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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Holandês

Filme do Dia: Pai e Filha (2000), Michael Dudok de Wit

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  P ai e Filha ( Father and Daughter , Holanda/Bélgica/Reino Unido, 2000). Direção e Rot. Original: Michael Dudok de Wit. Música: Denis L. Chartrand & Normand Roger. Dir. de arte: Michael Dudok de Wit. Em chave lírica (talvez demasiada) esse curta de animação narra uma forte relação de afeto entre pai e filha, rompida inexplicavelmente com a súbita partida do pai, que a abandona no dia em que andam de bicicleta, indo em um barco e não mais retornando. Durante diversas fases de sua vida ela retorna ao mesmo local. Com traços básicos, em que linhas e silhuetas se sobressaem em branco e preto basicamente e esse recorte minimalista e com um potencial pathos proporcionado pela sua trilha sonora original e ausência efetiva de diálogos, foi ganhador do Oscar de sua categoria. CinéTé Filmproductie BV/Cloudrunner Ltd. 8 minutos e 8 segundos.

Filme do Dia: Beyond Sleep (2016), Boudewijn Koole

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  B eyond Sleep (Holanda/Noruega, 2016). Direção Boudewijn Koole. Rot. Adaptado Koole, a partir do romance de Willem Frederik Hermans. Fotografia Melle van Essen. Música Alex Simu. Montagem Gys Zevenbergen. Dir. de arte e  Figurinos Merete Boström. Cenografia Stini Mari Andreassen. Com Reinout Scholten van Aschat, Pal Sverre Hagen, Anders Baasmo Christiansen, ThorbjØrn Harr, Marie Annette TandarØ Berglyd, Jakop Ahlbom, Per Tofte, Nina Takvannbukt. Alfred (van Aschat) é um jovem geólogo a se aventurar em vasta região desértica de tundra na Noruega, pesquisando crateras produzidas por meteoros, com outro jovem, Arne (Hagen), e dois homens mais velhos, Mikkelsen (Christiansen) e Qvigstad (Harr). Sempre o mais deslocado no quarteto, embora próximo e dormindo na mesma barraca que Arne, que o ajuda em vários momentos de apuros que Alfred se depara, ele tem que lidar com o fantasma do pai, também geólogo, e morto quando ainda era criança. Seu estado mental apenas deteriora ao longo

Filme do Dia: Nitrato Lírico (1991), Peter Delpeut

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  N itrato Lírico ( Lyrisch Nitraat , Holanda, 1991). Direção: Peter Delpeut. Rot. Original: Peter Delpeut, a partir de ideia sua.  Montagem: Menno Boerema. Certamente buscando fugir das convenções de um documentário convencional-didático, Delpeut perde igualmente a chance, talvez fundamental em relação ao material do qual busca valorizar, de ao menos apontar os títulos dos filmes que possuem suas imagens reproduzidas, em “efeito-colagem”, no mesmo (mesma prática da compilação sobre a pornochanchada de Histórias que Nosso Cinema (Não) Contava ). Se a voz over e informações básicas sobre as condições nas quais foram encontradas o que hoje é um dos tesouros da cinematografia mundial – a Coleção Jean Desmett, com mais de 700 títulos preservados dos anos 1905-15 – certamente são dispensáveis para a proposta estética formulada, não é sem tristeza que se observa o lirismo melancólico da despedida entre amantes, valorizada pela profundidade de campo e a ária na banda sonora que acompanha a

Filme do Dia: Daens - Um Grito de Justiça (1992), Stijn Coninx

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D aens - Um Grito de Justiça ( Daens , Bélgica/França/Holanda, 1992). Direção: Stijn Coninx. Rot. Adaptado: François Chevalier & Stijn Coninx, baseado no romance Pieter Daens de Louis Paul Boon. Fotografia: Walther van den Ende. Música: Dirk Brossé. Montagem: Ludo Troch. Dir. de arte: Hubert Pouille & Allan Starski. Figurinos: Yan Tax. Com: Jan Decleir, Gérard Desarthe, Antje de Boeck, Michael Pas, Johan Leysen, Jappe Claes, Idwig Stephane, Karel Baetens.       O padre Daens (Declair) torna-se, em pouco tempo, uma liderança política em meio ao proletariado belga do final do século XIX. Defendendo melhores condições para a classe trabalhadora e mesmo com uma tentativa de fraude, Daens torna-se prefeito do vilarejo industrial. Porém, a classe empresarial, incomodada com sua atuação, que apóia uma grande greve, pressiona o Vaticano para que ele interrompa sua carreira como padre. Uma das mais ardorosas seguidoras de Daens, a jovem operária Nette (de Boeck), ainda ignorante

Filme do Dia: Terra Avançada (2005), Albert Elings & Eugenie Jansen

Terra Avançada ( Voorland , Holanda, 2005). Direção: Albert Elings e Eugenie Jansen. Rot. Original: Albert Elings. Regiões alagadas da Holanda que se tornarão canteiro de obras para a construção de uma futura ferrovia se tornam motivo para um diário poético de quase uma década de acompanhamento em que a beleza de inusitados detalhes – como a cena quase hipnoticamente abstrata de uma lesma se apoiando precariamente em uma folha para não sucumbir a enchente – são de maior interesse para o filme que qualquer viés narrativo mais ortodoxo. O resultado final, um tanto quanto frustrante em termos narrativos, cumpre ressaltar, é dotado de um certo senso poético e panteísta que o aproximaria de nomes como Aleksandr Dovjenko ou o compatriota do realizador e igualmente documentarista Joris Ivens. Sua força, em grande parte, deriva de uma temporalidade dilatada nos planos apresentando muitas vezes motivos recorrentes, seja o plano anteriormente referido da lesma ou o de um pássaro que se debate