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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Filme do Dia: Dez (2002), Abbas Kiarostami

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  Dez ( Ten , França/Irã/EUA, 2002). Direção,  Rot. Original e Fotografia: Abbas Kiarostami . Música: Howard Blake. Montagem: Vahid Ghazi, Abbas Kiarostami & Bahman Kiarotami. Com: Mania Akbari, Amin Maher, Kamran Adl, Roya Arabashi, Amene Moradi, Mandana Sharbaf, Katayoun Taleidzadeh. Dez seqüências em que uma mulher iraniana (Akbari) dirige seu carro e conversa com diversos interlocutores são um exemplo da potencialização da busca de uma simplicidade narrativa por Kiarostami , já esboçada, em termos semelhantes, em seu Gosto de Cereja . O foco das conversações é a situação de opressão da mulher no Irã e, à exceção do garoto Amin (Maher), filho da motorista, todos os interlocutores da protagonista são igualmente mulheres. Enquanto uma delas chora o homem perdido, outra acusa todas as mulheres mães de família de uma completa submissão alienante aos seus maridos infiéis. A protagonista, exemplo de mulher liberada e moderna, dentro dos limites das convenções sociais iranianas, escu

O Dicionário Biográfico de Cinema#117: Warren Beatty

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  Warren Beatty (Harry Warren Beatty), n. Richmond, Virgínia, 1937 1 978: Heaven Can Wait [ O Céu Pode Esperar ]. 1981: Reds . 1990: Dick Tracy . 1998: Bulworth  [ Politicamente Incorreto ]. 2010: Dick Tracy Special . O premiado filho de pais prósperos - profissionais com fortes instintos criativos - Beatty é também o irmão mais jovem de Shirley MacLaine. (Se ele aparenta, de vários modos, ser muito diferente dela, isso não somente prova a força da influência dela, como a grande dor de se parecer com sua própria mestra). Tendo crescido próximo a Washington, Beatty ficou um ano no nordeste, antes de optar por Nova York e pelo entretenimento. Fez alguns dramas para a TV (interpretou Milton Armitage em The Many Loves of Debbie Gills  em 1959-60), e teve o principal papel no palco em A Loss of Roses , de William Inge. Nunca mais atuaria nos palcos. Então, como uma descoberta de Elia Kazan , seguia os passos de Brando e Dean, em sua estreia como personagem principal em Splendor in the Gra

Filme do Dia: Árido Movie (2005), Lírio Ferreira

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  Árido Movie (Brasil, 2005). Direção: Lírio Ferreira. Rot. Original: Lírio Ferreira, Alisar Hilton & Eduardo Nunes. Fotografia: Murilo Salles. Com: Guilherme Weber, José Dumont, Selton Mello, Giulia Gam, Magdala Alves, Suyane Moreira, Matheus Nachtergaele, Luís Carlos Vasconcelos, Maria de Jesus Bucarelli, Renata Sorrah, Paulo César Pereio, Gustavo Falcão, Zé Celso Martinez.  Jonas (Weber), tem sua bem sucedida carreira na televisão como meteorologista em São Paulo interrompida com a súbita morte do pai, Lázaro (Pereio), assassinado no sertão do Pernambuco, por Jurandir (Vasconcelos), irmão de Wedja (Moreira), a garota que Lázaro queria levar para cama. Os amigos de Jonas de Recife, Bob (Mello), Dedé (Alves) e Falcão (Falcão) decidem também viajar para o vilarejo. Para seus amigos, tudo é motivo de festa, pois a cidade se encontra no Polígono da Maconha. Jonas, por sua vez,  no meio da viagem de ônibus aceita a carona de Soledad (Gam), interessada em gravar depoimentos de personag

Guia Crítico de Diretores Japoneses#4: Norimasa Kaeriyama

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  KAERIYAMA Norimasa (1 de março de 1893 - 8 de novembro de 1964) 帰山教正 Ainda que todos os seus filmes estejam hoje perdidos, Kaeriyama foi uma figura de considerável importância nos seus dias, por suas contribuições ao movimento do "cinema puro" da Era Taisho, que procurou modernizar a técnica e o conteúdo do cinema japonês. Seus primeiros artigos, publicados na revista adolescente Kinema Record , revelavam uma compreensão sofisticada do potencial expressivo do meio, sugerindo que a arte cinematográfica consistia em algo nem puramente de beleza visual, nem somente de efeito dramático, mas derivada da fusão das qualidades pictóricas e dramáticas. Kaeriyama pôs suas teorias em prática com sua estreia como diretor,   The Glory of Life ( Sei no Kagayaki , 1919), que aparentemente empregava tais técnicas inovadoras como o close-up e movimentos de câmera, e fazia uso de uma atriz ao invés do habitual oyama . O roteiro existente sugere uma combinação de um melodrama romântico no es

Filme do Dia: Don't Change Your Husband (1919), Cecil B. DeMille

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  D on´t Change Your Husband (EUA, 1919). Direção: Cecil B. DeMille. Rot. Original: Jeanie MacPherson. Fotografia: Alvin Wyckoff. Montagem: Anne Bauchens. Dir. de arte: Wilfred Buckland. Com: Gloria Swanson, Elliot Dexter, Lew Cody, Sylvia Ashton, Theodore Roberts, Julia Faye, James Neill, Ted Shawn. Leila (Swanson) decide romper seu casamento com o marido James (Dexter), devido ao descaso e falta de vitalidade, passando a viver com o escroque galanteador Schuyler (Cody), que conheceu no jantar que comemorava as bodas de seu casamento   - e que seu marido providencialmente esqueceu. Porém, a vida com Schuyler demonstra ser ainda pior. Metido em jogatina e se envolvendo com a vulgar Toodles (Faye), onde gasta o dinheiro apurado com as jóias de Leila. Esta decide retornar aos braços do ex-marido, casando-se novamente com este. Pouco inventivo, inclusive visualmente, esse filme de DeMille parece por demais preso às convenções da comédia de costumes oriunda do teatro para ser de fato

Filme do Dia: Feminino Plural (1976), Vera de Figueiredo

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  F eminino Plural (Brasil, 1976). Direção e Rot. Original: Vera de Figueiredo. Fotografia: João Fernandes. Música: Guilherme Magalhães Vaz. Montagem: Amaury Alves. Cenografia: Vera de Figueiredo. Com: Dorinha Duval, Léa Garcia, Kita Xavier, Catalina Bonaki, Adriana de Figueiredo, Ângela de Figueiredo, Maria Rita Freire, Nélson Xavier, Joel Barcellos, Tereza Raquel, Carlos Kroeber, Reinaldo Amaral. Como quase todo exercício com grande dose de experimentalismo, há também um grau de auto-complacência, nada diminuta, embolada com momentos maravilhosos, como seu prólogo um tanto documental ou o pioneirismo de um discurso abertamente feminino/feminista, inclusive já incorporando a mulher negra, como a excluída dentre as excluídas. E se há muito de vanguardismo nesse quesito, e não apenas em relação ao cinema brasileiro, também há a utilização de uma postura não naturalista e teatral na encenação, que busca a via do escape da alegoria, por vezes prontamente política, tal como aquela que se

Filme do Dia: Acabaram-se os Otários (2019), Reinaldo Cardenuto & Rafael Luna

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  A cabaram-se os Otários (Brasil, 2019). Direção: Reinaldo Cardenuto & Rafael Luna. Montagem: Juliana Charleaux. Dupla de caipiras, Bentinho e Xixilo se encontram na estrada à caminho de São Paulo e se tornam parceiros. Encantados com a modernidade da cidade, a atraem  um vigarista que pretende vende-los um bonde. A movimentação desperta a atenção de um policial, que acredita ser a dupla os malfeitores. Libertos do policial, Xixilo sofre um acidente e cai desacordado. Quando retorna a si, ele e Bentinho voltam a se deparar com o guarda Grilo e ao fugir uma vez mais desse se encontram com duas “vamps”, que os levam a um cabaré moderno, de músicas estrangeiras e frequentação requintada. Lá, após uns números de tango, apreciados por Xixilo, e ridicularizados por Bentinho, esses apresentam uma canção de quadrilha. O fim da farra, descobre os heróis sem dinheiro para pagarem a conta e o retorno do guarda Grilo ao encalço de ambos. Desulididos, voltam ao interior. Reconstituição com

Filme do Dia: Colonel Heeza Liar at the Bat (1915), John Randolph Bray

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  C olonel Heeza Liar at the Bat (EUA, 1915). Direção: John Randolph Bray. Décadas antes que o beisebol se tornasse um tema privilegiado para a animação clássica ( Baseball Bugs , Baseball Maluco ), já ganhava essa  sátira pioneira do criador dos estúdios Bray que, como via de regra (Disney, Lantz, etc.), afastar-se-ia da direção com o decorrer dos anos para se dedicar a administrar sua empresa. Aqui um coronel aloprado consegue abafar em um jobo de beisebol, mesmo sendo mais velho e baixo que todos os jogadores. Os traços extremamente detalhados com que são descritos os jogadores (antecipando modelos igualmente caricatamente másculos apresentados posteriormente nas animações da Warner) são talvez o maior atrativo dessa animação, demasiado longa não apenas para os padrões da década, como do próprio curta de animação comercial clássico que se institui por volta de idos dos anos 30. Outro diferencial com relação a produção que se seguirá é o uso precoce de entretítulos, enquanto a maio

Filme do Dia: Wind (2013), Robert Löbel

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  W ind (Alemanha, 2013). Direção, Rot. Original, Fotografia e Montagem: Robert Löbel. Com muito bom humor, esse curta de animação apresenta o cotidiano de um lugar em que a constante do vento forte fez com que cada um se adaptasse como possível ao mesmo. Existe o homem que carrega uma infinidade de chapéus, que vai subsitituindo a cada lufada de vento que carrega o anterior, crianças que são dispostas por suas mães como pipas ao vento, homens cortam o cabelo  e jogadores de ping-pong que já fazem uso adaptado do mesmo. O que não significa que tudo funcione as mil maravilhas, como demonstra os excrementos do cachorro que acabam na cara de alguém. Quando os homens que produzem o vento a partir de roldanas gigantescas param para a troca de turno, todo esse universo sofre modificações expressivas. 4 minutos.

Filme do Dia: Ars (1959), Jacques Demy

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  A rs (França, 1959). Direção e Rot. Original: Jacques Demy. Fotografia: Lucien Joulin. Música: Elsa Barraine. Ainda que o título possa sugerir que se trata de um filme sobre a pequena cidade homônima, é mais especificamente sobre um cidadão ilustre dela, Jean-Marie Vianney, o cura que viveu no século XVIII e logo seria reconhecido como santo, tendo seu corpo sido encontrado em perfeitas condições quando de sua exumação, em 1904. Dois elementos chamam a atenção nesse curta em p&b (o último antes de seu primeiro longa) de Demy : 1) a utilização da Ars contemporânea, não apenas em suas edificações, boa parte delas ainda herdeira dos tempos do cura, mas a própria população, como ilustração para a trajetória do polêmico cura que, dada a sua crescente severidade, torna-se inimigo da população local; 2) o fato de tudo ser narrado por uma voz over (do próprio Demy?) que aparentemente respalda não apenas as informações históricas referidas, mas o próprio comportamento rigoroso do cura.

O Dicionário Biográfico de Cinema#116: Charlotte Rampling

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  Charlotte Rampling , n. Sturmer, Inglaterra, 1946 A inda que aparente e soe inglesa o suficiente para interpretar a política thatcherista em Paris by Night  [ Uma Voz na Noite ], de David Hare , Charlotte Rampling tem trabalhado por todos os lugares, e em diferentes línguas. Ela não tem apenas um toque frio, mas a capacidade de nos fazer suspeitar de um coração frio. Então, tem sua parcela de vilãs estreitas, nem sempre mais que gárgulas malignas. No entanto, uma vez ao menos, em Stardust Memories  [ Memórias ] (80), de Woody Allen , nos proporcionou uma história comovente de colapso. F ez sua estreia em The Knack or How to Get It [ A Bossa da Conquista ] (65, Richard Lester ), e esteve impressionante como a amiga maliciosa em Georgy Girl  [ Georgy, a Feiticeira ] (66, Silvio Narizzano). Então veio The Long Duel  [ Os Turbantes Vermelhos ] (67, Ken Annakin); La Caduta degli Dei [ Os Deuses Malditos ] (69, Luchino Visconti ]; Target: Harry  (69, Henry Neill)*, uma versão para a TV de

Filme do Dia: We Live in Two Worlds (1937), Alberto Cavalcanti

  We Live in Two Worlds (Reino Unido/Suiça, 1937). Direção: Alberto Cavalcanti. Rot. Original: J. B. Priestley. O próprio Priestley narra esse curta documental que parte do princípio de que vivemos em dois mundos. O das comunidades nacionais, aparentemente destituídos de conflitos, e o da comunidade internacional. A partir daí inexplicavelmente parte para a Suíça enquanto exemplificação desse mundo internacional. Priestley surge em dois momentos, e sua segunda aparição igualmente demarca a divisão entre uma primeira parte, centrada sobretudo na dimensão mais folclórica, tradicional e rural suíça e uma segunda que apresenta o progresso econômico representado por indústrias, mas sobretudo pelos meios de transporte e comunicação. Num momento em que a tensão bélica já desponta no horizonte europeu, seu idealismo, ao acreditar que as comunicações aproximam o que as fronteiras físicas demarcam e afastam, soa um tanto simplista. Talvez mais compreensível seja a verdadeira apologia que é feita

Dicionário Histórico de Cinerma Sul-Americano#61: Venezuela

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 O cinema chegou na Venezuela, como em muitos países do mundo, não muito depois das primeiras exibições na França e nos Estados Unidos. O kinetoscópio de Edison foi exibido, em Maracaibo, em janeiro de 1897, e no mesmo ano (e na mesma cidade), Manuel Trujillo Durán realizou dois filmes, Muchachos Bañandose en la Laguna de Maracaibo  e Un Celebre Especialista Sacando Muelas Frente al Hotel Europa . O primeiro filme de ficção venezuelano, Carnaval en Caracas , foi dirigido por Augusto Gonzalez Vidal e M.A. Gonham, em 1909, e o primeiro longa doméstico, La Dama de las Cayenas , uma paródia de Camille , foi feito por Enrique Zimmerman, em 1913. Dois rolos de material em nitrato de outro longa de Zimmerman, sobreviveram, Don Leandro el Inefable , aparentemente o mais velho filme de ficção sobrevivente venezuelano. Os documentários realizados para o governo ditatorial de Juan Vicente Gómez (1908-1935), a obra do pioneiro Edgar J. Anzola, e os filmes produzidos por Amabilis Cordero, no centro

Filme do Dia: The Drummer of the 8th (1913), Thomas H. Ince

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  T he Drummer of the 8 th (EUA, 1913). Direção: Thomas H. Ince. Com: Cyril Gardner, Mildred Harris,  Frank Borzage. Duas famílias vizinhas possuem estreitos laços. O filho de uma namora a garota da outra. Seu irmão mais jovem, Billy (Gardner) é o melhor amigo de brincadeiras da irmã mais jovem. Porém, este mundo pacato é subitamente atingido pela declaração da Guerra Civil. O irmão mais velho de Billy parte. Este, ainda criança, proibido de se alistar pelos pais, foge e se engaja às escondidas como baterista de tambor.   Dois anos depois, o filho mais velho retorna, mas sem notícias de Billy. Este, tornado prisioneiro, consegue fugir e ouvir os planos do exército confederado de atacar a União. Mesmo ferido, consegue avisar aos soldados aliados. Descobrindo a presença de um espião pelas marcas de sangue, o exército confederado muda a estratégia e ataca pelo flanco não esperado. A família recebe com grande alegria uma carta de Billy sobre seu retorno com o regimento e a família prepa

Filme do Dia: Wing to Wing (1951)

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  W ing to Wing (Reino Unido, 1951). Visualmente a maior ênfase é num fetiche centrado na dinâmica e beleza dos aviões produzidos pela engenharia britânica, ao ponto de se chegar ao luxo de se ter aqui planos um pouco mais longos do que os em média produzidos em outros documentários oficiais contemporâneos, para se poder observar melhor as manobras e a beleza da linha dos aviões. E, numa chave mais trivial e  menos presente, seu papel no orgulho pátrio essencial ao senso de unidade nacional, representado sobretudo pela admiração irrestrita de um grupo de garotos em terra. No plano da narração over cumpre enfatizar do modo mais assertivamente clássico a colaboração com os países aliados, sobretudo os Estados Unidos. Crown Film Unit. 10 minutos e 5 segundos.

Filme do Dia: L'Inde Fantôme: On the Fringes of Indian Society (1969), Louis Malle

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  L ’Inde Fantôme: On the Fringes of Indian Society (França, 1969). Direção: Louis Malle. Rot. Original: Guy Bechtel & Louis Malle.  Fotografia: Etienne Becker. Montagem: Suzanne Baron. Mesmo quando aborda algo como os párias dos párias na Índia, já que nem mesmo fazendo parte da cosmovisão da socidade indiana, os aborígenes bondos, Malle em nenhum momento nos pretende iludir quanto ao seu isolamento completo dessa. Algo que primeiro é sugerido quando se sabe que também queimam seus mortos, fazendo-nos nos imaginar algum vínculo de cruzamento entre as culturas, desde o passado ou mais recentemente,  independente de qual influencie qual. E, posteriormente nos apresentando imagens do dia em que os bongos vão à feira, e vendem o que produziram trocando por rúpias que, segundo Malle, as mulheres rapidamente trocam, pelos inumeráveis colares que carregam – longe de serem produzidos pela própria aldeia. Apresentando primeiro, inclusive, a troca por dinheiro, antes de apresentar as tro

Filme do Dia: Kitchen Sink (1989), Alison Maclean

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  K itchen Sink (Nova Zelândia, 1989). Direção e Rot. Original: Alison Maclean. Fotografia: Stuart Dryburgh. Música: The Headless Chickens. Montagem: David Cuolson. Dir. de arte: Grant Major. Com: Theresa Healey, Peter Tait, Annagretta Christian. Esse curta, que já conta com toda a bossa de uma produção em longa-metragem, como efeitos especais, fotografia em p&b, trilha musical e interpretações, ao mesmo tempo se ressente ou talvez se beneficie (a depender do olhar de cada um) de ser plenamente destituído de algo que aponte para além de si mesmo. Pode-se, é certo, interpreta-lo como hipotético produto da própria solidão psicótica de sua protagonista, mais nenhum elemento vem a reforçar essa hipótese. Caso seja visto visto como abraçando integralmente o gênero fantástico,  pode-se igualmente filia-lo às produções de David Cronemberg , mas aqui contamos apenas com a situação. Não existe nenhuma moldura pelo qual se possa observa-lo, algo que parece menos virtuoso do que limitante,

Filme do Dia: O Mundo os Condenou (1962), Joseph Losey

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  O   Mundo os Condenou ( The Damned , Reino Unido, 1962). Direção Joseph Losey. Rot. Adaptado Evan Jones, a partir do romance de H.L. Lawrence. Fotografia Arthur Grant. Música James Bernard. Montagem Reginald Mills. Dir. de arte Bernard Robinson. Figurinos Molly Arbuthnot. Com Macdonald Carey, Shirley Anne Field, Viveca Lindfords, Alexander Knox, Oliver Reed, Walter Gotell, James Villiers , Tom Kempinski. Simon Wells (Carey), um endinheirado americano de meia-idade, aporta seu iate em uma pequena cidade do litoral britânico e aceita o contato de uma atrativa jovem, Joan (Field), que se insinua para ele. Quando saem de braços dados, mal ele imagina que será vítima de uma gangue violenta de motoqueiros, que inclui o possessivo irmão de Joan, King (Reed). Eles acidentalmente acabarão descobrindo um mundo misterioso e literalmente subterrâneo em que crianças, que aparentemente já morrerem, são mantidas cativas, por ordem do inescrupuloso Bernard (Knox). Por algum momento em sua

Filme do Dia: Validação (2007), Kurt Kuenne

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  V alidação ( Validation , EUA, 2007). Direção, Rot. Original, Fotografia, Música e Montagem: Kurt Kuenne. Com: T.J. Thyne, Vicki Davis. Hugh (Thyne) é um jovem atendente de estacionamento que transforma a vida de todos em sorrisos até o dia em que encontra Victoria (Davis), uma fotógrafa que não consegue sorrir e nem quer que os que posem para ela sorriam. Apaixonado por ela, passa a tratar as pessoas friamente e perde o emprego. Depois de um tempo a reencontra, agora feliz da vida e fazendo as pessoas sorrirem. Imediatamente se transformam em um casal que viaja pelo mundo. O que Kuenne consegue demonstrar em termos de talento visual em seu curta, levando em conta que ele efetivou todas as etapas mais importantes da produção de um filme sozinho, aí mesmo se esgota. Seu estilo de aproximação do formato curta-metragem enquanto cartão postal para a indústria cinematográfica é extremamente aborrecido ao unir seu eficiente visual digno de publicidade e razoável direção de atores com u

O Dicionário Biográfico de Cinema#115: Louella Parsons e Hedda Hopper

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  Louella Parsons (Oettinger) (1881-1972), n. Freeport, Illinois; e Hedda Hopper  (Elda Furry) (1885-1966), n. Hollidaysburg, Pensilvânia P essoas consideraram uma vez Hedda e Louella como uma grande rivalidade - como Robinson e La Motta por cinco ou seis anos, vitais para a circulação da guerra entre jornais de Los Angeles. No entanto, em retrospecto, realmente,  funcionam melhor da forma como nos referimos a elas: como um conjunto, duas velhas, mexeriqueiras extravagantemente vestidas (um pouco como dálias maltratadas pela chuva), que precisavam uma da outra. De fato, Hedda estudou Louella e depois criou a concorrência. Mas se você fosse contar a história delas hoje, precisaria ser um amante cúmplice de Louella, cuidando de todo o furor.  L ouella indicou o caminho (era a mais velha das duas, que mentia a respeito de suas idades), mas era a menos esperta  - ccomo se houvesse muito a ver com isso, ou como se seus escritos fossem recomendados por sagacidade ou visão. Mas Louella freque