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Filme do Dia: O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu (2016), João Botelho

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O   Cinema, Manoel de Oliveira e Eu (Portugal, 2016). Direção e Rot. Original: João Botelho. Fotografia: João Ribeiro. Música: Nicholas McNair. Montagem: João Braz. Com: Mariana Dias, Miguel Nunes, Antônio Durães, Ângela Marques, Maria João Pinho, Leonor Silveira, Marcelo Urgeghe. A partir de uma foto do começo dos anos 80 tirada do momento de seus primeiros contatos com Manoel de Oliveira, Botelho faz uma apreciação do estilo do realizador através das várias décadas de sua produção. Observa-se ele se deter, por exemplo, na resposta de Oliveira ao plano/contraplano filmando um longo plano em que um ator dirige seu discurso a uma mulher fora do plano, que ocasionalmente reage a sua fala e depois se observa novamente todo o diálogo observando a mulher a quem ele se dirigia. Ou ainda o garoto que se apossa de uma boneca para aparecer à janela da menina por quem se encontra apaixonado e após furtar-lhe um beijo despenca telhado abaixo. As duas sequencias sintetizam, no primeiro, o in

Filme do Dia: O Fatalista (2005), João Botelho

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O  Fatalista (Portugal/França, 2005). Direção: João Botelho. Rot. Adaptado: João Botelho, a partir do romance Jacques Le Fataliste , de Denis Diderot. Fotografia: Edmundo Díaz. Música: Lhasa. Montagem: Renata Sancho. Dir. de arte: Catarina Amaro. Com: Rogério Samora, André Gomes, Rita Blanco, Suzana Borges, Patrícia Guerreiro, José Wallenstein, João Baptista, Maria Emília Correia, Teresa Madruga, Miguel Monteiro. Um motorista, Tiago (Samora) e seu patrão (Gomes) viajam por Portugal. O patrão se interessa em ouvir as histórias de amor vividas por seu chofer. As mesmas são interrompidas episodicamente seja por um acidente de automóvel, seja pela hospedagem num bordel, seja numa estalagem, no qual a proprietária (Borges), encarrega-se de contar sua própria história. Na narrativa da dona da estalagem, a Sra. D (Blanco) arma uma trama para que seu amante, o Marquês (Wallenstein) apaixone-se pela prostituta Bárbara (Guerreiro), que ela transformara em virginal dama da alta sociedade.

Filme do Dia: Tráfico (1998), João Botelho

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T ráfico (Portugal/França/Dinamarca, 1998). Direção e Rot. Original: João Botelho. Fotografia: Olivier Guenéau. Montagem: Rudolfo Wudeles. Dir. de arte: João Botelho & Fernanda Morais. Figurinos: Alexandra Barata & Paula Ribas. Com: Rita Blanco, Adriano Luz, Branca de Camargo, João Perry, Alexandra Lencastre, Canto e Castro, Paulo Bragança, Fernando Cabral Martins, Vladimir Rechtilov, Maria João Luís, Dalila Carmo, Arthur Ramos, São José Lapa, Laura Soveral.  Sem possuir propriamente uma linha narrativa, o filme apresenta situações geralmente absurdas, numa linha evocativa do surrealismo buñueliano, mas igualmente de Godard e quiçá até de um Sérgio Bianchi , em relação a um comentário sobre a sociedade portuguesa, embora aqui de forma infinitamente mais simbólica, anti-realista e oblíqua que em Bianchi. Existe, por exemplo, num dos esboços de narrativa mais bem delimitados, um casal (Blanco e Luz) cujo filho descobre drogas enterradas na praia em que passam veraneio e,