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Filme do Dia: Manhattan Medley (1931), Bonney Powell

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  M anhattan Medley (EUA, 1931). Direção: Bonney Powell. (segunda resenha) Aparentemente bastante autoconsciente do ciclo recente de sinfonias urbanas que teve Nova York como modelo, esse curta revisita tanto motivos monumentais que já haviam sido ressaltados por suas antecessoras ( Manhatta , Twenty-Four Island ) como o transatlântico e os arranha-céus (inclusive o Empire State então recém-edificado, como igualmente a ideia de uma metrópole em constante mutação, voltando as imagens de retroescavadeiras em meio a construções que já haviam chamado atenção de Flaherty em seu curta de quatro anos antes, quanto apresenta, em aberto contraste, visões mais prosaicas da vida urbana, tal como fará seu contemporâneo A Bronx Morning , de Jay Leyda. Tal como no exemplo mais célebre do ciclo, Berlim, Sinfonia de uma Metrópole (1927), de Walter Ruttman, emula-se algo como um dia na metrópole moderna, indo da escuridão do amanhecer a escuridão da noite, adentrando no terreno da vida noturna e do

Filme do Dia: Africa Squeaks (1931), Ub Iwerks

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  A frica Squeaks (EUA, 1931). Direção Ub Iwerks. Música Scott Bradley & Carl W. Stalling. O sapo Flip está em um safári na África, com uma procissão de animais na sua cola. Ele atira contra o que acha ser o traseiro de um leão, e acerta um nativo, despertando a atenção também de um grupo maior. Embora tente fugir, Flip é capturado, e levado ao seu rei. O rei leva Flip para a panela. Esse foge e se torna objeto de atração e mesmo devoção das nativas, que o querem transformar em novo monarca, sendo que ele prefere voltar a panela. Em um dos melhores momentos, um dos pioneiros da tradição disneyana,  Iwerks faz com que Flip ajuste o leão como uma pose para foto, mas não para ser fotografado, e sim mirado por sua espingarda. Como quase todas as representações de animação então, os nativos africanos – assim como seus descendentes afro-americanos – são observados de forma caricata, sem rostos individualizados, associados com a antropofagia, com o habitual osso como presilha dos cabe

Filme do Dia: Hittin' the Trail for Hallelujah Land (1931), Rudolf Ising

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  H ittin’ the Trail for Hallelujah Land (EUA, 1931). Direção: Rudolf Ising. Música: Frank Marsales. Sucessão alucinante de aventuras e desventuras de um trio no Velho Sul, que não poderia deixar de incluir o personagem de Uncle Tom, uma barcaça tradicional descendo o Mississipi e números de dança movidos a banjo, assim como referências a religiosidade, na única seqüência de certa coesão narrativa em um cemitério. Por esse conjunto de clichês considerados depreciativos entrou para a lista das 11 animações do estúdio proibidas de voltar a ser televisionadas em 1968. A seqüência do cemitério, em que um trio de esqueletos sai da tumba e tenta convencer Uncle Tom a ir para a terra prometida, evidente mofa com os temas religiosos da cultura popular negra americana, deve ter sido influenciada por uma animação célebre da Disney, A Dança dos Esqueletos (1929), ainda que naquela não houvesse nenhuma menção explícita como aqui à história e costumes de parte da sociedade norte-americana. De to

Filme do Dia: A Santa de Coqueiros (1931), ?

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  A  Santa de Coqueiros (Brasil, 1931). Parece haver um caráter propenso a motivar certo sensacionalismo nessa abordagem de uma pretensa santa do interior de Minas Gerais, que tem gerado toda uma mobilização de romeiros de outras partes do Estado (fenômeno aparentemente de alcance regional, o que também se poderia entender pelos precários meios de comunicação da época); impressão essa que se desfará posteriormente, quando uma cartela afirma sobre quase cinco mil correspondências provenientes de todas as partes do Brasil em um só dia e benzidas.  Tal caráter sensacional surge já nos primeiros planos, que se demoram em registrar a relativamente absurda quantidade de veículos motorizados para uma povoação daquele porte. Ou ainda o crédito que afirma sobre um verdadeiro “formigueiro humano” que se formaria nas imediações da casa da mulher que é tida como milagrosa. Posteriormente se observa a multidão humana que se forma ao redor da casa da mesma e, novamente, uma quantidade (à época) ex

Filme do Dia: Odna (1931), Grigoriy Kozintsev & Leonid Trauberg

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  O dna (URSS, 1931). Direção e Rot. Original: Grigoriy Kozintsev & Leonid Trauberg. Fotografia: Andrei Moskvin. Música: Dmitri Shostakovich. Dir. de arte: Yevgeni Yenej.   Com: Yelena Kuzmina, Pyotr Sobolevsky, Sergei Gerasimov, Mariya Babanova, Van Liu-Sian, Yanina Zheymo, Boris Chirkov, Bari Haydarov. Yelena Kuzmina (Kuzmina) passa em um concurso para professora e é designada para uma região bem distante de Leningrado, inóspitas montanhas na Sibéria. Inicialmente em dúvida se aceita a proposta, tendo em vista o casamento em vias de ocorrer com seu noivo. Decide que sim. Lá, depara-se com uma realidade completamente outra, numa sociedade ainda fortemente estruturada nos valores patriarcais camponeses. Se o início do dia de Yelena e os motivos de seu quarto (o despertador) e da configuração espacial da rua, com seus trilhos e transeuntes nos fazem lembrar de imediato o anterior O Homem com a Câmera , ela próxima da câmera  transeuntes desfocados ao fundo, aparentemente flagrados

Filme do Dia: Melodias Egípcias (1931), Wilfred Jackson

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  M elodias Egípcias ( Egyptian Melodies , EUA, 1931). Direção: Wilfred Jackson.  Música: Frank Churchill. Uma aranha envereda pela sinistros corredores povoados de fantasmas da Esfinge de Gizé. Lá uma dança toma conta não somente de múmias, mas dos próprios hieróglifos nas paredes. Animação da série Silly Simphonies, longe de se encontrar dentre as mais destacadas e produzida em preto&branco. Walt Disney Prod. para Columbia Pictures.  6 minutos e 5 segundos.

Filme do Dia: Tabu (1931), F.W. Murnau

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  T abu ( Tabu , EUA, 1931) Direção: F.W.Murnau. Rot. Original:  F.W.Murnau, Robert Flaherty & Edger G.Ulmer. Fotografia: Floyd Crosby. Música: Hugo Risenfeld. Montagem: Arthur   A. Brooks. Com: Reri, Matani, Hitu, Jean, Jules, Kong Ah. Reri, jovem nativa taitiana, tem sua paixão por um rapaz interrompida com a chegada de um líder espiritual, Hitu, que a escolhe para continuar uma ancestral tradição em que a escolhida é uma virgem que se torna um tabu, intocável para qualquer mão humana. Mesmo desesperada a moça parte com Hitu. Inconsolável, Hatani, a seqüestra e passa a viver paradisiacamente em outra ilha do arquipélago. Hatani se revela um exímio caçador de pérolas e, quando chega um policial do governo francês para que o casal seja preso, buscando contornar uma situação que pode gerar uma crise institucional na colônia, Hatani o suborna com pérolas. Porém, aos poucos, o sonho paradisíaco do amor se desfaz com as constantes visões que Reri têm de Hitu. Temendo a morte de Hatan

Filme do Dia: Rodeo Dough (1931), Manny Gould & Ben Harrison

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  R odeo Dough (EUA, 1931). Direção: Manny Gould & Ben Harrison. Rot. Original: Ben Harrison. Música: Joe de Kat. Krazy Kat é convencido por sua namorada a enfrentar um rodeio onde, espezinhado inicialmente por seus concorrentes, acaba demonstrando ser o mais talentoso dentre todos. Como episódio demonstra, a reabilitação sonora da série Krazy Kat, uma das séries de vida mais extensa do cinema silencioso, infelizmente demonstrando ser tão contra-producente quanto outras ( Gato Félix ) que seguiram a mesma tentativa. O fato de ter se mantido em p&b, ao contrário de Félix , que constou de um episódio único três anos após, não necessariamente significa nada muito diverso da produção rotineira do período, em cores, com maior agilidade de movimento, mas longe de possuir o mesmo espírito anárquico do passado. A personagem de Krazy Kat parece ter se modificado novamente com relação a sua segunda versão, da década anterior. Boa parte da animação se detém sobre atitudes que dividem

Filme do Dia: Drácula (1931), Tod Browning

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D rácula ( Dracula , EUA, 1931). Direção: Tod Browning. Rot. Adaptado: Hamilton Deane & John L. Balderstone, a partir da peça de Garrett Forth e do romance de Bram Stoker. Fotografia: Karl Freund. Montagem: Milton Carruth. Dir. de arte: John Hoffman, Herman Rosse & Charles D. Hall. Cenografia: Russell A. Gaussman. Figurinos: Ed Ware & Vera West. Com: Bela Lugosi, Helen Chandler, David Manners, Dwight Frye, Edward Van Sloan, Herbert Bunston, Frances Dade, Joan Standing. Reinfeld (Frye) vai aos Carpátos a convite do Conde Drácula (Lugosi), embora advertido pelos aldeões sobre os riscos que sofrerá. Hipnotizado pelo vampiro, Reinfeld se torna um importante elemento de apoio na sinistra travessia empreendida pelo Conde de barco até Londres. Após transformar Lucy Weston (Dade) em vampira, Drácula se torna obcecado por sua amiga, Mina (Chandler), noiva de John Harker (Manners). O pai de Mina, Dr. Seward (Bunston) chama um especialista, Dr. Van Helsing (Van Sloan), que desco

Filme do Dia: One More Time (1931), Rudolf Ising

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O ne More Time (EUA, 1931). Direção: Rudolf Ising. Foxy é um policial que pretende manter a cidade em ordem, enfrentando várias situações de risco em seu cotidiano, sendo uma delas salvar a sua namorada de um grupo de sequestradores. Talvez o que mais chame a atenção nessa animação em p&b dos primórdios do cinema sonoro seja a forma que se efetua a movimentação do protagonista - abertamente inspirado no Mickey do estúdio concorrente, ainda que o rabo comprido e o próprio nome sugiram se tratar de uma raposa - por entre as ruas da cidade. Tudo, evidentemente, embalado pela canção-tema, que não apenas dita o ritmo da animação como era habitual então, como ainda incorpora os diálogos da mesma. O ambiente, evidentemente, faz referência aos anos violentos da Lei Seca e sua equivalente produção cinematográfica. Já se incorpora a utilização de animais como objetos tais como buzinas de carros e sirenes de carros da polícia, tal como décadas depois seria popularizado em séries para a

Filme do Dia: Limite (1931), Mário Peixoto

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L imite (Brasil, 1931). Direção, Rot. Original e Montagem: Mário Peixoto. Fotografia: Edgar Brasil. Com: Raul Schnoor, Brutus Pedreira, Olga Breno, Tatiana Rey, Camren Santos, Edgar Brasil, Iolanda Bernardes, Mário Peixoto. Esse, que é o filme-referência de vanguarda brasileiro, equivalência tardia ao que foi produzido na década anterior na Europa, sobretudo França, consegue construir um raro senso poético, em que ângulos originais e a própria dimensão do espaço são trabalhados de forma poderosa. A composição de certas imagens são de tirar o fôlego, seja pelo inusitado (como a câmera baixa que flagra do chão o diálogo entre dois personagens com um posto sobre eles), seja pela beleza (a moldura dentro do próprio plano, como o momento em que um dos personagens procura por alguém no casario da ilha na qual se encontra, e o observamos precisamente recortado pelas janelas e portas desse mesmo casario, seqüência evocativa do que John Ford faria posteriormente).   Ou ainda, por vezes,

Filme do Dia: Karamazoff (1931), Erich Engels & Fyodor Otsep

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K aramazoff (Alemanha, 1931). Direção: Erich Engels & Fyodor Otsep. Rot. Adaptado: Erich Engls, Leonhard Frank, Fyodor Otsep & Victor Trivas, a partir do romance de Dostoievski. Fotografia: Friedhl Behn-Grund. Música: Karol Rathaus & Kurt Schröder. Montagem: Fyodor Otsep & Hans Von Passavant. Com: Fritz Kortner, Anna Sten, Fritz Rasp, Bernhard Minetti, Max Pohl, Hanna Waag, Fritz Alberti, Werner Hollmann. Dimitri (Kortner) conta com o auxílio do velho pai (Pohl) para oficializar seus laços com a sua amada Katja (Waag). Porém, quando vai visita-lo, descobre que o pai também se encontra apaixonado, por uma moça cigana ainda mais jovem que a devotou seu amor, e que um dia fora sua criada, Gruschenka (Sten). Ele vai de encontro a Gruschenka para demovê-la da ideia de casar com o pai e é seduzido pela mesma. Há algo do amour fou do contemporâneo O Anjo Azul , ainda que aqui a encenação se dê mais próxima de um realismo afinado com a Nova Objetividade que os excessos

Filme do Dia: Industrial Britain (1931), Robert Flaherty

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I ndustrial Britain (Reino Unido, 1931). Direção: Arthur Elton, Robert Flaherty & Basil Wright.  Fotografia: Arthur Elton & Basil Wright. O que talvez mais chame a atenção nesse curta documental que pretende glorificar a modernidade da indústria britânica seja a face humana que esse processo de industrialização é representado. Apresentando, principalmente no início, ofícios que envolvem uma boa dose de habilidade artesanal de seus praticantes, como dar forma ao vidro, e esses operários sendo visualizados de corpo inteiro, o filme se afasta da fetichização com relação ao maquinário dos curtas institucionais brasileiros produzidos à época de Vargas. Algo que fica patente no seu climático final onde se destaca exclusivamente os rostos e corpos desses trabalhadores. Existe momentos em que a glória dos feitos de engenharia, como a de uma ponte, assim como múltiplas chaminés que surgem em mais de um momento do filme, emergem enquanto façanhas descoladas dos trabalhadores que as

Filme do Dia: M, O Vampiro de Dusseldorf (1931), Fritz Lang

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M , O Vampiro de Dusseldorf ( M , Alemanha, 1931). Direção: Fritz Lang. Rot. Adaptado: Fritz Lang & Thea Von Harbou, baseado no artigo de Egon Jakobson. Fotografia: Fritz Arno Wagner. Montagem: Paul Falkenberg. Dir. de arte: Emil Hasler & Karl Vollbrecht. Cenografia: Edgar G. Ulmer. Com: Peter Lorre, Ellen Widmann, Inge Landgut, Otto Wernicke, Theodor Loos, Gustaf Gründgens, Friedrich Gnass, Fritz Odemar, Georg John.        A cidade de Dusseldorf se encontra apavorada com um criminoso que assassina crianças. Quando a jovem Elsie Beckmann (Landgut) se torna a oitava vítima do criminoso, Franz Becker (Lorre), não apenas a polícia procura criar estratégias de capturar o criminoso, mas o próprio crime organizado, que sente a interferência em seus negócios, pela presença maciça de policiais nas ruas, comandada pela política de tolerância zero do Inspetor Lohmann (Wernicke). Assim, uma rede de informantes é criada entre os pequenos vendedores e vagabundos de rua e um vendedor de

Filme do Dia: Red Riding Hood (1931), Harry Bailey & John Foster

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R ed Riding Hood (EUA, 1931). Direção: Harry Bailey & John Foster. Essa versão um tanto alucinada de Chapéuzinho Vermelho, no qual a garota, próxima da representação do primeiro Mickey Mouse, vai a casa da Avó e a encontra completamente revigorada por um tônico a base de jazz e saindo da sua situação de moribunda para uma lépida e fagueira dançarina e apaixonada por um priápico Lobo Mau é bastante representativa desse momento pré-Código Hays e domínio do padrão Disney de animação. O próprio estúdio que o produziu, não muito tempo após estaria realizando insípidas animações coloridas. Aqui, os traços mais primários e um senso anárquico mais próximo da primeira série do Gato Félix é que ditam o tom.  E não faltam cenas hilárias como a que a Avó se transforma de velha moribunda em jovem coquete em questão de segundos, que ela procura se desembaraçar da neta e fugir com o Lobo já vestida como noiva e a interrupção do casamento provocado pela esposa do Lobo e um enorme cortejo de

Filme do Dia: No Turbilhão da Metrópole (1931), King Vidor

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N o Turbilhão da Metrópole ( Street Scene , EUA, 1931). Direção: King Vidor. Rot. Adaptado: Elmer Rice, a partir de sua própria peça.   Fotografia: George Barnes. Música: Alfred Newman. Montagem: Hugh Bennett.   Cenografia: Richard Day.   Com: Sylvia Sidney, William Collier Jr., Estelle Taylor, Beulah Bondi, David Landau, Matt McHugh, Russell Hopton, Greta Gransted, Walter Miller. Em um apartamento popular de Nova York, onde moram pessoas de diversas origens, Rose   Maurrant (Sidney), cortejada pelo sensível Sam Kaplan (Collier Jr.) observa a relação problemática entre os pais chegar à tragédia. Sua mãe, Anna (Taylor), desconsiderada pelo negligente e seco marido, Frank (Landau), possui uma relação extraconjugal com Steve (Hopton) conhecida por toda a vizinhança. O pai de Rose viaja dizendo, como habitual, que não tem data para voltar. Quando a mãe se encontra no apartamento com o amante, ele retorna inesperadamente e atira em ambos, refugiando-se no próprio prédio. Ainda ch

Filme do Dia: Minding the Baby (1931), Dave Fleischer

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M inding the Baby (EUA, 1931). Direção: Dave Fleischer. Música: George Steiner. Animação em que Betty Boop se torna apenas coadjuvante para Bimbo, seu namoradinho que se vê com a presença do irmão mais novo chorando no berço. A ironia, uma das marcas registradas da série, já se inicia com o canto de ninar que dá título ao filme. O apelo erótico, outra característica típica, também se faz presente, na chamada ladina de Betty para que Bimbo a vá visitar porque sua mãe saiu. O bebê, bastante precoce, fuma charuto às escondidas e chacoalha o seu leito como uma taça de barman. Fleischer Studios para Paramount Pictures.7 minutos e 8 segundos.

Filme do Dia: Inimigo Público (1931), William A.Wellman

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I nimigo Público ( Public Enemy , EUA, 1931). Direção: William A. Wellman. Rot. Adaptado: Harvey F. Thew, baseado no conto Beer and Blood , de Kubec Glasmon & John Brighton. Fotografia: Devereaux Jennings. Música: David Mendonza. Montagem: Edward M. McDermott. Dir. de arte: Max Parker. Figurinos: Edward Stevenson. Com: James Cagney, Jean Harlow , Edward Woods, Joan Blondell, Donald Cook, Leslie Fenton, Beryl Mercer, Robert Emmett O`Connor, Murray Kinnell, Frank Coghlan Jr., Frankie Darro. Tom Powers desde garoto (Coghlan Jr.) demonstrou talento para pequenas malandragens e furtos com o inseparável amigo Matt Doyle (Darro). Sua “ascensão” na carreira de criminoso se dá anos depois, na Chicago dos anos 1910,   com o convite de Neils Nathan   (Fenton) para fazer parte de seu bando. Tom se torna um temido gangster que consegue fazer com que a violência impere juntamente com a cerveja do industrial que financia todos e possui bastante sangue-frio para assassinar o seu antigo l

Filme do Dia: Jack and the Beanstalk (1931), Dave Fleischer

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Jack and the Beanstalk (EUA, 1931). Direção: Dave Fleischer. Um certo tom “primitivista” imperante na animação produzida por Fleischer, destituída de sua maior criatividade no período mudo, pode ser aqui observada nessa que é mais uma de dezenas de adaptações que a história recebeu do cinema ao longo dos anos, notadamente no universo da animação, faz-se presente logo ao início quando o pretenso “plano ponto de vista” do personagem que arranca um corno de sua vaca para observar de onde caíra o gigantesco charuto do gigante sobre seu telhado é seguido por um plano que pretensamente seria o correspondente de seu olhar, só que de um ângulo totalmente distinto. Embora faça parte da série Betty Boop, esta só surge pela metade da animação, encarnando a personagem da harpista, aqui transformada em mera criada, sendo Bimbo o protagonista. Rapidamente, e sem muitos protocolos, Bimbo passa do status de estranho ao de salvador de Betty, tascando-lhe um beijo na boca. Destaque para a cena em

Filme do Dia: A Cadela (1931), Jean Renoir

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A Cadela ( La Chienne , França, 1931). Direção: Jean Renoir. Rot.Adaptado: Jean Renoir & André Girard, baseado no romance de Georges de La Fouchardière. Fotografia: Theodor Sparkuhl. Montagem: Marguerite Renoir. Dir. de arte: Gabriel Scognamillo. Com: Michel Simon, Janie Marese, Georges Flamant, Gaillard, Romain Bouquet, Pierre Desty, Mancini, Mlle. Doryans, Magdeleine Bérubet. Maurice Legrand (Simon) é um pintor frustrado que trabalha em um escritório e possui uma esposa, Adéle (Bérubet), que apenas acentua suas fraquezas. Uma noite flagra uma jovem prostituta, Lucienne Pelletier (Marese) apanhando de seu cafetão, Déde (Flamant). Indignado, aproxima-se da jovem que, juntamente com Déde, passam a viver da venda dos quadros de Legrand, inventando um pseudônimo feminino para uma suposta artista americana que os criaria. Depois de reecontrar Alexis Godard (Gaillard), primeiro marido de sua esposa, tido como morto na I Guerra, Legrand bola uma estratégia que culmina com o seu