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Mostrando postagens de dezembro, 2019

Filme do Dia: Powaqqatsi (1988), Godfrey Reggio

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P owaqqatsi (EUA, 1988). Direção: Godfrey Reggio. Rot. Original: Godfrey Reggio & Ken Richards. Fotografia: Grahan Berry & Leonidas Zourdoumis. Música: Philip Glass. Montagem: Iris Cahn, Miroslav Janek & Alton Walpole. Segundo episódio inspirado na cultura Hopi que compõe a trilogia dirigida por Reggio, após Koyaanisqatsi (1982). Enquanto no primeiro o foco era nas mudanças na geografia e nas cidades provocadas pela cultura industrial provocando um verdadeiro “mundo em desordem”, aqui o documentário, centrado na mesma articulação entre música e imagens, destaca as mudanças de culturas tradicionais de países subdesenvolvidos provocadas pelo seu processo de industrialização. Algumas das estratégias visuais permanecem, como as transições em que motivos semelhantes se superpõem – o verde ondulante de um gramado dá lugar as ondas verdes do mar – ainda que Reggio tenha abdicado quase completamente da aceleração de movimento que havia tornado célebre seu documentário anteri

Filme do Dia: Gabriel e a Montanha (2017), Fellipe Barbosa

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G abriel e a Montanha (Brasil, 2017). Direção: Fellipe Barbosa. Rot. Original: Fellipe Barbosa, Kirill Mikhanovsky & Lucas Paraizo. Fotografia: Pedro Sotero. Música: Arthur B. Gillette. Montagem: Theo Lichtenberger. Dir. de arte: Ana Paula Cardoso. Figurinos: Gabriela Campos. Com: João Pedro Zappa, Caroline Abras, Alex Alembe, John Goodluck, Rashidi Athuman, Luke Mpata, Manuela Picq, Leonard Siampala.      2009. o carioca Gabriel Buchmann (Zappa) é um jovem de espírito intrépido e aventureiro, que decide realizar uma viagem pela África por um ano que há muito havia sonhado, após ter sido aceito em uma prestigiada universidade norte-americana. Ele parte do Quênia, onde sobe o Kilimanjaro, atravessa alguns países até seu destino final, uma montanha, o Monte Mulanje,  no Malavi. No ínterim, ele encontra com sua namorada brasileira, Cristina (Abras), e várias outras pessoas, a quem geralmente cativa ou, mais dificilmente,  chega a se atritar, como é o caso de um guia a quem havia si

Filme do Dia: Valsa com Bashir (2008), Ari Folman

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Valsa com Bashir ( Valms im Bashir ,  Israel/França/Alemanha/EUA/Finlândia/Suiça/Bélgica/Austrália,  2008). Direção e Rot. Original: Ari Folman. Música: Max Richter. Montagem: Feller Nili. Dir. de arte:  David Polonsky. Uma noite em um bar um amigo conta ao diretor Folman sobre o pesadelo recorrente no qual é perseguido por 26 cachorros. O episódio está vinculado a uma experiência sua na primeira guerra do Líbano, quando teve que assassinar a mesma quantidade de cachorros. Sua narrativa faz com que Folman se volte para os seus próprios fantasmas de guerra, assim como seus bloqueios e interdições, que aos poucos procura recuperar, tais como um episódio em uma praia e o massacre nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, em 1982. Folman realizou uma corajosa animação em longa-metragem não apenas por conta de seu espinhoso tema, sobretudo no que diz respeito a episódios relativamente tabus na história política israelense recente, como por sua dimensão explicitamente autobiográfic

Filme do Dia: Cidadão Kane (1941), Orson Welles

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C idadão Kane ( Citizen Kane , EUA, 1941). Direção: Orson Welles. Rot. Original: Orson Welles & Herman J. Mankiewicz. Fotografia: Gregg Toland. Música: Bernard Hermann. Montagem: Robert Wise. Dir. de arte: Van Nest Polglase. Cenografia: Darell Silvera. Figurinos: Edward Stevenson. Com: Orson Welles, Joseph Cotten, Doroth Comingore, Agnes Moorehead , Ruth Warrick, Ray Collins, Everett Sloane, Erskine Sanford, William Alland, Buddy Swan, Harry Shannon, Fortunio Bonanova. Após a morte do milionário Charles Foster Kane (Welles), magnata da imprensa americana, o repórter Jerry Thompson (Alland) tem como missão investigar a fundo a vida de Kane, para descobrir a origem de “rosebud”, a última palavra que pronunciou em vida. Separado dos pais (Moorehead e Shannon) ainda criança (Swan), Kane passa a viver sob   tutoria, porém quando se torna adulto seu interesse, dentre as dezenas de negócios aparentemente mais lucrativos, é pelo pequeno jornal Inquirer , que se torna ponta de lança pa

Filme do Dia: Maude's Naughty Llittle Brother (1900), J. Stuart Blackton & Albert E. Smith

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M aude´s Naughty Little Brother (EUA, 1900). Direção: J. Stuart Blackton & Albert E. Smith O fato de J. Stuart Blackton e Albert Smith terem produzido esse filme e ter sido filmado nos estúdios da Vitagraph talvez designe se tratar de um filme desse estúdio posteriormente registrado como sendo um filme de Edison, prática comum então. Aqui se observa as traquinagens de um garoto que prende o pretendente de sua irmã à mesa do formal jantar. A confusão aumenta com a chegada do pai da moça que escorraça o rapaz da casa e castiga o filho enquanto a moça chora inconsolável. A traquinagem, que é construída em todos os elementos de sua peraltice apenas para os olhos do espectador, que já pode ter um gozo antecipatório de como tudo irá resultar, era bastante utilizada, com resultados tão triviais ( Grandma and the Bad Boys ) ou mais engenhosos ( Love in a Hammock ) que esse.Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 27 segundos.

Filme do Dia: A Filha da Pecadora (1947), Lewis Allen

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A Filha da Pecadora (Desert Fury, EUA, 1947). Direção: Lewis Allen. Rot. Adaptado: A.I.Bezzerides & Robert Rossen, baseado no romance Desert Town, de Ramona Stewart. Fotografia: Edward Cronjager & Charles Lang. Música: Miklós Rózsa. Montagem: Warren Low. Dir. de arte: Perry Ferguson. Cenografia: Sam Corner & Syd Moore. Figurinos: Edith Head. Com: John Hodiak, Lizabeth Scott, Burt Lancaster, Wendell Corey, Mary Astor, Kristine Miller, William Harrigan, James Flavin, Jane Novak, Anna Camargo.          Filha de dona de cassino Paula (Scott)  contraria os interesses da mãe Fritzi (Astor), ao ignorar o assédio do policial Tom (Lancaster), e aproximar-se de Eddie Bendix (Hodiak), contemporâneo do falecido pai de Paula em negócios escusos. Pressionada pela mãe e Tom, por um lado e pelo comparsa possessivo de Eddie, Johnny Ryan (Corey) pelo outro, Paula reafirma sua ligação com Eddie até o momento em que, expulsa de casa, começa a perceber que Johnny, embora mais apagado, era

Filme do Dia: Spinnolio (1977), John Weldon

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S pinnolio (Canada, 1977). Direção e Rot. Original: John Weldon. Música: Art Phillips. Um velho marceneiro solitário, que sempre sonhara em ter um filho, cria um boneco que substitua tal ausência, Spinnolio, que passa a ser levado para a sala de aula pelas outras crianças, forma-se, vem a trabalhar em setores como o de reclamações de uma empresa, como psicanalista ou, quando demitido e jogado na rua, para em um aterro, onde é adotado por um grupo de motoqueiros. Quando vai parar na lata do lixo, surge uma fada que o transforma em um garoto, que vai viver feliz e feliz para sempre. Variação não exatamente criativa – ou pior, divertida -   do Pinóquio , percebida já a partir do nome, que ao invés de apostar na fantasia irrestrita que a obra de Carlo Collodi ganhou nas mãos da Disney, prefere antes depositar suas fichas numa espécie de crítica aos valores da sociedade contemporânea, que sequer consegue divisar que se trata de um boneco, tão autômatos eles próprios já se tornaram.

Filme do Dia: Uma Cilada para Roger Rabbit (1988), Robert Zemeckis

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U ma Cilada para Roger Rabbit ( Who Framed Roger Rabbit , EUA, 1988). Direção: Robert Zemeckis. Rot. Adaptado: Jeffrey Price & Peter S. Seaman, a partir do romance de Gary K. Wolf. Fotografia: Dean Cundey. Música: Alan Silvestri. Montagem: Arthur Schmidt. Dir. de arte: Roger Cain & Eliott Scott. Figurinos: Joanna Johnston. Com: Bob Hoskins, Christopher Lloyd, Joanna Cassidy, Stubby Kaye, Alan Tilvern, Richard LeParmentier, Lou Hirsch, Joel Silver. 1947. O detetive Valiant (Hoskins) é contratado por Roger Rabbit para buscar provas que o inocentem da acusação de assassinato praticado por personagens de desenho animado contra Marvin Acme (Kaye). Com o tempo se descobrirá que o Juiz Doom (Lloyd) é a   mente criminal que pretende se apossar do domínio de Toontown, não sendo exatamente o que parece ser. Grandemente engenhoso em sua mescla pós-moderna de gêneros aparentemente incompatíveis como o da animação e do noir , o filme tira seu maior partido de outra mescla, entre

Filme do Dia: Um Corpo Que Cai (1958), Alfred Hitchcock

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U m Corpo Que Cai ( Vertigo , EUA, 1958). Direção: Alfred Hitchcock. Rot. Adaptado: Alec Coppel, Samuel A. Taylor & Maxwell Anderson, a partir do romance D’Entre les Morts , de Pierre Boileau & Thomas Narcejac. Fotografia: Robert Burks. Música: Bernard Hermann. Montagem: George Tomasini. Dir. de arte: Harry Bumstead & Hal Pereira. Cenografia: Sam Comer & Frank R. McKelvy. Figurinos: Edith Head. Com: James Stewart, Kim Novak, Barbara Bel Geddes, Tom Helmore, Henry Jones, Raymond Bailey, Ellen Corby, Konstantin Shayne. Scottie Ferguson (Stewart) é um detetive afastado da atividade após um evento traumático que envolveu a morte de um policial que tentou salvá-lo de uma situação de extremo risco e a grande altura, quando perseguiam um homem. Solteiro, ele se refugia ocasionalmente na casa de uma mulher de quem foi noivo na juventude, Midge (Bel Geddes). A aposentadoria de Scottie é adiada quando ele recebe um convite do amigo Gavin Elster (Helmore), que quer que ele s

Filme do Dia: Rebelião (1967), Masaki Kobayashi

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R ebelião ( Jôi-uchi: Hairô Tsuma Shimatsu , Japão, 1967). Direção: Masaki Kobayashi. Rot. Adaptado: Shinobu Hashimoto, baseado no romance  Hairyozuma Shimatsu , de Yasuhiko Takigushi. Fotografia: Kazuo Yamada. Música: Tôru Takemitsu. Montagem: Hisashi Sagara. Dir. de arte: Yoshirô Muraki. Com: Toshirô Mifune, Yôko Tsukasa, Takeshi Katô, Tatsuyoshi Ehara, Etsuko Ichihara, Isao Yagamata, Tatsuya Nakadai, Tatsuo Matsumura. Século XVII. Ichi  (Tsukasa) teve uma filha com um senhor feudal, porém quando voltou do seu descanso percebe que o senhor feudal se encontrava com outra mulher, agredindo a ambos. Como punição foi designada para viver na casa de Isaburo Sasahara (Mifune), sendo acolhida por seu filho, Yogoro (Katô), de quem passa a ser esposa. Apesar das reclamações da mãe de Yoguro, a vida se desenrola de modo tranqüilo até que a morte de um dos filhos do senhor feudal provoca uma situação crescente de tensão. Por conta de não possuir outros herdeiros, o Senhor Masakata (Matsumu

Filme do Dia: Panoramic View, Horseshoe Curve, Pennsylvania (1900)

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P anoramic View, Horseshoe Curve, from  Pennsylvania Lmtd. (EUA, 1900). Direção: James H. White.  Os filmes que registram travellings em longos planos-sequencias passam de referências mais genéricas ( Black Diamond Express , por exemplo) a incluírem também em seu repertório menções bem mais circunscritas, como essa que faz referência a uma gigantesca curva que toma boa parte de sua metragem. Portanto se os “panoramas”, como era habitualmente denominados tais filmes na época, prezavam sobretudo por registros em locais como grandes retas, capazes de divisar maior extensão do espaço ao redor, aqui se vai em outra perspectiva. Finda uma curva e se inicia outra. Logo, no entanto, passa-se a um segundo plano em que se valoriza menos o motivo da curva que a aproximação de outro comboio locomotivo, com sua majestosas colunas de fumaça,  em sentido oposto. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 10 segundos.

Filme do Dia: Através da Janela (2000), Tata Amaral

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A través da Janela (Brasil, 2000). Direção: Tata Amaral. Rot. Original: Jean-Claude Bernardet, Fernando Bonassi & Tata Amaral. Com: Laura Cardoso, Fransérgio Araújo, Ana Lúcia Torre, Leona Cavalli Selma (Cardoso), é viúva e dispende todas as atenções para o filho Raimundo (Araújo), a quem chama carinhosamente de Raí. A relação torna-se cada vez mais ambígua, em seu erotismo, como comprova até mesmo a vizinha e amiga de Selma, Tomasina (Torre). Em poucos dias, no entanto, a situação torna-se simplesmente embaraçosa para Selma, quando ela descobre que seu filho a usou para cometer um crime, na casa abandonada em frente   onde moram. Amaral mais uma vez envereda por dramas urbanos, procurando extrair dramaticidade das situações aparentemente mais banais. Porém por trás do banal se esconde o não tão banal como o crime e o incesto. Dividindo o filme nos cinco dias em que a trama se desenrola, a realizador lida extremamente bem com a opção pela elipse narrativa que guia seu fil

Filme do Dia: O Barco Sobre a Grama (1971), Gérard Brach

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O   Barco Sobre a Grama ( Le Bateau sur L´herbe , França, 1971). Direção: Gérard Brach. Rot. Original: Gérard Brach, Roman Polanski & Suzanne Schiffman. Fotografia: Étienne Becker. Música: François Rabbath. Montagem: Claude Barrois. Dir. de arte: Alain Coffier. Com: Claude Jade, Jean-Pierre Cassel , John McEnery, Valentina Cortese, Paul Préboist, Micha Bayard, Pierre Asso, Jean de Coninck. Oliver (McEnery) é o filho de uma família rica, que passa a maior parte do seu tempo reformando um barco, com o qual pretende viajar até a Ilha de Páscoa, juntamente com o amigo David (Cassel), que é também seu empregado. A relação entre os dois começa a ficar estremecida com o surgimento de uma garota, Eleonore (Jade), namorada de David. Oliver, que já não possui pai e tem como mãe a decadente Christine (Cortese), busca em David um pouco de equilíbrio. David, de certa forma, é seduzido pelo charme de Oliver, mais rico, inteligente, sofisticado e bonito que ele. Logo, David, bastante insegu

Filme do Dia: J. Edgar (2011), Clint Eastwood

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J .   Edgar (EUA, 2011). Direção: Clint Eastwood. Rot. Original: Dustin Lance Black. Fotografia: Tom Stern. Música: Clint Eastwood. Montagem: Joel Cox & Gary Roach. Dir. de arte: James J. Murakami, Greg Berry & Patrick M. Sullivan Jr. Cenografia: Gary Fettis. Figurinos: Deborah Hopper. Com: Leonardo di Caprio, Armie Hammer, Josh Hamilton, Judi Dench, Naomi Watts, Ken Howard, Josh Lucas, Damon Herriman, Christopher Shyer, Jeffrey Donovan. J. Edgar (Caprio), a partir de ataques terroristas perpetrados por organizações de esquerda nos EUA em 1919, cresce com duas obsessões: transformar o FBI numa eficiente organização e não mais um mero cabide de empregos às custas da influência de políticos e varrer a possibilidade de membros de organizações de esquerda voltarem a ter alguma proeminência. Criado por uma mãe (Dench) autoritária e de forte personalidade, Edgar não assume sua relação homossexual com o parceiro de várias décadas, Clyde (Hammer), a quem transforma em vice-direto

Filme do Dia: Carlitos Dentista (1914), Charles Chaplin

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C a rlitos Dentista ( Laughing Gas , EUA, 1914). Direção: Charles Chaplin . Fotografia: Frankie D. Williams. Montagem: Charles Chaplin. Com: Charles Chaplin, Fritz Schade, Alice Howell, Slim Summerville, Josef Swickard, Mack Swain, Helen Carruthers. Um assistente de dentista atrapalhado (Chaplin) é completamente desrespeitoso com   os clientes desse. Quando o dentista chega (Schade), seu uso do gás hilariante deixa o paciente desacordado. Ele é chamado para a casa, pois a esposa (Howell) passa mal, após ter sido vítima de constrangimento de seu assistente. É o momento que o assistente aproveita para se fazer passar pelo patrão e, ao mesmo tempo, flertar com uma jovem paciente (Carruthers). Quando o dentista volta com sua mulher ao consultório, um verdadeiro banzé se encontra instalado. Talvez mais que os méritos cômicos desse curta, ao menos para uma visada mais de um século após, o que talvez o torne interessante seja o estranho arranjo entre um assistente baixinho, ao menos e

Filme do Dia: A Prova do Leão (1965), Cornel Wilde

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A   Prova do Leão ( The Naked Prey , EUA, 1965). Direção: Cornel Wilde. Rot. Original: Clint Johnston & Don Peters. Fotografia: H.A.R. Thomson. Música: Edwin Astley, Andrew Tracey & Cornel Wilde. Montagem: Roger Cherill. Com: Cornel Wilde, Gert van den Berg, Ken Gampu, Patrick Mynhardt, Bella Randles, Morrison Gampu, Sandy Nkomo, Eric Mcanyama. Explorador na África de meados do século XIX (Wilde), é capturado por um grupo de nativos, após um companheiro (Berg) seu de expedição, inadvertidamente ter agido com truculência no trato com os mesmos. Consegue fugir, mas é perseguido por um grupo de nativos, matando alguns deles. Chega ao limite de uma outra aldeia, onde conquista a simpatia de uma pequena garota (Randles), que o recolhe de uma situação de quase afogamento, após a aldeia ter sido invadida, sendo os nativos capturados para o comércio escravo. Seus perseguidores, que haviam desistido diante da situação de conflito maior, quando voltam a vê-lo vulnerável continuam a

Filme do Dia: Anjos Caídos (1995), Wong Kar-wai

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Anjos Caídos ( Duo Luo Tian Shi , Hong Kong, 1995). Direção e Rot. Original: Wong Kar-wai. Fotografia: Christopher Doyle. Música: Frankie Chan & Roel A. García. Montagem: William Chang & Ming Lam Wong. Dir. de arte e Figurinos: William Chang.  Com: Leon Lai, Michelle Reis, Takeshi Kaneshiro, Charlie Yeung, Karen Mok, Chan Fai-hung, Chan Man-Lei, Toru Saito. Um desiludido asssassino por encomenda (Lai) se sente atraído pela primeira vez em muitos anos de profissão por sua sócia (Reis), enquanto um jovem mudo (Kaneshiro) se atormenta por não ser amado pela moça (Yeung) que ama e realiza vídeos domésticos com o pai que logo depois falecerá de câncer. Pouco importa o enredo, na verdade, já que o verdadeiro sentido e expressividade do filme de Kar-wai é transmitido por um estilo visual e narrativo bastante idiossincrático. Compõem esse universo imagético uma feérica e surreal Hong Kong, a constante presença de lentes grandes angulares e sequências que praticamente se su

Filme do Dia: Vases or Faces? (2008), Arn Lou

V ases or Faces? (Dinamarca, 2008). Direção: Arn Lou. Nesse curta um artista de variedades discorre sobre sua vida no circo entre o calor dos aplausos e os bastidores nem sempre tão atraentes, que guardam memórias amargas como a trágica morte do próprio pai. Equilibrando-se entre o que parece ser a ficção e a realidade se encontra não apenas seu personagem, em monólogo acompanhado apenas do som do violoncelo e dos aplausos ao final, como a própria proposta do filme em si mesma, que parece suscitar do espectador se se trata de ficção ou realidade o que o artista conta. A certo momento o artista lê um trecho da biografia de Bergman, que trata justamente sobre a relação do artista com seu público no palco e fora dele. Mesmo que demasiado empertigado tal como seu protagonista, traz uma proposta interessante que talvez fosse melhor desenvolvida com mais tempo. Kenneth Madsen Film Prod. 9 minutos e 59 segundos.

Filme do Dia: A Esposa (2017), Björn Runge

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A   Esposa ( The Wife , EUA/Reino Unido/Suécia, 2017). Direção: Björn Runge. Rot. Adaptado: Jane Anderson, a partir do romance homônimo de Meg Wolitzer. Fotografia: Ulf Brantas. Música: Jocelyn Pook. Montagem: Lena Runge. Dir. de arte: Caroline Grebbell, Paul Gustavsson & Martin McNee. Cenografia: Craig Menzies. Figurinos: Trisha Biggar. Com: Glenn Close, Jonathan Pryce, Max Irons, Christian Slater, Harrie Lloyd, Annie Starke, Elizabeth McGovern, Johan Widerberg, Karin Franz Körlof. Joseph Castleman (Pryce) é surpreendido certa manhã com a notícia de que ganhou o Nobel de Literatura. Após um momento de comemoração e pulos na cama com a esposa Joan (Close), a vitória lhe proporcionará igualmente, voluntariamente ou não, um acerto de contas não muito tranquilo com o passado, que inclui sua relação com o filho David (Irons), aspirante a escritor, com o seu pretenso futuro biógrafo Nathaniel (Slater), que encontra, para seu desprazer, no voo para Estocolmo, com a jovem fotógrafa

Filme do Dia: One Good Turn (1929), Otto Mesmer

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O ne Good Turn (EUA, 1929). Direção: Otto Mesmer. Félix é expulso de casa por seu dono míope. Ele tenta voltar, mas acaba sendo enviado para mais longe dentro de um saco e é perseguido por um urso e ajudado por uma raposa, que se torna seu parceiro e a quem se sente no dever de ajudar, quando um caçador de raposas se aproxima. Como é característica habitual da série não existe uma narrativa delineada de forma mais sólida nesse episódio, sendo sua maior atração o carisma de seu protagonista e o antropomorfismo radical, que transforma inclusive partes do próprio corpo ou – como aqui – notas musicais emitidas pelo nosso herói, na chave da casa de onde foi expulso. De certa forma, aproxima-se mais da concepção de “cinema de atrações” do que propriamente de um cinema narrativo mais clássico, ainda que exista algum encadeamento entre as ações, é o efeito-gag imediato que prepondera, algo que aliás continua sendo uma marca registrada da animação igualmente no período sonoro, principal

Filme do Dia: Disparo para Matar (1966), Monte Hellman

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D isparo para Matar ( The Shooting , EUA, 1966). Direção: Monte Hellman. Rot. Original: Carole Eastman. Fotografia: Gregory Sandor. Música: Richard Markowitz. Montagem: Monte Hellman. Dir. de arte: Wally Moon. Com: Warren Oates, Millie Perkins, Will Hutchins, Jack Nicholson , Charles Eastman, Guy El Tsosie, Brandon Carroll. O garimpeiro Gashade (Oates), após retornar a mina, sabe do irmão desaparecido, Leland, morto e Coley (Hutchins), completamente fora de si. Após se acalmar, Coley conta o que supostamente teria acontecido. Ele diz que Coigne apareceu por lá embriagado e levou seu cavalo. Enquanto conversam ouve-se um tiro. Trata-se de uma mulher (Perkins), que matara seu pônei. Apesar de reclamar de tudo, a mulher convence Gashade, por uma boa soma de dinheiro,   a atravessar o deserto. Soma-se a eles, após certo tempo, o pistoleiro Billy Spear (Nicholson). Após Coley ter ficado para trás, o jogo de vida e morte ocorre agora entre os três que continuam a jornada. Ao contrári