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Mostrando postagens com o rótulo Curta-Metragem

Filme do Dia: A Work in Progress (2002), Wes Ball

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  A   Work in Progress (EUA, 2002). Direção, Rot.Original e Montagem: Wes Ball. Fotografia: Dan DeJesus. Com: Melissa White, Faithe Galloway, Carolyn Crabtree. Garota de fértil imaginação se isola para criar sua história sobre a solidão de um urso que não consegue fazer amigos, que é observado em suas ações através de animação 3D nesse curta-metragem, que possui como virtude a projeção na figura do protagonista da animação da própria garota que narra a história, mesmo que manchado ao final por se tornar demasiado evidente – a garota acaba formando um grande grupo para escutar sua história e o urso consegue fazer finalmente um círculo de amigos. Também influi negativamente a melosa trilha sonora que trai gastos recursos melodramáticos de representação da sensibilidade infantil por demais rósea em sua pureza. Florida State University School of Motion Picture, Television and Record Arts. 7 minutos e 46 segundos.

Filme do Dia: Rápido no Gatilho (1945), Friz Freleng

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  Rápido no Gatilho ( Hare Trigger , EUA, 1945). Direção Friz Freleng. Rot. Original Michael Maltese. Música Carl W. Stalling. Montagem Treg Brown. No Velho Oeste, Pernalonga enfrentará o perigoso assaltante de trens Eufrasino. Eufrasino é um procurado assaltante de trens que tem o azar de assaltar um onde se encontra Pernalonga. Brinca-se com os motes do western, como é o caso do inevitável duelo e, numa cena que Pernalonga abre um vagão de luxo, depara-se com as imagens de uma agitada festa em um saloon de Uma Cidade que Surge , filme que Curtiz havia dirigido para o estúdio seis anos antes. Filme que terá trechos de briga reproduzidos mais adiante, e que Pernalonga encaminha Eufrasino a entrar no vagão nesse momento. E brinca satiricamente com os protocolos da situação iminente de morte, com cartelas indagando se será o fim do “nosso herói”. Situação complicada em que ele amarrado por uma corda, com uma bigorna a acentuar o peso que o levará ao abismo que o trem começa a atra

Filme do Dia: My Type (2006), Caity Birmingham

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  M y Type (EUA, 2006). Direção: Caity Birmingham. Fotografia: Bill Pallmer & Caity Birminghan. Com: Marilyn Bielby, Audrey Durnham, Crystal Durnham, Chad Meyer, Nicholas Ward. Esse curta amador consegue ser bem sucedido na sua modesta narrativa de uma catadora de lixo de rua (Bielby) que se interessa por um rapaz que trabalha em um escritório próximo. Com ajuda de transeuntes ela consegue auscultar os movimentos do rapaz através das paredes. Quando uma grande agitação se sucede lá dentro ela acredita que chegou o seu momento, o que não passa de engano de sua parte. Comovente, sua decepção a leva de volta a vida ordinária e a afasta da fantasia e – não menos importante – das artimanhas dos filmes que fantasiam excessivamente sobre o poder do amor. Talvez o mais interessante no filme seja justamente essa delicada relação entre fantasia e realidade, sendo a primeira presente sobretudo no inverossímil movimento que faz com que vários transeuntes se solidarizem com a protagonista. Se

Filme do Dia: Keystone Hotel (1935), Ralph Staub

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  K eystone Hotel (EUA, 1935). Direção: Ralph Staub. Rot. Original: Joe Traub. Fotografia: William Rees. Música: Howard Jackson. Montagem: Frank Magee. Dir. de arte: Esdras Hartley. Com: Ford Sterling, Ben Turpin, Chester Conklin, Marie Prevost, Hank Mann, Vivien Oakland, Dewey Robinson. Um grupo de importantes figuras da sociedade hospeda-se no Keystone Hotel, capitaneados pelo Conde Drewa Blanc (Turpin), para formarem o júri de um concurso de beleza. Quando o atrapalhado Blanc provoca o primeiro lançamento de uma torta, essas passam a voar e atingir a todos e a tudo. Os tiras são chamados para conter a confusão, e também se tornam vítimas dela. Embora não fizesse mais que duas décadas que esse elenco estivesse no auge de suas comédias pastelão, e que o gênero tenha se adaptado à década seguinte, o som certamente provocou uma ruptura tão certeira e talvez ainda maior que a pretensa expectativa de vida menor da época. O filme tira partido da sátira do então já célebre Grande Hotel

Filme do Dia: A Scary Time (1960), Shirley Clarke & Robert Hughes

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  A   S cary Time (EUA, 1960). Direção: Shirley Clarke & Robert Hughes. Música: Peggy Granville-Hills. Esse quarto curta da realizadora demonstra ser uma decepcionante encomenda, com pouco ou nenhum ponto de ligação com a obra anterior de Clarke. Tendo sido produzido para a UNICEF se imagina de imediato um tema voltado para o sofrimento infantil, mas o que se observa inicialmente são preparativos para a festa de Halloween. Porém, a primeira hipótese não se encontra invalidada. Narrado por um garoto, sendo os créditos iniciais também falados pelas crianças. Porém a transição do confortável universo das crianças de classe média norte-americanas para os sofrimentos das mesmas ao redor do mundo se dá de forma um tanto pueril. Do choro de uma criança se passa aos horrores das imagens de arquivo.  Imagens de um voyeurismo mórbido constrangedor, acentuado pela gravidade da música. E tampouco chega a ser entusiasmadora a sobreposição dos pedidos dos garotos no Halloween em relação às ima

Filme do Dia: Luxo Jr. (1986), John Lasseter

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L uxo Jr. (EUA, 1986). Direção e Rot. Original: John Lasseter. Lasseter, nesse curta verdadeiramente curto e buscando o efeito-piada, lida de forma minimalista com antropomorfização de objetos (no caso duas luminárias, uma maior, representativa de pai ou mãe, e uma miúda), teclados de jazz, ausência de diálogos, forte utilização do fora de campo e uma movimentação dos objetos que faz parecer arqueológica a utilização de computação gráfica com pretensões infinitamente maiores de um longa como Tron , de apenas quatro anos antes. O resultado, pavimentaria o relativamente longo caminho que, tais como os curtas das Silly Symphonies para os longas da Disney, geraria quase uma década após o retumbante longa de sucesso Toy Story . Aqui a luminária adulta percebe a tristeza da menor após furar acidentalmente com uma bola, fazendo uso demasiado de sua força. Logo, no entanto, a tristeza será superada por uma bola infinitamente maior. Os princípios de volumetria e movimento, herdados da própria