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Mostrando postagens com o rótulo Shirley Clarke

Filme do Dia: The Cool World (1963), Shirley Clarke

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  T he Cool World (EUA, 1963). Direção: Shirley Clarke. Rot. Original: Shirley Clarke & Carl Lee, baseado no romance e na peça de Warren Miller & Robert Rossen . Fotografia: Baird Bryant. Música: Mal Waldron.  Montagem: Shirley Clarke. Cenografia: Roger Furman. Com: Hampton Clanton, Yolanda Rodríguez, Carl Lee, Clarence Williams III, Gary Bolling, Bostic Felton, John Marriot, Georgia Burke. Duke (Clanton) é um jovem negro do Harlem que se afasta da família e se aproxima da criminalidade, fazendo parte da gangue dos Pythons. Com a decadência provocada pelo envolvimento com drogas e álcool do líder da gangue, Blood (Williams III),   Duke passa a liderar o grupo. Cada vez mais envolvido com Luanne (Rodríguez), prostituta de sua idade, que sonha em ir com ele até Coney Island. No dia em que finalmente realizam o passeio, Luanne desaparece. Abatido, Duke volta para a casa. Há um confronto entre os Pythons e uma gangue rival, os Coolies, que provoca a morte do líder dos últimos, Pr

Filme do Dia: Portrait of Jason (1967), Shirley Clarke

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  P ortrait of Jason (EUA, 1967). Direção e Montagem: Shirley Clarke. Fotografia: Jerry Sopanen. Muito provavelmente Clarke realizou um retrato mais intenso do que qualquer outro esboçado no campo do documentário a respeito dos meandros da subjetividade exposta através do discurso oral até então – em termos comparativos, os depoimentos de qualquer um dos personagens de Crônica de um Verão soam de uma reserva contida, mesmo em seus momentos de maior entrega – ou mesmo depois. Tendo como personagem único a ser observado pelas lentes da câmera, mas não necessariamente ouvido – ocasionalmente se observam perguntas ou indicações da própria Clarke ou, mais frequentemente, de Carl Lee, o entrevistador se assim se pode dizer – Jason Holliday. Negro e homossexual, Jason desfia em um estilo próximo do fluxo de consciência, acentuado pela constante presença de álcool, o que seria algo como suas memórias sentimentais da infância, dos tempos em que foi criado em casas de pessoas de maior poder a

Filme do Dia: A Scary Time (1960), Shirley Clarke & Robert Hughes

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  A   S cary Time (EUA, 1960). Direção: Shirley Clarke & Robert Hughes. Música: Peggy Granville-Hills. Esse quarto curta da realizadora demonstra ser uma decepcionante encomenda, com pouco ou nenhum ponto de ligação com a obra anterior de Clarke. Tendo sido produzido para a UNICEF se imagina de imediato um tema voltado para o sofrimento infantil, mas o que se observa inicialmente são preparativos para a festa de Halloween. Porém, a primeira hipótese não se encontra invalidada. Narrado por um garoto, sendo os créditos iniciais também falados pelas crianças. Porém a transição do confortável universo das crianças de classe média norte-americanas para os sofrimentos das mesmas ao redor do mundo se dá de forma um tanto pueril. Do choro de uma criança se passa aos horrores das imagens de arquivo.  Imagens de um voyeurismo mórbido constrangedor, acentuado pela gravidade da música. E tampouco chega a ser entusiasmadora a sobreposição dos pedidos dos garotos no Halloween em relação às ima

Filme do Dia: A Moment in Love (1956), Shirley Clarke

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A   Moment in Love (EUA,  1956). Direção, Montagem e Dir. de arte: Shirley Clarke. Fotografia: Bert & Shirley Clarke. Música: Norman Lloyd. Mais ousado que seu curta de estreia, e tendo igualmente a dança como tema - o que talvez traia uma influência da pioneira experimentalista norte-americana Maya Deren - aqui os números executados por um casal, o filme faz uso bem mais significativo de recursos da linguagem cinematográfica, como a câmera lenta e sobreposições; no caso das últimas, inclusive,   fazendo com que o casal, em mais de um momento, desdobre-se em quatro, recurso esse que será utilizado ao ponto da exaustão nos tempos da representação audiovisual pop dos idos da década de 70. Simulando momentos de encantamento, conflito e re-encantamento, encontra-se longe do hermetismo abstrato e da poética visual que acompanha as obras mais singulares de Deren e involuntariamente se aproxima do kitsch. Halcyon. 11 minutos.

Filme do Dia: The Connection (1961), Shirley Clarke

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T he Connection (EUA, 1961). Direção: Shirley Clarke. Rot. Adaptado: Jack Gelber, baseado em sua própria peça. Fotografia: Arthur J. Ornitz. Música: Freddie Redd. Montagem: Shirley Clarke. Dir. de arte: Richard Sylbert & Albert Brenner. Figurinos: Ruth Morley. Com: Warren Finnerty, Jerome Raphael, Garry Goodrow, Jim Anderson, Carl Lee, Barbara Winchester, Harry Proach, Roscoe Lee Browne, Freddie Redd. Detendo-se em um grupo de viciados em um apartamento, Clarke envereda pela estratégia do “falso documentário” – ao início uma voz em off afirma sobre a autoria e responsabilidade das imagens – em resultado completamente diverso e mais mal sucedido que seu posterior The Cool World (1963). Ainda que, a guisa de se tornar verossímil   junto a sua pretensão de ilustrar as filmagens improvisadas de um documentário talvez contenha alguns elementos mais críveis do que outro filme que articula proposta semelhante, A Bruxa de Blair , como as interrupções nos planos de filmagem e a