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Mostrando postagens de 2020

Filme do Dia: Na Idade da Inocência (1976), François Truffaut

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  N a Idade da Inocência ( L´Argent de Poche , França, 1976). Direção: François Truffaut. Rot. Original: François Truffaut & Suzanne Schiffman. Fotografia: Pierre-William Glenn. Montagem: Yann Dedet. Dir. de arte: Jean-Pierre Kohut-Svelko. Figurinos: Monique Dury. Com: Nicole Félix, Chantal Mercier, Jean-François Stévenin, Virginie Thévenet, Tania Torens, René Barnerias, Katy Carayon, Francis Devlaeminck, Richard Golfier, Philippe Goldman, Eva Truffaut, Sebastien Marc, Grégory, Laurent Devlaeminck, Claudio De Luca, Frank De Luca, Sylvie Grezel, Pascale Bruchon. No verão de 1976, na pequena Thiers, o cotidiano de um grupo de alunos e seus professores. Nadine Riffle (Torrens), a cabeleleira, desperta a paixão do garoto Patrick (Desmonceaux), os irmãos Mathieu (Claudio De Luca) e Frank De Luca (Frank De Luca), ficam com o dinheiro que era reservado para o corte do cabelo de um de seus coleguinhas e cortam seu cabelo de qualquer forma. O Professor Jean-François (Stévenin) sai de sua

Filme do Dia: Camelos Também Choram (2003), Byambarusen Davaa & Luigi Forloni

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  C amelos Também Choram ( Die Greschite Von Weineden Kamel , Alemanha/Mongólia, 2003). Direção: Byambasuren Davaa e Luigi Falorni. Rot. Original: Byambasuren Davaa, Batbayar Davgadorj e Lugi Falorni Fotografia: Luigi Falorni. Montagem: Anja Pohl. Cenografia: Mendbayar Pol. Figurinos: Unorjargal Amgaabazar.  Com: Janchiv Ayurzana, Chimed Ohin, Amgaaabazar Gonson, Zeveljamz Nyan, Ikhbayar Amgaabazar, Odgerel Ayusch, Enkhbulgan Ikhbayar. Família criadora de cabras e camelos no deserto de Gobi, Mongólia depara-se com a situação de uma camela que após os sofridos trabalhos de parto rejeita o filhote. Após inúmeras tentativas frustradas, os dois filhos do casal vão até a comunidade mais próxima procurar um músico que deverá executar um ritual tradicional para que ocorra a conciliação entre mãe e filho. Ritual que acaba sendo bem sucedido. Embora tenha sido classificado como documentário, talvez essa produção se encontre na fronteira entre documentário e ficção. Construindo personagens f

Filme do Dia: Confissões Íntimas de uma Cortesã Chinesa (1972), Chor Yuen

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  C onfissões Íntimas de uma Cortesã Chinesa ( Ai Nu , Hong Kong, 1972). Direção: Chor Yuen. Rot. Original: Chiu Kang Chien. Fotografia: Chu Chia Hsin. Música: Chu Liang Fu. Montagem: Chian Hsing-Lung & Li Yen Hai. Dir. de arte: Chen Ching-Chen. Com: Lily Ho, Yueh Hua, Betty Pei Ti, Lin Tung, Wan Shan Shung, Fan Sheng Mei, Ku Chung Wen, Chan Shen. Lady Chun (Pei Ti) recebeu uma nova carga de contrabando para seu bordel. Interessa-lhe particularmente Ainu (Ho), que não se dobra inicialmente aos interesses de Chun, temida inclusive por todos os homens da região. Ainu tenta fugir com um mudo que a salvara do suicídio, após ser violada. Os dois são flagrados, o mudo é morto e Ainu consente em se tornar amante e discípula do domínio das artes marciais quase sobrenatural que possui Chun. Essa costuma afirmar que são uma só, pelo domínio da espada e semelhança física. Ainu, no entanto, começa uma série de crimes de homens poderosos locais, que haviam feito uso dela como prostituta. Tudo

Filme do Dia: The News Magazine of the Screen (1954)

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  T he News Magazine of the Screen (EUA, 1954) Cine jornal pioneiro produzido desde 1910 que, juntamente com a Pathé, foi adquirido pela Warner em 1947, tendo sido produzido 38 episódios até meados da década seguinte. Aqui se observa, de modo geral, a mesma mescla entre política e assertivas ideológicas entremeado com eventos mundanos de outros exemplares. Diferentemente de Goodman Lumber Fire (1955), no entanto, a metragem é bem mais extensa cobrindo uma varieadade maior de notícias, aparentemente desconexas: realeza européia em Nova York; conflitos de estudantes em Trieste; Eisenhower arranhando um francês que o próprio narrador advertira como “imperfeito” em um evento na França; o ingresso na vida religiosa de uma das famosas meninas quíntuplas francesas; aviação nos Alpes e aviação militar; a reprodução de um célebre relógio realizada em um orfanato; um balé de marionetes; uma patrulha feita por um dirigível na região de Nova York. Porém, ao contrário do outro cinejornal, aqui d

O Dicionário Biográfico do Cinema#60: Georges Delerue

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Georges Delerue (1925-1992), n. Roubaix, França D e longe escuto mais as trilhas de Delerue para seus filmes franceses que música americana. Todavia, em seus últimos anos foi indicado cinco vezes para melhor trilha: para Anne of the Thousand Days  [ Ana dos Mil Dias ] (69, Charles Jarrot), por The Day of the Dolphin  [ O Dia do Golfinho ] (73, Mike Nichols), para Julia  (77, Fred Zinnemann ), por Agnes of God  [ Agnes de Deus ] (85, Norman Jewinson) e - sua única vitória - por A Little Romance  [ Um Pequeno Romance ] (79, George Roy Hill). Sua música era naturalmente sóbria, melancólica, atmosférica, e ele possuía um talento para pequenas canções como temas que cresciam ao longo do filme. Esses motivos básicos foram especialmente vitais para a obra de François Truffaut. Mas em seus anos iniciais, é notável em quantos bons filmes Delerue colaborou. Tendo estudado com Darius Milhaud, e trabalhando para a TV  e o teatro (incluindo a Comédia Francesa e o Teatro Nacional Popular),

Filme do Dia: A Professora de Piano (2014), Michael Haneke

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  A   Professora de Piano (La Pianiste, França/Austria, 2001). Direção: Michael Haneke. Rot. Adaptado: Michael Haneke, baseado no romance de Elfried Jalinek. Fotografia: Christian Berger. Montagem: Nadine Muse & Monika Willi. Dir. de arte: Christoph Kanter. Cenografia: Hans Wagner. Figurnos: Annette Beaufays. Com: Isabelle Huppert, Annie Girardot, Benoît Magimel, Susanne Lothar, Udo Samel, Anna Sigalevitch, Cornelia Köndgen, Thomas Weinhappel.  Erika (Huppert), professora de piano, é filha de uma mãe (Girardot) extremamente possesiva e órfã de um pai demente, não conseguindo se relacionar afetivamente. Extremamente ríspida com os alunos, é objeto de paixão de um dos rapazes que torna-se seu aluno, Walter (Magimel). Conseguindo prazer sexual apenas como voyeur em salas pornográficas e situações escusas, Erika evita qualquer aproximação de Walter. Com o tempo, no entanto, também torna-se curiosa quanto ao rapaz. Porém, só deseja que ele realize suas bizarras fantasias. Percebendo que

O Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#21: Pablo Trapero

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Pablo Trapero  (Argentina, 1971-). Produtor, roteirista e diretor, Pablo Trapero é uma das importantes figuras do nuevo cine argentino  que emergiu nos anos 1990. Seus filmes frequentemente focam em esboços de personagens masculinos imperfeitos, disfuncionais e transitórios. Trapero nasceu em San Justo, província de Buenos Aires e foi aluno da nova Fundación Universidad del Cine (FUC), onde realizaria seu primeiro curta, Mocoso Malcriado  (1993). Seu segundo curta, Negocios  (1995), foi uma versão ficcionalizada de um dia na loja de auto-peças do pai de Trapero. Foi premiado em sua categoria no Festival Internacional de Cine de Mar del Plata , recebendo o diretor como resultado 20 mil dólares de financiamento do Hubert Bals Fund, do Festival de Roterdã, para ajudá-lo a fazer seu primeiro longa, Mundo Grúa  (1999). Realizado com pequeno orçamento e em preto & branco e película em 16 mm, e sem o apoio de qualquer agência de fomento argentina, Mundo Grúa  teve uma auspiciosa trajetóri

Filme do Dia: Um Amor em Cada Vida (1945), William Dieterle

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  U m Amor em Cada Vida ( Love Letters , EUA, 1945). Direção: William Dieterle . Rot. Adaptado: Ayan Rand, baseado no romance de Christopher Massie, Pity My Simplicity . Fotografia: Lee Garmes. Música: Victor Young. Montagem: Anne Bauchens. Dir. de Arte: Roland Anderson & Hans Dreier. Cenografia: Ray Moyer. Figurinos: Edith Head. Com: Joseph Cotten, Jennifer Jones, Ann Richards, Cecil Kellaway, Gladys Cooper, Anita Louise, Robert Sully, Reginald Denny Allen Quinton (Cotton) escreve a um amigo do exército, Roger (Sully) cartas de amor para Victoria (Jones). Ela apaixona-se perdidamente pelo homem dessas cartas. Quando se une posteriormente a Roger, não o reconhece como aquele que escrevera tais cartas. É um homem bruto que, num acesso de ira, queima as cartas com ciúmes e a agride sendo assassinado, Victoria acredita que por ela, após confessar que não escrevera tais cartas. Victoria ficou amnésica após o crime, e é conhecida como Singleton. Ela se casa com Allen. Aos poucos, no e

Filme do Dia: El Mono Relojero (1938), Quirino Cristiani

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  E l Mono Relojero (Argentina, 1938). Direção: Quirino Cristiani. Rot. Original: Constancio Vigil & Eleazar Maestre. Fotografia: Luis Cristiani. Música: José Vazquéz Vigo. O curioso de se assistir esse curta do pioneiro da animação Cristiani (realizador do primeiro longa metragem de animação da história do cinema El Apóstol , de 1917, tido como perdido, assim como do primeira animação sonora) é que, sem qualquer informação prévia, ter-se-ia a impressão de se tratar de um filme bastante conservado do cinema mudo. Menos pela ausência de diálogos – os sons em questão poderiam ter sido proporcionados a posteriori, como se tornou bastante comum – do que pela própria dinâmica da animação, que se compraz em acompanhar um dia de traquinagens do macaco do título em sua fuga para uma floresta e sua interação com diversos animais, africanos diga-se de passagem. Antes e depois de sua incursão na floresta o macaco interage sobretudo com os relógios, devidamente antropormofizados, da loja em

Filme do Dia: Madame de Thèbes (1915), Mauritz Stiller

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  M adame de Thèbes (Suéca, 1915). Direção: Mauritz Stiller. Rot. Original: Martin JØrgensen & Louis Levy. Fotografia: Julius Jaenzon. Com: Nikolai Johannsen, , Regna Wettergreen, Märta Halldén, Karin Molander, John Ekman,  William Larsson, Albin Lavén,  Doris Nelson . A cigana Ayla (Nelson) é expulsa de seu grupo por ter tido um filho ilegítimo. Ela é acolhida pela Condessa Julie (Halldén), que percebe a morte do filho, ainda bebê igualmente e, desesperada, apossa-se do filho da cigana, afirmando que quem morrera fora o filho dessa. 35 anos depois. Seu filho, Robert (Johannsen), é uma importante liderança política, próxima de ser guindado ao cargo de Ministro das Relações Exteriores. Seu rival político, o barão von Volmar (Lavén), aconselha-se com uma vidente, conhecida como Madame de Thèbes (Wettergreen), que vem a ser ninguém menos que a cigana Ayla do passado. Um criado de Robert, Max (Larrson) lhe entrega as informações sobre a carta que Julie escreveu em seu leito de morte,

Filme do Dia: Cadillac Desert (1997), Jon Else & Linda Harrar

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  C adillac Desert (EUA, 1997). Direção: Jon Else & Linda Harrar. Rot. Original: Jon Else, Sandra Postel & Marc Reisner. Fotografia: Grandioso painel dividido em quatro partes que rememora muitas das conquistas e percalços associados ao problema da distribuição de água para a cidade de Los Angeles. No primeiro bloco, as tentativas e sucessos pioneiros de Mulholland são revisitados a partir de generoso material de época (fotos, filmes documentais), assim como reelaborações ficcionais – Chinatown (1974), New Frontier – e uma não menos generosa parcela de depoimentos, mais significativa pela extensão da fala dos mesmos e por sua diversidade, indo de uma neta de Mullholand até o roteirista de Chinatown Robert Towne do que propriamente pela quantidade. Uma narrativa, empreendida curiosamente por uma voz feminina (tentativa de se ir contra os estereótipos do documentarismo clássico?) ajudará na articulação de todos estes elementos, não se sobrepondo ou questionando, no entanto,

Filme do Dia: Tudo Começou num Sábado (1960), Karel Reisz

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  T udo Começou num Sábado ( Saturday Night and Sunday Morning , Reino Unido, 1960). Direção: Karel Reisz. Rot. Adaptado: Allan Sillitoe, baseado em seu próprio romance. Fotografia: Freddie Francis. Música: John Dankworth. Montagem: Seth Holt. Dir. de arte: Ted Marshall. Figurinos: Sophie Devine & Barbara Gillett. Com: Albert Finney, Shirley Anne Field, Rachel Roberts, Hylda Baker, Norman Rossington, Byran Pringle, Robert Cawdron, Edna Morris. O operário Arthur Seaton (Finney) possui sua vida dividida entre o trabalho de operário em uma fábrica e a procura por diversão e bebida com os amigos nos finais de semana. Mantendo uma relação com uma mulher casada e mais velha, Brenda (Roberts), ao mesmo tempo que namora uma moça de sua idade, Doreen (Field), Arthur possui um espírito inquieto e sempre metido em pequenas confusões. A situação se complica quando Brenda lhe relata se encontrar grávida. Eles buscam a solução do aborto, sem sucesso através das mãos da amadora Tia Ada (Baker).

Filme do Dia: A Garota do Pântano (1917), Victor Sjöström

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  A   Garota do Pântano ( Tösen fran Stormytorpet , Suécia, 1917). Direção: Victor Sjöström. Rot. Adaptado: Victor Sjöstrôm & Ester Julin, a partir do romance de Selma Lagerlöf. Fotografia: Henrik Jaenzon. Dir. de arte: Axel Esbensen. Com: Greta Almroth, Lars Hanson, Nils Aréhn, Josua Bengston, Georg Blomstedt, Thekla Borg, Göst Cederlund,  William Larsson, Karin Molander, Concordia Selander. Helga é mãe de uma criança que não foi assumida pelo pai, um homem mais velho. O pai de Helga, ao observar a recusa do mesmo, afirmando não ser o pai da criança em sua casa, leva-o ao tribunal. No julgamento, quando o homem se dispõe a jurar sobre a bíblia, Helga retira a queixa porque não pretende que ele cometa o perjúrio, que considera um pecado mortal. Atormentada por sua situação, considerada como pária na comunidade, apesar de seu gesto nobre ter impressionado o juiz (Aréhn), Helga é convidada para trabalhar na residência de Gudmund (Hanson), por sugestão da mãe (Selander) desse. Tudo

O Dicionário Biográfico do Cinema#59: John Frankenheimer

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John Frankenheimer (n. 1930-2002), Malba, Nova York 1 959: The Young Stranger [ No Labirinto do Vício ]. 1961: The Young Savages [ Juventude Selvagem ]. 1962: All Fall Down [ O Anjo Violento ]; Birdman of Alcatraz [ O Homem de Alcatraz ]; The Mandchurian Candidate  [ Sob o Domínio do Mal ]. 1964: Seven Days in May [ Sete Dias de Maio ]. 1965: The Train  [ O Trem ]. 1966: Seconds [ O Segundo Rosto ]; Grand Prix . 1968: The Fixer [ O Homem de Kiev ]. 1969: The Extraordinary Seaman  [ O Marinheiro Extraordinário ]; The Gypsy Moths [ Os Paraquedistas Estão Chegando ]. 1970: I Walk the Line  [ O Pecado de um Xerife ]; The Horseman [ Os Cavaleiros do Buzkashi ]. 1973: The Iceman Cometh  [para TV]. 1974: 99 and 44/100% Dead [ Até o Último Disparo ]; Impossible Object [ História de uma História de Amor ]. 1975: French Connection II [ Operação França II ]. 1977: Black Sunday [ Domingo Negro ]. 1979: Prophecy [ A Semente do Diabo ]. 1980: Challenge . 1985: The Holcroft Convenant  [ O Docume

Filme do Dia: The Stubborn Cowboy (2015), Chuck Harriton

  The Stubborn Cowboy (EUA, 1967). Direção: Chuck Harriton. Rot. Original: Shamus Culhane.  Criança faz uma narração de um filme de faroeste para sua classe na escola, incorporando dados dos comerciais. Culhane, talentoso realizador do cinema clássico, parece se dar melhor nessa nova fase da produção da animação norte-americana, bem diferente em termos de estilo e tema, como roteirista do que propriamente como diretor. Nesse sentido, esse curta é bem mais interessante que The Trip, dirigido no mesmo ano por Culhane. Aqui, desde a brincadeira inicial com os créditos, passando pela interpretação original das imagens, e para ironias com os cigarros Marlboro, assim como pela própria incorporação de clichês próprios do faroeste, transforma-o numa experiência de longe mais criativa. Particularmente na questão da interpretação da imagem, a perspectiva infantil, incorporada  na voz, que é a única a ser ouvida no curta, torna-se particularmente atraente para a utilização da ironia, recurso que

O Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#20: Jorge Sanjinés

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Jorge Sanjinés . (Bolívia, 1936). O mais significativo diretor do mundo dos filmes de temática aborígene e uma das lideranças proponentes do revolucionário " terceiro cinema ", Jorge Sanjinés é também, de longe, o mais conhecido realizador boliviano, um líder do nuevo cine latinoamericano  nos anos 1960 que continua uma abordagem desafiadoramente esquerdista e coletiva do cinema.  Nascido Jorge Sanjinés Aramayo na capital da Bolívia , La Paz, estudou fotografia e no final dos anos 1950 se mudou ao Chile , onde estudaria filosofia e posteriormente se inscreveria no novo curso de cinema da Universidade Católica, sob a direção de Sergio Bravo. Em seu retorno à Bolívia, formou parceria com o roteirista Óscar Soria , criando os dois uma revista, um cineclube, e mesmo uma escola de cinema, e passando a trabalhar juntos em documentários  e curtas publicitários sobre a bandeira da Kollasuyo Films. Algumas de suas obras foram para a loteria estadual e o primeiro filme importante e ind

Filme do Dia: Táxi Teerã (2015), Jafar Panahi

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  T áxi Teerã (Taxi, Irã, 2015). Direção, Rot. Original, Fotografia e Montagem: Jafar Panahi. Com: Jafar Panahi. Sim, é um filme sobre como se fazer um filme mesmo sendo legalmente proibido em seu próprio país. Sim, se trata, portanto, de um filme de resistência. Sim, Panahi possui carisma ao interpretar a si mesmo. Sim, o filme volta a refletir sobre os limites entre a realidade e ficção tal como algumas das melhores produções de Panahi e Kiarostami, no auge do clamor internacional pelo cinema iraniano. No entanto, até que o tempo prove em contrário, trata-se de uma obra menor de um realizador que há vários anos se encontra em situação de prisão domiciliar, produzindo e distribuindo à revelia do governo iraniano seus filmes. Inicialmente surgindo como uma proposta, que demonstrou ser inviável, de documentário, transformou-se em uma ficção daquelas que brincam de serem reais e ao mesmo tempo de se apresentarem enquanto filmes, tal como uma das produções mais bem sucedidas do realizad

Filme do Dia: O Criador de Danças (1998), Matthew Diamond

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  O   C riador de Danças ( Dancemaker , EUA, 1998). Direção: Matthew Diamond. Fotografia: Tom Hurwitz. Montagem: Pam Wise. Documentário acadêmico que procura investigar o processo criativo de um mestre da dança contemporânea americana: Paul Taylor. Menos preocupado em   realizar um histórico que em apresentá-lo em seu momento atual, envolvido com seu eterno medo do fracasso, que afirma ser o motor de sua ação e os problemas de não possuir apoio governamental, como as companhias européias. Em alguns momentos, porém, recorre ao passado, seja para enfatizar a necessária ruptura do mestre com Martha Grahan, sua principal influência, ou ainda quando contrapõe a apresentação de mesmo número realizado na década de 60 e no momento da produção do filme. Embora grandemente centrado no coreógrafo, não deixa de acompanhar a tensão dos bailarinos, a instabilidade financeira dos mesmos, a viagem que fazem à Índia e a tristeza coletiva quando Taylor despede uma das bailarinas, sob a alegação de que