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Mostrando postagens de novembro, 2021

Filme do Dia: Pull My Daisy (1959), Robert Frank & Alfred Leslie

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    P ull My Daisy (EUA, 1959). Direção: Robert Frank & Alfred Leslie.  Rot. Original: Jack Keruac.  Música: David Amram. Montagem: Robert Frank, Alfred Leslie & Leon Prochnik. Com: Allen Guinsberg, Gregory Corso, Larry Rivers, Delphine Seyrig , Peter Orlovsky, Richard Bellamy, Alice Neel, Sally Gross, Pablo Frank. Grupo de poetas decide fazer da casa de Milo (Rivers) seu quartel-general. Porém o clima crescentemente boêmio, o barulho do jazz que é tocada até altas horas da noite, acaba provocando a irritação da mulher de Milo (Seyrig), inclusive por conta do filho Pablo (Frank). Tido como obra exponencial para um novo cinema americano independente em detrimento do contemporâneo Shadows , de Cassavetes , o filme hoje talvez se torne mais uma curiosidade por conta da presença de alguns dos nomes exponenciais da geração beat. Não fazendo uso de diálogos, sua narração é feita de forma desleixadamente improvisada a posteriori por Jack Kerouac, num estilo em parte reminiscente

Filme do Dia: Inverno Quente (1997), Tom Tykwer

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  I nverno Quente ( Winterschläfer , Alemanha/França, 1997). Direção: Tom Tykwer. Rot. Adaptado: Tom Tykwer, baseado no romance Expense of Siprit de Anne-Françoise Pyszora. Fotografia: Frank Griebe. Música: Reinhold Heil, Johnny Klimek & Tom Tykwer. Montagem: Katja Dringenberg. Dir. de arte: Uli Hanisch. Cenografia: Alexander Manasse. Figurinos: Aphrodite Kondos. Com: Ulrich Mattes, Marie-Lou Sellem, Floriane Daniel, Heino Ferch, Josef Bierbichler, Laura Maori Tonke, Sophia Dirscherl, Sebastian Schipper. No meio do inverno, jovem tradutora, Rebecca (Daniel) mora na casa que foi herdada por sua introspectiva amiga enfermeira, Laura (Sellem), enquanto namora o instutor de esqui Marco (Ferch). Certo dia, o desconhecido Rene (Matthes), projecionista do cinema local, aproxima-se da casa e rouba o carro de Marco. Sofre um acidente na estrada, que provoca a morte da filha de um morador do lugar, Theo (Bierbichler). Posteriormente, torna-se namorado de Laura. Theo, que descobre ser Marc

Guia Crítico de Diretores Japoneses#2: Hideo Gosha

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  GOSHA Hideo (16 de fevereiro de 1929 - 30 de agosto de 1992) 五社英雄 A obra de Hideo Gosha habita o meio termo entre o detalhe histórico e o realismo físico do jidai-geki  e a pura ação do chanbara . Inicialmente empregado como um diretor de televisão na Fuji TV, aprendeu  a trasnportar o essencial do enredo de modo econômico e encenar repentinos clímaxes de forma efetiva. O sucesso de sua mais famosa série de TV, Sanbiki no Samurai  ( Três Samurais Fora da Lei ) proporcionou-lhe um convite para adaptá-la para um longa-metragem para o cinema, na Shochiku, em 1964. Influenciado em estilo e conteúdo por Kurosawa, a estreia em tela grande de Gosha foi talvez sua melhor obra, combinando uma afiada fotografia em preto e branco com direcionamento narrativo, e incorporando incisivos comentários sociais na sua descrição do mau tratamento de camponeses por um magistrado insensível.  Essa simpatia pelos despossuídos foi uma característica recorrente da obra de Gosha. Em Goy ōkin  ( Tirania , 1969

O Dicionário Biográfico de Cinema#108: John Grierson

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  John Grierson (1898-1972), n.Deanstown, Escócia G rierson foi um entusiasta severo e restritivo. Ainda que proclamasse uma ânsia para um cinema libertário e abrangente, evoluiu para uma doutrina estreita, hostil a muitos outros tipos de cinema, essencialmente fanática e pouco inteligente, e isolada pela história. No entanto, foi um homem de uma energia organizacional feroz e uma indubitável peça central do movimento documentário britânico. Se esse movimento hoje parece fleumático ou pretensioso e alheio a algumas das implicações do documentário, é Grierson o culpado? A lan Lovell sugeriu que o calvinismo escocês influenciou esse isolamento justo e citou a crença subjacente de Grierson em uma severidade necessária: "Diversos dos jovens diretores responsáveis pelo sucesso do documentário britânico eram escoceses; e deve haver alguma estranha relação com sua formação knoxista (*) e uma teoria do cinema que joga ao mar os efeitos meretrícios do estúdio." Grierson ingressou na U

Filme do Dia: O Inferno Branco de Pitz Palu (1929), Arnold Fanck & G.W. Pabst

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  O  Inferno Branco de Pitz Palu ( Die weiße Hölle vom Piz Palü , Alemanha, 1929).  Direção: Arnold Fanck & G. W. Pabst. Rot. Original: Arnold Fanck & Ladislaus Vajda. Fotografia: Sepp Allgeier, Richard Angst & Hans Schneeberger. Montagem: Arnold Fanck. Cenografia: Ernö Metzner. Com: Gustav Diessl, Leni Riefensthal, Ernst Petersen, Ernst Udet, Mizzi Götzel, Otto Spring, Kurt Geron, Charles McNamee, Mizzi Gotzel. Dr. Johannes (Diessl) sobe a dificil montanha Nevada de Pitz Palu com a esposa (Gotzel) que é atingida por uma avalanche de neve. Ele bate na porta do jovem casal, Maria (Riefensthal) e Hans (Peterson) e abre seu coração para Maria, que se sente atraída por ele. Juntos, partem para uma escalada a montanha, em que Hans se fere gravamente e os três agonizam de frio até a sua descoberta por um aviador amigo do casal. O casal consegue ser resgatado, mas Johannes é sepultado pela neve. O filme talvez seja o auge de todo o ciclo de “filmes da montanha” que teve como seu m

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#58: Instituto Nacional de Cinematografía

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  Instituto Nacional de Cinematografia (INC) (Argentina). Após a queda do Peronismo, o governo militar suspendou toda a lesgislação cinematográfica existente e, em 1957, formou o Instituto Nacional de Cinematografia (INC). Seu principal desgínio foi desenvolver "o cinema argentino como uma indútria, um negócio, arte, meio de comunicação e educação" (Falicov, 2007, p. 29). Uma cota de 10% sobre os ingressos foi introduzida em todos os bilhetes para ajudar a financiar a produção local, particularmente os curtas. A censura formal ao cinema foi criada. Os filmes eram categorizados para exibição por qualidade, segundo o esquema de Juan Perón: "A", garantindo a exibição obrigatória, ou "B". Em acréscimo, uma nova escola de cinema estatal foi aberta, o Centro de Experimentación y Realización Cinematográfica (CERC). Na prática, o sistema de classificação beneficiou diretores estabelecidos, que foram mais suscetíveis a receberem uma avaliação "A", que os

Filme do Dia: Filme de Amor (2003), Júlio Bressane

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  F ilme de Amor (Brasil, 2003). Direção: Júlio Bressane. Rot. Original: Júlio Bressane & Rosa Dias. Fotografia: Walter Carvalho. Música: Guilherme Vaz. Montagem: Vírginia Flores. Dir. de arte: Moa Batsow. Figurinos: Helen Millet. Com: Bel Garcia, Josi Antello, Fernando Eiras. O mesmo estilo hermético de Bressane num padrão de produção pouco usual – fotografia exuberante de Carvalho, imagens em vídeo digital – com acabamento aparentemente estranho ao universo do cineasta. Porém, ledo engano, já que as preocupações visuais do filme – inclusive, em termos de cromatismo – acompanham  o cineasta de muito. Nessa história que conta os encontros de um homem e duas mulheres numa velha casa no centro do Rio – adaptada do mito das três graças - existem dois momentos de intensa inspiração. O primeiro é o que as mulheres flutuam de uma forma que nunca se viu no cinema, numa cena de sofisticação visual de dar inveja a Tarkovski. O segundo é a terna homenagem final que desvela as verdadeiras p

Filme do Dia: A Town Solves a Problem (1949)

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  A   Town Solves a Problem (EUA, 1949). Integrante de uma série que entre 1949 e 1957 abordou temas vinculados ao cotidiano e questões civis, obviamente vinculados ao universo branco norte-americano – nada que sequer se aproxime de direitos civis que se tornavam crescentemente páginas das manchetes, envolvendo reinvindicações muito mais básicas da população negra. Relativamente bem produzidos para o pequeno orçamento que deveriam ser dotados, com montagem eficiente, e interpretações nem tanto. No caso em questão, leva-se algum tempo até se descobrir que o problema que a cidade se propõe a resolver, a partir da inquietação da velha professora, que é a protagonista, é o das crianças, no horário do almoço, comerem sanduíches frios, por não haver na escola nenhum equipamento e mão de obra que possa fazê-los na hora. Trata-se, aparentemente, de uma comunidade (Pittsford, no estado de Vermont) com poucos recursos do Estado para a educação, pois o representante da escola na reunião afirma

Filme do Dia: O Retorno à Terra (1976), Pierre Perrault & Bernard Gosselin

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  O   Retorno à Terra ( Le Retour à la Terre , Canadá, 1976). Direção: Pierre Perrault & Bernard Gosselin. Fotografia: Bernard Gosselin. Montagem: Clare Boyer. As conexões entre o presente e o passado de Abitibi, condado que faz parte da província do Quebec é traçado a partir das memórias do passado de escassez e vida dura, evocado constantemente pelo candidato do Partido Quebequense (PQ), Lalancette, assim como de uma Terra Prometida que não chegou a se concretizar de todo, abandonada que foi, no momento no qual o filme estava sendo rodado. Para construir seu complexo painel, o filme dispõe de trechos de filmes realizados na década de 1930, produzidos pelo abade Proulx, imagens em p&b de Lalancette (mais antigas?) e imagens em cores do mesmo Lalancette, muitas vezes comentando, de forma quase retrospectiva, diante das imagens anteriormente apreciadas.  No caso das imagens de arquivo, observa-se o suposto rápido desenvolvimento de uma cidadela construída no que antes era a fl

Filme do Dia: The Little House (1952), Wilfred Jackson

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  T he Little House (EUA, 1952). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Bill Peet & William Cottrell. Música: Paul J. Smith. Ainda que a antropormofização (curiosamente dessa vez de imóveis e não de animais como habitual) e a docilidade com que tudo é narrado ainda sejam o cerne dessa animação, como reza a tradição do estúdio, percebe-se aqui uma veia de comentário social subliminar que, assim como seu tema contemporâneo, ainda se encontram longe de freqüentar os longas mais caros do estúdio. Os valores familiares são os que combinam com a felicidade da pequena casa e sua gradual degradação é a degradação de um tecido social que de rural se torna urbano, impessoal, violento e poluído, poluição essa inclusive visual e sonora. À saída para um final feliz é a mudança da casa, há muito tempo para ser alugada e completamente isolada diante da especulação imobiliária, para um novo recomeço no campo, que tal como a vida de um novo casal recém-casado, sinaliza evidentemente para a aber

Filme do Dia: Secretary Long and Captain Sigsbee (1898), William "Daddy" Paley

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  S ecretary Long and Captain Sigsbee (EUA, 1898). Direção: William "Daddy" Paley. Três pessoas descem as escadarias de um edificio. Apenas um deles se destaca dos outros por vestir uma casaca com cartola. Um dos homens se aproxima assim que ele acaba de descer a escadaria e passa a conversar com ele. Os outros dois  seguem um pouco à frente. Sem qualquer indicação, pode-se acreditar que os dois homens aos quais fazem referência o título são os dois últimos – por conta de um deles, o mais bem vestido, provavelmente ser o secretário de estado. Após consulta ao catálogo da companhia, fica-se ciente que Sigsbee é um dos homens que se adiantam e não o que vem a encontro do secretário, que os alcançara em pouco tempo, passando os quatro a entabular uma animada conversação. Destaque para o fato da ação se iniciar antes dos “personagens” se tornarem visíveis em cena, como era então bastante comum, e para o abrupto desaparecimento de uma mulher que descia a escadaria, talvez provoc

Filme do Dia: Era Uma Vez no Inverno (1954), Hamilton Luske

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  E ra Uma Vez no Inverno ( Once Upon a Wintertime , EUA, 1954). Direção: Hamilton Luske. Rot. Original: Mary Blair & Art Scott. Música: Eliot Daniel & Ken Darby. A presumível pretensão de ser algo mais do que um curta que possa advir dos prolongados créditos talvez se dê pelo mal disfarçado fato de se tratar originalmente de um segmento do longa Tempo de Melodia , lançado em 1948. Trata-se do mais puro estilo Disney, romântico, fantasioso e fazendo uso bastante convencional de sua bela melodia, mas o que certamente chama a atenção é o impecável cuidado com as cores. O jovem casal que busca se divertir na neve é praticamente macaqueado em tudo por dois coelhos igualmente enamorados, sendo a divisão de gênero que suporta o paralelismo. Walt Disney para RKO Radio Pictures. 10 minutos e 53 segundos.

O Dicionário Biográfico de Cinema#107: Max Von Sydow

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  Max Von Sydow (Carl Adolf von Sydow), n. Lund, Suécia, 1929* V on Sydow é mais conhecido por alguns papéis de protagonistas masculinos na obra de Ingmar Bergman , o que é admitir que Bergman teve menos problemas com homens do que mulheres em seus filmes. Ainda que a figura do artista que von Sydow interpreta três vezes permita Bergman a observar a si próprio (ou que outros o vejam) sem a angústia participativa, que compartilhava com suas atrizes. Von Sydow é dissecado e considerado uma farsa. Mas em Persona , a atriz muda Liv Ulmann é um retrato mais profundo do artista impossível de Bergman. Ao lado de Ulmann, von Sydow parece sombrio, doentio e irritável - intensamente real, mas tosado da compaixão que a câmera de Bergman concede às mulheres e dá força que vê nelas.  D esde já seu ascético cavaleiro em Det Sjunde Inseglet  [ O Sétimo Selo ] (57), despojado e emblemático como uma peça de xadrez, Von Sydow tem sido uma passiva representação desmembrada da personalidade do artista mas

Filme do Dia: Monstros S.A. (2001), Pete Docter, David Silverman & Lee Unkrich

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  Monstros S.A. (Monsters, INC., EUA, 2001). Direção: Pete Docter, David Silverman & Lee Unkrich. Rot. Original: Pete Docter, Jill Culton, Jeff Pidgeon, Ralph Eggleston, Andrew Stanton & Daniel Gerson, a partir do argumento dos quatro primeiros. Música: Randy Newman. Montagem: Robert Grahanjones & Jim Stewart. Dir. de arte: Harley Jessup, Tia W. Kratter, Bob Pauley & Dominique Louis. Cenografia: Jon Childless Farmer, Ellen Moon Lee, Phat Phuong & Elizabeth Torbitt.  Em Monstrópolis, Sulley e Wazowski são dois amigos e colegas de trabalho que trabalham para a grande corporação Monsters Inc., que através do acesso a milhares de portas terrestres, consegue assustar as crianças do mundo todo ao mesmo tempo que geram a energia necessária ao país. Os monstros não podem ser tocados ou trazer nenhum objeto terrestre, sob o risco aparente de contaminação generalizada. Sulley certo dia encontra uma porta solitária fora do horário de trabalho que fazia parte dos subterfúgios d

Diretoras de Cinema#4: Danièle Huillet

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  HUILLET, Danièlle (1936*). França/Alemanha . Danièle Huillet e seu parceiro, Jean-Marie Straub , juntos foram pioneiros da estilística do Novo Cinema Alemão, que é geralmente atribuída a Rainer Werner Fassbinder , que atuou nos filmes de Huillet/Straub. Danièle Huillet nasceu na França, em 1936. Estudou cinema nas universidade de Nancy e Estrasburgo. Encontrou Jean-Marie Straub em Paris, onde Straub trabalhava como assistente de direção de Le Coup du Berger  [ O Truque do Pastor ], de Jacques Rivette. Huillet e Straub se mudaram para Munique e se casaram, em 1959. Iniciaram sua colaboração em filmes e rapidamente desenvolveram uma reputação por suas produções difíceis, experimentais e desafiadores. Apesar de Huillet e Straub compartilharem créditos, os críticos tipicamente tendem a ignorar  a contribuição de Huillet na parceria até os anos 1980. Como Renate Möhrmann percebe "Huillet foi marcada como um apêndice de Jean-Marie Straub" (p. 75) Huillet e Straub tem pouco a dize

Filme do Dia: A Delinquente (1933), Yasujirô Ozu

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  A   Delinquente ( Hijôsen no Onna , Japão, 1933). Direção: Yasujirô Ozu. Rot. Original: Tadao Ikeda, a partir do argumento de Ozu. Fotografia: Hideo Shigehara. Montagem: Kazuo Ishikawa & Minoru Kuribayashi. Dir. de arte: Yonekazu Wakita. Cenografia: Takeshi Hoshino. Figurinos: Kurenai Saitou. Com: Kinuyo Tanaka, Jôji Oka, Sumiko Mizukubo, Kôji Mitsui, Yumeko Aizome, Yoshio Takayama, Koji Kaga, Yasuo Nanjo. Tokiko (Tanaka) trabalha em um escritório no qual o filho do chefe lhe corteja. Ela, no entanto, apenas possui olhos para o gângster Jyoji (Oka). Um jovem estudante, Hiroshi (Mitsui) decepciona sua irmã, Kazuko (Mizukubo) quando pretende se unir ao grupo de Jyoji. Jyoji, por sua vez, sente-se atraído por Kazuko, provocando forte crise de ciúmes de Tokiko. Já de início salta aos olhos tanto cacoetes de um estilo visual que seria refinado na maturidade, com montagens de planos de corte seco de objetos  e elegante angulação intercalados por eventuais  travellings descritivos

Filme do Dia: Columbia Winning the Cup (1899), J. Stuart Blackton & Albert E. Smith

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  C olumbia Winning the Cup (EUA, 1899). Fotografia: J. Stuart Blackton & Albert E. Smith A vitória que faz menção o título é bastante apropriada para dirigir o olhar do espectador em relação à imagem tal como uma legenda o faria em uma manchete jornalística. Tal se deve ao fato de que, para além do filme já se encontrar bastante deteriorado, a distância com que tudo é filmado praticamente impede que se visualize de modo preciso quem se torna o vencedor, sendo os dois barcos praticamente idênticos. É bastante compreensível a atração por motivos que envolvem o mar, pois constitui, sem dúvida, uma atração à parte não apenas as imagens do mar como captadas a partir dele, com a câmera singrando igualmente ao sabor das ondas. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 36 segundos.

Filme do Dia: Green Book: O Guia (2018), Peter Farrelly

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  G reen Book: O Guia ( Green Book , EUA, 2018). Direção: Peter Farrelly. Rot. Original: Nick Vallelonga, Brian Hayes Currie & Peter Farrelly. Fotografia: Sean Porter. Música: Kris Bowers. Montagem: Patrick J. Don Vito. Dir. de arte: Tim Galvin & Scott Plauche. Cenografia: Selina van den Brink. Figurinos: Betsy Heinmann. Com: Viggo Mortensen, Mahershala Ali, Linda Cardellini, Sebastian Maniscalco, Dimitir D. Marinov, Mike Hatton, P.J. Byrne, Joe Cortese, Maggie Nixon. 1962. Tony “Lip” Vallelonga (Mortensen) após o fechamento da casa noturna Copacabana se torna motorista do virtuoso e sofisticado pianista negro Dr. Don Shirley (Ali). A esposa de Tony, Dolores (Cardellini) não acredita que ele vá conseguir permanecer os dois meses da turnê com Shirley, já que sabe o quão racista ele é. Porém, com todas as diferenças muitas que existem entre os dois, uma amizade mútua nasce, com Tony escrevendo para a esposa com admiração de ver Shirley no palco, zangando-se e até agredindo quem

Filme do Dia: A Child of the Ghetto (1910), D.W. Griffith

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  A   Child of the Ghetto (EUA, 1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Stanner E.V. Taylor. Fotografia: G.W. Bitzer & Arthur Marvin. Com: Dorothy West, Kate Bruce, Dell Henderson, Charles West, W.Chrysthie Miller, George Nichols, Henry B. Walthall, Clara T. Bracy. Ruth (West) perde a mãe que a sustentava. Além do pesar pessoal, ela agora terá que lidar com o próprio sustento, no ambiente profundamente hostil à solidariedade do gueto em que vive em Nova York. A busca de emprego, vem a ser acusada de furto e consegue fugir, refugiando-se no campo, onde rapidamente é acolhida por uma família, em que o fazendeiro (Walthall) demonstra seu interesse por ela. Quando tudo parece tranquilo, um dos investigadores da polícia, Quinn (Nichols), em passeio de lazer, reconhece-a. A forma patética como a protagonista implora por piedade, partindo inclusive de códigos dramáticos por demais cifrados, como seu gesto diante do caixão da mãe ao início, parece quase pedir uma retribuição viol