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Mostrando postagens com o rótulo Silly Symphonies

Filme do Dia: Travessuras Árticas (1930), Ub Iwerks

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  T ravessuras Árticasctic Antics (EUA, 1930). Direção: Ub Iwerks. Dizem que Iwerks implementou o padrão que seria seguido pelas animações da Disney e essa animação parece ser a comprovação disso. Mesmo ainda destituída de cores, importa menos qualquer pretensão narrativa mais fechada, do que apresentar uma série de animais polares – incluindo um Mickey albino! – em coreografias, nas quais o movimento dos mesmos parece ser ditado antes pelo ritmo de sua trilha musical. Quando se fala em séries não se deve secundarizar o efeito, tal como nos musicais de Busby Berkeley, em que coreografias de pingüins, morsas ou o que seja, evoluem, e o   efeito “abstrato” que tal dimensão pode sugerir, menos pela representação gráfica do que resulta da coreografia coletiva, como em Berkeley , que pela recusa de personagens principais ou de uma trama narrativa mais conseqüente. Tampouco é incomum que tais grupos deixem de possuir elementos “anômalos” ao padrão homogeneizador – no caso dos pingüins, doi

Filme do Dia: Melodias Egípcias (1931), Wilfred Jackson

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  M elodias Egípcias ( Egyptian Melodies , EUA, 1931). Direção: Wilfred Jackson.  Música: Frank Churchill. Uma aranha envereda pela sinistros corredores povoados de fantasmas da Esfinge de Gizé. Lá uma dança toma conta não somente de múmias, mas dos próprios hieróglifos nas paredes. Animação da série Silly Simphonies, longe de se encontrar dentre as mais destacadas e produzida em preto&branco. Walt Disney Prod. para Columbia Pictures.  6 minutos e 5 segundos.

Filme do Dia: Woodland Café (1937), Wilfred Jackson

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  W oodland Café (EUA, 1937). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Isadore Klein, Bianca Majolie & Dick Rickard. Música: Leigh Harline. Noite de muita dança e jazz no café predileto dos insetos. Inicialmente tomando partido da adaptação antropomórfica do baile dos insetos, em que suas muitas patas fazem as vezes de múltiplas mãos, em termos de chapelaria, músicos, garçons e dançarinos, esse curta – provavelmente do auge do talento senão criativo, pictórico, do estúdio – envereda a determinado momento por uma situação singular, envolvendo um “casal”, em que a grosseira misoginia da figura masculina é sobrepujada pela feminina em seu último momento, sem deixar de lado as alusões racistas bastante comuns no período, das quais praticamente todos os estúdios praticaram. Parte das Silly Symphonies , 75 curtas metragens produzidos entre 1929 e 1939. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 7 minutos e 39 segundos.

Filme do Dia: Music Land (1935), Wilfred Jackson

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  M usic Land (EUA, 1935). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Pinto Colvig. Saxofone da Ilha do Jazz se apaixona por um contrabaixo da Terra da Sinfonia. O Mar da Discórdia não é capaz de separá-los, mas a presença do saxofone gera uma sucessão de situações desastrosas que o fazem ser aprisionado. Quando liberto, foge com seu contrabaixo, mas os exércitos dos dois reinos se encontram em guarda para evitar a união. Quando chega o momento da separação do casal, os governantes dos dois países também acabam por se apaixonar. Mesmo que de longe mais ingênuos que a maior parte da produção da concorrente Warner, sobretudo de alguns anos após, algumas produções da série Silly Simphonies , como é o caso dessa em questão, tornam-se mais interessantes que a média. Abdicando de qualquer diálogo, sendo as breves evocações desses emulações de acordes musicais, esse curta ainda apresenta como moral da história que as tensões existentes entre a música clássica e o jazz podem ser contornadas,

Filme do Dia: O Rei Netuno (1932), Burt Gillett

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  O   Rei Netuno  ( King Neptune , EUA, 1932). Direção: Burt Gillett. Música: Bert Lewis. A harmonia do reino de Netuno é atrapalhada pela súbita presença de um barco pirata cujos homens ficam sedentos para terem contato com um grupo de sereias. Eles conseguem capturar apenas uma. E enquanto a torturam e tentam dominá-la a bordo, todo um exército de seres da natureza marinha se une para libertá-la de seus captores. O golpe de misericórdia surge quando Netuno, finalmente livre das amarras da âncora lançada pelo barco pirata, investe contra o navio. Integrante das Silly Symphonies .      Talvez o que mais salte aos olhos muitas décadas após seja não apenas o relativo grau de “licenciosidade” com relação a apresentação das sereias, cujos seios são adivinhados mais que propriamente entrevistos em detalhe e marinheiros bastante sexuados, com sua virilidade exposta através de fálicos trabucos enfiados em suas calças, mas igualmente o grau de misoginia e violência a que é exposta a sereia

Filme do Dia: Show de Calouros do Mickey (1937), Pinto Colvig, Erdman Penner & Walt Pfeiffer

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  S how de Calouros do Mickey ( Mickey’s Amateurs ,   EUA, 1937). Direção: Pinto Colvig, Erdman Penner & Walt Pfeiffer. Música: Oliver Wallace. Num concurso de calouros que tem como apresentador Mickey, surgem os candidatos. Bafo de Onça apresenta um péssimo vocal e é eliminado de imediato.   Donald se atrapalha todo com a letra da canção e é desclassificado sem querer sair do palco. Clarabela e Clara de Ovos fazem um duo, com a primeira ao piano e a segunda cantando (e procurando o microfone). Pateta surge como homem-banda “explosivo”. Curta rotineiro do estúdio que embora apresente a ingenuidade característica do estilo de animação da década, distancia-se, de certo modo, do universo de irrestrita fantasia e musical de boa parte dos estúdios rivais e que impregna a própria série da Disney Silly Symphonies que, aliás, serviu de farol para essas. Parece servir também como “veículo” para que os espectadores não esqueçam de personagens coadjuvantes. O público é quase sempre apres

Filme do Dia: Mother Goose Goes Hollywood (1938), Wilfred Jackson

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M other Goose Goes Hollywood (EUA, 1938). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Dick Rickard. Música: Edward H. Plumb. Se a auto-referencialidade dos estúdios ao star-system erigido por eles próprios vivia seus dias de glória, algo nada incomum igualmente ao universo da animação, o diferencial desse curta integrante da série Silly Symphony se dá por não fazer uso de nenhum personagem que se dirige a Hollywood como o título poderia pressupor. De fato, aqui se parte das páginas da Mamãe Ganso, com os astros compondo elementos ilustrados para suas rimas. Da referência inicial da Mamãe Ganso rugindo como o leão da Metro à imagem final de Katharine Hepburn, sempre grave em sua dramaticidade independente do ambiente ou situação (que pode ser inclusive de comédia pastelão, como quando a torta que é endereçada pelo Gordo ao Magro acaba por lhe atingir o rosto), ou de se encontrar dentro da garganta de um dos personagens ao final. Observa-se a presença de, dentre outros, os Irmãos M

Filme do Dia: O Velho Moinho (1937), Wilfred Jackson

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O   Velho Moinho ( The Old Mill , EUA, 1937). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Dick Rickard. Música: Leigh Harline. Num velho moinho, pássaros diversos, ratos e morcegos convivem em harmonia. Uma ventania forte põe em suspensão a mesma e todos se vêem aflitos com a possibilidade de seu ninho desabar. A calmaria do dia seguinte, no entanto, saúda novamente com paz e tranquilidade o local. Ainda que a sucessão harmonia/conflito/harmonia possa sugerir algo de dramático, é sobretudo através da conjunção lírica entre a perfeição dos traços do desenho e   o canto vocal que compõe a parte musical (bem mais sofisticada do que a da série equivalente da Paramount, sempre centrada somente em canções) que antecipam, ainda que de forma mais modesta, o lirismo de Fantasia . No mais, não existe propriamente humor, sendo esse sufocado por uma visão romântica de uma natureza onde não existem predadores e suas vítimas – somente as minhocas, por  serem menos passíveis de identificação, é q

Filme do Dia: Flores e Árvores (1932), Burt Gillett

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F lores e Árvores ( Flowers and Trees , EUA, 1932). Direção: Burt Gillett. Esse curta-metragem animado foi o primeiro filme colorido da história do cinema. Disney utiliza o seu habitual mote da antropomorfização de animais e plantas para narrar uma história de amor entre duas árvores ameaçada pela presença de um velho tronco malévolo, que provoca incêndio na floresta. Presença fundamental é a da música (ainda que sonorizado, o filme não possui diálogos)em sua afinada orquestração com os movimentos, tal como Disney aprimorará posteriormente em seu Fantasia (1940). Faz parte da série Silly Simphonies . National Film Registry em 2021. Walt Disney Productions para United Artists. 7 minutos e 48 segundos.

Filme do Dia: A Dança dos Esqueletos (1929), Walt Disney

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A  Dança dos Esqueletos (EUA, 1929). Direção: Walt Disney. Música: Carl W. Stalling. Essa primeira das Silly Symphonies , mesmo não possuindo a virtuosidade técnica e as cores de alguns títulos posteriores da série, tais como Os Três Porquinhos (1933), apresenta um humor menos comportado e mesmo impensável em alguns momentos na produção posterior do estúdio. Como o momento no qual o esqueleto pioneiro literalmente abocanha toda a imagem do quadro. Aqui, um esqueleto resolve sair para se divertir após a meia-noite, seguido por um grupo. Entre os momentos mais divertidos, o que um esqueleto faz um de seus parceiros de xilofone, o que um deles faz o arremedo de passos do fox-trot ou o que um dos esqueletos se desfaz de um dos seus próprios ossos para se livrar do canto insistente de uma coruja. Stalling ficaria mais conhecido como realizador de trilhas musicais para os desenhos da Warner da série Pernalonga. Walt Disney Prod. para Columbia Pictures. 5 minutos e 20 segundos

Filme do Dia: O Pequeno Havita (1937), David Hand

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O Pequeno Havita ( Little Hiawatha , EUA, 1937). Direção: David Hand. Música: Albert Hay Mallote. O Pequeno Hawita parte para a caça, mas acaba sendo motivo de mofa de todos os animais da floresta, assim como o herói deles quando resolve poupar o filhote de coelho. Os animais retribuirão seu gesto quando o jovem índio se deparar com um enorme e valente urso. À qualidade irrepreensível da animação da Disney se une a sua habitual excessiva docilidade e um auto-centramento de todo o universo em torno de seu protagonista-criança que supõem um diálogo com crianças de tenra infância. Avery parodiaria impiedosamente tudo isso com seu Big Heel-Whata (1944), protagonizado por um índio um tanto lento e de sexualidade pouco definida. Compõe a série Silly Simphonies . Walt Disney Prod. para United Artists.  9 minutos e 13 segundos.

Filme do Dia: Coelhinhos Engraçadinhos (1934), Wilfred Jackson

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Coelhinhos Engraçadinhos ( Funny Little Bunnies , EUA, 1934). Direção: Wilfred Jackson. Música: Frank Churchill & Leigh Harline. Aos olhos contemporâneos, mesmo a produção da década de 30 da série Silly Simphonies , modelo que de certa forma padronizou a estética e a ética da animação comercial de seu tempo nos Estados Unidos, e por extensão em boa parte do mundo, pode ter suas variantes. O mesmo Jackson, por exemplo, assinou títulos, por variados motivos, bem mais interessantes ( Music Land , The Old Mill ). Aqui se rende completamente a conjunção canções, números de dança com animais antropomorfizados e cores saturadas, com absoluta ausência de uma linha narrativa que evidencie alguma evolução ou conflito, pelo contrário contentando-se no caráter descritivo de um universo de coelhos e suas técnicas de fabricação e acondicionamento de ovos de páscoa. Walt Disney Prod. para United Artists/RKO Radio Pictures. 6 minutos e 52 segundos.

Filme do Dia: Arctic Antics (1930), Ub Iwerks

Arctic Antics (EUA, 1930). Direção: Ub Iwerks. Dizem que Iwerks implementou o padrão que seria seguido pelas animações da Disney e essa animação parece ser a comprovação disso. Mesmo ainda destituída de cores, importa menos qualquer pretensão narrativa mais fechada, do que apresentar uma série de animais polares – incluindo um Mickey albino! – em coreografias, nas quais o movimento dos mesmos parece ser ditado antes pelo ritmo de sua trilha musical. Quando se fala em séries não se deve secundarizar o efeito, tal como nos musicais de Busby Berkeley , em que coreografias de pingüins, morsas ou o que seja, evoluem, e o  efeito “abstrato” que tal dimensão pode sugerir, menos pela representação gráfica do que resulta da coreografia coletiva, como em Berkerley, que pela recusa de personagens principais ou de uma trama narrativa mais conseqüente. Tampouco é incomum que tais grupos deixem de possuir elementos “anômalos” ao padrão homogeneizador – no caso dos pingüins, dois deles, um mais vel