebem o quanto as crianças gostam dele e o chamam de volta. Boa parte das tiradas cômicas se encontram associadas com a reação desesperada das pessoas ao encontrar com Gasparzinho, como é o caso do policial que se refugia nos braços da enfermeira. Aqui, de forma menos habitual que nas insípidas produções da série, ainda se pode vislumbrar algo de um pouco diferente, que é uma brincadeira com o “longo braço da lei”, representado literalmente pelo braço do policial que chama o protagonista de volta para a instituição. Famous Studios para Paramount Pictures. 7 minutos e 14 se

Filme do Dia: Frog's Legs (1962), Seymour Kneitel

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F rogs’ Legs (EUA, 1962). Direção: Seymour Kneitel. Rot. Adaptado: John Stanley, a partir de uma história em quadrinhos homônima de Marge. Bolinha convence Luluzinha a caçarem rãs para venderem a um dólar em um restaurante que as serve como prato-chefe. A caçada não é fácil, porém quando menos imaginam estão com uma caixa repleta de rãs que voluntariamente   para lá foram. No restaurante, no entanto, ao abrir a caixa elas pulam para todos os cantos, provocando confusão, correria e destruição. Vigésimo oitavo e último curta produzido com a personagem para o cinema, demonstrando o desgaste tanto em termos de qualidade gráfica quanto de desenvolvimento de um tema e referências ao mundo (inclusive midiático) dos curtas do passado, a exemplo de Snap Happy (1945). Famous Studios para Paramount Pictures. 5 minutos e 48 segundos.

Filme do Dia: Beau Ties (1945), Seymour Kneitel

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B eau Ties (EUA, 1945). Direção: Seymour Kneitel. Rot. Original: Carl Meyer & Joe Stultz. Música: Winston Sharples. Dir. de arte: Shane Miller. Bolinha manda à Luluzinha recado de que se encontra de cama adoentado. Essa vai levar comidas para ele e no caminho o encontra com outra garota. Ele está com os olhos vendados e só percebe quando Lulu o derruba com um estilingue, que a outra fugira. Eles vão fazer um piquenique no bosque, mas lá chegando, após a queda de uma árvore, Bolinha tem pesadelos com a submissa vida de casados. Por mais misógina que surja essa previsivelmente onírica visão sobre o casamento, o curta lida com a problemática de gêneros como poucos na animação comercial norte-americana do período e como não se tornaria comum na tentativa de retomada mal sucedida da série nos idos da década de 60, trazendo ainda – como era comum então – uma saborosa referência cinematográfica, no caso aqui a célebre cena da mesa a separar o casal em Cidadão Kane , aqui evocada d

Filme do Dia: Space Kid (1966), Seymour Kneitel

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S pace Kid (EUA, 1966). Direção: Seymour Kneitel. Rot. Original: Irving Dressler. Música: Winston Sharples. Mesmo sendo um dos últimos exemplares da série Noveltoons (1943-67), procurou se adaptar tanto em termos temáticos – lidando com o universo do espaço, então bastante em voga e não mais com fantasias tradicionais, motivo básico dos desenhos tradicionais da série – quanto de estilo e modo de produção, mais próximo de traços sem grande riqueza de direção de arte que invadiam as televisões então. O filme inteligentemente inverte a usual lógica de uma criança terrestre se aventurando pelo espaço, apresentando um garoto extraterrestre que decide visitar a Terra a partir de um conselho da mãe que, incomodada com sua bagunça dentro de casa, indaga se ele não prefere passear pelo espaço.   Pena que tal criatividade não fique demonstrada no próprio corpo do episódio, que tira de um único e exclusivo motivo: o fato da criança ficar cuidando de um bebê enquanto sua mãe vai

Filme do Dia: Jingle Jangle Jungle (1950), Seymour Kneitel

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Jingle Jangle Jungle (EUA, 1950). Direção: Seymour Kneitel. Rot. Original: Larry Riley & Joe Stultz. Música: Winston Sharples. Esse curta de animação repleto de estereótipos a respeito da África, parece ser uma suma do tom sardônico-alucinado de um Tex Avery com a animação musicada dos anos 30; com relação ao primeiro uma sucessão de gags que evocam as distinções entre a cultura africana e a ocidental, por vezes fazendo uso de uma na outra, como na evocação de um oásis de práticas modernas ou nos canibais com suas panelas de pressão de última geração do lado apenas esperando a primeira vítima ou ainda os africanos que carregam um colonizador na rede e ao atravessarem o rio saem com um crocodilo metido a dândi, sendo a talvez mais infame de todas a que inicia fazendo menção ao continente negro como aquele no qual a escuridão da noite não se distingue da própria cor da pele de seus nativos; e como no caso de Avery, as gags são costuradas pela narração de tons distanciados mas