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Mostrando postagens com o rótulo 1899

Filme do Dia: Astor Battery on Parade (1899), J. Stuart Blackton & Albert E. Smith

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  A stor Battery on Parade (EUA, 1899). Fotografia J. Stuart Blackton & Albert E. Smith. Uma parade é filmada de uma perspective bastante semelhante a presente em Buffalo Police on Parade (1897), ao ponto de se poder questionar, assistindo somente uma vez a ambos, tratar-se do mesmo filme com acréscimos de algumas imagens. Ao contrário da parada de Buffalo, no entanto, a simetria dos que desfilam não chega a ser tão rigorosa, ao menos depois do primeiro pelotão. Assim como um militarismo, inclusive com exibição de armas e movimento delas, é mais patente do que na outra; enqunanto na outra se respira um ar de maior comodidade e comunidade com a sociedade civil. Vai nessa mesma trilha o movimento mais nervoso, agitado e rápido do passe dos militares em relação a tranqüilidade que acompanha os policiais. Edison Manufacturing Co. 47 segundos.

Filme do Dia: The Bitter Bit (1899), James Bamforth

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  T he Bitter Bit (Reino Unido, 1899). Direção James Bamforth. Homem pressiona a mangueira com a mão, impedindo o fluxo de água de circular. O homem que regava o jardim estranha e observa a saída da mangueira, quando o homem retira o pé da mesma, esguinchando água sobre. O brincalhão se encontra escondido atrás de uma árvore e quando o alvo de sua brincadeira percebe tudo vai atrás dele, que utiliza a própria árvore para tentar fugir do outro, mas é capturado pelo mesmo que o molha com a mangueira. Bamforth não parece alguém propriamente criativo. Das três produções sobreviventes de sua autoria, ao menos duas são cópias de filmes alheios – no caso de The Kiss in the Tunnel , de um homônimo com enredo similar. E, pior que isso, consegue piorar seus copiados. No caso deste. Com mais tempo para apresentar sua “história” que o célebre O Regador Regado , de quatro anos antes, dos Lumière, uma boa parte do seu tempo é gasta em uma inverossímil brincadeira no estilo pega-pega entre os do

Filme do Dia: O Beijo no Túnel (1899), G.A. Smith

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  O  Beijo no Túnel ( The Kiss in the Tunnel ,   Reino Unido, 1899). Direção e Fotografia: G.A. Smith. Com: G.A. Smith, Sra. G.A. Smith. Esse filme em três planos é tido como uma dos primeiros a fazer uma articulação da montagem mais próxima de um viés narrativo tradicional. Entre dois planos de imagens captadas a partir de um trem em movimento, uma cena evidentemente filmada em estúdio (o contraste não poderia ser maior e, de fato, se trata da junção de planos da encenação em estúdio com um filme já anteriormente produzido em locação), na qual um homem toma coragem de beijar a mulher que o acompanha no vagão, justamente no momento em que o trem adentra em um túnel. Duas tradições temáticas do período igualmente aqui se entrecruzam, a do erotismo dos “filmes de beijo” ( The Kiss , de Edison, sendo o exemplo mais conhecido) e de filmes sobre trilhos ou envolvendo trens. Detalhe curioso: o próprio realizador e sua esposa interpretam o casal. G.A.S. Films/Warwick Trading Co. 1 minuto e

Filme do Dia: Columbia Winning the Cup (1899), J. Stuart Blackton & Albert E. Smith

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  C olumbia Winning the Cup (EUA, 1899). Fotografia: J. Stuart Blackton & Albert E. Smith A vitória que faz menção o título é bastante apropriada para dirigir o olhar do espectador em relação à imagem tal como uma legenda o faria em uma manchete jornalística. Tal se deve ao fato de que, para além do filme já se encontrar bastante deteriorado, a distância com que tudo é filmado praticamente impede que se visualize de modo preciso quem se torna o vencedor, sendo os dois barcos praticamente idênticos. É bastante compreensível a atração por motivos que envolvem o mar, pois constitui, sem dúvida, uma atração à parte não apenas as imagens do mar como captadas a partir dele, com a câmera singrando igualmente ao sabor das ondas. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 36 segundos.

Filme do Dia: Panorama of Calcutta (1899), John Benett-Stanford

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  P anorama of Calcutta (Reino Unido, 1899). Fotografia: John Benett-Stanford. Esse, tido como um dos primeiros registros cinematográficos a ser efetivado na Índia, observa o intenso borburinho humano que ocorre ao redor das margens do rio. Chama a atenção a velocidade acima da média do veículo que transporta a câmera, assim como os motivos que decoram as balaustradas e os peculiares guarda-sóis abertos como gigantescos cogumelos, por entre mulheres a lavarem roupas, assim como também alguns homens, ainda que a maior parte desses se encontre em embarcações de pesca ou transporte de mercadorias. Algo que mal consegue se adivinhar tal a rapidez com que a imagem efetua o seu “recorte do real”. Warwick Trading Co. 1 minuto e 20 segundos.

Filme do Dia: The Gordon Highlanders (1899), William K.L. Dickson

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  G ordon Highlanders (Reino Unido, 1899). Fotografia: William K.L. Dickson Um regimento escocês desfila diante da Rainha Vitória. Temos apenas a visão da parada. As paradas são um tema constante dos primeiros anos do cinema e múltiplos títulos da cinematografia americana atestam isso. Uma peculiaridade dessa produção em relação as suas congêneres americanas é que que enquanto naquelas aparentemente o que se pretende saldar são as próprias instituições em desfile (bombeiros, policiais ou o que seja) aqui tudo parece se encontrar a serviço do olhar imperial. Curiosamente a anarquia é bem maior, assim como a aberta repressão – diversas crianças sofrem punições diante das câmeras, por exemplo. Porém o motivo da punição parece se encontrar menos em se tentar organizar o desorganizado cortejo do que salvaguardar a câmera da presença demasiado próxima dos passantes. Como a produção norte-americana contemporânea, aqui também já se percebe uma duração maior dos filmes do que a média dos prim

Filme do Dia: 104th Street Curve, New York, Elevated Railway (1899), James H. White

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  1 04th Street Curve, New York, Elevated Railway (EUA, 1899). Direção: James H.White. Observando detidamente comboios ferroviários se deslocando em um momento em que aparentemente efetuam uma curva a partir de um ângulo fixo em sentidos inversos por nada menos que 40 segundos, no quadro seguinte se observa a partir da perspectiva do próprio trem o movimento e aqui sim se deve certamente o maior interesse provável nesse filme então, que é o de proporcionar essa sensação de movimento propororcionado pelo veículo no próprio espectador – sensação que seria potencializada em aparatos que buscavam maximizar esse efeito como os Hale’s Tours de meia década após e que faziam muitas vezes uso desse material mais antigo. A sensação de movimento, plenamente cinematográfica e que seria explorada pelas décadas seguintes do cinema, é herdeira dos filmes pioneiros dos Lumière a explorarem tal recurso, sendo que nesse momento tal prática já se encontrava disseminada mundialmente como atesta filmes

Filme do Dia: Capture of Trenches at Candaba (1899)

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Capture of Trenches at Candaba (EUA, 1899). Mais um filme que se apóia no conflito com as Filipinas. Aqui, filipinos defendem trincheiras (que, segundo o catálogo da companhia, foram reconquistadas por eles, ainda que não exista nenhuma menção a isso no plano da imagem) até a cavalaria americana se aproximar. A maior parte foge. Não existe exatamente algo mais conclusivo sobre a captura dos filipinos que permanecem nas trincheiras, como sugere o título, ainda que se encontrem evidentemente em situação de inferioridade – de fato o que se observa, já ao final do filme e provavelmente sem ter sido planejado, é a queda de um soldado americano de seu cavalo. Edison Manufacturing Co. 53 segundos.

Filme do Dia: Parke Davis' employees (1899)

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Parke Davis’ Employees (EUA, 1899). Fotografia: Frederick S. Armitage. A saída dos operários de uma fábrica de Detroit remonta evidentemente ao filme realizado pelos Irmãos Lumière quatro anos antes em La Sortie de las Usines Lumière . Mesmo que o ângulo captado aqui seja bem diverso,  e não se divise, por exemplo, nenhum ambiente da fábrica, pouca coisa mudou nessa representação também filmada em plano contínuo. Curiosamente um homem parece acenar para a câmera, algo não entrevisto no filme francês e o batalhão de bicicletas conduzido por homens e mulheres, sendo os trajes para cada gênero bastante semelhantes ganha destaque, talvez provocando a quase corrida final de um batalhão de pedestres que também querem ser captados pela imagem ou o foram admoestados a apressar o ritmo. Um guarda de trânsito, em primeiro plano, parece exercer não apenas seu papel ordinário como igualmente preservar que o espaço próximo a câmera não seja invadido por pedestres ou ciclistas. American Muto