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Filme do Dia: Os Cartazes Bem Humorados (1906), Georges Méliès

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  O s Cartazes Bem Humorados  (Les Affiches en Goguette, França, 1906), Direção: Georges Méliès Um cartaz que se subdivide em diversos anúncios diferentes ganha vida, em certos momentos, e as figuras do anúncio começam a insultar muitos dos transeuntes. Nem a polícia consegue detê-los, já que quando o cartaz é destruído no meio do alvoroço, seus personagens continuam a se divertir do outro lado do muro. Méliès foi um dos primeiros cineastas a brincar com a relação entre imagens e a vida real, um dos temas que seria inúmeras vezes apropriado, sobretudo seguindo a mesma veia cômica, em filmes tão diversos quanto o episódio de Fellini para Boccaccio’70 ou A Rosa Púrpura do Cairo , de Woody Allen . Esse tipo de filme, é saudado como uma anárquica contraposição aos melodramas e ao cinema a pretende contar minimamente sobre um tema, geralmente permeados por uma verve moral extremamente conservadora.|Georges Méliès/Star Film. 3 minutos e 30 segundos.  

Filme do Dia: Le Voyage de la Familie Bourrichon (1913), George & Gaston Méliès

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  L e Voyage de la Famille Bourrichon (França, 1913). Direção: George & Gaston Méliès. Rot. Adaptado: a partir da comédia de music hall de Eugène Labiche. A família Bourrichon decide viajar para ver se consegue fugir do assédio dos credores. Porém, mesmo no trem ou até na casa de seus parentes não terão descanso. E quando, após muitas peripécias, decidem retornar para casa, a encontram cheia de móveis que ganharam vida própria. Embora a comédia nunca tenha sido o forte de Méliès e sua recusa a tornar a fazer uso dos planos mais aproximados, remeta a um sistema francamente em desuso na época de sua produção, deve-se ter em conta que um dos elementos que talvez foi mais justamente celebrada na obra do realizador, a magia que emana de sua cenografia, é mais do que bem explorada nesse filme, onde boa parte da ação evoca o que seria o interior de um vagão de trem, e boa parte dele, exatamente nesse mesmo momento, lembra um pouco um flicker film dos anos 60, dada ao fato da cópia se

Filme do Dia: Viagem Através do Impossível (1904), Georges Méliès

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  V iagem Através do Impossível ( Le Voyage à Travers l’Impossible , França, 1904). Direção: Georges Méliès. Rot. Adaptado: Georges Méliès, a partir da peça homônima de Jules Verne & Adolphe d’Ennery. Dir. de arte: Georges Méliès. Um grupo de cientistas da Sociedade Geográfica elabora uma expedição que parte dos Alpes para o Sol. Eles acabam sendo literalmente engolidos pelo Sol e somente conseguem sobreviver as altas tempertaturas devido ao gigantesco container de gelo trazido pelo líder da expedição. Do Sol caem no fundo do mar, e o submarino em que se encontram explode o que os leva de volta à Terra e a uma acolhida triunfal na Sociedade Geográfica. Mesmo que já não apresente o frescor que a novidade do bem mais famoso Viagem à Lua , de dois anos antes, trás, esta obra de Méliès certamente deve ser enquadrada entre suas obras-primas. Apelando menos para as trucagens básicas como a do aparecimento/desaparecimento de personagens e, por outro lado, apresentando com um vigor in

Filme do Dia: O Barba Azul (1901), Georges Méliès

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  O   Barba Azul ( Barbe-Bleue , França, 1901). Direção: Georges Méliès. Com: Georges Méliès, Jeanne D’Alcy, Bleuette Bernon. Maquiavélico sultão, Barba Azul chama todas as mulheres solteiras da região, para escolher sua oitava esposa. As mulheres não se encontram nem um pouco interessadas no homem velho e gordo que é, mas os pais ansiam por compartilhar de sua riqueza. A escolhida logo vê-se movida a tentação de entrar no único aposento proibido do castelo. Quando Barba Azul parte, ela entra no quarto e encontra as esposas anteriores mortas. Seu destino seria o mesmo, com o retorno de Barba Azul, porém ela é salva por cavaleiros que, após matarem Barba Azul, rompem com o feitiço e trazem de volta à vida as esposas mortas, que unem-se aos cavaleiros. A poesia visual de Méliès encontra aqui um de seus melhores resultados, unindo a bela cenografia e efeitos ópticos de rara descrição, em se tratando do cineasta,  para retratar a atmosfera de um conto que evoca a magia dos Irmãos Grimm

Filme do Dia: A Conquista do Polo (1912), Georges Méliès

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  A  Conquista do Polo ( La Conquête du Pole , França, 1912). Direção: Georges Méliès Rot. Adaptado: a partir da obra Voyages et aventures du Captaine Hatteras , de Jules Verne. Dir. de arte: Georges Méliès. Com: Georges Méliès, Fernande Albany. Qual o susto que o espectador desavisado terá ao perceber o quanto essa obra é devedora, ou mesmo cópia, em sua estrutura, da célebre Viagem à Lu a (1902). Troca-se a Lua pelo Polo Norte e se terá os mesmos longos planos de preparação do artefato – no caso um modelo bastante semelhante ao dos primeiros aviões – que levará os cientistas ao Polo Norte, as mesmas trucagens antropormofizadas de luas e estrelas, as mesmas explosões representando a morte dos personagens. Porém, o susto maior se terá quando se descobrir que se trata de uma cópia de Méliès efetuada pelo próprio Méliès. Dez anos após, quando o cinema já andava a passos bem dados com a narrativa mais convencional, mesmo fazendo ocasionalmente uso de efeitos, sobretudo em filmes fantást

Filme do Dia: O Desaparecimento de uma Dama no Teatro Robert Houdin (1896), Georges Méliés

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O  Desaparecimento de uma Dama no Teatro Robert Houdin ( Escamotage d´une Dame au Théâtre Robert Houdini , França, 1896). Direção, Montagem e Dir. de arte: Georges Méliès. Com: Georges Méliès, Jeanne D´Alcy. O primeiro filme do então noviço realizador a fazer uso de trucagens, no caso aqui a parada da filmagem e a continuação após se modificar elementos do que estava sendo filmado, descoberta que teria se dado por acaso – ainda que provavelmente outros realizadores da época também estivessem se deparando com essa possibilidade. Aqui, o motivo são truques com uma mulher que aparece e desaparece e até vira esqueleto, no Teatro Houdini, referência importante a demonstrar a ascendência de Méliès nos espetáculos de prestidigitação, que havia sido comprado por ele próprio. Théâtre Robert Houdini. 1 minuto.

Filme do Dia: O Rei da Maquiagem (1904), Georges Méliès

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O  Rei da Maquiagem (Le Roi du Maquillage, França, 1904). Direção: George Méliès. É cativante a simplicidade desse pequeno filme de Méliès, que apresenta um homem com um quadro negro. A partir do momento que ele desenha no quadro um novo visual para si próprio, logo sua cabeleira, bigode e barba se transformam. Esse filme demonstra sobretudo o talento do cineasta no uso da maquiagem, característica geralmente secundária na maioria de seus filmes. Também pode ser considerado dentro do estilo de filmes que priorizam o ilusionismo sobre qualquer outro elemento narrativ o, como O Taumaturgo Chinês , tal e qual os números do famoso mágico Houdini, de quem Méliès foi assistente. Georges Méliès/Star Film para Star Film. 2 minutos e 45 segundos. 

Filme do Dia: L'Ange de Noël (1904), Georges Méliès

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L’Ange de Noël (França, 1904). Direção: Georges Méliès. Garota é incentivada por seu desesperado pai, preocupado com a saúde da mãe e das finanças familiares, a buscar dinheiro na rua, esmolando. Ela tenta em vários locais sem sucesso e sendo sucessivamente espezinhada seja pelas pessoas que pede, seja por outros pedintes. Estafada, cai sobre a neve sendo acolhida por um rico casal, que se apieda de sua situação e a leva, juntamente com bastante comida e a quitação das dívidas do aluguel para a casa de seus pais, onde a mãe já reestabelecida, juntamente com o pai,  preocupava-se intensamente com qual teria sido seu destino. Essa produção é pouco evocativa do estilo do realizador, não apenas pelo grande encadeamento dos fatos narrados, inclusive para os padrões de realizadores mais próximos de se dedicarem a um cinema menos afeito a tirar partido primordialmente de seus efeitos, como por seu teor melodramático, antecipador de luminares futuros do estilo em sua sentimentalidade e