Do Blog do Zanin
Se Cyd Charisse foi dona das pernas mais famosas de Hollywood, no cinema nacional esse privilégio coube a Virginia Lane, que morreu ontem, aos 93 anos. Vinda do teatro rebolado de Carlos Machado e da Rádio Mayrink Veiga, a dançarina e cantora, com seus óbvios atributos, logo se acomodou muito bem ao tipo de cinema que então se fazia no Brasil. Queria-se graça, música e sensualidade. Ela dispunha das três qualidades, sendo que a última superava de muito as outras duas. Sua presença nas telas garantia o sucesso de filmes (“fitas” se dizia então) como Laranja da China, de Ruy Costa e Carnaval do Fogo, de Watson Macedo. Vivia-se a época das chanchadas e a presença de moças bonitas como Virginia Lane era tão obrigatória quanto os sucessos do último carnaval. Como nos anos 40 tornou-se a vedete número 1 da Praça Tiradentes, Virginia era presença constante nesses filmes, tendo contracenado em várias comédias com Oscarito e Grande Otelo, os dois maiores artistas do gênero. Ao todo, Vi