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Mostrando postagens com o rótulo 1939

Filme do Dia: Combat Pages (1939), Dimitriy Babichenko

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  C ombat Pages ( Boevye Stranitsy , URSS, 1939). Direção: Dimitriy Babichenko . Às vésperas de se envolver em mais um conflito bélico, é hora dos soviéticos apresentarem uma lembrança dos combates que participaram nessa tediosa animação de propaganda que não se destaca nem em termos de conteúdo nem formais e se demonstra suficientemente confusa para ao menos soar didática. O tom avermelhado predominante, que não necessita de grande imaginação para ter sua razão de ser, assim como a presença constante de cartelas para auxiliar na narrativa, recurso típico do cinema mudo, são o que mais chamam atenção. 8 minutos e 58 segundos.

Filme do Dia: Donald's Cousin Gus (1939), Jack King

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  D onald’s Cousin Gus (EUA, 1939). Direção: Jack King. Rot. Original: Carl Barks, Jack Hannah & Harry Reeves. Música: Oliver Wallace. O primo Gus visita Donald com a recomendação de que é seu parente e come moderadamente. Rapidamente ele demonstra ser o oposto e um festival de glutonaria é demonstrado diante do dono da casa. De início, levando no bom humor a forma criativa que ele dá aos alimentos, logo se impaciente com seus excessos e consegue se livrar dele. Gus (no Brasil, Gansolino), uma típica representação um tanto caricata do tipo não citadino, caipira, como pode ser percebido nos trajes, e até mesmo no nome, faz sua estreia e única aparição no universo dos curtas para o cinema aqui, nessa animação que teve o privilégio de ser co-escrita (e teve provavelmente os seus personagens fisicamente idealizados) pelo gênio de Barks. Percebe-se o apuro dos traços e dos detalhes em relação ao que será o padrão da animação de consumo rápído que será produzida nas décadas seguintes

Filme do Dia: A Midsummer Day's Work (1939), Alberto Cavalcanti

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  A   Midsummer Day's Work (Reino Unido, 1939). Direção: Alberto Cavalcanti. Fotografia: Jonah Jones. Montagem: R.Q McNaughton. Simpático curta de Cavalcanti que acompanha não apenas Oxford, centro de reconhecida universidade, mas sobretudo os trabalhadores que se encontram a serviço das comunicações. A música e o tom ensolarado e límpido que acompanha os planos iniciais logo irão ceder a uma certa apreensão prosaica  da realidade, porém sem invalidar uma certa propensão épica em pleno prosaico. Sua referência jocosa a Shakespeare já no título, em aberto contraste com a inclusão de um aspecto do cotidiano – e ainda por cima operário -  é acompanhada por outras das residências de Francis Drake e de William Blake.13 minutos.

Filme do Dia: A Vida Atrás das Grades (1939), Cal Dalton & Ben Hardaway

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  A   V ida Atrás das Grades ( B ars and Stripes Forever (EUA, 1939). Direção: Cal Dalton & Ben Hardaway. Rot. Original: Jack Milller. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. É marcante a diferença tanto em termos de animação quanto de conteúdo dos desenhos do estúdio nos anos 30, para a virada surpreendente que se dá sobretudo na década seguinte, constituindo-os o núcleo duro dos personagens até hoje associados com o estúdio. Aqui se tem um pouco da “rotina extraordinária” de detentos em Alcatraz. Apesar da temática de referêcias “sociais” se aproximar da veia mais lembrada da Warner na produção de longas de ação ao vivo, o filme é muito mais regra do que exceção dentro do panorama moderado da década, após todo o sopro de vitalidade da década anterior e antes da nova reviravolta, trazida por nomes como Friz Freleng e Tex Avery, que iria novamente sacudir o universo demasiado bem comportado e pouco criativo do período.  Leon Schlesinger Studios para Warner Bros. 7 minuto

Filme do Dia: As Aventuras de Stanley e Livingstone (1939), Henry King

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  A s Aventuras de Stanley e Livingstone ( Stanley and Livingstone , EUA, 1939). Direção Henry King . Rot. Original Philip Dunne & Julien Josephson. Fotografia George Barnes. Montagem Barbara McLean. Dir. de arte William S. Darling & George Dudley. Cenografia Thomas Little. Figurino s Royer. Com Spencer Tracy , Nancy Kelly, Richard Greene, Walter Brennan, Charles Coburn, Cedric Hardwick, Henry Hull, Henry Travers, Miles Mander, David Torrence. Nos idos de 70 do século XIX, o ambicioso jornalista Henry M. Stanley (Tracy) recebe a proposta de seu editor, James Bennett Jr. (Hull), de viajar para a inóspita região do Oeste da África, em busca do missionário escocês, David Livingstone (Hardwick). Seu contato na África, em Zanzibar, é John Kingsley (Travers), amigo de Livingstone, cuja filha Eve (Kelly), torna-se imediatamente atraída por ele. O trajeto para chegar a Livingstone encontra vários obstáculos, entre humanos (nativos que atacam e matam alguns dos membros da expediç

Filme do Dia: Fresh Fish (1939), Tex Avery

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    F resh Fish (EUA, 1939). Direção: Tex Avery.  Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Um professor desce num escafandro até as profundezas do mar. Enquanto isso acompanhamos a diversidade do mundo natural submarino nesse curta de animação que apresenta boa parte das características comuns à produção de animação do estúdio na década: temas mais infantis, ausência de personagens fixos, narrativa completamente orquestrada pela figura de uma locução over , que ocasionalmente interage com os seres descritos. É igualmente bastante comum a forma um tanto antipática ou secundária que a figura do acadêmico é apresentada. Não apenas a expedição não segue os passos do professor, como se demonstrasse a limitação de seu saber diante da infinidade da natureza, como ele acaba sendo vítima do próprio tubarão que captura e que assume ares professorais ao final. Assim como tampouco é incomum as recorrências, aqui encarnadas sobretudo na figura de um peixe de duas faces, constantemente ad

Filme do Dia: Peace on Earth (1939), Hugh Harman

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  P eace on Earth (EUA, 1939). Direção: Hugh Harman. Música: Scott Bradley. O avô de dois esquilinhos conta para eles, na noite de natal, como foi a última guerra vivida pelos humanos e os restos de edificações que ficaram como testemunhas de sua presença na Terra. Produzido ainda durante o início da Segunda Guerra Mundial, esse libelo pacifista é marcante por sua mistura única entre a esperança representada pelos contos natalinos e as memórias sombrias da “última guerra” vivenciada pelos homens, em tons antecipadores das ficções apocaliptícas que surgirão com a Guerra Fria. A presença de Silent Night, Holy Night e Hark! the Herald Angels Sing , de Franz Gruber e Mendelssohn respectivamente, na trilha musical, assim como os próprios tons escurecidos de suas cores ajudam a criar sua atmosfera agridoce que lhe granjearia não apenas uma indicação para o Oscar, como um lugar entre as melhores animações de todos os tempos em algumas listas do gênero. Uma nova versão foi realizada em me

Filme do Dia: Thugs with Dirty Mugs (1939), Tex Avery

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  T hugs  with Dirty Mugs (EUA, 1939). Direção: Tex Avery. Rot. Original: Jack Miller. Música: Carl W. Stelling. Montagem: Treg Brown. Edward G. Robemsome vive Killer, um assaltante implacável que resolve assaltar todos os bancos da cidade na sequência dos números de suas agências, saltando a de número 13 e completando a célere marca de 86 unidades assaltadas num único dia. Mesmo que longe dos melhores exemplares de seu talento, Avery já aponta aqui para algumas características que se tornarão sua marca registrada, dentre elas a forte alusão (direta ou indiretamente) ao universo do cinema de ação ao vivo de sua época, assim como a auto-referencialidade, ambas já postas nas primeiras imagens pós-creditos iniciais esse curta de animação. De fato, o filme apresenta algo como um equivalente dos próprios créditos da história que acompanhamos, e não apenas isso como tirando troça, desde o seu título (uma referência explícita ao então recente Anjos de Cara Suja , de Michael Curtiz) dos filmes

Filme do Dia: No Tempo das Diligências (1939), John Ford

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  N o Tempo das Diligências ( Stagecoach , EUA, 1939). Direção: John Ford. Rot. Adaptado: Dudley Nichols, baseado no conto Stage to Lordsburg , de Ernest Haycox. Fotografia: Bert Glennon. Música: Louis Gruenberg, Richard Hageman, W. Franke Harling, John Leipold, Leo Shuken & Gerard Carbonara. Montagem: Walter Reynolds & Doroth Spencer. Dir. de arte: Alexander Toluboff. Figurinos: Walter Plunkett. Com: John Wayne, Claire Trevor, Andy Devine, John Carradine, Thomas Mitchell, Louise Platt, George Bancroft, Donald Meek, Berton Churchill, Tim Holt, Tom Tyler. Uma carruagem parte para Lordsburg, mesmo com o aviso de que é iminente um ataque dos índios apaches. Na carruagem se encontram nove passageiros: a jovem senhora Lucy Mallore (Platt), que pretende encontrar o marido, membro do exército; Hatfield (Carradine), um cortejador que vive do jogo; Samuel Peacock (Meek), atoleimado e medroso; Dr. Josiah Boone (Mitchell), alcóolatra inverterado; Henry Gatewood (Churchill), um pedante e

Filme do Dia: O Danúbio Azul (1939), Hugh Harman

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O  Danúbio Azul ( The Blue Danube, EUA, 1939). Direção: Hugh Harman. Rot. Original: Jack Cosgriff, Hugh Harman & Charles McGril. Montagem: Fred McAlpin. Esse curta de animação segue   uma tendência que já havia sido iniciada com as Silly Simphonies da Disney e, posteriormente, ganho experiências mais ousadas e pretensiosas, como é o caso do longa Fantasia (1940), em que a música e animação parecem confluir em um mesmo ritmo, povoadas por imagens “líricas”, para não dizer extravagantes ou kitsches , do que se acredita serem compatíveis com temas clássicos. Aqui a valsa de Strauss é ilustrada por inúmeros anjos e criaturas da floresta que trabalham em conjunto para fazer com que o rio volte a fluir com a intensidade de seu azul. Inexiste qualquer noção de conflito ou senso de humor e não se poupa em imagens celestiais e “diáfanas”, como todas as virtudes e limitações de tal opção. O final soa um tanto truncado. Harman se saiu melhor com seu Peace on Earth (1939). MGM.   7 m

Filme do Dia: If War Should Come (1939)

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I f War Should Come (Reino Unido, 1939). Curta documental que pretende materializar a possibilidade palpável da guerra atingir à Inglaterra a partir de um recorte bem concreto, as atividades mercantis realizadas por navios, particularmente o SS Ionian (flagrado, ironicamente, em sua última viagem antes de ser bombardeado). Como em outros curtas do   movimento que veio a ser conhecido como Escola Documental Britânica, a possibilidade da guerra é um mero pretexto para que o filme se detenha nas minúcias das atividades empreendidas pelos marinheiros que habitam a embarcação. Assim, observa-se o capitão observando com um aparelho a luminosidade do sol nas águas do mar, outro homem fazendo a medição da temperatura interna do barco e dados sobre o tipo de carregamento transportado pelo barco são referidos por um narrador em tom de voz sempre idêntico. De Gibraltar a Malta a embarcação leva dois dias e meio. Curiosa se faz a comparação do uso de sua banda sonora   seja com experimentaçõ

Filme do Dia: Gold Rush Daze (1939), Cal Dalton & Ben Hardeway

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Gold Rush Daze (EUA, 1939). Direção: Cal Dalton & Ben Hardaway. Rot. Original: Melvin Millar. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Cliente de um posto de gasolina indaga do frentista sobre ouro e esse afirma que há muito tempo não há nada do tipo e lhe conta sobre as aventuras que vivenciara quando jovem, na febre do ouro de 1849, quando chegara na região. Após lhe narrar a história um novo boato sobre ouro chega ao posto e o frentista se apossa do carro do cliente e parte. Mesmo que visualmente não seja exatamente digno de nota – e que Hardaway não tenha exatamente feito história na série Merry Melodies , do qual essa animação é um exemplar, posteriormente se tornando sobretudo roteirista e embarcando para a série   concorrente protagonizada pelo Pica-Pau – a dimensão narrativa faz aqui chamar a atenção. Além da maior parte da ação é observada a partir do flashback memorialístico de seu protagonista, evocando o que faria o cinema noir poucos anos após e a dim

Filme do Dia: Spare Time (1939), Humphrey Jennings

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S pare Time (Reino Unido, 1939). Direção: Humphrey Jennings. Fotografia: H.E. Fowle . Essa pequena obra-prima do talento documental de Jennings, é um projeto pioneiro a se deter, de forma mais culturalmente interessada, que propriamente uma descrição das atividades fabris em tom algo ufanista como nas produções típicas do período sob orientação de John Grierson . Esse talento se reflete tanto em sua elaboração formal, construída praticamente sob um estilo semi-observacional em que a narração over fica grandemente restrita aos princípios de cada um dos grupos operários retratados: do aço, têxtil e minerador, e que terá enorme influência sobre a geração posterior do Free Cinema . E também em termos de conteúdo, na descrição dos afazeres de tais operários em seus “tempos livres”, ou seja, quando não se encontram no trabalho. As performances musicais dos grupos, cada segmento trabalhista apresenta um número musical específico, de certa forma servirá, como no posterior Listen to Br

Filme do Dia: As Viagens de Gulliver (1939), Dave Fleischer

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A s Viagens de Gulliver ( Gulliver’s Travels , EUA, 1939). Direção: Dave Fleischer. Rot. Adaptado: Dan Gordon, Cal Howard, Tedd Pierce, Izzy Sparber & Edmond Seward, a partir do romance de Jonathan Swift. Fotografia: Charles Schettler. Música: Victor Young. Um homem procura refúgio de seu navio que afundou em uma ilha. É noite. Um jovem caminha distraidamente pela costa descobre esse enorme gigante deitado sobre a areia e corre desesperado para tentar avisar a todos do reino de Lilliput, porém não o consegue rapidamente, pois todos os corações e mentes se encontram voltados para o casamento da filha do rei de Liliput com o filho do reino rival, Blefiscu que, indignado pela decisão da canção de seu reino não ser a escolhida, decide entrar em guerra contra Lilliput. Quando finalmente o jovem é ouvido, todos os esforços dos lilliputianos se voltam para encontrar o gigante e posteriormente aprisioná-lo e carregá-lo até as imediações do palácio real. Quando o gigante Gulliver acor

Filme do Dia: A Day at the Zoo (1939), Tex Avery

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A   Day at the Zoo (EUA, 1939). Direção: Tex Avery. Rot. Original: Melvin Millar. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. A verve ultra-irônica de Avery se detém sobre o universo do zoológico. Como era habitual nas animações do período do estúdio, não existem personagens fixos e aqui tampouco propriamente uma narrativa no sentido mais convencional, antes sketches frouxos, nos quais a o único arremedo de costura é proporcionado pelas gags . Avery e seu roteirista investem em clichês conhecidos, como o de não alimentar ou perturbar animais (no último caso, através de da recorrência a imagem de um homem que se divide entre troçar do leão e se sentir arrependido quando flagrado pelo narrador, acabando no estômago do mesmo), mas tampouco deixa de pensar a inversão de papéis, literalmente negociada por um macaco, que convence um funcionário do zôo a enjaular o homem, nitidamente parecido com ele, que o observava. Leon Schelsinger Studios para Warner Bros. Pictures. 7 minutos e

Filme do Dia: ...E O Vento Levou (1939), Victor Fleming

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... E  O Vento Levou ( Gone with the Wind , EUA, 1939). Direção: Victor Fleming . Rot. Adaptado: Sidney Howard, a partir do romance homônimo de Margaret Mitchell. Fotografia: Ernest Haller. Música: Max Steiner. Montagem: Hal C.Kern. Dir. de arte: William Cameron Menzies & Lyle R. Wheeler. Cenografia: Howard Bristol. Figurinos: Walter Plunkett. Com: Vivien Leigh, Clark Gable, Olivia de Havilland, Leslie Howard, Hattie McDaniell, Thomas Mitchell, Barbara O’Neil, Butterfly McQueen, Ona Munson, Harry Davenport, Jane Darwell, Everett Brown, Carroll Nye, Cammie King Conlon. A impetuosa Scarlett O’Hara (Leigh) é uma moça mimada pela família da aristocracia algodoeira sulista e cortejada pelos homens. Ela, porém, só tem olhos para Ashley (Howard) que, no entanto, casa-se com Melanie (De Havilland). O mundo que Scarlett conheceu desmorona com a deflagração da Guerra Civil. Indo trabalhar em um hospital em Atlanta, ela é fundamental para o nascimento do filho de Melanie, forçando o m

Filme do Dia: E as Chuvas Chegaram (1939), Clarence Brown

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E  as Chuvas Chegaram ( The Rains Came , EUA, 1939). Direção: Clarence Brown. Rot. Adaptado: Philip Dunne & Julien Josephson, baseado no romance The Rains Came , de Louis Bromfield. Fotografia: Arthur C. Miller. Música: Alfred Newman. Montagem: Barbara McLean. Dir. de arte: William S. Darling & George Dudley. Cenografia: Thomas Little. Figurinos: Gwen Wakeling. Com: Myrna Loy, Tyrone Power, George Brent, Brenda Joyce, Nigel Bruce, Maria Ouspenskaya, Joseph Schildkraut, Mary Nash, Jane Darwell. Lady Edwina Esket (Loy), conhecida por sua fama de namoradeira, apaixona-se pelo filho de sua anfitriã, Dr. Safti (Power). Sua mãe, Maharani (Ouspenskaya), a mulher mais poderosa de Ranchipur, pretende que o filho permaneça devotado somente ao poder que irá herdar com sua morte. O amor de Edwina surge quando ela trabalha no hospital, ajudando os milhares de feridos do terremoto que provocou uma grande enchente e calamidade pública. O beberrão milionário Thomas Ransome (Brent), po

Filme do Dia: Porky and Teabiscuit (1939), Cal Dalton & Ben Hardaway

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P orky and Teabiscuit (EUA, 1939). Direção: Cal Dalton & Ben Hardaway. Rot. Original: Melvin Millar. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Este animação tardia em preto&branco, quando praticamente todo o universo da animação norte-americano, incluindo o de estúdios ainda menores, já fazia uso das cores, apresenta inusitadas tiradas que acabam tornando seu humor mais divertido do que a média de produção do estúdio na década. Gaguinho “compra” sem querer um pangaré de um espertalhão e, para compensar o prejuízo, inscreve-se numa corrida de cavalos. Destaques para a cena em que ele segue a corda e acha que comprou um garboso cavalo, logo descobrindo a verdade e para a corneta que reproduz o som de uma vitrola. Leon Schlesinger Studios para Warner Bos. 7 minutos e 27 segundos. 

Filme do Dia: Small Fry (1939), Dave Fleischer

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Small Fry (EUA, 1939). Direção: Dave Fleischer. Música: Sammy Timberg. Peixe ainda garoto quer entrar no universo dos adultos fumando e freqüentando clubes noturnos, onde joga sinuca, perdendo aulas na escola e deixando sua mãe preocupada. Após uma prova de fogo imposta pelos adultos, ele retorna correndo para a segurança do ambiente doméstico. Mesmo que não seja dos mais inspirados desenhos que Fleischer realizou para a série Color Classics , há de se destacar a inventividade do reino submarino, assim como a adoção do mote das fábulas - no caso aqui o do reconhecimento do devido lugar do pequeno protagonista sem fazer menção direta a uma, seja para reproduzi-la como nos desenhos da Disney ou para escrachá-la como nas animações de Avery – associado a temas comuns ao universo da ação ao vivo. A canção aqui não chega a ser um momento de interrrupção da narrativa como em alguns números da série (tais como Dancing on the Moon ). Fleischer Studios para Paramount Pictures. 8 minuto

Filme do Dia: O Morro dos Ventos Uivantes (1939), William Wyler

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O Morro dos Ventos Uivantes ( Wuthering Heights , EUA, 1939). Direção: William Wyler . Rot. Adaptado: Charles MacCarthur & Ben Hecht, baseado no romance de Emile Bronté. Fotografia: Gregg Toland. Música: Alfred Newman. Montagem: Daniel Mandell.  Dir. de arte: James Basevi. Cenografia: Julia Heron. Figurinos: Omar Kion. Com: Laurence Olivier, Merle Oberon, David Niven, Flora Robson, Donald Crisp, Geraldine Fitzgerald, Hugh Williams, Leo G. Carroll, Cecil Kallaway, Rex Downing, Sarita Wooton, Douglas Scott. Idos do século XIX. Vivendo juntos desde crianças, quando o pai de Cathy (Wooton), Sr. Earnshaw (Kallaway) trouxe Heathcliff (Downing) para uma família feliz, apesar do despeito do irmão de Cathy, Hindley (Scott). Após a enfermidade e morte do Sr. Earnshaw, no entanto, o ainda infante Hindley se torna um verdadeiro tirano rebaixando Heathcliff a categoria de mero cocheiro. Com o passar dos anos, a atração entre Cathy (Oberon) e Heathcliff (Olivier) continua intensa, porém