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Filme do Dia: Rosa Silvestre (1932), Sun Yu

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  R osa Silvestre ( Ye Mei Gui , China, 1932). Direção: Sun Yu. Fotografia: Xu Singsan. Com: Wang Renmei,   Han Langen, Jin Yan,   Ye Juanjuan, Zhang Zhizhi, Zheng Junli. Xiao Feng (Renmei) vive a vida livre dos campos. Porém, as dívidas que seu pai possui com um comerciante local, fazem com que o homem ofereça como perdão da dívida que ele venda Xiao para ele. Revoltado, o pai tem uma intensa briga com o homem e termina por assassiná-lo. O fogo logo cobre a moradia, com o cadáver em seu interior. Xiao se torna próxima do artista Jiang (Yan), que anteriormente esnobara. Ela se encontra com o artista, enquanto o pai foge, e é tido como a vítima do incêndio. Quando Xiao retorna, acredita que perdeu o pai e a moradia ao mesmo tempo. Jiang lhe leva à cidade. Xiao recebe um banho de loja ao chegar. A apresentação ao pai e a sociedade local, no entanto, não sai como esperado, e Jiang abandona a família com Xiao. Sem conseguir emplacar a carreira como pintor de quadros, Jiang passa a pintar

Filme do Dia: Mechanical Man (1932), Walter Lantz & William Nolan

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  M echanical Man (EUA, 1932). Direção: Walter Lantz & William Nolan. Música: James Dietrich. O Coelho Oswaldo se envolve numa série de aventuras para salvar sua namoradinha nesse curta em p&b que apresenta ainda um grau de anarquia que logo seria domesticado com o célebre Código Hays. Nesse sentido, torna-se difícil acreditar se não a luminária que dança sobre o piano ao início, muito provavelmente o despertador que pulsa dentro do calção de um dos personagens, não fosse uma menção fálica. Hipótese que se torna ainda mais reforçada quando se tem dentre os animadores e roteirista não creditado, Tex Avery.  Embora uma vaga idéia da mecanização como risco se faça presente, o próprio nível de aleatoridade que tudo se sucede não permite que nada muito estruturado nesse sentido possa ser articulado. Algumas idéias são saborosas por antecederem o que se tornou lugar comum, como é o caso da tela em que o vilão observa quem se aproxima de sua casa. Mickey estrelaria um curto homônimo

Filme do Dia: L'idée (1932), Berthold Bartosch

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  L ’idée (França, 1932). Direção: Berthold Bartosch. Rot. Adaptado: a partir do romance de Frans Masereel. Um dos clássicos da animação de vanguarda, menos conhecido que Uma Noite Sobre o Monte Calvo (1933), de Alexander Alexeiff, mas sem dúvida mais radical em suas pretensões do que aquele, sendo o curta de Alexeiff mais poético e inovador em termos de técnica. O produto da imaginação de um homem, uma mulher nua de pequenas proporções, acaba ganhando o mundo e despertando desprezo, admiração ou cobiça nas mais diversas instâncias da sociedade como a justiça, a academia e o mundo artístico. Para acentuar sua dimensão surreal existe a trilha musical, a primeira de música eletrônica jamais composta para um filme. Embora o filme tenha sido sonorizado, não existem diálogos e a única dimensão para além da imagem e do som é a das cartelas na abertura do mesmo. 25 minutos.

Filme do Dia: Grande Hotel (1932), Edmund Goulding

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  G rande Hotel ( Grand Hotel , EUA, 1932). Direção: Edmund Goulding. Rot. Adaptado: Vicki Baum, a partir da peça de William Absalom Drake. Fotografia: William H.Daniels. Música: Charles Maxwell. Dir. de arte: Cedric Gibbons. Figurinos: Adrian. Com: Greta Garbo, John Barrymore, Joan Crawford, Wallace Beery, Lionel Barrymore , Lewis Stone, Jean Hersholt, Robert McWade. Berlim. Grande Hotel. A diva do balé Grusinskaya (Garbo) se encontra atormentada e decidida a abandonar o mundo do espetáculo, achando que seu público não a ama. Um reputado Barão (John Barrymore), na verdade, apenas encontra uma forma urgente de ganhar dinheiro. A estenógrafa Flaemmchen (Crawford) pensa em subir de vida ou ao menos conhecer cidades interessantes, seja ao lado do homem pela qual se sente verdadeiramente atraída, o Barão, seja pelas mãos do rude industrial Preysing (Beery), seu chefe. O apatetado Kringelein (Lionel Barrymore) apenas pretende se divertir, jogar, dançar e fazer tudo o que nunca fez, já que

Filme do Dia: Terra Sem Pão (1932), Luis Buñuel

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  T erra Sem Pão ( Las Hurdes , Espanha, 1932). Direção: Luis Buñuel. Rot. Original: Luis Buñuel, Rafael Sánchez Ventura & Pierre Unik. Fotografia: Eli Lotar. Montagem: Luis Buñuel. Narração: Abel Jacquin. Documentário que pretende apresentar uma sofrida região no nordeste da Espanha que dá título ao mesmo. Ainda que contenha imagens fortes (um bebê recém-morto, um homem vítima da málaria, a queda de um burro penhasco abaixo) que podem sugerir uma certa tendência ao voyeurismo mórbido do cinema sensacionalista estilo mundo cão, não é o que ocorre, já que o filme não deixa de acentuar as belezas naturais e a resistência digna dos homens que sobrevivem no local. Sem sentimentalismo ou pieguice e, ao mesmo tempo, constatando a riqueza contrastante da Igreja. No prólogo, letreiros afirmam que provavelmente em nenhum outro lugar do mundo as condições de sobrevivência exigem tanto do ser humano, conclusão que não deixa de ser apressada quando lembramos de outro documentário célebre: Na

Filme do Dia: House of Death (1932), Vasili Fyodorov

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  H ouse of Death (Myortvyy Dom, União Soviética, 1932). Direção: Vasili Fyodorov. Rot. Adaptado: Vasili Fyodorov & Viktor Shklovski, a partir do romance de Dotoievski. Fotografia: Vasili Pronin. Música: Vasili Kryukov. Dir. de arte: Vladimir Yegorov. Com: Nikolai Khmelyov, Nikolai Podgorni, Nikolai Vitovtov, Nikolai Radin, Vladimir Belokurov, Vladimir Uralskiy, Vasili Kovrigin, Viktor Shklovski.     Quando de uma conferência que já um célebre Dostoievski (Khmelyov) efetua em um tributo a Pushkin, o autor se sente mal e reminiscências de sua experiência passado enquanto revolucionário assomam. E também o resultado delas, que foi a condenação à morte e a comutação da pena quando já se encontrava no cadafalso. E o envio a uma prisão na Sibéria, de péssimas condições de higiene e conforto, onde os prisioneiros se deslocam para trabalhos forçados.      Se a representação de um Dostoievski sempre demasiado reflexivo e nunca realizando qualquer atividade trivial pode parecer demasiado po

Filme do Dia: O Rei Netuno (1932), Burt Gillett

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  O   Rei Netuno  ( King Neptune , EUA, 1932). Direção: Burt Gillett. Música: Bert Lewis. A harmonia do reino de Netuno é atrapalhada pela súbita presença de um barco pirata cujos homens ficam sedentos para terem contato com um grupo de sereias. Eles conseguem capturar apenas uma. E enquanto a torturam e tentam dominá-la a bordo, todo um exército de seres da natureza marinha se une para libertá-la de seus captores. O golpe de misericórdia surge quando Netuno, finalmente livre das amarras da âncora lançada pelo barco pirata, investe contra o navio. Integrante das Silly Symphonies .      Talvez o que mais salte aos olhos muitas décadas após seja não apenas o relativo grau de “licenciosidade” com relação a apresentação das sereias, cujos seios são adivinhados mais que propriamente entrevistos em detalhe e marinheiros bastante sexuados, com sua virilidade exposta através de fálicos trabucos enfiados em suas calças, mas igualmente o grau de misoginia e violência a que é exposta a sereia

Filme do Dia: Birth of Jazz (1932), Manny Gould & Ben Harrison

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B irth of Jazz (EUA, 1932). Direção: Manny Gould & Ben Harrison. Rot. Adaptado: a partir das tiras de George Herriman. Música: Joe DeNat. Krazy Kat é jogado bebê por uma chaminé e já nasce tocando e encantando a todos com seu jazz. Atravessa o mundo de avião trazendo alegria e paz para todos que ouvem seu som, de camponeses a policiais franceses passando por tribos africanas e chegando a Nova York, onde faz a Estatua da Liberdade perder sua pose etérea e dançar e Kat recebe as chaves da cidade. Até chegar ao surgimento de Krazy Kat a animação já havia despendido quase um terço de sua duração. Como é comum na animação do perído, p&b, traços bem simples e movimentação ainda algo precária e a ausência de uma situação de conflito ou uma trama mais fechada surgem como secundárias diante de música e movimento. Krazy Kat, menos anárquico e com traços bem distintos de sua fase muda, surge derramando literalmente notas musicais por onde passa. Screen Gems para Columbia Pictures.

Filme do Dia: O Pecado da Carne (1932), Lewis Milestone

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  O  Pecado da Carne ( Rain , EUA, 1932). Direção: Lewis Milestone. Rot. Adaptado: Maxwell Anderson, a partir da peça de John Colton & Clemence Randolph e do conto de W.Somerset Maugham. Fotografia: Oliver T. Marsh. Música: Alfred Newman. Montagem: Duncan Mansfield. Dir. de arte : Richard Day. Figurinos: Milo Anderson. Com: Joan Crawford, Walter Huston, Fred Howard, William Gargan, Mary Shaw, Guy Kibbee, Beulah Bondi, Walter Catlett. Nas ilhas tropicais de Pago Pago, Sadie (Crawford), garota de má reputação, enfrenta a ira de um grupo de religiosos incomodados com sua presença e a atração que exerce nos homens do exército lá baseados. Comandando o movimento contra ela se encontra o pregador Alfred Davidson (Huston). Um dos soldados, de índole mais ingênua, O’Hara (Gargan), apaixona-se fortemente por Sadie. Após vários embates com Davidson, Sadie, que após pressão desse junto ao governador, recebe ordens de ser enviada de barco a San Francisco, onde cumprirá pena de prisão

Filme do Dia: Boudu Salvo das Águas (1932), Jean Renoir

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B oudu Salvo das Águas ( Boudu sauvé des eaux , França, 1932). Direção: Jean Renoir. Roteiro Adaptado: Jean Renoir& Albert Valentin, baseado na peça de   René Fauchois. Fotografia: Marcel Lucien. Música: Léo Daniderff&Raphael. Montagem: Marguerite Renoir & Suzanne de Troeye. Com:   Michel Simon, Charles Granval,   Marcelle Hainia,   Severine Lerczinska,   Jean Gehret,   Max Dalban,   Jean Dasté,   Jacques Becker.          Monsieur Lestingois (Granval) é o típico bom burguês. Dono de uma loja de livros usados, seu espiríto cristão se contrapõe à mentalidade racional-capitalista da mulher. E quando ela se afasta, deixando estarrecido o estudante que pretende comprar um livro de Balzac, ele lhe dá este e outro livro às escondidas, tendo como argumento, que ama a juventude. O que Madame Lestingois (Hainia) não sabe, é que além de pio, seu marido a trai quase que diariamente com a   jovem empregada Anne-Marie (Lerczinska), que se orgulha de não ser como suas amigas, que

Filme do Dia: Flores e Árvores (1932), Burt Gillett

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F lores e Árvores ( Flowers and Trees , EUA, 1932). Direção: Burt Gillett. Esse curta-metragem animado foi o primeiro filme colorido da história do cinema. Disney utiliza o seu habitual mote da antropomorfização de animais e plantas para narrar uma história de amor entre duas árvores ameaçada pela presença de um velho tronco malévolo, que provoca incêndio na floresta. Presença fundamental é a da música (ainda que sonorizado, o filme não possui diálogos)em sua afinada orquestração com os movimentos, tal como Disney aprimorará posteriormente em seu Fantasia (1940). Faz parte da série Silly Simphonies . National Film Registry em 2021. Walt Disney Productions para United Artists. 7 minutos e 48 segundos.

Filme do Dia: Pássaro do Paraíso (1932), King Vidor

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P ássaro do Paraíso ( Bird of Paradise , EUA, 1932). Direção: King Vidor. Rot. Adaptado: Leonard Praskins, Wells Root & Wanda Tuchock, baseado em peça de Richard Walton Tully. Fotografia: Lucien N. Adriot, Edward Cronjager & Clyde De Vinna. Música: Max Steiner. Montagem: Archie Marshek. Montagem: Carroll Clark. Com: Dolores Del Rio, Joel McCarea, John Halliday, Richard “Skeets” Gallagher, Bert Roach, Lon Chaney Jr., Wade Botler, Arnold Gray. Numa aventura até uma “exotica” ilha do sul, um grupo de aventureiros encontra uma comunidade nativa que não fala inglês. Um dos membros da expedição, Johnny Baker (Halliday) é seduzido por uma nativa chamada Luana (Del Rio), considerada tabu pela comunidade, que considera que o relacionamento dos dois despertou a ira do vulcão local. Aprisionados, Baker consegue levar Luana de volta ao navio. Quando se preparam para partir, os nativos a buscam e ela decide que seu lugar é mesmo entre os seus. Essa delirante fantasia de amor, perme

Filme do Dia: A Casa Sinistra (1932), James Whale

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A Casa Sinistra ( The Old Dark House , EUA, 1932). Direção: James Whale. Rot. Adaptado: Benn W. Levy & R.C. Sheriff, baseado no romance Benighted , de J.B. Priestly. Fotografia: Arthur Edeson. Música: David Broekman. Montagem: Clarence Koelster. Cenografia: Charles D. Hall. Com: Boris Karloff, Melvyn Douglas, Charles Laughton, Lilian Bond, Ernest Thesiger, Eva Moore, Raymond Massey, Gloria Stuart, Elspeth Dudgeon, Brember Wills. Um grupo de pessoas se vê forçado a pedir hospedagem em uma casa sinistra em meio a uma forte tempestada que impediu a continuação de sua viagem, numa região remota do País de Gales. Eles são estranhamente recepcionados pelo mordomo mudo Morgan (Karloff) e pela quase surda Rebecca Femm (Moore), irmã do não menos excêntrico Horace (Thesiger). Fazem parte do grupo o milionário Sir William Porterhouse (Laughton) que vive um casamento de aparências com a corista Gladys Perkins (Bond), Roger Penderel (Douglas) e o casal Philip (Massey) e Margaret Waverton (