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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Norueguês

Filme do Dia: Screen Tests (1964-66), Andy Warhol

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  S creen Tests (EUA, 1964-66). Direção: Andy Warhol. Rot. Original: Ronald Tavel. Filmetes curtos (entre 4 e 6 minutos) que Warhol fez das mais diversas celebridades do mundo das artes e da cultura e, particularmente, de amigos próximos que circulavam pela Factory. Na sua instalação museográfica (aparentemente ouve outro formato para sua exibição enquanto filme de 33 minutos) fica ressaltada a dimensão de “retrato”, de longa tradição na história da fotografia, adicionado o movimento, o que torna uma experiência interessante por, entre outros motivos, ressaltar o tempo, ausente da fotografia e por expressar as mais diversas reações à câmera. Nesse último sentido, o próprio Warhol gostava de chamá-los de emotion pictures , e realmente em muitos deles (como em John Palmer) aflora uma intensidade nas faces evocativas dos melhores momentos de Cassavetes (que por sinal possui entre um de seus mais reverenciados filmes um com o título de Faces ). Existem desde pessoas que choram até aque

Filme do Dia: The Absence of Eddy Table (2016), Rune Spaans

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  T he Absence of Eddy Table (Noruega, 2016). Direção: Rune Spaans. Rot. Original e Dir. de arte: Dave Cooper. Música: John Erik Kaada. Aborrecido curta de animação no qual seu protagonista se depara com duas mulheres portadoras de uma moléstia que provocará mutações nelas e seres que o perseguirão. Aparentemente se beneficia de um diálogo com o formato em quadrinhos, tendo sido idealizado pelo mesmo Cooper que fortemente colabora com a produção. As gosmas produzidas pelos seres, elas próprios objetos de transformações, são herdeiras da tradição Alien / Gremlins. Tordenfilm A. S. 12 minutos.

Filme do Dia: Através de Minhas Lentes Fundo de Garrafa (2003), Pjotr Sapegin

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  A través de Minhas Lentes Fundo de Garrafa ( Through My Thick Glasses , Noruega/Canadá, 2003). Direção: Pjotr Sapegin. Animação em massinha que, através do mote do avô que tenta convencer a neta a se vestir apropriadamente para enfrentar o frio invernal, conta narrativas evocativas de suas memórias (aparentemente embasadas no próprio passado do realizador, que dedica o filme à memória de sua mãe) da Segunda Guerra Mundial, incluindo seu frustrado engajamento na Resistência. Poético e sensível trabalho que consegue extrair da dura realidade vivenciada no passado material a ser reciclado e suavizado a ponto de se transformar numa fábula para crianças tanto dentro de sua narrativa quanto estilisticamente. Pravda/NFB. 13 minutos.

Filme do Dia: Um Homem um Tanto Gentil (2010), Hans Petter Moland

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U m Homem um Tanto Gentil ( En Ganske Snill Mann , Noruega, 2010). Direção: Hans Petter Moland. Rot. Original: Kim Fupz Aakeson. Fotografia: Philip Øgaard. Música: Halfdan E. Montagem: Jes Christian Fodstad. Dir. de arte: Gert Wibe. Figurinos: Caroline Sætre. Com: Stellan Skarsgård, Jorunn Kjellsby, BjØrn Floberg, Gard B. Eidsvold, Jannike Kruse, BjØrn Sundquist, Kjersti Holmen, Jon Øigarden, Jan Gunnar RØise, Julia Bache-Wiig. Ulrike (Skarsgård), após doze anos preso por assassinato, sai e reencontra a gangue da qual fazia parte. O líder, Rune (Floberg), arranja para que Ulrike fique na casa da irmã, Karen Margrethe (Kjellsby) e também um contato para emprego numa oficina. Ulrike, mesmo advertido em contrário pela ex-esposa, resolve conhecer o filho, Geir (RØise), que vive com a companheira grávida. Ao mesmo tempo que Ulrike desperta o desejo inesperado de Margrethe, o faz igualmente   de Merete (Kruse), companheira de trabalho, após espancar o ex-marido que agira violentamente com

Filme do Dia: O Grande Prêmio (1975), Ivo Caprino

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O   Grande Prêmio ( Flaklypa Grand Prix, Noruega, 1975). Direção: Ivo Caprino. Rot. Original: Kjell Aukrust, Remo Caprino, Kjell Syversen & Ivo Caprino, a partir de personagens e universo criados por Kjell Aukrust. Música: Bent Fabricius-Bjerre. Montagem: Ivo Caprino. Cenografia: Bjarne Sandemose. Na bucólica Flaklypa, cientista excêntrico, Reodor Felgen, munido de dois assistentes, um pássaro da manhã otimista e Ludvig, pessimista e medroso, dão-se conta que um dos projetos dele foi surrupiado por um ex-assistente seu, ganhando destaque na mídia. Inconformado com a situação, o pássaro da manhã descobre que um xeique se encontra de passagem pela região e deixa pistas do talento de Felgen. O xeique morde a isca e logo Felgen terá quem o patrocine para um protótipo de um carro envenenado, que competirá no Grande Prêmio de Flaklypa. Esse que é o único longa-metragem e último projeto de Caprino demonstra que os contrastes que o permeiam é que são seu charme. Contraste, por exem

Filme do Dia: Liv & Ingmar (2012), Dheeraj Akolkar

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L iv & Ingmar – Uma História de Amor ( Liv & Ingmar , Noruega/Reino Unido/Índia, 2012). Direção e Rot. Original: Dheeraj Akolkar. Fotografia: Hallvard Bræin. Música: Stefan Nilsson. Montagem: Tushar Goghale. Documentário acompanhando a trajetória de admiração tornada amor tornada amizade de Liv Ulmann por um dos realizadores mais representativos da história do cinema,  Ingmar Bergman , do momento em que se conheceram, quando da produção de Persona , até a morte dele. Ulmann apresenta sua versão dos fatos de maneira relativamente não reativa (principalmente quando em comparação com outros documentários de perfil semelhante, tais como Marlene ). Do encantamento e da tentativa de absorção e isolamento completo de uma jovem mulher de 28 anos com um homem de 45-6, vivendo isolados do mundo, na residência de Bergman , na ilha de Faro (relação sufocante que Woody Allen faria referência em Hannah e Suas Irmãs , inclusive fazendo uso de um ator icônico de Bergman , Max Von Sydo

Filme do Dia: Mais Forte Que Bombas (2015), Joachim Trier

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M ais Forte Que Bombas ( Louder than Bombs , Noruega/França/Dinamarca, 2015). Direção: Joachim Trier. Rot. Original: Joachim Trier & Eskil Vogt. Fotografia: Jakob Ihre. Música:  Olivier Bugge Cotté. Dir. de arte: Molly Hughes & Gonzalo Cordoba. Cenografia: Michelle Schluter-Ford. Figurinos: Emma Potter. Com: Gabriel Byrne , Isabelle Huppert, Jesse Eisenberg, Devin Druid, Megan Ketch, Amy Ryan, David Strathairn, Ruby Jerins. Viúvo da famosa fotógrafa de guerra Isabelle (Huppert), Gene (Byrne), tem que lidar com a iminente reportagem a sair no New York Times a respeito da causa verdadeira da morte da esposa, suicídio. Algo que o filho mais velho, Jonah (Eisenberg), recém-contratado professor de sociologia já sabe, mas que o mais novo e passando por momentos emocionais mais conflituosos, Conrad (Druid), não. Além de que a matéria foi escrita pelo amante ocasional de Isabelle, Richard (Strathairn), com quem Gene mantém uma relação nos limites da cordialidade. Primoroso não

Filme do Dia: O Ato de Matar (2012), Joshua Oppenheimer & Christine Cynn

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O Ato de Matar ( The Act of Killing , Dinamarca/Noruega/Reino Unido, 2012). Direção: Joshua Oppenheimer, Anônimo & Christine Cynn. Fotografia: Anônimo, Carlos Arango de Montis & Lars Skree. Música: Karsten Fundal. Montagem: Nils Pagh Andersen, Erik Andersson, Charlotte Munch Bengtsen, Janus Billeskov Jansen, Ariadna Fatjó-Villas & Mariko Montpetit. Esse documentário consegue compor um painel extraordinariamente bizarro ao acompanhar ex-assassinos de milícias que atuaram fortemente no norte da Indonésia em meados dos anos 60, com apoio oficial. O documentário se propõe a uma reencenação dos atos dos membros do esquadrão da morte, a partir de insights visuais oferecidos pelos próprios membros dos mesmos. O resultado, um tanto incomum, é um universo no qual as mais desvairadas fantasias – fotografadas e enquadradas de forma magistral que pouco evocam o universo do documentário – como a de um número musical próximo a uma cachoeira que evoca um momento de redenção associado