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Filme do Dia: Baño de Caballos (1896), Gabriel Veyre

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  B año de Caballos (México, 1896). Direção: Gabriel Veyre. No ano seguinte após a primeira exibição pública do cinematográfo dos Lumière na França, Veyre já realizava diversos “flagrantes” semelhantes aos dirigidos e produzidos pelos irmãos franceses para quem Veyre já havia trabalhado mas que, aparentemente, já se encontrava dissociado no momento em que chega ao México, fundando sua própria companhia. Aqui se trata de um frenético banho de cavalos numa fazendo, tendo  ao lado do tanque homens que seguram as rédeas dos cavalos e cachorros latindo, enquanto os cavalos se agitam incessantemente. Inicia com a entrada dos cavalos no tanque, mas sua saída demasiado ligeira, mesmo para os padrões de tão breve filme, talvez tenha sido motivo de controvérsia entre os homens – um deles puxa um dos cavalos de volta ao tanque e parece escutar o que outro grita da margem. Gabriel Veyre. 33 segundos.

Filme do Dia: Transport de la Cloche de l'Indépendence (1896), Gabriel Veyre

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  T ransport de la Cloche de l’Indépendence (França, 1896). Fotografia: Gabriel Veyre. Partindo de um ângulo perpendicular e um pouco mais elevado de onde se encontram os populares, típico da fotogenia das produções do estúdio, tem-se um registro de um trecho da procissão militar que carrega o sino da independência, certamente algo de uma mitologia vinculada a objetos que remetem à sua ascendência sagrada anterior, agora no campo dos rituais republicanos, que como a própria parada e sua assistência atestam, tampouco deixam de lembrar ritos religiosos. Compõe o conjunto de filmes que o operador Veyre efetuou no México e que hoje podem ser tidas como imagens fundacionais da nação mexicana no cinema. Número 346 do Catálogo do estúdio. Lumière. 55 segundos.  

Filme do Dia: Danse Indienne (1898), Gabriel Veyre

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D anse Indienne (França, 1898). Fotografia: Gabriel Veyre. Reportada por alguns como do ano de 1902, é bem mais fácil que tenha sido filmada mesmo quatro anos antes, dada suas características. Sem o auxílio do catálogo Lumière (no qual ele se encontrado lotado com o significativo número 1000) pouco se poderia depreender além do visto na imagem, três indígenas em trajes dos silvícolas norte-americanos ensaiam uma dança diante da câmera, tendo um forte de madeira ao fundo e uma tenda bem diminuta próximo a eles, assim como artefatos em madeira à esquerda (para uma fogueira?). Trata-se de imagens realizadas por Veyra no Quebec canadense, após sua passagem pelo México.   Se em boa parte das produções da época, a película finda antes que a ação de fato acabe, aqui vem a ser o contrário. Dois dos índios abandonam a dança antes mesmo do filme findo e, inclusive, saem do quadro. Um terceiro aparentemente reclama e parece evidente certa falta de sincronia entre os dançantes, em contrap

Filme do Dia: Pelea de gallos (1896), Gabriel Veyre

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P elea de Gallos (México, 1896). Direção: Gabriel Veyre. Quando se compara este filme, que registra um round de uma briga de galos, um dos temas por excelência do momento, com o mais célebre The Cock Fight (1894), produzido por Edison, tem-se aqui uma opção por plano mais aberto que privilegia menos o motivo “sensacional” em si próprio – a rinha – do que o contexto em que é acompanhada por três homens, que se movimentam habilmente para não atrapalharem a desenvoltura dos animais – sendo que um deles fica praticamente fora do enquadramento a determinado momento. Quando os homens se aproximam para posicionar os animais para um novo round o filme acaba. A movimentação dos homens acaba roubando a cena da rinha em si, tornando-o igualmente mais interessante enquanto composição visual do que a produção norte-americana.   Assim como vários outros títulos de Veyre foi   filmado na mesma fazenda. Gabriel Veyre. 30 segundos.

Filme do Dia: Duelo a Pistola en el bosque de chapultepec (1896), Gabriel Veyre

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Un Duelo a Pistola en el Bosque de Chapultepec (México, 1896). Direção: Gabriel Veyre. Encenção ou não? Essa é a pergunta que acompanha certamente um dos primeiros filmes que Veyre realiza no México. E não se trata de uma pergunta fútil, no sentido de que se trata de uma vida humana. Caso a resposta seja afirmativa, como é provável que seja – dada a existência de um verdadeiro gênero que explorava a encenação de mortes e fuzilamentos – trata-se de uma morte mais realista do que as habitualmente encenadas então. Caso a resposta seja negativa, trata-se de um dos primeiros registros, senão o primeiro, que flagram o momento de uma morte de um ser humano – Eletrocuting an Elephant , produzido por Edison, somente faria algo semelhante sete anos após, e com um elefante como afirma o título – algo que pode ser levemente alimentado pelo fato de Veyre ser conhecido quase exclusivamente por “flagrantes” da realidade mais que propriamente encenações. Poder-se-ia pensar que tal como os Lumière