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Filme do Dia: Saudações, Cubanos! (1963), Agnès Varda

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  S audações, Cubanos! ( Salut les Cubains , França/Cuba, 1963). Direção Agnès Varda. Fotografia Per Olaf Csongova, J. Marques & Agnès Varda. Montagem Janine Varneau. Varda (influenciada pelo contemporâneo La Jetée ?, lançado no ano anterior) transforma seu registro da revolução cubana, em uma soma de vários registros fotográficos. Uma experiência interessante, tratando-se de alguém com formação em fotografia. E a ganhar seu ápice, quando praticamente sincroniza a voz de um cantor cubano às fotos tiradas em sequência de frações de segundos do mesmo a cantar. Estendendo o gesto, com menor precisão, a seus passos de dança. Trata-se de Benny Moré, que logo Varda chocantemente irá nos situar ter morrido antes da conclusão deste curta – em decorrência de problemas vinculados ao seu alcoolismo, detalhe extraído de seu perfil. Outro momento de proeminência criativa de montagem, é o da chegada de um grupo de músicos, a executarem números “que talvez sejam uma rumba”, e a reação da pop

Filme do Dia: Varda por Agnès (2019), Agnès Varda

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  V arda por Agnès ( Varda par Agnès , França, 2019). Direção e Rot. Original: Agnès Varda & Didier Rouget. Fotografia: Claire Duguet, François Decreau & Julia Fabry.  Montagem: Nicolas Longinotti & Agnès Varda. Há um tom professoral e uma sensação de déjà vu inescapáveis na revisitação de sua obra que, somados a estrutura em forma de apresentação diante de uma plateia em um teatro e ausência de perguntas ou qualquer tipo de confrontação por parte dos outros que transformam esse último filme da realizadora em um exercício algo engessado de autocelebração, condescendência essa que um contemporâneo sobrevivente seu, Godard , jamais se permitiu ou sequer contemplou. Mais de uma vez a realizadora exalta o tripé ideação, criação (por em execução a ideia inicial) e compartilhamento como fundamento do cinema. Porém o último filme q parece cumprir a risca o mesmo é o seu anterior, não por acaso vislumbrado como seu filme-testamento, Visages Villages , algo q poderia se estender

Agnès Varda (1928-2019)

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Triste demais com essa perda para poder esboçar qualquer coisa. Os filmes dessa cineasta nascida na Bélgica falam por si. Vi apenas alguns. Uma porção ainda menor chegou a ter resenhas postadas aqui no blog. São de períodos distintos da realizadora: Cléo de 5 às 7 , de 1962, foi sua estréia no longa-metragem, já apresentando sua sensibilidade no trato de protagonistas femininas e também no uso da própria imagem, tributário de sua formação enquanto fotógrafa; As Duas Faces da Felicidade , de 1965, chama a atenção pela honestidade com a qual aborda os temas amorosos, com bem dosada ironia; Jacquot de Nantes , de 1991, foi um comovente tributo ao seu marido morto, o também cineasta Jacques Demy  e o tema da memória, que ocupa uma parcela importante do documentarismo da realizadora dos anos 90 em diante, com Os Respigadores e a Respigadora , de 2000. Vi-a em Fortaleza, assim como esse último filme, anos atrás (sou péssimo com datas), bastante agitada com uma projeção que iniciara em form

Filme do Dia: Jacquot de Nantes (1991), Agnès Varda

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J acquot de Nantes (França, 1991). Direção: Agnès Varda. Rot. Original: Agnés Varda, a partir das memórias de Jacques Demy. Fotografia: Patrick Blossier, Agnés Godard & Georges Strouvé. Música: Joanna Bruzdowicz. Montagem: Marie-Josée Audiard. Cenografia: Robert Nardone & Olivier Radot. Figurinos:   Françoise Disle. Com: Philippe Maron, Edouard Joubeaud, Laurent Monnier, Brigitte De Villepoix, Daniel Dublex, Clément Delaroche, Rody Averty, Hélène Pors. A vida de Jacques Demy dos seus primeiros anos até a partida para Paris, quando vai estudar em uma escola de cinema, são marcados pela infância feliz (Maron), pela experiência traumática da guerra (Joubeaud) e pelos obstáculos para superar a escola industrial que o pai (Dublet) vislumbra como futuro. O apoio incondicional vem da mãe, Marilou (Villepoix). Varda, em seu tributo ao marido então recentemente falecido, traça uma cinebiografia bastante original, autoral e intimista, mesclando documentário e ficção. Alterna

Filme do Dia: Cléo das 5 às 7 (1962), Agnès Varda

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C léo das 5 às 7 ( Cléo de 5 à 7 , França/Itália, 1962). Direção e Rot. Original: Agnès Varda. Fotografia: Paul Bonis,  Alain Levent & Jean Rabier. Música: Michel Legrand. Montagem: Pascal Laverièrre & Janine Verneau. Dir. de arte: Jean-François Adam. Dir. de arte: Bernard Evein. Figurinos:Alyette Samazueilh. Com: Corinne Marchand, Antoine Bourseiller, Dominique Davray, Dorothée Blank, Michel Legrand,  José Luis de Villalonga, Loye Payen, Serge Korber, Raymond Cauchetier. Enquanto aguarda pelo resultado de um exame médico que poderá dar uma guinada em sua vida, corroborando o pessimismo da cartomante Cléo (Marchand) passa essa hora e meia que a separa do resultado, saindo para compras com a criada Angèle (Davray), encontrando-se com a dupla que compõe para ela, Bob (Legrand) e Plumtif (Korber), encontrando a amiga Dorothée (Davray) que trabalha posando nua para artistas e seu namorado Raoul (Cauchetier) ou encontrando por acaso um homem que parece ter uma possibilidade

Filme do Dia: As Duas Faces da Felicidade (1965), Agnès Varda

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A s D uas Faces da Felicidade ( Le Bonheur , França, 1965). Direção e Rot. Original: Agnès Varda. Fotografia: Claude Bausoleil & Jean Rabier. Música: Jean-Michel Defaye. Montagem: Janine Verneau. Dir. de arte: Hubert Munloup. Figurinos: Claude François. Com:  Jean-Claude Drout, Claire Druout, Olivier Druout, Sandrine Druout, Marie-France Boyer, Marcelle Faure-Bertin, Manon Lanclos, Sylvia Saurel. François (Jean-Claude Druout) vive uma vida maravilhosa com sua esposa Therese (Claire Druout) e um casal de filhos(Olivier e Sandrine Druout) até que, numa viagem de trabalho, é abordado por uma jovem e bela telefonista, Émilie (Boyer), por quem se sente atraído. François passa a ter um relacionamento extra-conjugal com Émilie, mas em nenhum  momento pretende abandonar sua família, como  deixa bem claro para a amante. François revela tudo para a esposa, que parece reagir com compreensão, e logo depois fazem amor. Porém, quando ele acorda, não a encontra mais, vindo a encontrá-l

Filme do Dia: Os Respigadores e a Respigadora (2000), Agnès Varda

Os Respigadores e a Respigadora ( Les Glaneurs et la Glaneuse , França, 2000). Direção e Rot. Original: Agnès Varda. Fotografia: Didier Doussin, Stéphane Krausz, Didier Rouget, Pascal Sautelet & Agnès Varda. Música: Joanna Bruzdowicz & Isabelle Olivier. Montagem: Laurent Pineau & Agnès Varda. Nesse documentário Varda tem como motivo inicial o interesse que lhe despertou os apanhadores de frutos e cereais abandonados pelos agricultores (os respigadores que faz menção o título) em quadros. A partir dessa perspectiva pictórica Varda acaba embarcando numa viagem ao campo onde encontra não apenas memórias dos mais velhos, todos respigadores quando jovens. Varda vai adiante e investiga pessoas que fazem isso nos dias de hoje não apenas com relação aos viveiros de ostras como, no domínio da cidade, revirando o lixo para encontrar restos aproveitáveis de comida. Dois pontos despertam a atenção positivamente em seu documentário. Ela não teme a dispersão ou talvez melhor di