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Filme do Dia: Operação: Coelho (1952), Chuck Jones

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  O peração: Coelho ( Operation: Rabbit , EUA, 1952). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Curta de estréia com o personagem do Coiote, que ainda não havia ganho o seu parceiro, com o qual virá a ser sempre identificado, o Papaléguas. Aqui ele divide o protagonismo com Pernalonga, porém em tudo a animação é mais interessante do que as habitualmente identificadas com o personagem: estilo do desenho, com traços mais sofisticados, e gags. De fato, existe bastante diálogos na animação, algo que será praticamente abolido na continuidade da “carreira” de Coiote, sobretudo no hilário primeiro contato inicial entre os dois personagens, em que Coiote arma uma porta para poder ter um primeiro contato formal, afirmando ser um ser mais veloz e dinâmico que o colheo e, enfim, ser um gênio. Warner Bros. Pictures. 7 minutos e 18 segundos.

Filme do Dia: So Much for So Little (1949), Chuck Jones

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  S o Much for So Little (EUA, 1949). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Friz Freleng & Chuck Jones. Música: Carl W. Stalling. Se Jones ocasionalmente não se furtava em dirigir peças documentais de propaganda ocasionalmente ( A Hitch in Time , Drafty, Isn´t It? ) que se poderiam chamar de animações documentais, aqui se tem na plena acepção da palavra um documentário animado, já que não existe sequer uma situação temporal específica com personagens a interagirem entre si. Existe um bebê do sexo masculino que é acompanhado posteriormente quando criança, jovem, casado, pai e avô, com as devidas necessidades de cada período, mas é a retórica de um narrador over  (a famosa “voz de Deus” do documentário padrão clássico) que guia o mesmo do início ao final, ao contrário dos outros dois, em que há narradores internos para passarem, como o próprio Jones afirma num deles, a “mensagem”. Não à toa ganhará um Oscar na categoria de documentário curta-metragem. Seu tom sisudo e sem grandes b

Filme do Dia: Coelho sem Lar (1950), Chuck Jones

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  C oelho sem Lar ( Homeless Hare , EUA, 1950). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Num dos curtas mais inspirados de Jones, Pernalonga se torna sem-teto após um operário de retroescavadeira retirar junto com a terra seu ninho. A partir de então se dá o embate entre os dois personagens, marcado ao menos por dois momentos antológicos, o que Pernalonga manuseia sadicamente o elevador para cima e para baixo, fazendo com que o trabalhador se encontre ora vestido, ora comprimido sob o teto somente de cueca e o que Pernalonga escapa milagrosamente de cair do gigantesco arranha-céu em construção por uma complexa teia de coincidências, evocativa da comédia muda no estilo Harold Lloyd.  Mesmo que já dirigindo a muito tempo no estúdio, é certamente a partir dos anos 50 que não apenas Jones demonstrará sua veia mais produtiva, quase sempre em colaboração com Maltese,  quanto revisará o próprio estilo de animação do estúdio, atrav

Filme do Dia: Maestro Pernalonga (1949), Chuck Jones

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  M aestro Pernalonga ( Long-Haired Hare , EUA, 1949). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Giovanni Jones, cantor lírico tem suas aulas de canto interrompidas pelo som do banjo de Pernalonga. Ele vai até lá e destrói o instrumento. Volta a estudar, mas agora Pernalonga o interrompe com uma harpa. Ele destrói a harpa e ataca seu músico. Para se vingar Pernalonga provoca uma verdadeira catarse na apresentação do cantor no Hollywood Bowl. Esse desenho, uma das referências na série do personagem, talvez se torne ainda mais interessante por satirizar com as ambições de aproximar a animação da Grande Arte efetivada anos antes com Fantasia , da Disney. A certo momento, Pernalonga se traveste de Leopold Stokowski, o célebre maestro conhecido por suas associações ao mundo do cinema (tendo sido o coordenador musical de Fantasia ) e  por suas apresentações no Hollywood Bowl, explorando o virtuosismo de seu tenor que acaba fazendo a concha acústica l

Filme do Dia: The Dot and the Line: A Romance in Lower Mathematics (1965), Chuck Jones & Maurice Noble

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  T he Dot and the Line: A Romance in Lower Mathematics (EUA, 1965). Direção: Chuck Jones & Maurice Noble.  Rot. Original: Norton Juster, a partir de seu próprio argumento. Música: Eugene Poddany. Dir. de arte: Maurice Noble. Esse curta animado demonstra o quanto o talento de Jones não se resumia às clássicas animações que havia desenvolvido para a Turma do Pernalonga. Seu tom irônico, já antecipado no primeiro comentário do narrador a respeito de uma “sensível e viril linha que se apaixonara perdidamente por um ponto”, não garante, no entanto, um humor espontâneo, e tampouco parece ser esse o seu objetivo. As características gráficas do ponto e da linha se tornam motivo que os amigos da linha acusem a “falta de profundidade” do ponto ou que, deprimido com a falta de receptividade do ponto, a linha acabe se contorcendo em vários ângulos, até quase perder sua característica original. Porém, linha refeita, uma aproximação acaba ocorrendo, proporcionando senão um vida feliz desde en

Filme do Dia: Fin n' Catty (1943), Chuck Jones

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F in ‘n Catty (EUA, 1943). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Gatos odeiam água. E o exemplar em questão, faz de tudo para não se molhar e conseguir capturar o peixe que se encontra no aquário. Não apenas o humor sarcástico acompanha esse curta animado desde o seu princípio, de mãos dada com seu narrador over, logo ao início somos brindados com imagens submarinas de uma personagem de peixe que logo viremos a descobrir, através do enorme rosto de gato colado ao vidro, tratar-se de um aquário. A fobia de gatos em relação a água, no entanto, é o mote mais divertido no qual se apóia. Jones já faz uso de uma direção de arte bem menos clássica e básica que o habitual, sendo mais uma sugestão de casa que propriamente uma reprodução mimética de uma. As paredes, por exemplo, mais parecem composições geométricas e de cores. A lógica é praticamente a mesma dos curtas de Piu-Piu e Frajola. Destaque para os momentos sádicos

Filme do Dia: To Duck or not to Duck (1943), Chuck Jones

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T o Duck...or Not to Duck (EUA, 1943). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Tedd Pierce. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. No auge do talento criativo, tanto em termos da história em si quanto da própria qualidade da animação, em todos os seus detalhes – movimentação dos personagens, direção de arte e cores – é apresentada uma história de caça, no qual Hortelino derruba Patolino dos céus, quando esse voa com um grupo de patos e esse o leva para um ringue de boxe, em um estádio lotado de patos, e onde o único torcedor para Hortelino é seu fiel cão. Com a inusitadamente anárquica e surreal mudança de cenário, dos campos onde Patolino foi atingido para um ginásio esportivo precursor de estratégias como as que Terry Gilliam realizará décadas após ( Storytime ), o filme é uma bem mensurada estratégia de humor, sem necessitar dos atropelos alucinados de gags e situações se sobrepondo como é o caso de algumas das melhores obras de Tex Avery. Os diálogos são outro atrativo

Filme do Dia: The Weakly Reporter (1944), Chuck Jones

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T he Weakly Reporter (Estados Unidos, 1944). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown . Três fortes características chamam a atenção nesse produto de exceção da   habitual parceria Maltese-Jones. Primeiro (e daí vem a exceção) se trata de um filme de propaganda, sendo que seu humor consegue ser mais bem sucedido do que alguns exemplares semelhantes dirigidos por Avery. Depois, apresenta visualmente elementos de traços modernos de animação no estilo UPA pouco habituais para a produção do período. Por fim, concentra a maior (e talvez melhor) parte do seu humor em piadas infames em sua misoginia como na sua ironia ao apresentar as mulheres ocupando postos de trabalho na guerra antes reservados somente aos homens, na figura de uma hiper-masculinizada motorista de táxi, guardando os traços habituais da figura masculina   de extrato popular que é marca registrada do animador. Ou ainda quando as soldadas são dispensadas e correm

Filme do Dia: Inki and the Minah Bird (1943), Chuck Jones

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I nki and the Minah Bird (EUA, 1943). Direção: Chuck Jones. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Os encontros e desencontros entre um leão, um jovem pigmeu e um pássaro preto – ainda que o leão tenha sido esquecido no título original (a determinado momento, e por um curto espaço de tempo, o pigmeu é inclusive esquecido e a interação se dá apenas entre o pássaro e o leão). O estilo menos perfeccionista e seus cenários menos realistas já antecipam o caminho que a animação posteriormente enveredará – sobretudo através da forte influência do grafismo dos estúdios UPA. Seu surrealismo acede que um jovem pigmeu africano ao caçar uma borboleta e quase acerta-la tenha como revide, após uma olhada sintomaticamente cúmplice ao espectador,   um brado de leão que o faz correr desesperado.   E o soturno pássaro negro de andar cadenciado é um de seus maiores atrativos. Leon Schelesinger Studios para Warner Bros. 7 minutos e 28 segundos.

Filme do Dia: Coming! Snafu (1943), Chuck Jones

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C oming!! Snafu (EUA, 1943). Direção: Chuck Jones. Longe do compromisso comercial de exibição para um público amplo e também de um caráter mais institucional-oficial de outros curtas que dirigiria posteriormente (notadamente Drafty, Isn´t It? e A Hitch in Time ), Jones dirige (mas não assina) o primeiro da série que apresenta muito da dimensão sarcástica associada ao estilo Warner de animação e pouco caráter instrutivo, algo que será reforçado em episódios posteriores. Snafu – personagem idealizado pelo cineasta Frank Capra - aqui parece como um genérico, tanto é que são diversas figuras que o encarnarão, sendo talvez um dos dois momentos que nem sequer seriam produzidos numa série como Merry Melodies o que se apresenta o significado de Snafu, acrônimo popular entre as tropas então, cujo significado original (“Situação normal: todos fodidos”) é aqui suavizada para “todos alimentados”, embora marotamente as duas últimas letras tremulem e o narrador hesite em traduzi-las, deixan