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Filme do Dia: Pinóquio (1940), Norman Ferguson, T.Hee, Wilfred Jackson, Jack Kinney, Hamilton Luske & Ben Sharpsteen

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  P inóquio ( Pinocchio , EUA, 1940). Direção: Norman Ferguson, T.Hee, Wilfred Jackson, Jack Kinney, Hamilton Luske & Ben Sharpsteen. Rot. Adaptado: Ted Sears, Otto Englander, Webb Smith, William Cottrell, Joseph Sabo, Erdman Penner & Aurelius Battaglia. Títere de madeira, batizado por um velho artesão, Gepeto, como Pinóquio, ganha vida, através da magia da Fada Azul, concretizando o grande sonho de Gepeto. Se o títere for obediente se transformará em garoto de verdade. Logo ao início de sua vida, no entanto, ele discorda de sua consciência, e segue a má influência de João Honesto, passando a fazer parte de uma trupe teatral, onde é aprisionado por seu ganancioso dono. Esse segundo longa de animação do estúdio é que abre uma linha de produção de longas em sequência como nunca se havia visto no universo da animação e que persiste, com poucos hiatos, quase 8 décadas após seu início. Mesmo com eventuais piscadelas ao público adulto  em alguns ocasionais diálogos engenhosos a m

Filme do Dia: Melodias Egípcias (1931), Wilfred Jackson

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  M elodias Egípcias ( Egyptian Melodies , EUA, 1931). Direção: Wilfred Jackson.  Música: Frank Churchill. Uma aranha envereda pela sinistros corredores povoados de fantasmas da Esfinge de Gizé. Lá uma dança toma conta não somente de múmias, mas dos próprios hieróglifos nas paredes. Animação da série Silly Simphonies, longe de se encontrar dentre as mais destacadas e produzida em preto&branco. Walt Disney Prod. para Columbia Pictures.  6 minutos e 5 segundos.

Filme do Dia: The Little House (1952), Wilfred Jackson

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  T he Little House (EUA, 1952). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Bill Peet & William Cottrell. Música: Paul J. Smith. Ainda que a antropormofização (curiosamente dessa vez de imóveis e não de animais como habitual) e a docilidade com que tudo é narrado ainda sejam o cerne dessa animação, como reza a tradição do estúdio, percebe-se aqui uma veia de comentário social subliminar que, assim como seu tema contemporâneo, ainda se encontram longe de freqüentar os longas mais caros do estúdio. Os valores familiares são os que combinam com a felicidade da pequena casa e sua gradual degradação é a degradação de um tecido social que de rural se torna urbano, impessoal, violento e poluído, poluição essa inclusive visual e sonora. À saída para um final feliz é a mudança da casa, há muito tempo para ser alugada e completamente isolada diante da especulação imobiliária, para um novo recomeço no campo, que tal como a vida de um novo casal recém-casado, sinaliza evidentemente para a aber

Filme do Dia: Woodland Café (1937), Wilfred Jackson

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  W oodland Café (EUA, 1937). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Isadore Klein, Bianca Majolie & Dick Rickard. Música: Leigh Harline. Noite de muita dança e jazz no café predileto dos insetos. Inicialmente tomando partido da adaptação antropomórfica do baile dos insetos, em que suas muitas patas fazem as vezes de múltiplas mãos, em termos de chapelaria, músicos, garçons e dançarinos, esse curta – provavelmente do auge do talento senão criativo, pictórico, do estúdio – envereda a determinado momento por uma situação singular, envolvendo um “casal”, em que a grosseira misoginia da figura masculina é sobrepujada pela feminina em seu último momento, sem deixar de lado as alusões racistas bastante comuns no período, das quais praticamente todos os estúdios praticaram. Parte das Silly Symphonies , 75 curtas metragens produzidos entre 1929 e 1939. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 7 minutos e 39 segundos.

Filme do Dia: Music Land (1935), Wilfred Jackson

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  M usic Land (EUA, 1935). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Pinto Colvig. Saxofone da Ilha do Jazz se apaixona por um contrabaixo da Terra da Sinfonia. O Mar da Discórdia não é capaz de separá-los, mas a presença do saxofone gera uma sucessão de situações desastrosas que o fazem ser aprisionado. Quando liberto, foge com seu contrabaixo, mas os exércitos dos dois reinos se encontram em guarda para evitar a união. Quando chega o momento da separação do casal, os governantes dos dois países também acabam por se apaixonar. Mesmo que de longe mais ingênuos que a maior parte da produção da concorrente Warner, sobretudo de alguns anos após, algumas produções da série Silly Simphonies , como é o caso dessa em questão, tornam-se mais interessantes que a média. Abdicando de qualquer diálogo, sendo as breves evocações desses emulações de acordes musicais, esse curta ainda apresenta como moral da história que as tensões existentes entre a música clássica e o jazz podem ser contornadas,

Filme do Dia: Mother Goose Goes Hollywood (1938), Wilfred Jackson

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M other Goose Goes Hollywood (EUA, 1938). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Dick Rickard. Música: Edward H. Plumb. Se a auto-referencialidade dos estúdios ao star-system erigido por eles próprios vivia seus dias de glória, algo nada incomum igualmente ao universo da animação, o diferencial desse curta integrante da série Silly Symphony se dá por não fazer uso de nenhum personagem que se dirige a Hollywood como o título poderia pressupor. De fato, aqui se parte das páginas da Mamãe Ganso, com os astros compondo elementos ilustrados para suas rimas. Da referência inicial da Mamãe Ganso rugindo como o leão da Metro à imagem final de Katharine Hepburn, sempre grave em sua dramaticidade independente do ambiente ou situação (que pode ser inclusive de comédia pastelão, como quando a torta que é endereçada pelo Gordo ao Magro acaba por lhe atingir o rosto), ou de se encontrar dentro da garganta de um dos personagens ao final. Observa-se a presença de, dentre outros, os Irmãos M

Filme do Dia: O Velho Moinho (1937), Wilfred Jackson

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O   Velho Moinho ( The Old Mill , EUA, 1937). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Dick Rickard. Música: Leigh Harline. Num velho moinho, pássaros diversos, ratos e morcegos convivem em harmonia. Uma ventania forte põe em suspensão a mesma e todos se vêem aflitos com a possibilidade de seu ninho desabar. A calmaria do dia seguinte, no entanto, saúda novamente com paz e tranquilidade o local. Ainda que a sucessão harmonia/conflito/harmonia possa sugerir algo de dramático, é sobretudo através da conjunção lírica entre a perfeição dos traços do desenho e   o canto vocal que compõe a parte musical (bem mais sofisticada do que a da série equivalente da Paramount, sempre centrada somente em canções) que antecipam, ainda que de forma mais modesta, o lirismo de Fantasia . No mais, não existe propriamente humor, sendo esse sufocado por uma visão romântica de uma natureza onde não existem predadores e suas vítimas – somente as minhocas, por  serem menos passíveis de identificação, é q

Filme do Dia: The New Spirit (1942), Wilfred Jackson & Ben Sharpsteen

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T he New Sprit (EUA, 1942). Direção: Wilfred Jackson & Ben Sharpsteen. Rot. Original: Joe Grant & Dick Huemer. Música: Oliver Wallace. Curta de animação documental que pretende reforçar a importância dos impostos não para o habitual bem-estar do cidadão, que sequer chega a ser mencionado, mas sim para o esforço de guerra anti-nazista, na fabricação de armamentos. Destituído de originalidade, como alguns exercícios equivalentes de incursão documental em ação ao vivo pela Escola Documental Britânica, faz uso de Donald apenas como representação do que seria o “americano médio” como tempos depois poderia se fazer o mesmo de um personagem como Homer Simpson. É a voz over que, como no documentário contemporâneo, costura as imagens, e não uma incursão pelo universo diegético ou da fantasia como tradicionalmente ocorre na animação. Não se escusa em fazer apelo patriótico explícito em mais de um momento. Produzido sob encomenda para o Departamento de Tesouro americano. U.S.

Filme do Dia: Coelhinhos Engraçadinhos (1934), Wilfred Jackson

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Coelhinhos Engraçadinhos ( Funny Little Bunnies , EUA, 1934). Direção: Wilfred Jackson. Música: Frank Churchill & Leigh Harline. Aos olhos contemporâneos, mesmo a produção da década de 30 da série Silly Simphonies , modelo que de certa forma padronizou a estética e a ética da animação comercial de seu tempo nos Estados Unidos, e por extensão em boa parte do mundo, pode ter suas variantes. O mesmo Jackson, por exemplo, assinou títulos, por variados motivos, bem mais interessantes ( Music Land , The Old Mill ). Aqui se rende completamente a conjunção canções, números de dança com animais antropomorfizados e cores saturadas, com absoluta ausência de uma linha narrativa que evidencie alguma evolução ou conflito, pelo contrário contentando-se no caráter descritivo de um universo de coelhos e suas técnicas de fabricação e acondicionamento de ovos de páscoa. Walt Disney Prod. para United Artists/RKO Radio Pictures. 6 minutos e 52 segundos.