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Mostrando postagens de junho, 2021

Filme do Dia: Adeus, Meninos (1987), Louis Malle

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  A deus, Meninos ( Au revoir les enfants , França/Alemanha, 1987). Direção e Rot.Original:Louis Malle. Fotografia: Renato Berta.  Montagem: Emmanuelle Castro. Dir. de arte: Willy Holt. Figurinos: Corinne Jorry. Com: Gaspard Manesse, Raphael Fejtö, Francine Racette, Stanislas Carré de Malberg, Philippe Morier-Genoud, François Berléand, François Négret, Benoît Henriet, Irène Jacob. Na França dominada pelo exército nazista de 1944, em uma estação ferroviária, o jovem Julien (Manesse) não consegue esconder o choro por ter que se separar da mãe (Racette) para ir estudar em um colégio interno católico. Também vai com ele seu irmão mais velho, François (Malberg). No colégio, chega por último um jovem de nome Bonnet (Fejtö), que se torna a vítima principal das brincadeiras dos outros alunos, por sua reserva, predileção pelos livros aos esportes, não receber visitas e por não ir às missas, afirmando-se protestante. Extremamente curioso com relação ao colega, com quem divide as atenções dos p

Filme do Dia: Hitchcock - 100 Anos de Suspense (1999), Ted Haimes

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  H itchcock – 100 Anos de Suspense ( Hitchcock: Shadow of a Genius , EUA, 1999). Direção:  Ted Haimes. Rot. Original: Ted Haimes. Fotografia: Michael Barry, Brian Dowley,  Bryan Duggan, Samuel Painter,  Mark Petersson,  Sam Sewell  &   Mark Zavad . Música: Taylor M. Uhler. Montagem: Arnold Glassman. Esse documentário realizado para celebrar o centenário de nascimento do cineasta é decepcionantemente pouco inventivo. Porém, para além de didático, o que em si está longe de ser negativo – principalmente para o público mais vasto ao qual se encontra dirigido – o filme também não apresenta depoimentos interessantes ou reveladores de algo além do já conhecido. Assim, acompanhamos, entre outros momentos: a mudança do já então cineasta de maior prestígio da Inglaterra para os EUA; a célebre disputa de autoridade com o produtor Selznick, nos bastidores de Rebecca ; seu primeiro filme verdadeiramente ambicioso, A Sombra de uma Dúvida , seu filme predileto; o sucesso comercial extraordinár

Filme do Dia: A Dash Through the Clouds (1912), Mack Sennett

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  A   Dash Through the Clouds (EUA, 1912). Direção: Mack Sennett. Rot. Original: Dell Henderson. Fotografia: Percy Higginson. Com: Fred Mace, Mabel Normand, Phillip Parmalee, Sylvia Ashton, Jack Pickford, Kate Bruce. Martha (Normand), embora noiva de Arthur, ou Chubby (Mace), um representante comercial que atua no bairro mexicano, prefere a companhia do aviador Slim (Parmalee). Certo dia, enquanto Chubby se encontra apresentando seus chicletes tutti-frutti no bairro mexicano, Martha voa pelos ares com Slim. Chubby se engraça por uma mexicana, Carmelita (Bruce). Quando parentes dela ficam sabendo, a confusão se encontra literalmente armada. Chubby envia através de um mensageiro (Pickford), o mesmo mexicano que lhe alertara que homens armados estavam atrás dele, um pedido de socorro para Martha. Essa parte de avião com Slim, a tempo de afugentar os mexicanos ao pousar próximo do barracão em que Chubby se refugiou. Quando esse pensa que voltará com Martha, essa parte de avião outra vez

O Dicionário Biográfico de Cinema#86: Sam Peckinpah

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  Sam Peckinpah (1925-1984), n. Fresno, Califórnia 1 961: The Deadly Companions  [ O Homem Que Eu Devia Odiar ]. 1962: Ride the High Country / Guns in the Afternoon  [ Pistoleiro do Entardacer ]. 1965: Major Dundee  [ Juramento de Vingança ]. 1969: The Wild Bunch  [ Meu Ódio Será Tua Herança ]. 1970: The Ballad of Cable Hogue  [ A Morte Não Manda Recado ]. 1971: Straw Dogs  [ Sob o Domínio do Medo ]. 1972: Junior Bonner  [ Dez Segundos de Perigo ]; The Getaway [ Os Implacáveis ]. 1973: Pat Garrett and Billy the Kid  [ Pat Garrett e Billy the Kid ]. 1974: Bring Me the Head of Alfredo Garcia  [ Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia ]. 1975: The Killer Elite  [ Elite de Assassinos ]. 1977: Cross of Iron  [ A Cruz de Ferro ]. 1978: Convoy  [ Comboio ]. 1983: The Osterman Weekend [ O Casal Osterman ]. D esde a morte de Peckinpah , o "trapaceiro" que há nele foi tomado em um entusiasmo claro, mas absurdamente distanciado - como o Monument Valley, na hora mágica, observado pelo retro

Filme do Dia: The Life and Death of 9413, a Hollywood Extra (1928), Robert Florey & Slavko Vorkapich

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  The Life and Death of 9413, a Hollywood Extra (EUA, 1928). Direção: Robert Florey & Slavko Vorkapich. Fotografia: Gregg Toland, Paul Ivano & Slavko Vorkapich. Com: Jules Racourt, George Voya, Robert Florey, Adriane Marsh.  Esse curta experimental sobre as experiências frustrantes de um extra hollywoodiano de tentar ser uma estrela de cinema  e realizado com parcos recursos, apresenta uma proposta mais radical do que aquelas que utilizaram de grande criatividade para reproduzir o universo onírico, mas dentro de uma moldura narrativa mais convencional, como é o caso de When the Clouds Roll By (1919), de Victor Fleming . Aqui, trata-se de uma mera sugestão de situação que serve como pretexto para a criatividade visual da dupla, que abusa de efeitos de iluminação e uma cenografia evidentemente desenhada, já prenunciando a virtuosidade ilusionista do cinegrafista Tolland (de Cidadão Kane ), ao mesmo tempo mesclados a imagens filmadas em locação. O resultado final, talvez menos sem

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#46: Jorge Prelorán

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  PRELORÁN, JORGE. (Argentina, 1933-2009). Um professor emérito na UCLA School of Theater, Film and Television, à época de sua morte, e o maior realizador etnográfico do  cinema argentino , Jorge Prelorán desenvolveu o cinema "etnobiográfico". Nascido em Buenos Aires, Prelorán estudou arquitetura na Argentina, antes de se mudar para a Califórnia, onde inicialmente continuaria estudando arquitetura, antes de ingressar no curso de cinema da UCLA. Graduou-se em 1961, e retornou ao seu país natal, onde sua carreira começou para valer. Havia iniciado a fazer filmes na Argentina aos 18 anos, mas após seu retorno, armado com a primeira de muitas bolsas norte-americanas, começou a realizar curtas documentais, muitos dos quais focavam em rituais e celebrações na Argentina rural, tais como La Feria de Yavi , ou sobre artes tradicionais indígenas,  como Un Tejador de Tilcara (1966). Muitos desses primeiros filmes foram apoiados pelo Fundo Nacional de Artes da Argentina, ainda que um del

Filme do Dia: La Glu (1907), Alice Guy

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  L a Glu (França, 1907). Direção: Alice Guy. Garoto se apodera de um balde de cola para fazer uma série de traquinagens, passando a mesma na escadaria de uma mansão e em um banco do jardim e na sela da bicicleta, provocando aflições em todos e, por fim, nele mesmo ao descuidadamente sentar no próprio balde de cola. Embora o garoto seja “democrático” na escolha de seus alvos, fazendo troça tanto da mansão burguesa quanto do humilde ciclista há um interesse peculiar em observar as damas da sociedade com seus traseiros tão colados no banco que quando se levantam, o banco vai junto, na situação mais ridícula e hilária do filme. Quando se imagina que o ciclista, que flagra o autor das peraltices, irá aplicar um “corretivo” ao garoto, no estilo do pioneiro O Regador Regado , o filme finda com os dois tentando se desembaraçar da cola, e o ciclista, inclusive em posição menos favorável, estrebuchando-se como um gafanhoto para se desenredar de sua bicicleta. Société des Etablissements L. G

Filme do Dia: Peace on Earth (1939), Hugh Harman

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  P eace on Earth (EUA, 1939). Direção: Hugh Harman. Música: Scott Bradley. O avô de dois esquilinhos conta para eles, na noite de natal, como foi a última guerra vivida pelos humanos e os restos de edificações que ficaram como testemunhas de sua presença na Terra. Produzido ainda durante o início da Segunda Guerra Mundial, esse libelo pacifista é marcante por sua mistura única entre a esperança representada pelos contos natalinos e as memórias sombrias da “última guerra” vivenciada pelos homens, em tons antecipadores das ficções apocaliptícas que surgirão com a Guerra Fria. A presença de Silent Night, Holy Night e Hark! the Herald Angels Sing , de Franz Gruber e Mendelssohn respectivamente, na trilha musical, assim como os próprios tons escurecidos de suas cores ajudam a criar sua atmosfera agridoce que lhe granjearia não apenas uma indicação para o Oscar, como um lugar entre as melhores animações de todos os tempos em algumas listas do gênero. Uma nova versão foi realizada em me

Filme do Dia: Mulher...e Nada Mais (1930), Malcolm St. Clair

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  M ulher...e Nada Mais ( Montana Moon , EUA, 1930). Direção: Malcolm St.Clair. Rot.Original: Sylvia Thalberg, Frank Butler & Joseph Farnham. Fotografia: William H.Daniels. montagem: Carl Pierson & Leslie F.Wilder. Dir. de arte: Cedric Gibbons. Figurinos: Adrian. Com: Joan Crawford, Johnny Mack Brown, Dorothy Sebastian, Ricardo Cortez, Benny Rubin, Cliff Edwards, Karl Dane, Lloyd Ingraham. A socialite Joan (Crawford) decidida a retornar a Nova York após breve temporada no “exótico” Montana, onde a família possui um rancho, encontra-se casualmente com o cowboy Larry (Brown) e uma paixão fulminante surge entre ambos. Porém Joan não resiste em sair com seus esnobes amigos, dentre eles o playboy Jeff (Cortez), que é escorraçado por Larry. Indignada com o que ocorreu, Joan parte de volta de trem para Nova York, mas o trem sofre um assalto e Joan é sequestrada por ninguém menos que Larry. Tolo e rotineiro cowboy cantante -ao menos sob visada retrospectiva, já que aparentemente é

Filme do Dia: An Engagement of Convenience (1914), Hay Plumb

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  A n Engagement of Convenience (Reino Unido, 1914). Direção Hay Plumb. Com Alma Taylor, Cyril Morton, Harry Royston, Marie de Solla. Fred (Morton) rompeu seu noivado e, depois disso, chega uma missiva de uma tia sua, Rosemary,   afirmando que quer conhecer sua noiva e que levará uma soma de dinheiro para o casal. Ele é assoberbado pela carta com a cobrança de uma dívida por parte de George Armstrong (Royston). Convida então Nancy, a datilógrafa de seu escritório, para fingir ser sua noiva, oferecendo-lhe 200 libras. Eles tentam dispensar Armstrong, quando esse veio cobrar sua dívida, com a carta da tia Rosemary. Espertamente, ele percebe que a doação da tia somente será feita após o casamento concretizado, o que deixa a dupla que irá movimentar a farsa demasiado aflita. No dia seguinte, os dois vão receber tia Rosemary na estação. Ela fica encantada com o casal. Após a partida de Rosemary, Nancy entrega de volta o anel a Fred, que a pede em casamento. Nancy vai a casa do irmão, empr

Filme do Dia: Akt-Skulpturen. Studienfilm für Bildende Kunstler (1903)

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  A kt-Skulpturen. Studienfilm für Bildende Kunstler (Alemanha, 1903). Embora alguns comentadores tenham se apressado em se referir a movimentos circulares a acompanharem os modelos nus que posam para a mesma como se fossem para estudantes de arte, motivação aparentemente original dessa produção, na verdade se observando com o mínimo de cuidado se percebe que é o tablado em que se encontram os modelos nus que gira ou para. A mulher permanece bem mais tempo sendo filmada que o seu parceiro, que apenas surge quando aparece uma cartela que faz referência a Adão e Eva. A compleição física do casal é menos rechonchuda que a habitualmente habitava os filmes abertamente eróticos de então (como os de Johann Schwarzer) e isso talvez se deva ao fato de terem como matriz a arte clássica. Várias poses evocam quadros e esculturas famosas. Ou os temas bíbliocos que as inspiraram? É mais provável, dadas as poses e o público ao qual pretensamente era dirigido, que sua evocação dessas passagens tenha

Filme do Dia: Brasília, Contradições de uma Cidade Nova (1967), Joaquim Pedro de Andrade

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  B rasília, Contradições de uma Cidade Nova (Brasil, 1967). Direção: Joaquim Pedro de Andrade . Rot. Original: Jean-Claude Bernardet & Joaquim Pedro de Andrade. Fotografia: Affonso Beato. Montagem: Renato Neumann. Talvez seja o curta-metragem que demonstra de modo mais evidente as estratégias de subversão de uma encomenda pretensamente institucional, algo que o cineasta realizaria ao longo de sua carreira (também no caso da ficção, com Os Inconfidentes (1972). Inicialmente o filme traz uma voz off   grave e neutra que apresenta dados objetivos sobre a cidade de Brasília e sua estruturação em termos arquitetônicos, em estilo que parece ser uma paródia auto-consciente das peças de propaganda oficiais então comuns. Em pouco tempo, no entanto, volta-se para o imenso abismo existente entre a concepção idealizada e generosa de Niemeyer e uma realidade bem mais complexa e segmentada socialmente, flagrando a expansão exorbitante das cidades-satélites e da migração maciça de nordestinos

O Dicionário Biográfico de Cinema#85: Robert Siodmak

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  Robert Siodmak (1900-1973), n. Memphis, Tennessee 1 929: Menschen am Sonntag  [ Gente no Domingo ] (co-dirigido com Edgar G. Ulmer). 1930: Abschied . 1931: Der Mann, der Seinen Morder Sucht ; Voruntersuchung . 1932: Sturme der Leidenschaft [ Tempestade de Paixões ]; Le Sexe Faible ; Quick . 1933: Brennendes Geheimnis . 1934: La Crise est Finie . 1935: La Vie Parisienne ; Mister Flow . 1937: Cargaisons Blanches  (*).  1938: Mollenard ; Ultimatum  (co-dirigido com Robert Wiene). 1939: Pièges [ Ciladas ]. 1941: West Point Widow  [ O Segredo da Enfermeira ]. 1942: Fly-by-Night  [ O Segredo do Professor ]; My Heart Belongs to Daddy  [ Meu Filho Não Se Vende ]; The Night Before the Divorce . 1943: Someone to Remember ; Son of Dracula  [ O Filho de Drácula ]. 1944: Phantom Lady  [ A Dama Fantasma ]; Cobra Woman  [ Mulher Satânica ]; Christmas Holiday [ Férias de Natal ]. 1945: The Suspect  [ Dúvida ]; The Strange Affair of Uncle Harry [ Caprichos do Destino ]; The Spiral Staircase [ Silênci

Filme do Dia: Hollywood on Trial (1976), David Helpern

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  Hollywood on Trial (EUA, 1976). Direção: David Helpern. Rot. Original: Arnie Raisman. Fotografia: Barry Abrams. Montagem: Frank Galvin.  Documentário que traça todo o percurso que vai das primeiras investidas anti-comunistas em reação aos direitos trabalhistas com relação a exploração dos trabalhadores durante a Grande Depressão (tema do contemporâneo Union Maids) até a paranoica e pouco democrática (apenas havia direito de resposta como “sim” ou “não”) ação empreendida inicialmente por J. Parnell Thomas – ele próprio preso pouco tempo depois – contra a indústria cinematográfica. Fazendo extenso uso de material da época (que o filme Trumbo , assim como o documentário homônimo, de 1997, décadas depois fariam grande uso, inclusive reconstituindo dramaticamente a entrevista aqui incluída quando da polêmica sobre o anonimato do vencedor da  categoria de roteiro original e que Trumbo assume a autoria, iniciando o processo de desmoralização da Lista Negra, no caso do primeiro). Sobretudo o

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#45: Limite

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  LIMITE  (Brasil, 1930). Durante um longo período, Limite ganhou  reputação lendária, como o grande filme brasileiro não visto. Pensava-se que Mário Peixoto teria somente 18 anos quando o dirigiu - tinha, na verdade, 22 - e logo após o seu lançamento foi retirado de circulação e levado consigo para uma ilha remota brasileira (de acordo com o historiador de cinema francês Georges Sadoul, ele próprio incapaz de vê-lo). Em um verbete sobre Peixoto no Dicionário dos Realizadores que escreveu em 1965, Sadoul escreveu que o diretor "não havia permitido ninguém vê-lo desde 1940" (1972, p. 197). De fato, a cópia sobrevivente em nitrato era projetada uma vez por ano, pelo Professor Rocha na Faculdade Nacional de Filosofia até o final dos anos 50, quando se deteriorou demasiado para ser exibida. Saulo Pereira de Mello, então, tomou para si a causa, iniciando uma prolongada restauração do filme, entre 1958 e 1971. Sua reputação tem sido acrescida em tal medida, que numa enquete de crí

Filme do Dia: Seven Up! (1964), Paul Almond

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  S even Up! (Reino Unido, 1964). Direção: Paul Almond. Fotografia: David Samuelson. Montagem: Lewis Linzee. Quando dirigu esse média metragem que efetua uma aproximação “sociológica”, se assim se pode dizer, de uma dezena e meia de crianças, Almond, e provavelmente sua equipe (Michael Apted, pesquisador dessa produção,  dirigiria todas as outras) talvez jamais imaginassem que uma série seria efetuada, tão longeva quanto praticamente a vida de seus componentes, e que a cada sete anos um novo episódio viria a abordá-los na situação contemporânea de suas vivências, coincidentemente o último episódio tendo sido veiculado um dia antes do que escrevo sobre o primeiro. Para além da inusitada concordância da maior parte em continuar com o projeto, quando se observa o primeiro episódio em si próprio, percebe-se a conjugação entre uma abordagem das crianças e de temas que seriam relevantes para ela a essa altura que diz respeito, portanto, as motivações pessoais, mas vinculadas igualmente a p

Filme do Dia: Uma Lição de Amor (1954), Ingmar Bergman

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  U ma Lição de Amor ( En Lektion i Kärlek , Suécia, 1954). Direção e Rot. Original: Ingmar Bergman. Fotografia:  Martin Bodin. Música: Dag Wiren. Montagem: Oskar Rosander. Dir. de arte: P.A. Lundgren. Dir. de arte: Ingmar Bergman. Com: Eva Dahlbeck, Gunnar Björnstrand, Yvonne Lombard, Harriet Andersson, Ake Grönberg, Olof Winnerstrand, Birgitte Reimer, John Elfström. Marianne (Dahlbeck) e David Erneman (Björnstrand), casal que vivencia crise conjugal, relembra bons e maus momentos de sua vida em comum numa viagem de trem. David também relembra a crise de sua filha adolescente, Nix (Andersson), na descoberta da sexualidade e a relação conturbada de sua esposa, com o artista fanfarrão Carl-Adam (Grönberg), com quem dessistiu de casar no momento do casamento, para ficar com David. Bergman , num dos momentos mais inspirados de sua carreira, realiza essa comédia leve, mas que ao mesmo tempo toca com certa incisividade pouco usual na questão do desejo feminino e sua autonomia enquanto i

Filme do Dia: Filadélfia (1993), Jonathan Demme

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  F iladélfia ( Philadelphia , 1993, EUA). Direção: Jonathan Demme. Rot. Original: Ron Nyswaner. Fotografia: Tak Fujimoto. Música: Howard Shore. Montagem: Craig McKay. Dir. de arte: Kristi Zea & Tim Galvin. Cenografia: Karen O’Hara. Figurinos: Colleen Atwood. Com: Tom Hanks, Denzel Washington, Jason Robards, Antonio Banderas,  Mary Steenburgen, Joanne Woodward, Charles Napier, Roger Corman, Robert Ridgely, Ron Vawter, Charles Glenn, Ann Deavere Smith. Andrew Beckett (Hanks) em pouco tempo não apenas se descobre portador do vírus HIV como igualmente demitido de seu importante posto em uma companhia. Após tentar vários advogados, quem surpreendentemente aceita o caso, após testemunhar uma constrangedora cena de preconceito na biblioteca, é o homofóbico Joe Miller (Washington). Juntos entrarão com um processo contra a firma mais reconhecida de direito de Philadelphia, comandada por Charles Wheeler (Robards). Uma distância estelar separa as imagens documentais que acompanham os cré

Filme do Dia: Jane (1962), D.A. Pennebaker

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  J ane ( Jane , EUA, 1962). Direção: D.A. Pennebaker. Fotografia: D.A. Pennebaker,  Richard Leacock, Gregory Shuker & Abbott Mills. Montagem: Nell Cox, Nancy Sen & Eileen Nosworthy. Nos bastidores para uma peça a ser estrelada por Jane Fonda, Pennebaker constrói mais um de seus filmes, em que menos interessa o glamour   do show-bizz, universo recorrentemente habitual em sua filmografia em delineamento então, que a tensão do processo, deixando a descoberto a face humana dos mitos. Aqui, o oponente aos retratados, a companhia teatral, e particularmente a sensível e insegura atriz em início de carreira é o ácido e criterioso crítico do Herald Tribune. Embora a proposta inicial do filme, ao menos enquanto esboçada por um narrador off seja a de uma contraposição equivalente entre Fonda e o crítico, algo semelhante aos bastidores das campanhas de Humphrey e Kennedy em Primárias , pouco se entrevê do mesmo e não se chega a filmar sua reação imediata à peça, com exceção de um solit

Filme do Dia: Vício Mortal (1913), D.W. Griffith

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  V ício Mortal ( Death’s Marathon , EUA, 1913). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: William E. Wing. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Blanche Sweet, Harry B. Walthall, Walter Miller, Lionel Barrymore , Kate Bruce, Robert Harron. Dois parceiros de trabalho rivalizam pelo amor da mesma jovem (Sweet). Um deles (Miller) se aproxima e é recusado. O outro (Walthall), mais ousado, aproxima-se de fato dela e reconquista alguns carinhos. O parceiro observa desolado a cena. O amor de ambos já dura um ano. E rendeu um bebê. Em pouco tempo, no entanto, um marido auto-centrado se vê profundamente entediado com a vida conjugal e passa a trocar os encantos da vida doméstica pelas noitadas de jogo que o arruínam financeiramente. As dívidas com o jogo, fazendo uso de dinheiro da empresa, deixa seu amigo desesperado e ele ainda mais, disposto a se suicidar, como avisa pelo telefone ao amigo e sua esposa. Enquanto a mulher, desesperada, tenta ganhar tempo e dissuadi-lo ouvindo o filho, o colega corre

Filme do Dia: W'ere on Our Way to Rio (1944), Izzy Sparber

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  W ’ere on Our Way to Rio (EUA, 1944). Direção: Izzy Sparber. Pegando carona no sucesso dos filmes de Carmen Miranda e na Política da Boa Vizinhança, essa animação da série Popeye, apresenta já de início ele e Brutus deslizando no lombo de um touro (!) por cenários tão artificiosamente tropicais quanto aqueles que deslizava Miranda em seus musicais contemporâneos da Fox ou, num universo cinematográfico mais próximo, alguns curtas da Disney com o personagem de Zé Carioca – sendo que Aquarela do Brasil , de longe mostra mais familiariadade e pesquisa no tema que aqui, onde apenas a referência ao Pão de Açúcar, frutas e animais tropicais e uma Olivia Palito caracterizada como Miranda cantando em português são o suficiente. Ao chamado de tentar sambar, Popeye se sai com sapateado. Curiosamente, em terra estrangeira, Popeye e Brutus são observados como companheiros, somente surgindo a rivalidade quando se apaixoname instantaneamente por Olivia Palito como pretensamente sensual cantora-da

O Dicionário Biográfico de Cinema#84: Richard Burton

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  Richard Burton (Richard Walter Jenkins Jr.) (1925-84), n. Pontrhdyfen, Gales E ducado em Port Talbot e Oxford, e na RAF de 1944 a 1947, realizou sua estreia teatral em 1943 e por volta de meados dos anos 50 havia se estabelecido como um dos mais excitantes jovens atores do palco britânico. Sua carreira no cinema havia começado em 1948, com The Last Days of Dolwyn  (Emlyn Williams), e fez Now Barrabas Was a Robber (*) (49, Gordon Perry), Waterfront (50, Michael Anderson), The Woman With No Name  [ A Desconhecida ] (51, Ladislas Vajda), e Green Grow the Rushes (51, Derek Twist), antes da Fox chamá-lo a Hollywood. Então, após o ponderadamente romântico My Cousin Rachel [ Eu Te Matarei, Querida ] (52), Burton estrelou o primeiro filme em Cinemascope, The Robe  [ O Manto Sagrado ] (53) - ambos filmes dirigidos por Henry Koster. Talvez, Burton nunca foi capaz de se livrar da imagem de um Barrymore temporão, e gradualmente sucumbiu a quantidade de dramas de época que foi convidado a interpr