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Filme do Dia: The Birth of a Flower (1910), F. Percy Smith

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T he Birth of a Flower (Reino Unido, 1910). Direção: F. Percy Smith. Exercício pioneiro de fotografar diversas flores se abrindo pelo naturalista Smith.Talvez menos interessante que as imagens em si, para o espectador de mais de um século após de sua realização, acostumado a cenas do tipo observadas dezenas de vezes em programas de TV, seja o filme fazer uso de um processo pioneiro de cor que não parte da pintura artesanal da película chamado Kinemacolor, que teria vida relativamente breve e fazia uso de filtros nas projeções e filmagens de um original em p&b. Charles Urban Trade Co. 7 minutos.  

Filme do Dia: Como na Vida (1910), D.W. Griffith

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  C omo na Vida ( As It Is in Life, EUA, 1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Stanner E.V. Taylor. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: George Nichols, Gladys Egan, Mary Pickford, Marion Leonard, Charles West, Mack Sennet, William J. Butler, Kate Bruce. George (Nichols), velho viúvo pobre que trabalha numa fábrica de pombos tem que sustentar a si e a sua jovem criança (Egan). Ele abre mão de um velho amor de infância (Leonard) pois não poderá sustentar as duas e não se conforma quando, logo após retornar, a filha se enamora de um rapaz (West) e se casa, saindo de sua residência.            Esse melodrama griffithneano trai um tanto de patético, como lhe é habitual mas, ao mesmo tempo, com sua mescla de fatos dramáticos e divertidos – há uma seqüência bem humorada na qual Pickford não consegue atrair ninguém para auxiliar ela e seu bebê que soa extremamente moderna – parecendo antecipar basicamente melodramas envolvendo famílias até os dias de hoje, tocando na questão dos laços de

Filme do Dia: Salomé (1910), Ugo Falena

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  Salomé (Itália, 1910). Direção: Ugo Falena. Com: Vittoria Lepanto, Laura Orette, Ciro Galvani, Achille Vitti, Francesca Bertini, Gastone Monaldi. Salomé tenta seduzir João Batista (Galvani), que se encontra confinado, mas a recusa. Herodes (Orette) fica fascinado pela dança de Salomé (Lepanto) e pede qualquer desejo seu. Essa ordena-lhe então que seja decepada a cabeça de João Batista, que ela retira feliz do poço onde se encontrava e põe sob uma bandeja. Ao menos nesta versão incompleta (dos seus originais doze minutos) e também sem cartelas, esse filme de Falena, conhecido por seu interesse pelos épicos ( Romeo e Giulietta , de dois anos após, dentre eles), talvez chame mais atenção ao público de mais de um século após por sua dificuldade em tornar compreensível sua narrativa para aqueles não conhecedores do relato bíblico. Colorizado, para ressaltar os adereços cenográficos e de figurinos. A cena dos véus procura certamente explorar o apelo erótico. Lepanto, como as divas do c

Filme do Dia: O Mar Imutável (1910), D.W. Griffith

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  O   Mar Imutável ( The Unchanging Sea , EUA,1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Adaptado: Griffith, baseado no poema The Three Fishers , de Charles Kingsley. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Arthur V. Johnson, Linda Avidson, Gladys Egan, Mary Pickford, Charles West, Kate Bruce, Alfred Paget. Pescador (Johnson) desaparece em naufrágio, deixando a jovem esposa (Avidson) com filha pequena (Egan) para criar e retornando sempre ao local onde o vira pela última vez. Ele acaba se incorporando a outra comunidade de pescadores, aonde as ondas o levaram, tragando sua memória. Anos depois, a mãe sofre com a solidão crescente, após a partida da filha (Pickford) com o marido (West) também pescador. Quando vai ao mesmo local de sempre chorar suas mágoas, reencontrará o marido, que redescobre a memória ao desembarcar por acaso no local em que vivera sua juventude. Griffith realizou um filme bastante atípico, seja em termos visuais, seja em termos da ausência de suas prédicas morais tão insistent

Filme do Dia: Making Christmas Crackers (1910)

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  M aking Christmas Crackers (Reino Unido, 1910). Com: A.E. Coleby O que mais chama a atenção nesse filme é o quanto a linha entre uma postura mais próxima do que hoje seria chamado documentário e o elemento ficcional era algo que se encontrava longe de ser necessariamente distinta. Acompanha-se em planos demasiado aproximados da câmera, em relação à prática ficcional comum então – e aqui a motivação certamente é de apresentar os processos de trabalho da fabricação de utensílios natalinos que dá nome ao título – diversas operações distintas efetivadas por vários operários. O que mais chama a atenção hoje é o caráter extremamente mecânico das ações, algo acentuado pela montagem acelerada. Pouco depois, no entanto, e já sob um registro mais visualmente típico da época, observa-se um plano mais aberto que apresenta uma família se deleitando com os presentes e adereços natalinos. Ainda que a relação aqui a ser pensada tenha algo de causa-efeito – é o processo de trabalho anteriormente ap

Filme do Dia: A Child of the Ghetto (1910), D.W. Griffith

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  A   Child of the Ghetto (EUA, 1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Stanner E.V. Taylor. Fotografia: G.W. Bitzer & Arthur Marvin. Com: Dorothy West, Kate Bruce, Dell Henderson, Charles West, W.Chrysthie Miller, George Nichols, Henry B. Walthall, Clara T. Bracy. Ruth (West) perde a mãe que a sustentava. Além do pesar pessoal, ela agora terá que lidar com o próprio sustento, no ambiente profundamente hostil à solidariedade do gueto em que vive em Nova York. A busca de emprego, vem a ser acusada de furto e consegue fugir, refugiando-se no campo, onde rapidamente é acolhida por uma família, em que o fazendeiro (Walthall) demonstra seu interesse por ela. Quando tudo parece tranquilo, um dos investigadores da polícia, Quinn (Nichols), em passeio de lazer, reconhece-a. A forma patética como a protagonista implora por piedade, partindo inclusive de códigos dramáticos por demais cifrados, como seu gesto diante do caixão da mãe ao início, parece quase pedir uma retribuição viol

Filme do Dia: Le Placier est Tenace (1910), Émile Cohl

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  L e Placier est Tenace (França, 1910). Direção: Émile Cohl. Vendedor insistente estimula ainda mais o comportamento neurótico de um burguês em seu apartamento, insistindo, através de diversos métodos, em vender seu produto. Desesperado, o homem abandona sua residência e pega uma carruagem. Ele decide comprar uma passagem para a Austrália.   Porém, o vendedor por lá aparece. E, mesmo quando ele sobe aparentemente sozinho em um balão, logo descobrirá que possui companhia. O homem pula do balão, no que é seguido pelo vendedor. Ambos são carregados em macas por moradores do local onde caíram. Ao fugir do vendedor uma vez mais, torna-se vítima de uma tribo de indígenas. Destaque para a incomensurável profundidade de campo da via que a carruagem com o proprietário atravessa. Talvez para compensar a ausência de protagonismo da animação (ao menos em seu formato mais convencional, o desenho animado), que era o elemento mais forte de suas produções via de regra, até próximo do final,  Cohl

Filme do Dia: Rei Lear (1910), Gerolamo Lo Savio

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  R ei Lear ( Re Lear , Itália, 1910). Direção: Gerolamo Lo Savio. Com: Francesca Bertini, Giannina Chiantoni, Olga Giannini Novelli, Ermete Novelli. Rei Lear (Ermete Novelli) decide dividir seu reino entre suas três filhas. Aparentemente a menos afetuosa com seu pai, Cordelia (Bertini), será a que menos atenção receberá do pai na partilha de seus bens. Logo, no entanto, ele comprovará que é justamente ela quem mais o ama. Produção que certamente segue o gênero instituído pelo cinema francês alguns anos antes do film d´art , ou seja, adaptações de obras de clássicos da literatura que pretendiam trazer uma aura de respeitabilidade maior para o cinema, contando igualmente para isso com uma estética cenográfica marcadamente teatral, algo que também pode ser percebido na constante presença de planos abertos e na lenta estruturação dos planos, quando comparada aos menos pretensiosos filmes dirigidos por Griffith para a Biograph, anteriores a essa produção. Bertini tornar-se-ia uma das

Filme do Dia: Le Retapeur de Cervelles (1910), Émile Cohl

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L e Retapeur de Cervelles (França, 1910). Direção: Émile Cohl. Esposa vai com seu marido, que se encontra segundo ela ligeiramente senil (a palavra que ela fala, segundo a cartela, é “gagá”) a um médico. Ele passa a examinar seu cérebro com um aparelho de forma de cone. Logo o médico conseguirá extrair de seu crânio o filamento que provoca as ideias alucinadas no velho. Suspeita-se que o quadro negro ao fundo servirá como pretexto para que sejam exibidas as animações do pioneiro Cohl. Porém não é o que ocorre. Menos que o formato repetitivo que acompanhava a produção de Cohl, ao mesclar trechos de imagens de ação ao vivo com animação – separados uns dos outros esses trechos, bem entendido – a partir de um motivo específico qualquer, porém nada fantasioso em si próprio, o que chama demasiada atenção é um exemplar pioneiro de magnífica livre associação de imagens no campo da animação, tal como tantos outros cineastas vanguardistas (ou não) o farão ao longo das décadas, mas so

Filme do Dia: Daddy's Double (1910), Lloyd Lonergan

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D addy’s Double (EUA, 1910). Rot. Original: Lloyd Lonergan. Fotografia: Blair Smith. Com: Frank Hall Crane, Fred Santley, Isabelle Daintry. Pai (Crane) excessivamente cuidadoso não quer ver sua jovem filha (Daintry) casada ainda tão moça e faz questão de afastar o assédio do seu jovem enamorado (Santley) várias vezes e, finalmente, ao enviá-la para um internato. O persistente jovem, no entanto, tenta fugir com a moça e é flagrado pela dona do internato. Ele então possui a idéia de se fazer passar pelo pai da moça e, caracterizado como tal, consegue convencer tanto o motorista do verdadeiro pai quanto a dona do internato e procura um juiz para se casar. O verdadeiro pai, desesperado, segue o seu carro, e quando adentra a casa do juiz, acaba se deparando com um sósia de si mesmo. Quando o jovem desfaz o mal-entendido, retirando o disfarce, o pai finalmente aprova a relação do casal. Não há registros sobre quem tenha dirigido esta trivial produção para o estúdio primo pobre da Bio

Filme do Dia: The Vicar of Wakefield (1910), Theodore Marston

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T he Vicar of Wakefield (EUA, 1910). Direção: Theodore Marston. Rot. Original: Oliver Goldsmith. Com: Martin Faust, Frank Hall Crane, Anna Rosemond, William Garwood, Marie Eline, Bertha Blanchard, Lucille Young, William Russell. O Vigário de Wakefield (Faust) descobre que sua filha fugiu com um conquistador que forjou um falso casamento. Desesperado, ele entra em depressão e contrai dívidas na sua busca pela filha. Quando essa retorna para casa, desgostosa com o marido negligente e irresponsável, o pai se encontra pendurado em dívidas e tem sua casa confiscada e vai parar na prisão. Lá, ele recebe a boa notícia que a filha fora de fato casada pelas mãos de um pastor verdadeiro e que o seu marido, influenciado pelo pai dele, havia decidido reconsiderar e pedir perdão a jovem. Esse melodrama típico do período, com seus gestos de desespero e alívio grandiloquentes, soma a tudo isso a pouco convincente solução final para um happy end – talvez não tão parcial assim como pareça inic

Filme do Dia: Frankenstein (1910), J. Searle Dawley

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F rankenstein (EUA, 1910). Direção: J. Searle Dawley. Rot. Adaptado: J. Searle Dawley, a partir do romance de Mary Shelley. Com: Augustus Phillips, Charles Ogle, Mary Fuller. O cientista Frankenstein (Phillips) aguarda conseguir o fenomenal intento de trazer à vida sua Criatura (Ogle) para só então se unir à sua noiva, Elizabeth (Fuller). Porém, o criador perde o controle sobre a Criatura, que passa a segui-lo, obcecado que se encontra por sua noiva. Diante do sincero e forte amor do casal, no entanto, desaparece. Essa que provavelmente foi a primeira adaptação do romance de Shelley para às telas, guarda muito da pouco primorosa estética associada aos filmes curtos que Edison produziu nos idos do cinema, notadamente a ausência de qualquer profundidade de campo, assim como de planos abertos e uma precariedade narrativa quando comparado aos filmes de Griffith contemporâneos. Dito isso, ao menos dois momentos merecem destaque. O da criação do monstro, completamente inusitado em r

Filme do Dia: Inocente Donzela (1910), D.W. Griffith

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I nocente Donzela ( An Arcadian Maid , EUA, 1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Stanner E.V. Taylor. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Mary Pickford, Mack Sennet, George Nichols, Kate Bruce, William J. Butler, William Lehrman, Frank Evans, Charles Craig. Uma criada (Pickford) consegue emprego numa fazenda em que, pouco depois, aparece um cigano (Sennet) que demonstra se encontrar apaixonado por ela, mas que na verdade apenas quer usá-la para saldar suas dívidas contraídas no jogo. Ela rouba do próprio patrão. Ele afirma a ela que o dinheiro é para providenciar o casamento e tenta fugir mas acaba sendo jogado do trem onde se encontrava. Ela, depois de todas as declarações dele sobre o quanto agira de má fé, devolve o dinheiro sem que ninguém perceba. Melodrama típico da época, com direito a uma cena na qual um boneco é visivelmente jogado do trem (evocativo de O Grande Roubo do Trem ) sendo a imagem substituída pela do ator, ninguém menos do que o futuro comediante

Filme do Dia: A Casa das Janelas Fechadas (1910), D.W. Griffith

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A Casa das Janelas Fechadas (Th e House with Closed Shutters , EUA, 1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Emmett C. Hall. Fotografia: G. W. Bitzer. Com: Henry B. Walthall, Grace Henderson, Dorothy West, Joseph Graybell, Charles West, William J. Butler. Soldado confederado (Walthall) parte para a guerra como herói, despedindo-se da mãe (Henderson) e da irmã (West). Quando recebe uma missão de atravessar uma zona em conflito para entregar uma mensagem as forças confederadas das mãos do General Robert E. Lee entra em colapso nervoso e se refugia em casa. Sua irmã então, decide, por conta própria fazer-se de soldado e entregar a mensagem. Engaja-se na batalha e morre heroicamente. Sua morte sela igualmente a morte em vida para o irmão, que a mãe pretende ocultar dos olhos da sociedade, trancando todas as janelas da casa e não permitindo que ele saia. Certo dia, muitos anos passados, dois antigos pretendentes da irmã (Graybell e Charles West), descobrem que ele

Filme do Dia:O Usurário (1910), D. W. Griffith

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O  Usurário ( The Usurer , EUA, 1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Frank E. Woods.fotografia: G.W. Bitzer. Com: George Nichols, Grace Anderson, Kate Bruce, Mack Sennet, Mary Pickford, Dell Henderson, Edward Dillon, Alfred Paget. Usurário  (Nichols) comemora sua riqueza enquanto famílias se desgraçam. Uma dessas é a família na qual a mãe (Bruce) se desespera com o iminente despejo, pois possui uma filha enferma (Pickford). O usurário, no entanto,  fica trancado em seu próprio cofre. Com o seu cadáver descoberto no dia seguinte, sua irmã (Henderson), surpreeendida com os contratos extorsivos os cancela. Filha e mãe respiram então aliviadas. Esse filme retrabalha em chave menos inspirada o tema central de O Preço do Trigo , do ano anterior. Como a contraposição dos planos nos quais contrasta o banquete do usurário e a pobreza das famílias afetadas que mais parece sair do filme anterior, porém aqui utilizada desnecessariamente com bem maior insistência. A morte do vilão

Filme do Dia: O Mágico de Oz (1910), Otis Turner

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O Mágico de Oz ( Th e Wonderful Wizard of Oz , EUA, 1910). Direção: Otis Turner. Rot. Adaptado: Otis Turner, baseado no romance homônimo de L. Frank Baum. Com: Bebe Daniels, Hobart Bosworth, Eugenie Besserer, Robert Z. Leonard, Winifred Greenwood, Lilian Leighton, Olive Cox, Alvin Wyckoff. Essa adaptação deve menos ao romance de Baum do que de sua adaptação para os palcos da Broadway oito anos antes. Já existiam duas adaptações anteriores, sendo que uma delas do próprio Turner e com Baum como ator principal – ao qual se seguiriam mais de 120 até pouco menos de um século após. Ela também deve muito visualmente a própria tradição do universo de fantasia que se estava instituindo, notadamente aos filmes de Georges Méliès – a disposição   de grupos de mulheres vestidos de modo idêntico e se movimentando em blocos é mais do que coincidente com o clássico do cineasta, Viagem à Lua (1902). Nesse sentido, apesar de sua extensão se aproximar dos filmes de Griffith, em termos de construç

Filme do Dia: Na Fronteira do Estado (1910), D. W. Griffith

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Na Fronteira do Estado ( In The Border States , EUA, 1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Stanner E.V. Taylor. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Charles West, Gladys Egan, Francis J. Grandon, John T. Dillon, Dell Henderson, Dorothy West. Na época da Guerra da Secessão,  jovem pai (West) parte deixando a família em prantos. A mais jovem de suas duas filhas (Egan) acoberta um soldado (Dillon) confederado por piedade. Quando o pai procura refúgio em sua própria casa, tendo um grupo de confederados em seu encalce, a irmã mais velha vai buscar socorro. A mais jovem é surpreendida pela invasão de um soldado confederado ao quarto. Quando ele ameaça matar o pai da garota a reconhece como a benfeitora que lhe auxiliou em momento de desespero e finge para os colegas do exército que o homem já se encontra morto. Logo, chega um médico (Grandon) e toda a família volta a se reunir sob o mesmo teto. O universo da guerra civil era recorrente na filmografia de Griffith seja como pano de fu

Filme do Dia: Noite de Reis (1910), Charles Kent & Eugene Mullin

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Noite de Reis ( Twelfth Night , EUA, 1910). Direção: Charles Kent & Eugene Mullin. Rot. Adaptado: Eugene Mullin, baseado na peça de Shakespeare. Com: Julia Swayne Gordon, Charles Kent, Florence Turner, Edith Storey, Tefft Johnson, Marin Sais, William Humphrey, James Young.   Viola (Turner), vítima de um naufrágio, é confundida com homem por utilizar as roupas do irmão. O Duque de Orsino (Johnson) a envia com uma mensagem de amor para Olivia (Gordon), que se apaixona por ela. Comédia de erros centrada em mal entendidos envolvendo gênero, habituais na obra de Shakespeare, assim como peças pregadas por terceiros – como é o caso dos serviçais do castelo que acabam inventando uma falsa carta de amor de Olivia para um de seus empregados. Aliás, o enredo rocambolesco e dado a subenredos em tal diminuta metragem, como era habitual nos filmes contemporâneos, acaba prejudicando a compreensão mais detida do que é proposto pela narrativa, como em outras adaptações de Shakesp

Filme do Dia: O Julgamento e o Homem (1910), D. W. Griffith

O Julgamento e o Homem ( The Oath and the Man , EUA, 1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Stanner E.V. Taylor. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Henry B. Walthall, Florence Barker, W. Chrystie Miller, Francis J. Grandon, Elmer Booth, Charles Craig, William J. Butler, Dorothy Davenport, Dell Henderson, Anthony O´Sullivan. A Senhora Prevost (Barker), recém-casada, decepciona seu marido Henri (Walthall), quando decide esnobá-lo e se juntar a corte aristocrática. Henri, com sangue quente, pensa em vingança imediata, sendo impedido pelo padre (Miller), que o faz retornar à razão. Quando irrompe a revolução, no entanto, Henri, um dos líderes de um grupo, não perde oportunidade de invadir a propriedade dos nobres onde se encontra sua mulher. Essa consegue fugir e acaba retornando para lhe pedir perdão e voltar a viver como sua esposa. Um dos temas recorrentes entre as várias centenas de filmes que Griffith dirigiu para a Biograph era o da Revolução Francesa. Aqui, talvez mais do que