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Filme do Dia: Amor e Raiva (1969), Carlo Lizzani, Bernardo Bertolucci, Pier Paolo Pasolini, Jean-Luc Godard, Marco Bellocchio & Elda Tattoli

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    A mor e Raiva ( Amore e Rabbia , Itália/França, 1969). Direção: Carlo Lizzani ( L´indifferenza ). Bernardo Bertolucci ( Agonia ), Pier Paolo Pasolini ( La Sequenza del Fiori di Carta ), Jean-Luc Godard ( L´Amore ), Marco Bellocchio & Elda Tattoli ( Discutiamo, Discutiamo ). Rot. Adaptado: Carlo Lizzani, Bernardo Bertolucci, Pier Paolo Pasolini, baseado nos contos de Puccio Pucci & Piero Badalassi. Rot. Original: Jean-Luc Godard,  Marco Bellocchio, a partir de seus próprios argumentos. Fotografia: Alain Levant ( L´Amore ), Sandro Mancori ( L´Indifferenza ), Aiace Parolin ( Discutiamo, Discutiamo ), Ugo Piccone ( Agonia ), Giuseppe Ruzzolini ( La Sequenza del Fiori di Carta ). Música: Giovanni Fusco. Montagem: Nino Baragli ( La Sequenza del Fiori di Carta ), Franco Franticelli ( L´indifferenza ), Agnés Guillemot ( L´Amore ), Roberto Perpignani ( Agonia , Discutiamo, Discutiamo ). Dir. de arte: Mimmo Scavia. Com: Tom Baker ( L´indifferenza ), Julian Beck, Judith Malina, Adr

Filme do Dia: Para Sempre Mozart (1996), Jean-Luc Godard

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  P ara Sempre Mozart ( For Ever Mozart , França/Suiça,1996). Direção: Jean-Luc Godard. Rot. Original: Jean-Luc Godard. Fotografia: Katell Djian,  Jean-Pierre Fedrizzi & Christophe Pollock. Música: Ketil Bjornstad,  David Darling, Ben Harper & György Kurtág Jr. Montagem: Jean-Luc Godard. Dir. de arte: Ivan Niclass. Figurinos: Marina Zuliani. Com: Madeleine Assas, Frédéric Pierrot, Ghalia Lacroix, Vicky Messica, Harry Cleven. Ao apresentar como mote a viagem de um grupo de artistas franceses até Sarajevo, liderado pela neta de Albert Camus, Camille (Assas), para a montagem de uma peça de Mousset, ao mesmo tempo que apresenta os bastidores da filmagem de um produção chamada Bolero Sedutor , dirigida pelo cineasta  Vicky Messica (Vitalis), Godard na verdade acaba retrabalhando algumas de suas inquietações. Com uma linguagem grandemente fragmentária e distante de qualquer pretensão naturalista, o filme se apresenta mais preocupado antes com as idéias. E na realização de seu cinem

Filme do Dia: Uma Mulher Casada (1964), Jean-Luc Godard

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U ma Mulher Casada ( Une Femée Mariée: Suite de Fragments d´un Film Tourné en 1964 , França, 1964). Direção e Rot. Original: Jean-Luc Godard. Fotografia: Raoul Coutard. Montagem: André Choty, Françoise Collin, Agnès Guillemot & Gérard Pollicand. Dir. de arte: Henri Dogaret. Figurinos: Laurence Clervel. Com: Marcha Méril, Bernard Nöel, Philippe Leroy, Cristophe Bourseiller, Roger Leenhardt, Margaret Le Van, Véronique Duval, Rita Maiden, Georges Liron. Charlotte (Méril), grávida, pretende escolher entre o marido, Pierre (Leroy), piloto de avião e o amante, Robert (Nöel), ator. Godard, de uma maneira completamente diversa da de Antonioni com seu contemporâneo Deserto Vermelho , faz suas considerações sobre um triângulo amoroso onde o que menos importa, ainda menos que em Antonioni – onde, por sinal o triângulo nem chega a ser formado – é se utilizar a tradicional estrutura dramática de representação de tais situações (ao contrário, por exemplo, de Corações Livres , onde a forma

O Dicionário Biográfico de Cinema#11: Jean-Luc Godard

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Jean-Luc Godard n. Paris, 1930 1954: Opération Béton (r). 1955: Une Femme Coquette  (r); 1957: Tous les Garçons S'appalent Patrick  (r). 1958: Charlotte et Son Jules  (r); 1958: Une Histoire d'Eau  (co-dirigido com François Truffaut) (r). 1959: A Bout de Souffle [ Acossado ]. 1960: Le Petit Soldat [ O Pequeno Soldado ]. 1961; Une Femme est une Femme  [ Uma Mulher é uma Mulhe r ]; "La Paresse", um episódio de Les Sept Péchéx Capitaux  [ Os Sete Pecados Capitais ]. 1962: Vivre sa Vie  [ Viver à Vida ]; "Le Noveau Monde", episódio para RogoPag . 1963: Les Carabiniers  [ Tempo de Guerra ]; Le Mépris  [ O Desprezo ]; "Le Grand Escroq", um episódio para Les Plus Belles Escroqueries du Monde  [ Os Maiores Vigaristas do Mundo ]; "Montparnasse-Levallois", um episódio para Paris Vu Par [ Paris Visto por ]. 1964: Bande à Part ; Une Femme Mariée [ Uma Mulher Casada ]. 1965: Alphaville ; Pierrot le Fou  [ O Demônio das Onze Horas ]. 1966: Mascul

Filme do Dia: Charlotte et Véronique, ou Tous les Garçons s’appelent Patrick (1959), Jean-Luc Godard

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C harlotte et Véronique, ou Tous les Garçons s’appelent Patrick (França, 1959). Direção: Jean-Luc Godard . Rot. Original: Eric Rohmer . Fotografia: Michel Latouche. Montagem: Cécile Decugis. Com: Jean-Claude Brialy, Anne Collette, Nicole Berger. Charlotte (Collette) e Véronique (Berger) discutem sobre um jovem que conheceram recentemente e pelo qual se sentem enamoradas após um primeiro flerte. Trata-se de Patrick (Brialy), cujo nome acreditam ser mera coincidência e não o conquistador que testemunham sair de carro com uma terceira garota. Esse curta, o terceiro assinado por Godard , torna-se involuntariamente curioso pela dinâmica com relação a perspectiva autoral que instaura. A partir de um roteiro e trama tipicamente rohmerianas, ocorre uma realização que visualmente é completamente distinta e marca sua aproximação com o estilo do próprio Godard , além de vários toques pessoais, como a enxurrada de referências, boa parte delas direcionadas ao universo do próprio cinema (as

Filme do Dia: Made in USA (1966), Jean-Luc Godard

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M ade in USA ( Made in USA , França, 1966). Direção: Jean-Luc Godard. Rot. Adaptado: Jean-Luc Godard, baseado no romance The Jugger , de Richard Stark. Fotografia: Raoul Coutard. Montagem: Françoise Collin & Agnès Guillemot. Com: Anna Karina, Jean-Pierre Léaud , Láslo Szábo, Marianne Faithfull, Ernest Menzer, Kyôko Kosaka, Yves Afonso. Embora utilize elementos presentes em outras produções anteriores suas, como a influência da história em quadrinhos e do universo do filme policial americano dos anos 1950, para chegar à moral da história, que é a inadequação tanto do fascismo da direita como do sentimentalismo da esquerda como resposta para os problemas da humanidade, esse filme talvez seja mais obscuro que qualquer outro até então realizado pelo cineasta franco-suiço e, infelizmente, essa seria uma das características de boa parte de sua produção posterior. Também percebe-se a sua aproximação cada vez maior de um engajamento e uma orientação política mais precisa, que ocorrer

Filme do Dia: Paixão (1982), Jean-Luc Godard

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P aixão ( Passion , França/Suíça, 1982). Direção e Rot. Original: Jean-Luc Godard. Fotografia: Raoul Coutard. Montagem: Jean-Luc Godard. Dir. de arte: Jean Bauer & Serge Marzolff. Figurinos: Christian Gasc & Rosalie Varda. Com: Isabelle Huppert, Hanna Schygulla, Michel Piccoli, Jerzy Radziwilowicz, Lászlo Szabó, Sophie Lucachevski, Magali Campos, Myriem Roussel. Um diretor de cinema polonês, Jerzy (Radziwilowicz) se divide entre dois romances, com a atriz Hanna (Schygulla) e a operária Isabelle (Huppert), enquanto é cobrado para criar uma história pelo produtor Laszlo (Szabó). Que não se espere o esboço de uma narrativa linear em mais uma investigação que Godard  realiza do amor e do próprio cinema. Longe de ter a carga política de sua fase mais engajada presente na sua reflexão sobre o cinema em Vento do Leste (1969) e herdeiro de uma leitura desconstrucionista tanto desse filme quanto de seu O Desprezo (1963), ambos igualmente fazendo referência ao mundo do cinema,

Filme do Dia: Elogio do Amor (2001), Jean-Luc Godard

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  E logio do Amor ( Éloge de l´Amour , França/Suíça, 2001). Direção e Rot. Original: Jean-Luc Godard. Fotografia: Julien Hirsch & Christophe Pollock. Montagem: Raphaëlle Urtin. Figurinos: Marina Thibaut. Com: Bruno Putzulu, Cecile Camp, Jean Davy, Françoise Verny, Audrey Klebaner, Jérémie Lippman, Claude Baignières, Remo Forlani. Um projeto sobre o amor em três gerações está para ser levado a cabo pelo diretor de cinema Edgar (Putzulu), que tem como uma das protagonistas a garota Elle (Camp). Ele conhecera a garota, na verdade, dois anos atrás, quando visitara a casa de um casal sobrevivente ao Nazismo, em que ela tentava articular uma maneira dos avós (Davy e Verny) ganharem dinheiro a partir de seus próprios sofrimentos passados. Godard , através de métodos bastante recorrentes em sua produção do período, procura traçar um painel ao mesmo tempo irônico e lírico sobre, entre outros muitos temas,   a memória da Segunda Guerra e sua apropriação pela indústria de consumo de

Filme do Dia: A Chinesa (1967), Jean-Luc Godard

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A  Chinesa ( La Chinoise , França, 1967). Direção e Rot. Original: Jean-Luc Godard. Fotografia: Raoul Coutard. Montagem: Delphine Desfons & Agnès Guillemot. Com: Anne Wiazemski, Jean-Pierre Léaud , Juliet Berto, Michel Semeniako, Lex de Brujin, Omar Diop, Francis Jeanson, Blandine Jeanson. Esse filme não apenas une o aspecto de colagem de intuitos mais estéticos do que políticos de filmes anteriores (e superiores, diga-se de passagem) de Godard tal como O Demônio das Onze Horas com o cansativo e confuso arsenal de clichês e ironias políticas que constituirá sua fase mais engajada, com o Grupo Dziga Vertov. Sem dúvida alguma antecipa muito da insatisfação da juventude francesa com relação ao governo e suas políticas culturais e estudantis, assim como sua aberta simpatia pelo maoísmo que marcará o Maio de 1968. E vai além, já apresentando inclusive muitas de suas fragilidades, como a inconsistência de seus ideiais quando confrontados com um intelectual – Francis Jeanson vivendo

Filme do Dia: Carta para Jane (1972), Jean-Luc Godard & Jean-Pierre Gorin

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C arta para Jane ( Letter to Jane , França, 1972). Direção e Rot. Original: Jean-Luc Godard & Jean-Pierre Gorin . Com a possível exceção de Vento do Leste , trata-se da produção mais interessante da   fase marxista do cineasta e certamente a   mais lúcida e penetrante análise sobre temas recorrentes ao período em questão. Partindo de uma relação problemática tida com a atriz Jane Fonda durante as filmagens de seu Tudo Vai Bem (1972), realizado pouco antes, Godard constrói com habilidade praticamente ímpar, a leitura de uma famosa foto publicada em L´Express de Jane Fonda em sua viagem de apoio ao povo vietnamita, no qual a análise estética se torna um canal para observações argutas sobre políticas de representação do outro numa sociedade espetacularizada e sua provável recepção nos EUA, Europa ou Vietnã. Não fazendo uso mais que predominantemente de fotos fixas, sobretudo da referida fotografia na qual se baseia o ensaio e da tela em negro na qual somente se sobressai

Filme do Dia: O Demônio das Onze Horas (1965), Jean-Luc Godard

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O   Demônio das Onze Horas ( Pierrot le fou , França/Itália, 1965). Direção: Jean-Luc Godard. Rot. Adaptado: Jean-Luc Godard, baseado no livro Obsession, de Lionel White. Fotografia: Raoul Coutard. Música: Antoine Duhamel. Montagem: Françoise Collin. Dir. de arte: Pierre Guffroy. Com: Jean-Paul Belmondo, Anna Karina, Dick Sanders, Graziella Galvani, Samuel Füller, Aicha Abadir, Roger Dutoit, Hans Meyer, Jimmy Karoubi.        Ferdinand Griffon (Belmondo), casado com uma milionária italiana (Galvani), é um escritor entediado com o círculo social que o cerca, incluindo a própria esposa, formado por pessoas que não se encontram conscientes de apenas reproduzirem os modelos de comportamento massificados que a sociedade lhes impôs. Ele encontra sua porta para um outro mundo na figura de Marianne (Karina), com quemfoge para o Mediterrâneo. Logo fica sabendo que Marianne se encontra envolvida com o submundo do crime, através de seu irmão (Sanders). O fato de terem queimado literalmente

Filme do Dia: Vento do Leste (1970), Grupo Dziga Vertov

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V ento do Leste ( Le Vent d´Est , França/Itália/Alemanha, 1970). Direção: Grupo Dziga Vertov. Rot. Original: Sergio Bazzini, Daniel Cohn-Bendit & Jean-Luc Godard. Fotografia: Mario Vulpiani. Montagem: Jean-Luc Godard & Jean-Pierre Gorin. Figurinos: Lina Nerli Taviani. Com: Gian Maria Volonté, Anne Wiazemsky, Paolo Pozzesi, Cristiana Túlio-Altan, Allen Midgett, Daniel Cohn-Bendit, Götz George, Federico Boido, Marco Ferreri, Gláuber Rocha . Como o pródigo realizador de uma forma ensaística única de fazer cinema, Godard é o principal articulador do Grupo Dziga Vertov, de vida breve, no qual a proposta era se afastar do conceito burguês de autoria em troca de uma mais coletiva de realização cinematográfica. Godard faz uma radiografia do cinema e uma associação intrínseca com os modelos políticos que o geraram – sintetizado nas polaridades Nixon-Paramount x Brejnev-Mosfilm. Uma terceira via – representada pela breve e célebre aparição de Glauber Rocha numa encruzilhad