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Mostrando postagens de maio, 2019

Filme do Dia: Blue Jay (2016), Alex Lehmann

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B lue Jay (EUA, 2016). Direção: Alex Lehmann. Rot. Original: Mark Duplass. Fotografia: Alex Lehmann. Música: Julian Wass. Montagem: Christopher Donlon. Dir. de arte: Margaret Box. Figurinos: Stacey Scheneiderman. Com: Mark Duplass, Sarah Paulson, Clu Gulager. Fazendo compras no supermercado, Amanda (Paulson) reencontra Jim (Duplass) numa pequena cidade da Califórnia em que viveram uma forte relação amorosa nos tempos que eram colegiais. Jim a convida para um dia repleto de nostalgia, riso e ocasionais momentos de tensão, porém existem empecilhos para que eles cheguem a concretizarem o amor que ainda sentem um pelo outro. Essa produção independente do diretor de fotografia Lehmann pretende evidentemente chamar a atenção como uma sensível produção independente, com uma equipe técnica praticamente risível de tão pequena diante de uma produção média ou mesmo modesta hollywoodiana, com ele igualmente acumulando o cargo de diretor de fotografia e com praticamente somente o par centr

Filme do Dia: The Boy from Naples (1958), Ivan Aksenchuk

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T he Boy from Naples  ( Mal’chik iz Neapolya , União Soviética, 1958). Direção: Ivan Aksenchuk. Fotografia: Nikolai Voinov. Rot. Adaptado: Aleksandr Galich, a partir dos livros de Gianni Rodari. Música: Edouard Kolmanovski. Dir. de arte: V. Nikitin & I. Nikolayev. Garoto que possui poderes mágicos em Nápoles vê o seu globo que produz   boas ações ser avariado por um lobo, emissário de uma feiticeira do mal. No mesmo momento, vários atos trágicos se encaminham para se suceder, sendo conegelados no tempo, enquanto um garoto amigo dele, Ciccio, vai em busca da fada que resolverá o problema. A feiticeira se faz passar por fada e cria duplos para o Gato de Botas e seu cavalo, tentando confundi-lo, mas Ciccio não se deixa enganar de todo e a verdadeira fada surge e renova os poderes do globo. Talvez o que resista de mais curioso nesse curta, com traços mais empobrecidos que o da animação soviética predominante até meados da década, seja seu comentário involuntário e antecipador d

Filme do Dia: Colóquio de Cães (1977), Raoul Ruiz

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C olóquio de Cães ( Colloque de Chiens , França, 1977). Direção: Raoul Ruiz . Rot. Original: Nicole Muchnik & Raoul Ruiz. Fotografia: Denis Lenoir. Música: Jorge Arriagada. Montagem: Valeria Sarmiento. Figurinos: Yves Hersen & Fanny Lebihan. Com: Eva Simonet, Robert Darmel, Silke Humel, Frank Lesne, Marie Christine Poisot, Hugo Santiago, Genevieve Such, Laurence Such, Michel Such, Pierre Olivier Such. Garota descobre através de um colega de escola que não é filha da mulher com quem vive. Essa confirma tudo e diz ela ser filha de Monique. A garota visita Monique, que afirma que não tinha como criá-la. Desapontada com o episódio, Monique passa a ter uma vida dissoluta, somente pensando em sexo e dinheiro, enveredando posteriormente pela prostituição. Certo dia recebe a visita de um ex-amigo de infância, Henri. Os dois se interessam um pelo outro. Passam a viver juntos e tem um filho. Trabalham e são felizes montando um pequeno café. Alice, uma amiga de Monique dos tempos de

Filme do Dia: A Rainha Tirana (1955), Henry Koster

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A  Rainha Tirana ( Virgin Queen , EUA, 1955). Direção: Henry Koster. Rot. Adaptado: Harry Brown & Mindret Lord, a partir do conto Walter Raleigh , de Brown. Fotografia: Charles G. Clarke. Música: Franz Waxman. Montagem: Robert L. Simpson. Dir. de arte: Leland Fuller & Lyle R. Wheeler. Cenografia: Paul S. Fox & Walter M. Scott. Figurinos: Mary Wills. Com: Bette Davis, Richard Todd, Joan Collins, Jay Robinson, Herbert Marshall , Dan O'Herlihy, Robert Douglas, Romney Brent. Walter Raleigh (Todd) é um ambicioso irlandês que rapidamente ganha as graças da Rainha Elizabeth I (Davis), após sua chegada improvisada na corte. E não apenas. Uma das damas de corte da rainha, Beth (Collins), encanta-se pelo noviço na corte também. E até a sisuda rainha demonsra certo fraco por ele.  O rápido sucesso de Raleigh na corte  lhe gera adversários, como Sir Christopher Ratton (Douglas). Ele casa-se em segredo com Beth. O maior desejo de Raleigh é comandar uma frota de três navios rum

Filme do Dia: O Cair das Folhas (1912), Alice Guy

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O   Cair das Folhas ( Falling Leaves , EUA, 1912). Direção: Alice Guy. Com: Blanche Cornwall, Magda Foy, Mace Greenleaf, Darwin Karr, Marian Swayne. A jovem Winifred (Swayne) é desenganada pelo médico, Dr. Earl (Greenleaf), que afirma para seu pai (Karr) e mãe (Cornwall), que até as folhas do outono acabarem de cair sua filha morrerá. A jovem irmã, Trixie (Foy), percebendo o desespero e a tristeza dos pais, decide pela manhã segurar as folhas das árvores com barbante, pensando assim evitar a morte da irmã. Por coincidência, nessa mesma manhã o Dr. Earl chega com a novidade de um bacteriologista, que salva Winifred, que três meses depois se encontra em plena recuperação. Esse melodrama sentimental, tido como sendo dirigido por Guy, ainda que não exista confirmação de todo (ela também dirigiu comédias como Algie, the Miner , do mesmo ano), demonstra uma construção narrativa mais precária que os filmes contemporâneos de Griffith ou Ince. Inexiste, por exemplo, qualquer referência

The Film Handbook#206: George Romero

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George Romero Nascimento: 04/02/1940, The Bronx, New York City, New York, EUA Morte : 16/07/2017, Toronto, Ontario, Canadá Carreira  (como diretor): 1968-2009 Apesar de um talento errático, George Andrew Romero permanece importante por seu desenvolvimento praticamente singular do cinema de horror de uma forma onde a ameaça era mais sugerida e ensombrecida para um recente gênero visceral no qual o sangue e a violência são grandemente explícitos. Um ex-ator que havia feito filmes em 8 mm, Romero realizou sua estreia em um longa com A Noite dos Mortos-Vivos / Night of the Living Dead > 1 , um thriller de baixo orçamento no qual, por razões inexplicadas, os mortos retornam à vida como zumbis, com uma fome insaciável por carne humana. Além de seu austero e preciso trabalho de câmera e seu foco macabro no sanguinolento, foi notável tanto por seu pessimismo melancólico (os heróis em potencial, um irmão e uma irmã, são respectivamente assassinado e tornado insano pelo ataque de zum

Filme do Dia: Munique (2005), Steven Spielberg

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Munique ( Munich , EUA/Canadá/França, 2005). Direção: Steven Spielberg . Rot. Adaptado: Eric Roth & Tony Kushner, baseado no livro  Vengeance: The True Story of an Israeli Counter-Terrorist Team . Fotografia: Janusz Kaminski. Música: John Williams. Montagem: Michael Kahn. Dir. de arte: Rick Carter, Ino Bonnello, Andrew Menzies, David Swayze, János Szabolcs & Karen Wakefield. Cenografia: John Bush. Figurinos: Joanna Johnston. Com: Eric Bana, Daniel Craig, Ciáran Hinds, Matthieu Kassovitz, Hans Zinschler, Ayelet Zorer, Geoffrey Rush, Michael Lonsdale, Lynn Cohen, Matthieu Amalric, Valeria Bruni Tadeschi. Avner (Bana), ex-guarda costas da primeira dama Golda Meir (Cohen) é designado pelo alto escalão das lideranças político-militares israelenses, na presença da primeira-ministra, a assumir um grupo de contra-terroristas que irá revidar os 11 atletas massacrados nas Olimpíadas de Munique, em 1972, liderados pelo lacônico Ephraim (Rush). Também fazem parte do grupo o fazedo

Filme do Dia: Era Uma Vez em Tóquio (1953), Yasujirô Ozu

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E ra Uma Vez em Tóquio ( Tôkyô Monogatari, Japão, 1953). Direção: Yasujirô Ozu. Rot. Original: Kôgo Noda & Yasujiro Ozu. Fotografia: Yuuharu Atsuta. Música: Kojun Saitô. Montagem: Yoshiyasu Hamamura. Dir. de arte: Tatsuo Hamada & Itsuo Takahashi. Figurinos: Taizo Saito. Com: Shukishi Hirayama, Chieko Higashiyama, Setsuko Hara, Haruko Sugimura, Sô Yamamura, Kuniko Miyake, Kyôko Kagawa, Eijirô Tono, Nobuo Nakamura, Shiro Osaka. Pai (Ryu) e mãe (Higashiyama) idosos vão visitar os filhos em Tóquio. Porém, com suas próprias famílias e bastante ocupados com suas  profissões, um médico (Yamamura), outra esteticista (Sugimura), o velho casal permanece boa parte do tempo dentro de casa, saindo apenas para uma visita turística apressada por Tóquio. Compadecida com a situação, uma das noras (Hara), viúva de um filho falecido na guerra, convida a sogra para ficar com ela por uns dias. Sem abrirem mão de suas agendas profissionais para darem maior atenção aos pais, os filhos casados d

Filme do Dia: Anjo (1937), Ernst Lubitsch

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A njo ( Angel , EUA, 1937). Direção: Ernst Lubitsch. Rot. Adaptado: Guy Bolton, Russell G. Medcraft, Samson Raphaelson & Frederick Lonsdale, a partir da peça de Melchior Lengyel. Fotografia: Charles Lang. Música: Friedrich Hollaender & Werner R. Heymann. Montagem: William Shea. Dir. de arte: Hans Dreier & Robert Usher. Figurinos: Travis Banton. Com: Marlene Dietrich, Herbert Marshall , Melvyn Douglas, Edward Everett Horton, Ernest Cossart, Laura Hope Crewes, Herbert Mundin, Dennin Moore. Maria (Dietrich), casada com um importante representante britânico na Liga das Naçõse, Frederick (Marshall), busca emoções em Paris, que já não encontra com tanta frequência no casamento, dada a dedicação premente do marido ao trabalho. Ao revisitar a Grã-Duquesa russa Anna (Crews), Maria conhece e se sente imediatamente atraída por Anthony (Douglas). Os dois vivenciam um momento de amor, mas Maria desaparece subitamente. Anthony a reencontrará, por acaso, na própria residência dela,

Filme do Dia: Votti e Immagine del Neo-Realismo (1963), Jacopo Rizza

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V otti e Immagine del Neo-Realismo (Itália, 1963). Direção: Jacopo Rizza. Rot. Original: Pietro Pintus Pintus . Sobre a aparente referência ao Neorrealismo, esse cinejornal de fato se encontra muito mais interessado em apresentar os bastidores do star-system , sobretudo a partir daquela que é considerada sua maior atriz: Anna Magnani. É Magnani quem, de certa forma, permeia todo o documentário do início ao final. De resto, sua abordagem do movimento, que possui um destaque relativamente tímido na produção como um todo, é bastante convencional, contrapondo-o a produção escapista que o antecedeu, ainda sob o regime fascista ou de ocupação, longe de destacar, para facilitar ainda mais tal empreitada, o nome de figuras como Roberto Rossellini ou mesmo Guiseppe De Santis, na produção anterior – sendo tal referência/reverência se restringindo ao já canônico Obsessão (1943), de Luchino Visconti .   A “internacionalização” do movimento é referida nas premiações internacionais como na f

Filme do Dia: The Farm (1938), Humphrey Jennings

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T he Farm (Reino Unido, 1938). Direção: Humphrey Jennings. Documentário curto filmado no raro processo em cores Dufaycolor, apresentando o cotidiano bucólico de uma fazenda. Logo de início o narrador afirma se tratar de uma propriedade em Wessex na primavera. O filme se apresenta, igualmente, através de outro comentário do narrador, como uma espécie de alternativa aos que não podem seguir a recomendação de um poeta de observar uma fazenda todos os dias para ter paz de espírito. Nos primeiros minutos, após uma imagem do gado, prefere seguir as ovelhas, animais de potencial maior de carisma e movimento. A seguir vem os porcos, com uma imagem de uma ninhada grande de porquinhos mamando nas generosas tetas de uma porca bem nutrida. Quando a imagem da porca movendo a cabeça pode sinalizar algo não muito de acordo ao que o narrador afirma sobre ela estar vivenciando com prazer a operação, a imagem corta para o tópico seguinte, o gado. Após uma breve aproximação dos cavalos de raça, a c

Filme do Dia: Rua São Bento 405 (1976), Ugo Giorgetti

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R ua São Bento, 405 (Brasil, 1976). Direção e Rot. Original: Ugo Giorgetti. Fotografia: Rodolfo Sanchez. Música: Mauro Giorgetti. Montagem: Tércio C. Mota. Panorama do Edifício Martinelli em vias da desocupação por conta de um pedido de reapropriação do prédio pela prefeitura. O curta apresenta quase ao início fotos da construção de um prédio que se tornaria o maior arranha-céu da América Latina de sua época, final dos anos 20, mas que curiosamente não havia sido intencionalmente planejado para sê-lo, ocorrendo sua elevação a partir da ideia de seu dono Giuseppe Martinelli. Ao fim da Segunda Guerra, o prédio seria confiscado pelo governo brasileiro sob alegação de que o principal capital dele era italiano, inimigo da guerra do Brasil. Inicia um período em que o prédio passa por um decadência visível, que atingiu seu auge no momento em que esse curta foi realizado, no qual um dos depoentes afirma que sonhado como o maior prédio latino-americano, havia se transformado em seu ma

Filme do Dia: O Ratinho Folgado (1947), William Hanna & Joseph Barbera

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O Ratinho Folgado ( A Mouse in the House , EUA, 1947). Direção: William Hanna & Joseph Barbera. Música: Scott Bradley. A criada dá um ultimato aos dois gatos folgados da casa para que capturem o rato que anda fazendo estragos por todo o lugar. A partir daí Tom e seu rival disputam palmo a palmo a sobrevivência na casa, que acaba permanecendo com nenhum dos dois – que atacam inadvertidamente a criada pensando ser, como das outras vezes, eles próprios disfarçados – e, tampouco, com Jerry. No auge de seus talentos, Hannah & Barbera apresentam o universo bastante peculiar da dupla de personagens, praticamente inigualável em termos de caracterização com todo o requinte de seus traços, cores e movimento, assim como a habitual violência. A cena final, com Jerry procurando sair vitorioso e tendo o mesmo destino dos dois gatos, por si só já é digna de todo o curta.   MGM. 8 minutos e 4 segundos

The Film Handbook#205: Robert Hamer

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Robert Hamer Nascimento: 31/03/1911, Kidderminster, Inglaterra Morte: 0 4/12/1963, Londres, Inglaterra Carreira (como diretor): 1945-1960 De forma breve, Robert Hamer introduziu sofisticação psicológica e pessimismo sombrio aos grandemente animados retratos da vida britânica produzidos pelos Estúdios Ealing de Michael Balcon. Infelizmente, no entanto, o crescente alcoolismo teria um efeito deletério  em sua obra posterior. Veterano montador e roteirista, a estréia na direção de Hamer foi com o impressionante episódio Haunted Mirror  no filme coletivo de horror da Ealing Na Solidão da Noite / Dead of Night ; de forma interessante, essa perturbadora história de um jovem complacente casal cuja aquisição de um antigo espelho fomenta invejas sexuais assassinas, antecipa os temas de sua melhor obra. Pinky String and Sealing Wax> 1 , no qual um jovem se rende ao desejo adúltero e se torna envolvido em um assassinato, após entrar em um bar indo contra as ordens estritas do pai, é u

Filme do Dia: Barbarella (1968), Roger Vadim

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Barbarella (Itália/França/EUA, 1968).  Direção: Roger Vadim. Rot. Adaptado:  Vittorio Bonicelli, Claude Brulé, Brian Degas,  Jean-Claude Forest,  Tudor Gates,   Terry Southern,  Roger Vadim &  Clement Biddle Wood.  Fotografia: Claude Renoir. Música: Bob Crewe, Charles Fox &  Michel Magne. Montagem: Victoria Mercanton. Dir. de arte: Mario Garbuglia. Figurinos: Jacques Fonteray & Paco Rabanne. Com: Jane Fonda, John Phillip Law, Anita Pallenberg, Milo O'Shea, David Hemmings, Ugo Tognazzi, Marcel Marceau, Claude Dauphin, Véronique Vendell.              Barbarella (Fonda) é designada pelo presidente da Terra (Dauphin) para deter os planos de conquista do planeta pelo gênio do mal Duran Duran (O’Shea). Contando com o auxílio do anjo Pygar (Law), ela tem que se safar de todas as armadilhas que lhe são preparadas por Duran Duran e pela Grande Tirana (Pallenberg), que governa o planeta de SoGo. Conhece um líder rebelde Dildano (Hemmings), que pretende libertar o planeta da

Filme do Dia: Camaradas (2003), Steve Kokker

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C amaradas ( Komrades , Canadá/Rússia, 2003). Direção: Steve Kokker. Esse documentário parte das impressões iniciais do realizador sobre o companheirismo do exército russo, de traços homo-eróticos. Nesse sentido, boa parte da primeira metade do filme descreve muitos dos abraços, beijos e carícias entre amigos, assim como testemunhos dos próprios militares, em que a camaradagem e o nacionalismo, aparentemente torna todos membros da mesma família. Porém, o filme cresce mais quando, além do voyeurismo sugerido, consegue revelar que essa interação entre iguais é tão pouco homogênea quanto a própria nação: a violência que mata dezenas de jovens, no convívio exclusivamente masculino e na hierarquia brutal que está enraizada na instituição. Aos poucos, os depoimentos deixam de ser o de euforia e amizades fraternais “por quem se daria a vida”, como muitos afirmam, para relatos de mortes bárbaras cometidas por puro sadismo e o depoimento de um jovem que sofreu traumas psíquicos enormes,

Filme do Dia: A Grande Beleza (2013), Paolo Sorrentino

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A   Grande Beleza ( La Grande Bellezza , Itália, 2013). Direção: Paolo Sorrentino. Rot.  Original: Paolo Sorrentino & Umberto Contarello, a partir do argumento de Sorrentino . Fotografia: Luca Bigazzi. Música: Lele Marchitelli. Montagem: Cristiano Travaglioli. Dir. de arte: Stefania Cella. Figurinos: Daniela Ciancio. Com: Toni Servillo, Carlo Verdone, Sabrina Ferilli, Carlo Buccirosso, Iaia Forte, Pamela Villoresi, Galatea Ranzi, Franco Graziosi, Roberto Herlitzka, Serena Grandi. Jep Gambardella (Servillo) é um jornalista outonal que foi uma das sensações da sociedade romana dita culta. Após uma estreia mais que promissora na literatura, não mais produziu outro livro, vivendo dos créditos passados, enquanto participa das intermináveis festas agitadas por gente que já conhece pelo avesso. É subitamente visitado por um amigo de juventude que lhe revela que a esposa com quem vivera 35 anos fora sempre apaixonada por Jep, com quem namorara brevemente e passa a se envolver com a f

Filme do Dia: Criando uma Víbora (1909), D.W. Griffith

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C riando uma Víbora ( Nursing a Viper , EUA, 1909). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: D.W. Griffith & Frank E. Woods. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Arthur V. Johnson, Marion Leonard, Frank Powell, Frank Evans, James Kirkwood, Florence Lawrence, Mack Sennet. Ambientado na Revolução Francesa, um dos motivos históricos que também despertou a atenção do realizador (sendo o primeiro a Guerra Civil Americana), o filme se encontra longe dos mais virtuosos que o realizador efetuou no período como Vida Solitária ou O Preço do Trigo . Aqui, ao contrário de Vida Solitária , o uso de uma trama mais pretensiosa acaba encontrando seus limites, seja no tempo, seja em uma organização da ação que deixa margens a falta de clareza do que realmente se efetiva, em certos momentos, e isso mesmo fazendo uso de cartelas, ausentes do outro. Aqui um casal de aristocratas defende idéias republicanas. Após acolherem um aristocrata de uma propriedade vizinha que foge do linchamento, fazendo-o passar

Filme do Dia: When Magoo Flew (1954), Pete Burness

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W hen Magoo Flew (EUA, 1954). Direção: Pete Burness. Rot. Original: Tedd Pierce & Barbara Avedon. Música: Hoyt Curtin. Magoo pretende ir ao cinema e acaba indo ao aeroporto, embarcando em um avião como se fosse sala de cinema e conseguindo involuntariamente incriminar um larápio que pretendia fugir da lei. Acima da média dos curtas produzidos para a série, essa animação tem, no entanto, como um de seus pontos fortes menos a qualidade dos desenhos propriamente que alguns poucos diálogos (provavelmente pensados por Pierce, habitual colaborador da Warner) como o do agente da lei que busca um homem, ao que a aeromoça replica que também busca um, num tipo de humor mais próximo do universo da comédia adulta contemporânea que propriamente da animação. Oscar da categoria. UPA para Columbia Pictures. 6  minutos e 33 segundos.

Doris Day (1922-2019)

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Estou correndo então infelizmente não terei tempo de prestar a justa homenagem a essa atriz-cantora encantadora dos anos 50 e idos de 60 que apesar de associada hoje em dia sobretudo com as comédias românticas algo tolas que protagonizou ao lado de Rock Hudson, algumas delas de fato divertidas, vai ficar na minha memória sobretudo vinculada a sua estupenda interpretação em " Ama-me ou Esquece-me " (1955), de Charles Vidor, que Scorsese macaquearia em seu fraco New York, New York . Uma das últimas remanescentes do firmamento hollywoodiano clássico que se apaga. Curiosamente não conhecia praticamente nada com ela, há não ser o atípico thriller " A Teia de Renda Negra " e o filme que fez com Hitchcock até o ano passado, onde numa espécie de intensivo, assisti uns 5 filmes com ela.

Filme do Dia: Boarding School Girls At Coney Island (1905)

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B oarding School Girls (EUA, 1905). Fotografia: Edwin S. Porter. Um grupo de colegiais visita Coney Island. De início se assiste o ritual de entrada no carro e o aspecto humorístico ainda fica parcialmente preservado na quantidade de garotas que o carro suporta, sendo que todas decidem abrir seus guarda-sóis. Depois a descida, sem auxílio de escada como na subida e momentos em atrações diferentes do parque, que era uma das fontes bastante comuns de locações para filmes tanto de aspecto documental ( Coney Island at Night , do mesmo ano) quanto ficcional como esse e o mais famoso Rube and Mandy at Coney Island (1906). Observar que por volta do miolo do filme, os planos que se seguem parecem tão autônomos em relação ao que vinha sido apresentado no plano anterior que parece sugerir uma reunião de pequenos filmes registrados em momentos distintos, o que mesmo aparentemente não sendo o caso aqui, servia potencialmente como estratégia para a exibição de versões distintas a partir de m

Filme do Dia: Os Mansos (1976), Pedro Carlos Rovai, Braz Chediak & Aurélio Teixeira

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O s Mansos (Brasil, 1976). Direção: Pedro Carlos Rovai (A B...de Ouro), Braz Chediak (“O Homem dos Quatro Chifres”) & Aurélio Teixeira (“O Homem, a Mulher e o Etc. numa Noite de Loucuras”). Rot. Original: André José Adler & Lauro César Muniz (“A B...de Ouro”), Braz Chediak & Aurélio Teixeira (“O Homem dos Quatro Chifres”) ((“O Homem, a Mulher e o Etc. numa Noite de Loucuras”). Fotografia: Hélio Silva. Música: Dom Salvador & Marco Versiani. Montagem: Raimundo Higino. Com: Sandra Bréa, Mario Benvenutti, José Lewgoy, Zezé Macedo, Paulo Coelho, Felipe Carone, Ary Fontoura, Sandra Silva, Eloísa Mafalda, Mário Petráglia, Aurélio Teixeira, Pepita Rodrigues, Izabel Sílvia, Braz Chediak, Almir Look,  Karina. A B...de Ouro. Jovem (Bréa) é assediada por homem (Benvenutti), obcecado por traseiros femininos, que promete pagar uma fortuna se ela deixar ele passar a mão em seu traseiro. O marido dela (Lewgoy), que se interessa somente por negócios e muito pouco por ela, fica cre

The Film Handbook#204: Raoul Walsh

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Raoul Walsh Nascimento : 11/03/1887, Nova York, Nova York, EUA Morte : 31/12/1980, Hollywood, Califórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1912-64 Prolífico e habilidoso, Raoul Walsh nunca aspirou a profundidade artística, contentando-se com as simples virtudes de um filme de aventuras de ritmo agitado. No entanto, tal foi  sua facilidade em contar histórias e sentido para locações dramáticas que, tendo em mãos um roteiro forte e um elenco sólido, sua obra era não menos que firme. Walsh vivenciou seus primeiros anos viajando e trabalhando em uma ampla diversidade de empregos, finalmente entrando no universo dos filmes como ator da Biograph. Lá seria assistente e apareceria em uma série de filmes (incluindo O Nascimento de uma Nação ), para Griffith , que o despachou para o México para filmar cenas de Pancho Villa, posteriormente utilizadas na estreia de Walsh como diretor, The Life of General Villa . Somente nos anos 20, no entanto, ele de fato se estabeleceria como um grande dir

Filme do Dia: Do Destino Ninguém Foge (1955), Edward Dmytryk

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Do Destino Ninguém Foge ( The Left Hand of God , EUA, 1955).  Direção: Edward Dmytryk. Rot. Adaptado: Alfred Hayes, baseado no romance homônimo de  William E. Barrett. Fotografia: Franz Planer. Música: Victor Young. Montagem: Dorothy Spencer. Dir. de arte: Maurice Ransford & Lyle R. Wheeler.  Cenografia: Walter M. Scott &  Frank Wade. Figurinos: Travilla. Com: Humphrey Bogart, Gene Tierney, Lee J. Cobb, Agnes Moorehead , E.G. Marshall, Carl Benton Reid, Victor Sen Yung, Robert Burton.      Jim Carmody (Bogart), cai com seu avião numa floresta chinesa em 1949. Tornado prisioneiro por parte de um chefe local, o General Yang (Cobb), passa a ser um dos líderes do grupo de Yang. Revolta-se,  no entanto, com o brutal e desnecessário atentado contra o padre O’Shea (Cutting), e entra em atrito com Yang,  abandonando seu domínio. Travestido de padre O’Shea, passa a viver em uma missão católica, em uma vila próxima que passa por grande necessidade tanto espiritual quanto material.