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Filme do Dia: Junior and Karlson (1968), Boris Stepantsev

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  J unior and Karlson ( Malish i Karlson , URSS, 1968). Direção Boris Stepantsev. Rot. Adaptado Boris Lindgren,  a partir do livro de Astrid Lindgren. Fotografia Mikhail Druyan. Música Gennadiy Gladkov. Montagem Valentina Turubiner. Dir. de arte Yuriy Butyrin & Anatoliy Savchenko. Junior, garoto, vindo da escola,   descobre um cão do outro lado do sinal de tráfego e se aproxima dele. Descobre que o cão, com coleira, não está tão distante de seu bruto dono. E discute com este, sendo motivo de conversação à mesa do jantar, com o restante da família. Entediado na janela de seu quarto, não tem mais a mínima vontade de interagir com seus brinquedos até que observa alguém que irá se identificar como Karlson, voando com um hélices nas costas. Quando sua família sai e ele fica de castigo pela confusão provocada por Karlson em seu quarto, inclusive quebrando o lustre, Karlson reaparece. E o leva para um sobrevoo pela cidade. Na sua segunda aparição, ele o leva para um novo passeio e a

Filme do Dia: Últimas Palavras (1968), Werner Herzog

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  Ú ltimas Palavras ( Letzte Worte , Al. Ocidental, 1968). Direção e Rot. Original: Werner Herzog. Fotografia: Thomas Mauch. Montagem: Beate-Mainka Jellinghaus. Esse curta-metragem, do início da carreira do realizador, talvez possa ser observado mais como curioso exercício de fundamentação documental de algo, a rigor, criado pelo próprio cineasta. Trata-se de uma personagem mítica, que sobrevive às condições absurdas de uma ilha que fora colônia de leprosos. Parece existir uma certa gratuidade na forma como os “personagens” repetem – por   várias vezes -   as mesmas frases. Longe de se encontrar entre as obras inicias mais promissoras de Herzog, que o realizou enquanto preparava o projeto de seu primeiro longa, Sinais de Vida . A obsessão do realizador por personagens maiores que a vida e por uma mitologia peculiar, ainda que devidamente fantasiada (tal como em Fata Morgana) já se apresenta aqui presente. Werner Herzog Filmproduktion. 13 minutos.

Filme do Dia: La Partenza (1968), Jean-Claude Biette

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  L a Partenza (Itália, 1968). Direção Jean-Claude Biette.  Fotografia Giulio Albonico.  Com Giuseppe Bertolucci, Gianluigi Calderone.  Dois amigos discutem sobre a partida iminente de um deles (Bertolucci), jovem professor e insatisfeito com a vida que leva na Itália,   ao Marrocos. O outro amigo (Calderone) tenta convencê-lo, a partir de argumentos como os de Virgílio, que a inexistência de realidade acusada pelo amigo é uma questão subjetiva, e que seus problemas continuarão os mesmos em outro lugar, pois levará consigo sua subjetividade. O que parte ao exílio afirma que são palavras bonitas, mas que não o demoverão de sua viagem. Escreve depois uma carta à mãe na qual explica os motivos e o tempo que permanecerá ausente. Esse curta de Biette possui o encantamento dos que pretendem se expresser através de um meio ao qual ainda inicia carreira, e que não será o que tomará como profissão primeira – algo que, de maneira mais barroca fará, por exemplo, Djalma Limongi Batista em s

Filme do Dia: O Despertar Amargo (1968), Noel Black

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  O  Despertar Amargo ( Pretty Poison , EUA, 1968). Direção Noel Black. Rot. Adaptado Lorenzo Semple Jr., a partir do romance de Stephen Geller. Fotografia David L. Quaid. Montagem William H. Ziegler. Dir. de arte Harold Michelson & Jack Martin Smith. Cenografia : John Mortensen. Figurinos Ann Roth. Com Anthony Perkins, Tuesday Weld , Beverly Garland, John Randolph, Dick O’Neill, Clarice Blackburn, Joseph Bova, Ken Kercheval. Recém-saído de uma instituição de saúde mental, Dennis Pitt (Perkins), vai trabalhar numa indústria química. A autoridade responsável por ele, Azenauer (Randolph), apenas teme que sua mente demasiado imaginativa o complique. Ele se envolve com uma colegial, Sue Ann (Weld), que acredita em tudo falado por Dennis, que afirma para ela ser agente secreto. A partir de então, alguma destruição e mortes são resultantes dessa efêmera união amorosa. E o excentrismo avant la scene , em termos de cinema de grande circulação norte-americano, provavelmente é o qu

Filme do Dia: A Mulher da Neve (1968), Tokuzô Tanaka

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  A   Mulher da Neve ( Kaidan Yokojirô , Japão, 1968). Direção Tokuzô Tanaka. Rot. Adaptado Fuji Yahiro, a partir do conto de Lafcadio Hearn. Fotografia Chikashi Makiura. Música Akira Ifukube. Montagem Hiroshi Yamada. Dir. de arte Akira Naitô. Com Shiho Fujimura, Akira Ishihama, Machiko Hasegawa, Taketoshi Naitô, Mizuho Suzuki, Fujio Suga, Yoshirô Kitahara, Sachiko Murase, Tatsuo Hananuno. Em meio às comemorações discretas de um escultor (Hananuno) e seu jovem assistente, Yosaku (Ishihama) pela conclusão de uma obra, a qual imagina driblará os séculos, o assistente observa o escultor ser morto pelo espectro a surgir do meio da rigorosa nevasca a acometer os arredores da cabana. A mulher espectral o livra da morte por ser jovem e belo, desde que não venha nunca a comentar sobre o testemunhado. Tempos depois, ele sonha com o ocorrido, mas não revela nada como prometido, e desconversa para quem o criou desde pequeno, a viúva do mestre. Numa noite de chuva, repentinamente quem se

Filme do Dia: Eu Sou Curisoa - Azul (1968), Vilgot Sjöman

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  E u Sou Curiosa – Azul ( Jag är Nyfken – En Film i Blatt , Suécia, 1968). Direção e Rot. Original: Vilgot Sjöman. Fotografia: Peter Wester. Montagem: Wic Kjellin & Carl-Olov Skeppstedt. Com: Lena Nyman, Maj Hultén, Vilgot Sjöman, Börje Ahlstedt, Sonja Lindgren, Bertil Wikström, Hans Hellberg, Bim Warne, Peter Lindgren. A jovem Lena (Nyman) viaja para o desabitado Norte do país, filmando e se envolvendo sexualmente com o realizador do filme, Vilgot Sjöman (Sjöman) e entrevistando pessoas, “diante ou não das câmeras” sobre questões vinculadas à sexualidade como métodos anti-concepcionais, aborto e a projeção de um mundo cada vez mais super-povoado. Pensado certamente para ser o succ è s d’scandale que de fato se transformou, o filme de Sjöman se atreve a várias ousadias ou, a depender da perspectiva, oportunismo. No campo dos costumes, ao apresentar uma franqueza com relação a tópicos vinculados à sexualidade que atualizam algo  do qual a Suécia já tinha fama de pioneirismo (

Filme do Dia: As Amorosas (1968), Walter Hugo Khouri

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  A s Amorosas (Brasil, 1968). Direção e Rot. Original: Walter Hugo Khouri. Fotografia: Pio Zamuner. Música: Rogério Duprat. Música: Maria Guadalupe. Dir. de arte: Romeu Landrini. Com: Paulo José, Jacqueline Myrna, Lilian Lemmertz, Anecy Rocha, Stênio Garcia, Newton Prado, Inês Knaut, Ana Maria Scavazza. Marcelo (José), já não tão jovem, não consegue se vincular a nenhum emprego ou relacionamento amoroso. Seu esteio emocional   é a irmã, Lena (Lemmertz), que também lhe arruma dinheiro para que se mantenha minimamente morando em uma mansão provisoriamente abandonada, de improviso. Ele se envolve rapidamente com a companheira de apartamento da irmã, Marta (Myrna), a quem pretende inicialmente apontar que merece mais que o ambiente vulgar de ser vedete de TV ao qual se encaminha, mas depois perde as esperanças. Aproxima-se então de uma colega da faculdade, Ana (Rocha), que apaixona-se por ele, mas a quem ele afirma que não há futuro para a relação deles, deixando-a magoada e aflita. Vol

Filme do Dia: Saute Ma Ville (1968), Chantal Akerman

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  S aute Ma Ville (França, 1968). Direção: Chantal Akerman. Com: Chantal Akerman. Aborrecido curta amador onde Akerman, então com apenas 18 anos, desepenha uma mulher em estado de confusão mental que decide se suicidar. Ela veda todas as saídas de ar e liga o gás. Posteriormente, com tela escura, escuta-se os efeitos sonoros das seguidas explosões e a referência (igualmente sonora) aos créditos da produção.  Sua urgência juvenil, que passa por cima de qualquer elegância ou maneirismo estilístico talvez evoque um pouco a do primeiro curta dirigido por Fassbinder dois anos antes, Das Kleine Chaos (1966), mesmo que os resultados sejam aqui menos interessantes. World Artists. 12 minutos.

Filme do Dia: Singing Teacher (1968), Anatoliy Petrov

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  S inging Teacher ( Uchitel Peniya , União Soviética, 1968). Direção: Anatoliy Petrov. Rot. Original: Roza Khusnutdinova. Filme de estréia de Petrov, em que um hipopótamo entra no estúdio em que um professor se demosntra pouco empolgado com sua falta de talento musical. Mesmo que a animação seja de excelente qualidade, o filme acaba sendo prejudicado por se tratar de uma obra que resume toda a sua exepctativa ao efeito-piada. Soyuzmultfilm. 3 minutos e 20 segundos.

Filme do Dia: Diário de um Ladrão de Shinjuku (1968), Nagisa Oshima

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  D iário de um Ladrão de Shinjuku (Shinjoku Dorobo Nikki, Japão, 1968). Direção: Nagisa Oshima. Rot. Original: Masao Adachi, Nagisa Oshima, Mamoru Sasaki, Tsutomu Samura. Fotografia: Seizô Sengen & Yasuhiro Yashioka. Montagem: Nagisa Oshima. Com: Tadanori Yokoo, Rie Yokoyama, Kei Sato, Juro Kara, Tetsu Takahashi, Moichi Tanabe, Fumio Watanabe, Rokko Toura. As aventuras um jovem ladrão de livros (Yokoo) e de sua companheira, uma garota que trabalha na livraria (Yokoyama) onde ele age, no distrito de Shinjuku  expressam, através de sua verve moderna, fragmentada e heterogênea, toda a atmosfera de contestação do período no Japão, que surge como pano de fundo. Mesmo com uma forte presença da palavra escrita e lida, inclusive do uso recorrente do próprio título do filme (evidente referência a Genet que o filme não disfarça) e momentos de quase afasia narrativa contrastados com outros de surpreendente beleza e originalidade possam sugerir uma aproximação com Godard , sua construção so

Filme do Dia: Até Que o Casamento nos Separe (1968), Flávio Tambellini

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A té Que o Casamento nos Separe (Brasil, 1968). Direção: Flávio Tambellini. Rot. Adaptado: Flávio Tambellini, baseado na peça Os Pais Abstratos de Pedro Bloch. Fotografia: Rudolf Icsey. Música: Remo Usai. Montagem: Ismar Porto. Com: Mário Benvenutti, Vera Barreto Leite, Marisa Urban, Ary Fontoura, Flávio Porto, Anna Christie, Flário Ramos, Scarlet Moon, Sérgio Sanz, Monique Lafond. Danilo Ribeiro (Benvenutti) é um homem de quarenta anos, pai de um casal de filhos, que vive insatisfeito com sua vida, já que nem consegue avançar em suas pretensões intelectuais de escrever a tese de direito que deixou parada há 16 anos, quando resolveu se casar com Renata (Leite), a filha e herdeira do milionário empresário para quem trabalha e a quem detesta. Frustrado e decido a mudar de vida, abandona tudo e vai viver com sua amante, a jovem Denise (Urban). Porém, a viagem para a Europa é um tormento para Denise, pois Danilo apenas repete os mesmos locais que havia ido com a esposa em lua-de-mel.

Filme do Dia: Mandabi (1968), Ousmane Sembene

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M andabi (Senegal/França, 1968). Direção e Rot. Original: Ousmane Sembene. Fotografia: Paul Soulignac. Montagem: Gilbert Kikoïne & Max Saldinger. Com: Makhouredia Gueye, Ynousse N’Diaye, Isseu Nyang, Serigne Sow, Serigne N’Diayes,  Mustapha Ture, Farba Sarr, Moudon Faye, Mouss Diouf. Ibrahim Dieng (Gueye) é um senhor iletrado e desempregado que vive com dificuldades, alimentando-se e sendo cuidado por suas duas esposas (N’Diaye e Nyang) a partir de compras fiadas. Certo dia um carteiro (Faye) chega com uma missiva de um sobrinho (Diouf) de Ibrahim, que mora em Paris, com uma ordem de pagamento para Ibrahim. Rapidamente a notícia se espalha pelo bairro. Porém, quando Ibrahim vai tentar sacar a ordem, não possui identidade ou qualquer documento com foto. Na peregrinação para conseguir seus documentos é enganado por várias pessoas, incluindo o fotógrafo que pretensamente tira as fotos para o documento e um homem letrado a quem recorre, que lhe afirma ter assaltado e não lhe deix

Filme do Dia: Amblin' (1968), Steven Spielberg

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A mblin’ (EUA, 1968). Direção, Rot. Original e Montagem: Steven Spielberg. Fotografia: Allen Daviau. Música: Michael Lloyd. Com: Richard Levin, Pamela McMyler, Henry Axelrod. Um garoto (Levin) pede sem sucesso carona em beira de estrada. Logo se junta a ele uma garota (McMyler) na mesma situação nesse curta que poderia ser pensado, em termos retrospectivos, como partilhando de um tom demasiado “leve” em comparação com o que era produzido contemporaneamente por outros cineastas iniciantes. Aqui, apenas música e imagem e ruídos são apresentados e a odisseia do casal até a Costa do Pacífico, marcada pela descoberta do sexo e das drogas, não ofusca a inocuidade com que tudo acaba sendo apresentado. Ainda assim, pode-se pensar que temas vinculados à realidade de seu tempo são tocados, mesmo que de forma demasiado imatura e quase tão inconsequente quanto o casal retratado, tendo igualmente direito a um final não exatamente feliz – a garota parte sem avisar ao parceiro – e relativamente

Filme do Dia: Se...(1968), Lindsay Anderson

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S e... ( If... , Reino Unido, 1968). Direção: Lindsay Anderson. Rot. Original: David Sherwin & John Howlett sob o roteiro The Crusaders . Fotografia: Miroslav Ondrícek. Música: Mark Wilkinson. Montagem: David Gladwell. Dir. de arte: Jocelyn Herbert & Brian Eatwell. Figurinos: Shura Cohen. Com: Malcolm Mcdowell, David Wood, Richard Warwick, Christine Noonan, Rupert Webster, Robert Swann, Hugh Thomas, Michael Cadman. Em um colégio interno que comemora seu meio milênio de existência, mas que passa por dificuldades para manter seu prestígio, um grupo de jovens, liderados por Mick Travis (Macdowell) acaba chamando a atenção de um grupo de deões, particularmente Denson (Thomas). Travis foge com um amigo Johnny (Wood) após furtar uma moto para um passeio, onde conhecem uma garçonete (Noona). Após serem castigados com uma humilhação física, a dupla, juntamente com Wallace (Warwick), atira com balas de verdade em um treinamento militar escolar, ferindo um dos oficiais. Disposto

Filme do Dia: Os Monkees Estão Soltos (1968), Bob Rafelson

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O s Monkees Estão Soltos ( Head , EUA, 1968). Direção: Bob Rafelson. Rot. Original: Bob Rafelson & Jack Nicholson. Fotografia: Michel Hugo.  Montage: Michael Pozen. Dir. de arte: Sydney Z. Litwack. Cenografia: Ned Parsons. Figurinos: Gene Ashman. Com: Peter Tork, Davy Jones, Mick Dolenz, Michael Nesmith, Annette Funicello, Timothy Carey, Logan Ramsey, Abrahan Sofaer. Tendo iniciado sua carreira produzindo justamente uma série de TV   dirigida por Rafelson cujos protagonistas eram a versão pasteurizada dos Beatles nos EUA, The Monkees, criação dele próprio, Bert Schneider produziu esse tolo veículo para a banda, que igualmente no estilo cinematográfico   não possui outro destino que o de imitar novamente a banda britânica, com resultados pífios. Assim como Os Reis do Iê-Iê-Iê (1964),de Lester se dá uma roupagem atraente (e aqui ainda mais descerebrada e inclusive chegando mesmo a ser vil, como na sua utilização oportunista de chocantes imagens da Guerra do Vietnã, para a