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Filme do Dia: Copacabana Mon Amour (1970), Rogério Sganzerla

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C opacabana Mon Amour (Brasil, 1970). Direção e Rot. Original: Rogério Sganzerla. Fotografia: Renato Laclette. Música: Gilberto Gil. Montagem: Mair Tavares. Com: Helena Ignez, Othoniel Serra, Paulo Villaça, Guará Rodrigues, Laura Galano, Joãozinho da Goméia. Sonia Silk (Ignez), prostituta na praia de Copacabana, sonha ser uma grande cantora da Rádio Nacional, enquanto seu irmão Vidimar (Serra), é apaixonado por seu patrão, o Dr. Grillo (Villaça). Visitando o pai-de-santo Joãzinho da Goméia, Silk toma a decisão de assassinar o Dr. Grillo para libertar o irmão da situação de transe em que se encontra. Embora provavelmente seja uma experiência enervante para quem busque uma narração mais delineada, o filme de Sganzerla consegue, de certa maneira, traduzir em sua forma, e não apenas nas atuações do elenco, a atmosfera de transe hipnótico dos cultos afro-americanos, dois quais Vidimar e Silk são   praticantes. Para tanto auxilia a inesquecível fotografia de cores quentes – efetiva

Filme do Dia: A Mulher de Todos (1969), Rogério Sganzerla

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A Mulher de Todos (Brasil, 1969). Direção: Rogério Sganzerla. Rot. Original: Rogério Sganzerla, sobre o argumento de Egidio Eccio. Fotografia: Oswaldo Cruz Kemeny & Peter Overbeck. Montagem: Franklin Pereira & Rogério Sganzerla. Dir. de arte: Andrea Tonacci. Com: Helena Ignez, Jô Soares, Stênio Garcia, Paulo Villaça, Antônio Pitanga, Renato Corrêa de Castro, Telma Reston, Abrahão Farc.          Mulher de um ex-líder nazista e milionário, Doktor Plirtz (Soares), Ângela Carne-e-Osso (Ignez), é uma ninfomaníaca que se auto-define como o “máximo” e que viaja para a Ilha dos Prazeres, exercendo um fascínio dominador sobre todos os homens com quem convive. O que menos conta é o enredo nesse terceiro longa de Sganzerla, que mesmo longe de repetir a mesma inovação desconcertante de sua obra-prima, O Bandido da Luz Vermelha , demonstra que o seu talento estético para composições visuais sofisticadas, partindo praticamente do nada, permanece afiado. Com uma exuberante fotografia em

Filme do Dia: Abismu (1977), Rogério Sganzerla

Abismu (Brasil, 1977). Direção e Rot. Original: Rogério Sganzerla. Fotografia: Renato Laclete. Montagem: Rogério Sganzerla. Figurinos: Rogério Sganzerla. Com: Norma Bengell, José Mojica Marins , Wilson Grey, Jorge Loredo, Edson Machado, Mario Thomar, Mariozinho de Oliveira, Rogério Sganzerla.         O flagrante de um crime na Pedra Bonita, Rio de Janeiro,  por um estudante de egiptologia que procura perseguir o assassino, mas é interrompido por Madame Zero (Benguell). O assassino convence o Dr. Pierson (Marins) de que o estudante não pode permanecer vivo. Pierson contrata Madame Zero para acabar com o egiptólogo, porém acaba convencendo-o de suicidar-se.        Infelizmente, apenas se utiliza de fórmulas já desgastadas de seus filmes do início da carreira em uma viagem cansativa e auto-indulgente pelo universo particular do próprio Sganzerla. Assim, não faltam mulheres poderosas demonstrando sua “potência” através de grandes charutos, referências aos ícones culturais do cineasta

Filme do Dia: Nem Tudo é Verdade (1986), Rogério Sganzerla

Nem Tudo é  Verdade (Brasil, 1986). Direção e Rot. Original: Rogério Sganzerla. Fotografia: Edson Batista, Victor Diniz, Carlos Ebert, José Medeiros, Edson Santos, Afonso Viana. Montagem: Severino Dadá & Denise Fontoura. Com: Arrigo Barnabé, Grande Othelo, Helena Ignez, Nina de Paduá, Mariana de Moraes, Vânia Magalhães, Abrahão Farc, Otávio Terceiro. Os principais episódios que envolvem a passagem do cineasta Orson Welles pelo Brasil são rememorados nesse documentário que mescla as fontes mais diversas para realizar um painel barroco, que muitas vezes procura reproduzir a ambiguidade entre farsa e realidade tão presente nos filmes do cineasta. Entre as fontes utilizadas por Sganzerla existem desde fotografias e filmes de arquivo da época,  entrevistas com contemporâneos da visita do cineasta, como Grande Othelo e menos ortodoxas como cenas do próprio Cidadão Kane e reconstituições ficcionais de um folclórico Welles (Barnabé) em entrevistas coletivas ou chorando o amargor de ve