O carnaval foi semana passada, e eu estava decidida a assistir às escolas de samba - os grupos maravilhosos de dançarinos negros que desfilam e dançam a noite toda. Conseguimos credenciais na imprensa para ficarmos na tribuna de honra e descemos já bem tarde, armadas de garrafas térmicas com café gelado e sanduíches de Roquefort. (O samba dura a noite inteira normalmente, e sempre faz muito calor). Era para ter começado às sete, mas na verdade começou às dez, e em vez de ir até as três ou quatro a coisa só foi terminar às onze e meia do dia seguinte. Desistimos bem antes disso, é claro, antes de desfilarem as escolas "boas" deste ano. As pessoas estavam indignadas. As melhores são mesmo magníficas - centenas de negros cobertos de sedas e cetins - perucas brancas e trajes à Luís XV são muito comuns, ou então do período colonial brasileiro - com baterias maravilhosas. Agora também é comum usar luzes elétricas nas fantasias, e botões luminosos na frente. Mas não conseguimos es